Cheguei a tempo no meu quarto e me tranquei. Agora mesmo que não iria acontecer nenhuma festa do pijama. E tudo isso é culpa do Peeta Mellarck. Com certeza minha mãe devia estar me esperando atrás da porta para eu sair e ela dar o bote. Eu queria a festa, só ás vezes mesmo que eu me irritava com as meninas porque elas me perturbavam muito por causa disso. Mas seria divertido sim se ocorresse a festa.

Depois de mais ou menos 20 minutos decidi sair do quarto, e durante este tempinho que fiquei lá dentro planejei já como eu iria explicar tudo para meus pais.

Saí de fininho e avistei de longe os dois conversando na sala. É bem provável que o assunto seja eu...

Meu pai acabou me vendo e me chamou. Sentei ao seu lado e na nossa frente estava sentada minha mãe.

– Katniss, é verdade que você mentiu para sua mãe? – perguntou meu pai.

– Eu tenho motivos... – falei rapidamente.

– Então explique tudo para gente. – falou meu pai calmamente, por enquanto que minha mãe me fuzilava com os olhos.

– Tem uma pessoa da minha turma que se chama Peeta Mellarck. Nos conhecemos tem cerca de um a dois anos eu acho. Nunca fomos um com a cara do outro. E esse ano começamos nos falar. Mas não como pessoas civilizadas. Na verdade foi sempre um xingamento ou uma vingança. Eu não falei nada para vocês porque... – vocês encheriam minha cabeça com coisas chatas. – não seria muito legal... – eu não sabia como explicar para eles sem falar mal.

– Isto não vem ao caso Katniss. Eu ouvi você xingando o menino... Cadê a educação que te demos? – falou minha mãe. Se este escândalo todo de minha mãe foi por causa de educação está tudo bem... ou não...

– Eu também acho errado você fazer isso minha filha. Por mais que vocês não se gostem você devia mostrar respeito. – ele chegou ao meu ouvido e falou bem baixinho para que minha mãe não ouvisse. – Ás vezes o silêncio é a melhor resposta, pense nisso...

– Vou direto ao ponto. – começou minha mãe. – Decidimos que você vai até a casa do menino e pedirá desculpas a ele. E nós vamos com você também para certificar que você foi e quem sabe resolver isso entre vocês e os pais dele...

– Aposto que os pai dele também não sabem. – falo interrompendo minha mãe.

– E você vai fazer isso AGORA! – continua minha mãe.

– Não precisa pegar pesado... ela pode falar com ele amanhã... – fala meu pai.

– Vai ser agora e pronto. – minha mãe ordenou.

– Deixe-a tomar um banho e comer alguma coisa e depois vamos. – fala meu pai como sempre calmo.

– Tá legal... – fala minha mãe fria.

Então fui para o banheiro tomei meu banho e coloquei um short, uma camiseta e minhas sandálias. Quando terminei comi uma fatia de bolo de limão e suco de morango. E lá fomos nós.

Vou ser sincera, eu estava morrendo de vergonha, o pior seria se ele atendesse. Como vou reagir a isso tudo? Tento me acalmar. Atravessamos a rua e toquei a campainha. Eu estava muito nervosa.

Blim Blom Blim Blom Blim Blom

Vejo a maçaneta sendo girada. Penso em algumas coisas para dizer como “Oi sou Katniss, vizinha de vocês e odeio o filho de vocês e quero matar ele fazendo um favor a vocês e sei que um dia irão me agradecer”, eu poderia falar assim caso os pais dele atendessem e no final eu daria um belo de um sorriso, mas claro que não poderia falar isso, eu ficaria mais castigada por causa do assunto “educação” que minha mãe disse anteriormente. “Oi panaca, idiota, ridículo está pronto para morrer?” eu poderia dizer assim caso o Peeta atendesse, mas eu teria que está com uma arma e simplesmente só estou com meu celular no bolso... e também ficaria mais castigada. Apesar que já ter de vim aqui para falar com Peeta e sua família acompanhada por meus pais já era uma bela de uma bofetada na minha cara.

– Olá, boa noite, eu poderia ajudar em alguma coisa? – pergunta um homem alto logo quando a porta foi aberta. Ele estava com uma supercara de interrogação. Eu não respondi, então minha mãe deu uma iniciativa.

– Boa noite, sou Effie, mãe da Katniss, acho que já ouviu falar dela. Este é meu marido Plutarch. – minha mãe diz com o melhor sorriso que pode.

–Eer... – ele tenta se lembrar. Com certeza este cara nunca ouviu falar de mim. – Perai, só um minutinho. - Assentimos.

O cara entrou na casa, acho que para perguntar se sua família ou quem estivesse lá dentro se me conhecem ou conhecem minha mãe. Depois de cerca de três minutos ele voltou.

– Que falta de educação minha. Podem entrar. – falou o homem e entramos. - Sou Seneca. Sentem-se. – e eu, meu pai e minha mãe nos sentamos no sofá marfim que tinha na sala.

Para ser sincera até que a casa de Peeta era bem bonita.

– Venha aqui filho cumprimentar sua amiga e a família dela. – disse Seneca.

– Eu já disse que ela não é minha amiga. – resmungou Peeta quando entrou na sala, mas com certeza deu para todos ouvirem.

– Cumprimente os! – ordenou Seneca e logo Peeta veio e apertou a mão de meu pai, deu um beijo em cada lado da bochecha de minha mãe e depois me olhou com nojo e eu o olhei com raiva e ele me deu um beijo só de um lado da bochecha.

– O que você está fazendo aqui Everdeen? – Peeta sussurrou em meu ouvido.

– Logo, logo você saberá. E saberá também que tudo isso é sua culpa... – sussurrei de volta. Até que estes sussurros me deram arrepios... Foco Katniss, você quer acabar com a vida dele...

– Como vocês vão? – perguntou Seneca.

– Bem. – disse meu pai.

– Então... o que os trouxeram aqui, em minha casa? – perguntou Seneca. Olhamos para ele desconfortáveis e acho que ele percebeu. – Melhor, vamos nos apresentar. Sou Seneca, pai de Peeta e acho que a filha de vocês e meu filho estudam juntos. Continuem... – nossa, que bizarro fazer isso nééh?! Mas okay, continuamos.

– Oi, sou Peeta. – falou Peeta friamente.

– Olá sou Plutarch, pai da Katniss. – disse meu pai.

– Olá sou Effie, mãe da Katniss. – disse minha mãe.

– Oi, sou Katniss. – falo. Realmente, isso foi ridículo...

– Então agora que pelo menos já sabemos os nomes e parentescos de cada um, vocês podem falar o motivo da visita inesperada. – fala pai de Peeta em um tom brincalhão, nem um pouco parecido com o filho. Será que Peeta é adotado?

– Então... – começa minha mãe. – Katniss veio se desculpar com seu filho, por ter falado mal, e ela também me contou que fez coisas ruins com seu filho, e então, aqui estamos nós. - Termina minha mãe e vejo um enorme sorriso no rosto de Peeta ao saber que meus pais querem que eu me desculpe.

– Acho que ela não é a única... – começou o Seneca. – Quando fui perguntar se alguém conhecia a Katniss, logo quando vocês chegaram, o meu filho falou coisas horríveis sobre sua filha e achei muito desrespeito dele. – Seneca se virou para mim. – Me desculpe Katniss se Peeta te fez mal, ou falou coisas ruins para você. Mas quem vai dizer isso é ele. – Agora foi minha vez de dar um enorme sorriso. Algum dia ainda vou perguntar para alguém se Peeta é adotado.

– Mas antes deles se desculparem e tal, o que eu acho que é uma coisa ridícula, porque acho que Peeta também deve ter em cerca de 16 à 17 anos como minha filha, e o que estamos fazendo nesse momento e coisas de crianças de, sei lá, 7 anos... – disse meu pai um pouquinho bravo. – Eu acho que eles deveriam explicar tudo.

– Você está certo eer... Plutarch. – disse o pai de Peeta. – Quem vai se oferecer?

– EU ME OFEREÇO! –disse eu caindo na gargalhada para descontrair o clima tenso. Sempre quando o clima está tenso, costumo fazer palhaçadas e sem querer chamar atenções. Todos me olharam confusos, acho que meu pai queria rir, mas minha mãe estava fervendo novamente de raiva. – É que eu sempre quis falar isso... – disse já parando de rir.

– Agora comece Katniss! – disse minha mãe.

– Okay. – disse me rendendo.

Contei toda história direitinho desde o início, não menti. Achei que me daria melhor se fizesse assim. Contei os podres que Peeta me fez e também falei dos meus. Depois foi sua vez. Peeta mentiu em umas partes em relação a mim, e claro, piorando minha situação. Aah se eu te pego Peeta Mellarck... (PAREM DE PENSAR EM PENSAMENTOS PERVERTIDOS LEITORES). Nossos pais assentiram e pensaram juntos em um castigo. Um verdadeiro pesadelo.