Descobrir um amor escrita por Kitsune


Capítulo 18
Sem volta


Notas iniciais do capítulo

Sim, foi eu recorde de demora, mas é culpa da fisica, quimica, algebra, e CIA TT-TT
Fãs de NaLu, esperem mais um pouquinho, por favor :3
Boa leitura ^-^



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~~~~~~Natsu on

–Lucy... LUCY!!!

De repente tudo o que aconteceu foi se formando e minha cabeça desde a briga até aqui, eu... Eu havia traído minha princesa nunca me senti tão assustado e arrependido. Estava paralisado, ainda com Lisanna sentada em meu colo, virei minha cabeça lentamente para direção da albina enquanto tirava minhas mãos dela. Ela estava rindo baixinho, eu não e controlei, ainda assustado, ergui minha mão quase travando e lhe dei um tapa que a vez parar imediatamente com o rosto virado para a esquerda.

– O que você fez... Lucy...

Empurrei Lisanna para o lado, me levantei em um salto e sem pensar duas vezes sai correndo para procurá-la, deixando a albina no chão furiosa.

Estava escuro, a luz da lua não ajudava muito, havia apenas a fraca iluminação dos postes da rua, para piorar começou a chuviscar e nenhum sinal dela, a chuva apagaria os traços do cheiro dela.

– Lucy! Por favor, apareça!

Eu estava desesperado, andei mais ou menos cinco quarteirões procurando em cada canto.

– O-o que eu fiz? Eu... sou um monstro – Cai ajoelhado no chão – Lucy, por favor... LUCY!!!

Eu fiquei ali, deitado no chão cobrindo os olhos que não paravam de chorar, estava tão frio, e pensar que eu poderia estar me aquecendo abraçado a ela, mas, será que ainda haveriam momentos como? Não me surpreenderia se ela nunca mais falasse comigo depois disso.

De repente, ouvi um gemido baixinho vindo de trás de um beco, levantei correndo e fui ver o que era. Entrei naquele lugar com muito cuidado para ver quem ou o que era, estava muito escuro, só era possível ver a silhueta da pessoa.

– Sa-saia daqui!

– Lucy? Eu estava te procurando...

– Pra que? Esfregar na minha cara que você ficou com a Lisanna?

– Não! Isso foi um mal entendido!

– N-não venha com desculpas, eu sei o que vi.

A voz dela fraquejava a cada palavra, ela não olhava para mim nem por um instante.

– Por favor, só me deixe explicar – Estendi a mão para ela.

Acho que ela estava tão assustada que aceitou e colocou as mãos sobre a minha, mas se estivesse em outro momento, nunca faria isso. Eu a ajudei a levantar, saímos desviando dos sacos de lixo e tralhas do beco, ela teve que ir apoiada em meu ombro. “O que aconteceu para você ficar assim, Lucy?” pensei.

Paramos de andar em baixo de um poste de luz, que realçava seus cabelos dourados e sua pele molhada pela chuva que caia levemente sobre nós.

– Lucy... O que aconteceu com você?

Ela apenas virou o rosto, ainda com lágrimas nos olhos. Eu me aproximei para abraça-la, mas ela recuou assustada, ofegante.

– Lucy, eu...

– Você... Não se aproxime de mim.

– Eu só quero explicar! Não foi culpa minha! Lisanna... ela me deu algo para eu ficar daquele jeito e... eu agi sem controle, eu não queria... Eu te...

– Cala a boca! Ela deu o corpo para você e você aceitou! – Ela estava gritando e chorando ao mesmo tempo – Eu... Eu precisava de você por um momento e justo ai você faz isso comigo e eu...

Me aproximei dela e a puxei para perto a calando com um beijo, eu a beijava enquanto ela socava minhas costas com as únicas forças que restavam, a chuva ficava mais forte e a luz do poste começava a piscar quando eu parei o beijo ela me olhou profundamente nos olhos.

– Eu te odeio... Não fale comigo nunca mais...

Ela foi embora correndo o mais rápido que suas pernas machucadas permitiam. Eu fiquei parado, sem saber o que fazer, ela me odiaria mais se eu corresse atrás dela, mas ela estava tão frágil que não chegaria até sua casa.

Me virei para trás, Lisanna vinha em minha direção, ainda e calcinha e sutiã.

– O que você quer? Já não fez o suficiente para estragar minha vida?

– Natsu... Eu não fiz nada de errado, você que se deixou levar, deve ser por que aquela santa – Disse fazendo sinal de aspas com as mãos – não satisfaz suas vontades e desejos, você agiu por instinto.

Eu a ouvia falar, tremendo de raiva e sem conseguir responder de tanta tristeza, além de Lucy, minha amiga de infância dizia coisas inimagináveis.

– Mas você deveria saber que na verdade ela dá a bunda para qualquer um que encontra, essa é a realidade e...

– CALA A BOCA! Cala a boca sua puta! Eu nunca deveria ter confiado e você, você é só mais uma vadia qualquer! – Segurei-a levantando pelo braço - Nunca mais ouse dirigir uma só palavra a mim! Suma daqui antes que eu te machuque de verdade – Soltei seu braço bruscamente, a fazendo cair no chão.

Ainda caída no chão, Lisanna abriu um sorriso e deu uma gargalhada, se levantando.

– A-adeus... Natsu...

Eu a olhei por um instante, além de seu sorriso maléfico, uma lágrima brilhante escorreu de seu olho esquerdo, ela se virou e desapareceu entre as casas.

Depois disso, fui procurar Lucy, depois de três horas procurando, desisti e voltei para casa.

~~~~~~Lucy on

Acordei assustada, olhando para todos os lados, eu estava em uma casa estranha, feita de madeira e com móveis de bambu, algo bem rustico.

De repente um senhor de idade saiu de uma porta, carregando uma bandeja com leite e biscoitos.

– Oh! Sabia que você acordaria agora.– Ele parecia simpático, sorrindo.

– Q-quem é você?

– Só um novo amigo, mas me diga, loira, como foi parar desmaiada na caçada?

– O-oque? Eu não sei...Em que rua estamos?

– Na rua da raça principal.

– Isso é bem longe da casa do Natsu... Acho que eu corri tanto que não aguentei.

– E esses ferimentos? Fiz o máximo que pude pra curá-los mas mesmo assim não foi o suficiente.

Eu não sentia quase nenhuma dor.

– Uaau! Obrigada!

– Desculpe minha curiosidade mas... Por que você estava correndo?

– M-meu ex-namorado me traiu... – Disse conformada.

– Háhá toda historia tem dois lados, sabia?

– Não! Não há desculpas. Muito obrigada por cuidar de mim, como posso te recompensar?

– Oh! Eu não quero nada, apenas ajudar esta linda moça já é minha recompensa.

– Háhá é muito gentil de sua parte, mas eu realmente tenho que ir, só mais uma coisa, por quanto tempo eu apaguei?

– Disse me levantando e indo em direção à porta

– Poucas horas, quatro ou cinco.

Me despedi do senhor, mas... para onde eu iria?


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