Ouça-me escrita por Matheus Vieira


Capítulo 3
Capitulo 3




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Quando a Karen acordou foi melhor que qualquer piada no mundo, ela tava assustada, seu olho ficou arregalado em segundos, ela deu um pulo da cama, quando me viu sentado ao lado dela.

– O que aconteceu? perguntou ela assustada.

– Bem varias coisas aconteceram - não consegui conter o riso, a gargalhada invadiu o quarto - meu quarto.

– Onde estou? Como cheguei aqui? Porque você ta aqui?

– Você esta na minha casa. Nos te trouxemos. Por que é o lugar mais seguro por enquanto.

– Eu..... eu não me lembro de nada, lembro de gritar e só, apaguei.

– Você gastou toda sua energia de uma vez, esperava o que que tivesse bateria infinity?

– Energia? pera, eu me lembro de ter almoçado, tava tudo certo comigo, foi aquela sombra estranha de novo.

– Você só pode ta de brincadeira né?

– Não ! - a voz dela muda toda vez que esta com raiva, fica ríspida.

Nessa hora fiquei sem o que falar, ela realmente não sabia do que eu estava falando, sua expressão era de surpresa, mas seu rosto branco, aquele cabelo ruivo, seus olhos castanho me pego perdido no olhar dela.

– Terra chamando Christopher! - a voz dela é perfeita.

– Oi oi, - nessa hora meu pai entrou no quarto e pediu que descêssemos para a sala de estar, ele e a mãe dela vão esta nos esperando.

Assim que ele saiu do quarto trocamos olhares, vi que ela estava com medo, seu olhos estavam pequenos e contraídos,, minha reação foi puxa-la pelo braço e dizer que estava tudo bem.

***

A sala nunca esteve tão quieta, o barulho da madeira queimando na fogueira, que nunca fica apagada, era o que quebrava o silencio, as cortinas estavam fechadas, tudo estava em seu lugar, os sofás no centro da sala, as pinturas horríveis que meu pai coleciona penduradas na parede, estava tudo em seu devido lugar, depois de uma semana organizando as coisas é bom ver que estava tudo certo.

– Podem se sentar - falou meu pai.

– Karen, minha filha a conversa que vamos ter agora, não vai ser fácil, mas quero que ouça com atenção.

– Entendi agora, ela não sabe o que é né? - falo nervoso.

– Calma filho.

– Calma? Pai como você se sentiria se escondessem de você o que você é? hã?

– O que eu fiz foi para protege-la, protege-la dessa vida que levamos, ela não estava preparada para saber a verdade.

– Pera ai, que verdade? - Ela estava com o rosto assustado, como se um furacão estivesse vindo na direção dela, mas não e de menos que esteja assim, ele esta perdida nessa historia toda.

– Você é uma Elemental! - O ar da sala ficou frio, todos estava calados, encarei ela esperando uma reação, e o que recebi foi um sorriso no rosto, como se ela tivesse acabado de ganha na loteria.

– Christopher - meu pai gritou me olhando.

– Serio? Como assim? pera! - o sorriso nos lábios dela a deixava mais bonita que nunca, me pego encarando ela e quase babo.

– Filha depois explicamos tudo, chamamos vocês para dizer que não estamos seguros, o que quer que seja não ajam por impulso, nos vamos passar a noite aqui mais amanha de manha bem cedo estamos saindo.

– Filhos nos vamos junto- confesso que ouvir isso foi a melhor coisa na minha vida.

– Henri, já conversamos sobre isso - falou a mão da Karen, mas sua voz era tão serena que nem pareceu que estava brigando.

Enquanto eles discutiam, levei a Karen para o quarto, que ficava no fim do corredor, quando chegamos na porta do quarto ela me puxou para dentro e fechou a porta - isso foi tão bom que pensei que estava delirando:

– Me fale tudo!

– Começando por onde? - sorri

– Por quem somos?

– Elementais!

– Como surgimos? Por que eu sou uma Elemental? - o deboche na voz dela era inconfundível.

– Bem, as historias dizem que foi com um mestre budista la pelos anos de 1800, ele descobriu que podia controla o ar, e fez da sua vida uma busca por pessoas como ele, e você é uma elemental porque sua mãe é.

– Ta e você também é? Seu pai?

– Sim sim, eu sou um elemental da luz, meu pai é da água.

– Como fico sabendo de que elemento sou? Chega uma carta e tals?

– Claro que não sua besta - caio na gargalhada e vejo que ela esta parada me olhando.

– Existe um teste que nossos pais fazem com a gente, geralmente é quando somos menores para podermos aperfeiçoar nossos dons, mas no seu caso, não sei, você nem sabia que era uma Elemental até meia hora atras.

– Mas.... não tem como sabermos sem que eles descubram? - a animação na voz dela era contagiante, como criança quando acaba de ganhar um doce.

Confesso que a empolgação dela me contagiou, ficamos conversando por muito tempo, falamos de tudo, era era realmente poser no tema Elementais, já eu tinha tudo guardado na mente, eu e meu pai passamos nossa vida toda mudando, ele não me colocava na escola, dizia que eu podia aprender em casa, acho que ele tinha medo de eu fazer alguma bobeira na escola e acabar espalhando para a humanidade toda que existem pessoas com poderes em meio a elas, mas esse ano foi diferente, algo me dizia que eu precisava ir para escola, nos discutimos varias vezes a respeito disso até que ele cedeu e me deixou me matricular em uma escola esse ano.

Toda vez que via que a Karen estava gostando do assunto, eu me empolgava mais e foi como se nos conhecesse desde criança.

Mas resumindo nosso assunto foi: Os elementos principais eram seis: água, fogo, ar, terra, luz e trevas, mas fora esses existem muios outros elementos, que aos poucos estão surgindo, Trevas e Luz são os mais raros, na verdade somos todos raros, mas entre nos esses são os mais raros. Hoje no mundo não somos muitos, e tudo por causa de uma guerra antiga que foi travada pelos Elementais, as historias dizem que os Elementais das trevas se viraram contra os Elementais da luz,durante a guerra, alguns dos Elementais mudaram de lado o que acabou deixando dois lados na guerra, e a cada batalha mais Elementais eram mortos, a guerra em si nunca acabou, nem teve um fim, simplesmente um dia eles pararam de brigar, mas até hoje exite rixa entre os dois lados, para não sermos pegos de surpresa, existem quarteis de treinamento, eu prefiro chamar de salões de jogos, eles estão espalhados por todo o pais, nunca sabemos onde estão localizados quando precisamos ir para um desses salões de jogos, meu pai da um telefonema e eles marcam um ponto de encontro, dai em diante somos vendados para não vermos o caminho.

Quando dei por mim o sol já estava saindo e tínhamos passado a noite inteira conversando, foi a melhor noite da minha vida, Karen tem sido a melhor coisa na minha vida.

Descemos as escadas correndo, a mesa do café esta pronta na cozinha que fica logo a esquerda de quem entra na casa, meu pai e a mãe da Karen já estavam comendo.

– Nem me esperou - falei para meu pai.

– Bom dia - ouvi a Karen falar,

– Bom dia - os pais falaram juntos, olhei para Karen, ela olhou para mim.

– Christopher você não dormiu no seu quarto né? - meu pai falou, mas "os pais" estavam me encarando.

– Não, não dormi, Karen e eu passamos a noite conversando no quarto dela, falamos de tudo. - falei.

– Como assim? Eu falei que conversávamos depois!

– Mãe a culpa é minha eu puxei ele pro meu quarto e o forcei a contar.

– Mas você não gostou nada né Christopher?

– Foi ótimo, na verdade foi a melhor noite da minha vida! - percebi que todos estávamos me olhando, ate a Karen,

– Que foi? - ri para ver se quebrava o gelo da cozinha.

– Estamos saindo em meia hora - falou a mãe da Karen.

– Vamos todos no mesmo carro, o Henri irá dirigir, - a mãe da Karen falou como se conhecesse meu pai a anos, e não tenho duvida, quando meu pai recebeu a ligação da mãe da Karen ele saiu correndo feito loco.

Fiquei feliz por que vou viajar com a Karen, posso estar sendo bobo, besta, mas ela mexe comigo de uma forma que nenhuma menina tinha mexido antes, mas tenho a pequena impressão de algo ainda via ficar entre nós.


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