~~~~~~Lucy on

Eu me sentia incapacitada, indefesa, fraca, um verdadeiro lixo! Eu esperava um milagre, especificamente ele, o que eu mais queria era que Natsu viesse e tirar dessa jaula de tortura. Ou até queria acordar em minha cama, com meu garoto ao meu lado dormindo com a cabeça encostada em minha barriga e perceber que tudo não passara de um sonho ruim.

Apesar de todos aqueles pensamentos, eu sabia que a melhor coisa a se fazer era encarar a realidade e esperar pelo pior. Eu respondia as perguntas enquanto ele e torturava psicologicamente me fazendo ver a chave de Loke balançar de um lado para o outro lentamente sobre o fogo, cada resposta e parecia mais uma facada, afinal, eu sabia que ele tinha um péssimo plano contra a Fairy Tail.

– Responda vadia!

Rapidamente acordei de meus pensamentos e percebi que estava prestes a desmaiar.

– A fraqueza do Natsu Dragneel! Diga-me logo!

Pensei um pouco... Oque falar?

– M-meio de transportes.

Ele riu.

– Essa vai ser fácil.

~~~~~~Natsu on

Todos se divertiam e bebiam na guilda, mas já era tarde e eu queria dormir logo, só para o tempo passar mais rápido e eu ver minha Lucy.

– Minna, vou indo – Disse Gray e levantando.

– Juvia quer ir com Gray... para seu quarto.

Todos riram.

– Ainda não sei como você dispensa a Juvia... Mulher assim é coisa de homem! - Disse Elfman.

–Não comecem com isso de novo!

Todos se despediram de Gray.

– Eu vou indo também, estou morrendo de sono – Disse bocejando.

Todos se despediram de mim.

– Happy, você vem? – Perguntei apontando a saída.

– Eu vou ficar mais um pouco, aye!

Dei de ombros e sai, só me restava torcer para ela votar de viagem amanhã.

~~~~~~Lucy on

Eu havia respondido mais ou menos sete torturantes perguntas. Encarei o homem esperando a próxima, ele parecia pensativo, brincando com minhas chaves como se fossem algo insignificante.

– Bom... Eu sou um homem de palavra...

– Hunf – Bufei virando o rosto.

– Continuando, eu sou um homem de palavra, e disse que você seria solta, não?

– S-sim...

– Eu já tenho tudo o que precisava, então, vou deixa-la sair.

Senti esperança invadindo meu corpo, como eu já não tinha mais esse sentimento, foi como tapar um buraco em meu peito.

– Mas! Tenho que avisa-la de uma coisa... – Ele se aproximou de mim apertando minhas bochechas – Saiba que eu coloquei uma bomba em sua querida guildinha, se você disser qualquer coisa eu saberei e ela vai pelos ares! Então é melhor ficar de boca fechada, entende?

Eu fiz que sim com a cabeça assustada.

– Vista-se e saia! – disse me desamarrando da cadeira.

– M-mas... minhas chaves.

– Eu disse que poderia sair, já não está bom? Eu fico com elas, agora faça o que eu mandei!

Nem deixo eu falar e bateu a porta, deixando a sala. Eu não aguentei, desabei no chão, chorando, e estava deitada de lado com as mãos no peito, para tentar parar toda aquela dor. Além de todo o sofrimento que havia passado, ele ainda tomou minhas chaves... Meus amigos. Por um momento pensei em um jeito de recupera-los, mas eu sabia que naquele estado eu nunca conseguiria, ainda sem magia e se poder pedir ajuda aos meus amigos.

Eu soluçava e chorava sem parar, ainda praticamente nua e surrada, então... Eu me lembrei, precisava ver Natsu, o medo de perdê-lo naquela hora e deixou com muita vontade de pular em seus braços e ficar repetindo “Eu te amo” sem parar.

– E-eu t-enho que ser forte... – Disse baixo, me levantando.

Reuni o resto de forças que eu tinha, pegue minhas roupas e me vesti, segurando o choro e deixando escapar gemidos de dor. Mas, eu estava perdida, por onde eu sairia? De repente a mulher de antes entrou, dizendo rápido.

– Me siga – Ela me vendou e me segurou forte pelos pulsos, me puxando.

Quando paramos de andar, percebi que estava sozinha, tateei meu redor, apenas uma parede, tirei a venda devagar, com medo de alguém ainda estar comigo, mas não havia ninguém, olhei em volta, eu estava em um beco escuro, era noite mas e reconhecia aquela rua, era a de cima de minha casa, estava perto, eu comecei a andar quase me arrastando, com muita dificuldade, mas não para minha casa...

– N-Natsu...

~~~~~~Natsu on

Cheguei em casa, fui ao banheiro me trocar, como não durmo de pijamas, coloquei apenas um calção e escovei os dentes, me olhei no espelho e disse para mim mesmo:

– Espero que ela me perdoe pelas coisas que eu disse... – Suspirei.

Fui lentamente até minha cama, pensando no erro que cometi. Passei pelo corredor e reparei em algo estranho, a janela estava aberta e eu havia acabado de fechar. “Deve ter sido o vento” Pensei, fechei-a novamente e voltei a andar para meu quarto, mas, chegando lá...

– O que você esta fazendo ai?!

Era Lisanna! Deitada em minha cama apenas de calcinha e sutiã apertando meu travesseiro.

– O que foi Natsu? Não gostou da surpresa?

– O-oque quer dizer? Como você entrou aqui? E vá vestir uma roupa!

– Acho que você não entendeu... – Ela se levantou e veio até mim – A Lucy está viajando, não?

Ela estava passando a mão pelo meu abdômen, eu fui dando passos para trás até chegar na cama, então ela e empurrou, eu cai deitado e ela subiu em cima de mim.

– Vamos aproveitar e nos divertir um pouco, que tal – Ela falava com uma voz provocante.

– N-não! Eu namoro a Lucy! Lisanna, pare já com isso!

– Nhááá a Lu-chan nem vai ver.

Ela aproximou seu rosto do meu me beijou lentamente, eu tentava parar mas ela estava me prendendo de um jeito quase imobilizador, quando se afastou de mim, ela sorriu.

Sentou em mim e segurou minhas mãos colocando-as em seus seios e apertando-as.

– Lisanna... P-pare.

Ela estava começando a gemer e eu não conseguia me soltar, ela pegou minhas mãos e passou-as pela sua barriga até chegar em sua calcinha, onde começou a fazer movimentos com elas, enquanto gemia de prazer. De repente, em um movimento rápido ela colocou algo em minha boca e disse.

– Assim nós podemos nos divertir mais, é só um remedinho, não se preocupe.

Eu nunca trairia Lucy, mas pareci que eu estava saindo de mim, quando percebi que eu estava conduzindo minha mão dentro da calcinha de Lisanna, eu não conseguia mais parar, eu brincava com o corpo dela e nem me importava com Lucy. Aquele remédio estava me fazendo pirar.

– Viu? Eu disse que seria divertido.

– Tem razão, gostosa.

As vezes eu parava para pensar no que estava fazendo, mas logo voltava para a “brincadeira”. Lisanna parou, se aproximou de mim e me beijou novamente, enquanto eu apertava sua bunda. Desviei o olhar para a direita, voltei a mim quando vi... Lucy na porta me encarando triste e chorando toda machucada.

– Lucy eu...

Ela saiu correndo...