Reckless escrita por Moony, Bela Barbosa


Capítulo 8
Capítulo 8 - Garota


Notas iniciais do capítulo

Galera... preciso compartilhar com vocês duas coisas:
1 - Reckless está escrita até o 11º capítulo, o que acho que significa festa, né? Mas, please, comentem pra que eu possa me sentir motivada a postar os capítulos ♥
2 - Eu estou com um problema psicológico bem sério, e às vezes tenho surtos que me impedem de escrever ou de usar o computador com a devida sabedoria. É muito complicado, e conto com o apoio de vocês para me darem suporte nessa jornada difícil e compreenderem os eventuais atrasos ou erros de coesão na história. Por favor, sejam o mais compreensíveis que puderem, e tudo o que eu posso fazer é agradecer e pedir pra entenderem as minhas dificuldades.
Obrigada e bom capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/442729/chapter/8

Ressaca. Essa era uma palavra que eu conhecia só de ouvir, até então, porque jamais havia acontecido comigo. Mas, como diz o ditado, pra tudo há uma primeira vez. E que primeira vez péssima!

Eu lutava para abrir os olhos, mas minhas pálpebras pareciam relutar: ficavam duras e pesadas, me impedindo de ver qualquer coisa. E cada piscada longa que eu dava fazia minha cabeça ir parar num sonho diferente, como fossem uma série de alucinações. Aliás, já que mencionei a cabeça, que dor horrorosa era aquela? Eu sentia meu lóbulo frontal latejar à medida que meu cérebro dava sinais de que queria sair do meu crânio pelos ouvidos. Parecia, também, que eu estava com gases, pois minha barriga não parava de fazer sons estranhos e de se mexer como se um bebê dinossauro fosse sair de lá a qualquer segundo. Resumindo: eu estava uma verdadeira escória humana. 

Enquanto, com os olhos fechados, eu tentava achar qualquer cheiro ou sensação que pudesse me indicar onde eu estava, comecei a ver flashes da noite passada. E não eram nada bons. Eu e Daniel abraçados num carro debaixo de uma chuva torrencial. Um chalezinho de madeira adorável na praia de Horseshore. Margaritas. Muitas Margaritas. Nós dois dançando em cima do sofá com um coro terrível de Under Pressure. Merda.

Abri os olhos numa velocidade de raio e, num pulo, estava sentada sobre a cama, completamente atônita. Eu estava no chalé do Daniel, na cama dele, vestida apenas numa camiseta que definitivamente não era minha, morrendo de ressaca e com uma enorme interrogação à frente: O que acontece ontem à noite?

Eu não conseguia lembrar de absolutamente nada. Não sabia como tinha ido parar naquele quarto, naquela cama e muito menos naquela blusa. Só o que eu sabia é que estávamos no sofá, muito perto um do outro, e a partir daí, tudo era um grande mistério.

Mordi os lábios e coloquei todo o meu cabelo para trás do pescoço, tentando dar uma mínima ajeitada na cabeleira ruiva. 

— Merda, merda, merda... Como isso foi acontecer? - Indaguei para mim mesma, afundando o rosto nas mãos e colocando os joelhos dobrados perto do meu tronco, sentada igual a uma criança.

— Daniel? DANIEL! - Chamei (gritei).

Ele não estava lá. Ou, se estava, não respondeu.

Nervosa, comecei a olhar para todos os lados para ver se achava ao menos um indício de que não estava sozinha ali. Ao me virar para o lado direito, vi uma mesinha com um abajur e um despertador. Na frente, onde estava o guarda-roupas e, ao lado dele, uma poltrona com minha mochila em cima, não havia nada muito pessoal também. Já o lado esquerdo da cama apresentava lençóis emaranhados e um travesseiro amassado com a forma perfeita de uma cabeça. 

— Espera, isso quer dizer que o Daniel também dormiu aqui - Concluí em voz alta, pensando o que isso poderia significar - Mas, se ele dormiu aqui e eu também, só pode ser uma coisa... Ai meu Deus.

Sim, Lizzie. Você está perdida. Foi então que as coisas passaram a fazer sentido. Mas é claro! Eu estava apenas de calcinha e sutiã vestindo uma camisa velha do Daniel. Na cama dele. Na qual ele também tinha dormido. O que mais isso podia significar?

— Eu. Perdi. Minha. Virgindade. Bêbada. Com. O Daniel. - Falei pausadamente tentando lidar com essa ideia.

Não parecia certo. Não, na verdade, não era certo. Não parecia que era aquilo. Quer dizer, eu acho que saberia se não fosse mais virgem. Isso sem contar que eu ainda estava me sentindo... inteira. Não, definitivamente, eu e Daniel não tínhamos transado. Ou será que tínhamos? 

Enquanto essa dúvida mortal pairava sobre a minha cabeça, notei um papelzinho que havia sido colocado na mesa de cabeceira, bem embaixo do Despertador. Ele balançava por causa do vento praiano que entrava pela janela, ligeiramente aberta. 

Peguei o papelzinho e vi algumas palavras escritas nele. Pisquei mais algumas vezes. Minha visão ainda estava debilitada.

Tem torradas e geleia de morango na porta da geladeira.

ps: você ronca alto. Muito alto.

D.W.

— Uau... bom dia pra você também, Daniel - Ironizei assim que li as poucas palavras do bilhete. 

Mordisquei novamente os lábios e arremessei o papel pra fora da janela com muita, muita raiva, batendo na cama com força e grunhindo.

— Mas que ódio! - Berrei, respirando freneticamente depois disso - Eu estou numa merda de uma cabana no meio do nada, sozinha, possivelmente grávida do Daniel e tudo o que ele diz é que tem torradas com geleia na geladeira? Ele vai me pagar, eu vou enfiar essas torradas no meio do... Argh!

Me joguei sobre a cama bufando, inconformada. O Daniel me devia explicações. E, mesmo vendo ele quase todos os dias desde que cheguei em Southampton, ironicamente eu não sabia como encontrá-lo agora. 

Deitada, voei com os olhos até a virilha e coloquei minha mão lá, bem sobre minha vagina.

— Relaxa, eu acho que nada entrou em você ontem - Dei dois tapinhas nela como se fôssemos melhores amigas - E, se entrou, eu garanto que vou fazer picadinho dele. Você merece alguém legal e grande, mas enquanto estiver sóbria, garota.

Depois de alguns segundos, percebi o quanto era estranho travar uma conversa com minha genitália. Mas talvez não tão estranho quanto acordar sem saber o que houve na noite passada. Felizmente, eu não me sentia invadida, não me sentia violada. Podia jurar que nada além dos meus limites havia acontecido. Mas eu precisava saber o que havia acontecido exatamente.

Todavia, eu estava sozinha ali.

Olhei para os lados e vi que não me restava muito a fazer, se não ligar para a minha mãe ou para o Ben virem me buscar. Até lá, eu já teria bolado uma história bem convincente sobre como vim parar aqui.

Justamente quando fui pegar o celular, que, misteriosamente estava com sinal, ele começou a vibrar com um número desconhecido me ligando. Passou pela minha cabeça que poderia ser uma chamada do Daniel. Atendi.

— Oi, quem é? - Perguntei de cara.

— Lizzie? Oi, é o Jason! Tudo bem com você?

O Jason? Como assim o Jason? Ele nem devia ter meu número!

— Jason?! Como você conseguiu meu número? - Deixei a surpresa transparecer, sendo um pouco mais grossa do que gostaria.

Ele hesitou alguns segundos na linha.

— Eu... liguei para o Ben e pedi seu telefone. Tudo bem pra você?

— Não, é claro que tá tudo bem - Me desculpei - É que... não estava esperando sua ligação.

Eu odiava isso. Ser sincera demais. Na maioria das vezes eu não me tocava, mas era isso que impedia os garotos mais legais de se aproximarem de mim, talvez do mesmo jeito que eu estava fazendo com Jason. Ele demorou mais alguns segundos para responder.

— Hoje é sexta, Lizzie.

Passei algum tempo me perguntando o que aquilo queria dizer até me tocar que minha vida não era apenas uma noite no chalezinho do Daniel. Tinha muito mais coisa antes disso.

— Ai meu Deus! A gente tem um encontro! - Escutei muitas risadas do outro lado da linha - Me desculpa por ter esquecido, Jay, eu não saio com muitos caras.

— Acho que já percebi isso... E eu também não tenho muitos encontros marcados por aí. Por isso, não queria desperdiçar hoje. E a garota com quem vou sair é muito legal, apesar de esquecida... Você se incomoda de passar o dia me ajudando a escolher o que vou vestir e o que vou fazer pra agradar ela?

Eu, sinceramente, queria apertar as bochechas dele via telefone. Jason realmente era incrível. Mesmo sem vê-lo, eu conseguia imaginar seu sorriso lindo combinado com seus olhos de um castanho claro tão bonito que, se estivéssemos juntos pessoalmente, me deixariam sem fôlego.

— Eu iria adorar. Mas a gente não ia comer hamburguer?

— E nós vamos. Só que caseiros. Acho que tenho uma boa chance de te conquistar pelo estômago. 

Sorri imaginando ele na cozinha. De repente, imaginei ele vestido apenas com um avental. Ai meu Deus... segura esse forninho, Lizzie!

— Você pode me pegar aqui na praia de Horseshore?

— Horseshore? Claro que eu posso, mas o que você tá fazendo aí?

— Bem... O carro de uma amiga quebrou quando estávamos indo ver os pais dela numa cidade vizinha e tive que passar a noite aqui, no chalé da família.

Alguém me contrata pra fazer programas de improviso, por favor. Sou muito qualificada para o posto.

— Já estou chegando. Beijos, Lizzie.

Tomara que tenha beijo mesmo...

— Até mais - Desliguei.

~o~

— O que você acha dessa aqui? 

Jason perguntou ajeitando a gola pólo de uma camiseta roxa com listras brancas, a terceira que vestia apenas para mim, como se estivesse fazendo um show para uma platéia de uma pessoa só. Ele estava lindo. Na verdade, ficava lindo com tudo o que provava, mas eu adorava vê-lo trocar de roupa na minha frente, então sempre colocava defeito nas camisas.

O moreno tinha um corpo belíssimo. Ele não parecia, nem de longe, um daqueles gênios de TI, que geralmente são asiáticos e magrelos. Na verdade, Jay fugia até aos estereótipos britânicos. Ele tinha o corpo excessivamente malhado e, não vou negar, eu nunca fui a maior fã de caras com tanquinho. Sempre achei algo meio supérfluo e que servia apenas para inflar o ego de caras babacas. Mas Jason não parecia assim e, indubitavelmente, aquele corpo lhe caía muito bem. Seu abdômen era muito bem definido e seu peitoral também. Seu tom de pele, que era um bronzeado natural, dava o acabamento perfeito ao corpo escultural que ele tinha. Eu estava diante de um deus grego.

Estava ficando louca a cada vez que ele tirava a camisa de um jeito sexy e colocava outra, e pior que parecia estar fazendo isso apenas para me provocar. O mais assustador é que estava funcionando. À essa altura, eu queria pular no pescoço dele e o beijar até minha boca cansar.

Analisei bem ele com a pólo roxa e fiz uma careta de reprovação.

— Hm... Acho que sua companhia da noite não é muito fã de roxo – Vetei.

Jason riu.

— Ela é muito difícil de agradar, não acha? – Indagou, sentando-se ao meu lado.

Estávamos no quarto dele.

Jason morava num apartamento pequeno e adorável, só que muito bagunçado, o que não fugia de seu estilo desleixado. Lá havia uma sala com duas poltronas (cheias de roupas e algumas cuecas em cima) e uma TV antiga em cima de um rack igualmente velho, mas bastante charmoso. Era quase uma sala decorada em estilo vintage.

Também tinha uma cozinha bem pequena e bem decorada (francamente, o único lugar organizado da casa) em tons de vermelho, com algumas luminárias diferentes e estilosas. Havia uma lareira modesta próxima ao balcão de lá, o que davam um ar de aconchego ao lugar. Novamente, tudo era de madeira e num tom já meio antigo, o que deixava o ambiente tão charmoso quanto o homem que habitava ali.

Já o quarto dele tinha um guarda-roupas imenso, que tomava conta de uma parede inteira e ficava de frente para a cama. Ao lado, ficava uma porta que levava diretamente ao banheiro (não preciso nem dizer que o cabide detrás da porta estava saturado de calças jeans tamanho 42 com alguns cintos nas imediações), uma mesinha com seu notebook e um desktop e isso sem mencionar a cama tamanho King na qual estávamos sentados agora. Sim, também tinha um monte de roupa amassada jogada em cima dela.

Todos os móveis do quarto eram de madeira bem escura, bem como os móveis do resto da casa, o que dava uma sensação de estar em casa. O jogo de pouca luz que entrava pela janela contrastava perfeitamente com o rosto de Jason, ressaltando suas qualidades – honestamente, quais eram seus defeitos?

Ele sorria para mim à medida que o silêncio constrangedor presente ali apenas aumentava. Corei com a situação.

— E que tal... – Comecei me esgueirando pela cama e pegando uma blusa verde no meio de todos aqueles panos – Essa aqui? Ouvi dizer que a tal garota gosta bastante de verde.

Sorri e entreguei a camisa para ele. Jay sorriu de volta, mas lançou a camisa de volta à pilha na cama.

— Que tal a gente simplesmente se deitar aqui e ficar admirando o teto? – Sugeriu.

Qualquer coisa que ele dissesse enquanto carregava aquele sorriso teria uma resposta afirmativa.

Sorri e me joguei para trás, caindo com a cabeça bem em cima do travesseiro. Ele fez o mesmo e ficou bem ao meu lado, de modo que nossos braços se tocavam e trocavam calor.

— Eu gosto de ficar perto de você, Lizzie – Jason falou virando o rosto na minha direção.

Respondi com a mesma ação que ele.

— E eu gosto de ver você trocar de roupa.

Jason gargalhou.

— Por que você tá rindo? Eu to falando sério! – Protestei cruzando os braços.

— Gosto da sua sinceridade – Revidou.

Rolei os olhos.

— Quando você vai parar de me elogiar e vai finalmente me dizer algum defeito seu? – Reclamei e nós dois rimos - Porque, francamente, me levar pra sair de Harley Davidson, me dar um beijo daqueles e depois ficar trocando de roupa com esse tanquinho à mostra é um jogo muito baixo. Você não pode ser assim tão legal, ninguém tem esse direito!

— É que eu sou irresistível – Respondeu mordiscando o lábio inferior e dando uma piscadela sexy para mim.

Aiaiai, não ta fácil.

Empurrei o ombro dele.

— Qual é, você tem que ter algum defeito! – Insisti.

De certo modo, era verdade. Eu não podia ficar com um cara que só aparentava ter um lado bom. Pessoas precisam de lados ruins para serem pessoas, e é isso que as torna mágicas.

Jay pensou por alguns instantes, deitado com a cabeça noutro travesseiro enquanto eu o encarava, também deitada, mas com a barriga para baixo e o queixo seguro entre as mãos.

— Eu não sei. Eu tenho um monte de defeitos, mas nenhuma garota jamais me perguntou quais eram eles. E, você sabe, quando a gente quer impressionar alguém, a gente só sabe mostrar o lado bom... – Atestou.

Bufei, mas tinha que concordar. Eu tenho que confessar que também não tiraria os tênis na frente dele porque sei que fico com chulé facilmente, então não podia culpá-lo por querer me mostrar suas qualidades.

— Hey, Lizzie – Aproximou seu rosto do meu, acariciando minha bochecha – Garanto que eu sou um homem comum. Cheio de defeitos igual a qualquer outro que você vai ver por aí. Mas talvez você só os conheça se ficar perto de mim tempo suficiente pra eu te mostrar cada lado meu.

E nos beijamos. Nos beijamos do verbo beijar mesmo. E beijar muito bem. Jason era realmente incrível, em todos os sentidos. Ele sabia exatamente o que fazer e a hora de fazer.

Me abraçou pela cintura e me puxou, para que ficasse por cima dele. Continuei beijando-o impetuosamente, arranquei sua blusa e finquei cada uma de minhas pernas de um lado do seu corpo, de modo que o deixava “preso” em relação a mim. Acariciava seu tórax enquanto sentia as mãos dele – mãos macias e grandes – massagearem minhas costas por cima da blusa.

Por Deus, eu estava adorando aquilo! Era como se nem precisasse respirar. Eu só queria continuar ali por séculos e séculos. Cravei meus dedos no seu pescoço e não parava de beijá-lo, já que ele parecia tão insaciável quanto eu estava. Suas mãos foram descendo um pouco mais até chegarem ao meu quadril e me acariciarem com gentileza. Era uma sensação magnífica.

Nossos corpos estavam tão próximos um do outro que eu podia sentir ele suar e seus músculos se contraírem enquanto arranjava forças para continuar me beijando. Eu, por pura falta de experiência, não sabia muito bem como era estar excitada. Mas sabia que, naquele momento, eu estava. E eu podia sentir que ele estava também, a julgar pelo volume que sentia crescer em atrito com as minhas calças.

Conhecer aquele lado meu até me impressionava. Eu queria estar ali com Jason, terminar de tirar a roupa dele e sentir o resto do seu corpo. Aquilo me parecia bom, parecia certo. Foi quando, por um milésimo de segundo, ele desgrudou seus lábios dos meus e nós dois, ofegantes, nos entreolhamos com profundo desejo.

— Você quer isso, garota? – Jason indagou.

Garota? Não, isso tá muito errado! Ouvi-lo me chamar daquele jeito me fez tremer nas bases – talvez mais do que toda aquela excitação que eu sentia. Incrivelmente, quando Jason me chamou de garota, a única pessoa que veio na minha cabeça foi Daniel. Só ele me chamava assim, o que me irritava muito, por isso, só ele podia me chamar assim.

Não... isso não está certo. Por alguma razão, agora eu sabia disso. Ainda não era a hora. Pelo menos não com ele me chamando daquele jeito. Porque não era o jeito que ele devia me chamar! Mas que merda, por que o Daniel tinha que entrar na minha cabeça uma hora dessas?

Continuei encarando o belo homem moreno à minha frente sem lhe dar uma resposta – sinceramente, sem saber se eu ao menos iria dar uma resposta.

Foi, então, que as cinco palavras que mais representam pânico no vocabulário universal resolveram sair da minha boca:

— Eu preciso ir ao banheiro.

Dei um pulo para longe do colo de Jason e, em rápidos e longos passos, fui parar no banheiro com a porta trancada, sem ao menos ficar para ver ou ouvir a expressão de descontentamento de Jason.

— Lizzie... Você tá bem? – Perguntou do outro lado da porta.

Respirei fundo e encostei a testa na porta, completamente desesperada. Agora, eu não queria mais. Não queria mais fazer sexo, ao menos não naquelas circunstâncias. Por outro lado, não podia dizer ao Jay que era porque outro cara tinha repentinamente se apoderado da minha cabeça a ponto de me fazer desistir dessa idéia. Essa situação parecia completamente injusta, afinal, ele sempre era o mais sincero possível comigo.

Oficialmente: eu estava me odiando.

— Jay... Você vai ter que me desculpar por algo. Eu sinto muito, mesmo... – Falei, subindo na tampa do vaso sanitário.

Essa é a hora, Lizzie. E, como um gato completamente astuto e sofisticado, pulei para fora do seu apartamento – que ficava no térreo – pela janela do banheiro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar! ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Reckless" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.