Ouça-me escrita por Matheus Vieira


Capítulo 4
Capitulo 4




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Tudo é sempre tranquilo quando se diz respeito a chegar no salão de jogos, lugares discretos, calmos, no meio do nada, ou abandonado, um carro preto chega e nos leva para o salão, meu pai geralmente diz uma senha, ou algo do tipo, mas nunca reparei nisso, não quero um dia ter essa responsabilidade. Dessa vez o lugar marcado parecia uma fazenda abandonada, era distante do centro da cidade, demorou uma hora para chegarmos, e como de sempre eramos os únicos no local.

Esta tudo calmo, Karen passou a viagem todo calada, acho que estava processando as informações, ou preparando alguma pergunta ao qual não saibamos responder, ela me assusta LOL. Meu pai estava concentrado no caminho que teria que seguir, a pista ate a fazenda era esburacada e com muitas entradas de terra durante o caminho, senão fosse o GPS teríamos nos perdido. A mãe da Karen era a que me chamou mais atenção, ela estava concentrada em algo, mas não era em nos, nem no caminho, ela ficava com os olhos estatelados no nada, como se esperasse algo acontecer, estava parada, como estatua, nada no corpo se mexia, somente seus cabelos, mas era pouco o vento pela janela estava fraco, meu pai acaba de diminuir a velocidade, em tudo ela transmitia essa tranquilidade, paz.

Como um raio meu parou o carro. Karen estava quase cochilando acordou no susto e gritou com medo:

– Caraca, precisava disso! - a cara dela foi melhor que o susto, ela estava com os olhos hiper arregalados.

– É aqui! - meu pai nem ligou para o susto de Karen, simplesmente virou o carro para esquerda e seguiu por uma estrada de barro cercada de arvores, e uma cerca baixinha mas que devia ser de enfeite.

E de novo a mãe da Karen, ao qual ela não me disse o nome, continuava parada, chegava a parecer um filme de terror.

Quando meu pai parou o carro, saímos normalmente, ate a mãe da Karen tinha saído o que achei uma evolução e tanta, mas ela ainda permanecia avoada, fora do lugar.

– Não to aguentando esse silencio! - falei com ar de revoltado, mas estava era rindo por dentro.

– Falem algo, discutam, sei lá, mas façam algo! - me arrependo de ter dito isso!

Foi eu calar minha boca que a mãe da Karen, gritou:

–Eles estão aqui!

Meu pai agiu logo tomou a dianteira e nos empurrando para trás, ele tinha colocado a mão direita na cintura e a outra a frente do corpo, seu olhar estava concentrado, penetrante ao nada, quando percebi o que estava acontecendo eles já tinham lançado o primeiro ataque.

Eu estava na lua, não podia ser real, nunca tinha passado por isso antes, esses encontros são em ponto neutro, nenhum dos lados podem se enfrentar a não ser que queiram declarar guerra ao outro lado e acabar com a paz que se vinha tendo. Ao pensar nisso percebi que era o que realmente eles queriam, uma guerra do nada, quando o nosso lado não esperava, eles deviam estar se preparando a anos.

Karen nos puxou para de trás do carro, eu e ela, a mãe dela se recusou a vir e tomou o campo de batalha, ao ver os dois juntos pareciam criados juntos, estavam em harmonia perfeita. Meu pai fazia bolas d'água que tirava da vegetação perto de si, mas a mãe de Karen somente dizia o lugar, como se pode-se sentir a presença, e o pior ela estava de olhos fechados!

–Kalida, Ataca! - meu pai gritou!

–Não da, ou e saber onde eles estão ou atacar!

– Você sabe fazer os dois ao mesmo tempo!

– Estou sem praticar você sabe!

– Kalida, relaxa e deixa sua intuição lhe guiar, preciso de você, AGORA!

No mesmo instante que meu pai terminou de falar, eles saíram das arvores, eram 5, estavam de preto - desnecessário - blusas regatas com um E.S na frente, calças preta, e tênis Nike preto.

Eles vieram correndo, o do meio não correi como se os outros fossem os piões e ele o rei, atacaram com tudo, eram dois elementais da água e dois de fogo - combinação perfeita- estavam em perfeita sincronia, duplas de elementos diferentes, lutavam perfeitamente, como se tivessem nascidos para isso, mas a sincronia entre Kalida - foi tão bom descobrir o nome dela - e meu pai era impecável.

Apesar de tudo, a desvantagem aparecia, mesmo não querendo, mas algo me dizia que Kalida não estava 100% ali, estava com medo, sei la, quando percebi isso, gritei:

– Kalida, se mexe - ri que nem um louco depois!

O susto dela foi algo despertador, o olhar dela ao me ver ao lado de Karen, que estava perdida nisso tudo, foi de raiva e proteção, e agora sim a luta tinha começado.

Kalida finalmente tava no jogo, fiquei com medo dela, ela pegou o primeiro elemental de fogo, e com uma rapidez o jogo dentro das árvores de novo, foi tão rápido que nem vi ela se dirigindo ao próximo, meu pai a acompanhava e gritava:

– Senti falta disso Kalida!

Ele estava empolgado, meu pai pegou o elemental da água e mostrou para ela como se controlava, ele puxou a bola d'água do domínio dele e arremessou três vezes mais forte, e de novo mais um para as árvores, Kalida estava do outro lado, simplesmente rindo de alegria, quando de tão rápida que estava, o outro não a acertava e num piscar de olhos mais um estava nas árvores.

Nesse momento meu pai olhou Kalida e focaram no que estava no meio, não tinha mexido nada durante a batalha, ficado parado como se fosse o plano:

– Kalida, pai, cudiado o plano era esse, ele só estava testando vocês!

– Christopher, fica com a Karen ! - Kalida gritou

Quando olhei para o lado ela não estava mais la, estava correndo para o meio da batalha, como fui burro.

Karen parou no meio do campo, com o Elemental negro de um lado e meu pai e sua mãe do outro.

– Parem!

– Karen sai dai agora, você não devia ter saido de de trás do carro!

– Mãe to perdida, ! - nessa hora vi o quanto burra ela estava sendo.

– Bem quando a vida lhe dar limões faça uma limonada- Disse o elemental!

Como um raio - todo mundo é rápido só eu lento - ele estava com Karen nos braços, ela se debateu, gritou:

– Não adianta, Karen né?

– Sim!

–Então, a filha de Kalida esta nos meus braços, quem diria que isso um dia aconteceria né.

– Samwell larga ela! -disse meu pai e Kalida juntos!

– Bem é uma opção mas só se a grande Kalida vier junto!

– Nunca - respondeu meu pai

– Que certeza tenho eu de que você vai libera-la ? você sempre mentiu!

– A minha cara Kalida, eu nunca machucaria nossa filha, ops, acho que ela não sabia que eu sou o pai dela, acho que ninguem sabia né Kalida - o olhar dele era de raiva e remorso, com se algo tivesse vindo a tona, ele era branco, cabelo castanho claro, estava com a barba completa o que lhe dava uns 30 anos, mas algo me dizia que tinha mais, estava com a mesma roupa preta dos outros, só que seu ar era superior, demonstrava controle da situação.

– Kalida diz que isso é mentira - falou meu pai.

– Vitor depois, depois, agora foca em tirar minha filha das mãos desse nojento.

A cara de Samwell estava serena, como se tudo aquilo já fosse esperado.

– Kalida, vai vir ou não!

Meu pai tentou segura-la mas ela era mais rápida, e segui em direção a ele. Quando Kalida estava a uns 10 passos dele, ele soltou Karen que saiu correndo para abraçar a mãe mas Samwell foi mais rápido agarrando-a e levando para mais distante.

–Não - gritou Karen.

Meu pai pegou Karen e eu já estava ao seu lado.

–Samwell não faça nada, você esta errado, e sabe disso!

– Vitor pelo contrario,

Não queria ter estado ali nessa hora, o olhar de Samwell foi frio e escuro, cortou a garganta de Kalida com a faca que ameaçou Karen, foi como ver um filme de terror em 4D, sangue correu do rasgo e da boca de Kalida que caiu dura de joelhos e sem vida já, quando o corpo caiu ao lado, Karen deu um grito, tão alto que ate as arvores ficaram sem vida, só me lembro de ver Samwell fugir com a mão nos ouvidos, e meu pai correr pegar Karen cujas lagrimas deixaram sua blusa molhada.


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