Foi no Instituto de Durmstrang... escrita por Sensei, KL


Capítulo 21
Juiz imparcial


Notas iniciais do capítulo

Gente, tenho nem o que dizer da rapidez desse capítulo. Agradeçam a linda recomendação da Little zombie, que foi divina!
Obrigada Linda, esse capítulo divoso é para você
Enjoy!



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PDV Lyra

Todos nos olhavam surpresos, na verdade era super estranho por que estava o maior silêncio no jardim enquanto Karkaroff me analisava.

–Bem, que surpresa você causou a todos não é senhorita Anderson. –A voz de Dumbledore se fez ouvir no silêncio embaraçoso.

–Pode-se dizer que sim. –Falei dando de ombros.

Karina sorriu ao meu lado.

–É un prrazer revê-lo, Dumblodorre. –Ela falou sorrindo e fez um pequeno aceno com a cabeça.

–O prazer é meu, senhorita Ivanov. –Ele sorriu pequeno. –Vamos todos para dentro, tenho certeza que as senhoritas Anderson e Ivanova explicarão tudo aos devidos interessados logo mais.

–Claro, claro. Vamos entrar. –Karkaroff respondeu olhando para nós.

Karina virou para me olhar e sorriu animada, ela parecia praticamente quicar no chão, tão feliz quanto eu. Os outros alunos de Durmstrang foram entrando logo depois do diretor e Victor.

–Ah, eu estou en Hogarts! –Ela falou fazendo um barulhinho de alegria. –Algons rostos conhecidos estão aqui tamben.

Do nosso lado os “rostos conhecidos” passaram, Nikolai acenou levemente com a cabeça e dois alunos depois vinha o sorriso mais cafajeste do mundo em minha direção.

–Sentiu minha falta? –A voz de Dimitri sussurrou ao me ouvido.

–Não começa Ivanova! –Falei me afastando.

–Famos. –Ele disse rindo. –Temos que entrar.

Karina me segurou na mão e me puxou, mas eu neguei com a cabeça.

–Tenho que voltar para os meus amigos. Sente-se perto de mim no jantar.

Ela sorriu a acenou que sim com a cabeça, então entrou ao lado de Ivanova.

Quando ela se afastou Rony, Mione, Harry, Nate, Simas, Neville e Dino se amontoaram ao meu redor.

–Você conhece Victor Krum?

–Pode arranjar um autografo dele para mim?

–Você não me disse que eram tão parecidas.

–Caramba Lyra, você devia ter visto a cara deles quando Karina apareceu.

–Caramba, você tem uma irmã gêmea!

Eles falaram todos ao mesmo tempo, de modo que eu não conseguia mais entender quem tinha perguntado o que.

–Podem deixar para enlouquecer a senhorita Anderson lá dentro. –A voz da professora Mcgonagall soou severa ao nosso lado. –Temos que entrar e pelo amor de Merlin, não me envergonhem em frente as escolas convidadas.

Todos acenaram que sim com a cabeça e fomos andando em direção ao castelo, Harry, Mione, Ron e Nate continuaram junto comigo.

–Quando você disse que sua prima se parecia com você eu não achei que era literalmente. –Harry disse andando ao meu lado.

–Eu tô de olho naquele Ivanova, ta entendendo? –Nate disse colocando a mão no meu ombro.

–Nate, não enche tá bom? –Falei irritada e virei para Harry. –Eu queria fazer uma surpresa.

–E conseguiu. –Hermione disse. –Vocês são gêmeas?

–Na verdade não, nem temos laços sanguíneos. –Expliquei. –É um mistério que tento resolver tem bastante tempo.

–Eu não acredito. –Rony disse levantando a cabeça tentando olhar mais na frente. –É o Krum Harry, Victor Krum. Você é amiga dele, Lyra?

–Não exatamente. Ele é amigo da Karina, são melhores amigos.

–Pelo amor de Deus Rony, ele é apenas um jogador de quadribol. –Hermione falou.

– Apenas um jogador de quadribol?- exclamou Rony, olhando para a amiga como se não pudesse acreditar no que ouvia. - Mione, ele é um dos melhores apanhadores do mundo! Eu não fazia idéia de que ele ainda estava na escola!

–Bom, ele está, assim como Ivanova e Nikolai. –Expliquei.

–Acha que você pode tentar arranjar um autografo para mim? –Ele pediu. – Ah, não acredito, não trouxe uma única pena comigo. Acha que ele assinaria meu chapéu com batom?

–Francamente. –Hermione bufou desdenhosa.

–Rony, se controla. –Falei sentindo vergonha alheia.

Para quem reclamava da Hermione no segundo ano ele está até bem confortável no papel de tiete. Mas ao olhar ao redor pude notar várias pessoas procurando nos bolsos e pulando nas pontas dos pés para ver melhor o Krum.

–Lyra? –Uma garota do sexto ano me puxou pela blusa. –Você é amiga do Krum?

Ela me olhava cheia de expectativa.

–A minha prima é. –Falei.

–Será que você poderia me arranjar um encontro com ele? –Ela pediu.

Arregalei os olhos, surpresa. Deus do céu! Eu nem sabia o nome daquela garota. Querida, abaixa o fogo, por favor?

–Ela não vai arranjar coisa nenhuma, faça-me o favor né? –Hermione falou horrorizada me puxando para longe daquela garota.

Rony nos puxou para a ponta da mesa, perto das portas, por que o pessoal de Durmstrang ainda estava ali parado, aparentemente sem saber onde se sentar.

–Aqui! Venham se sentar aqui! –Rony pedia para os céus. – Lyra, chama sua prima para cá, talvez o Krum venha com ela também.

–Você definitivamente não vai fazer isso. –Nate falou para mim. –Se chamar a Karina o Ivanova vem atrás que nem um cão farejador.

Eu ri daquela superproteção. Quem diria que Nate é ciumento comigo?

–Ah, tarde demais. –Rony disse decepcionado.

Olhei para trás e vi os estudantes de Durmstrang indo em direção a mesa da Sonserina. Karina conversava animada e sentou ao lado de Krum, do outro lado estava Malfoy, Crabbe e Goyle, todos cheios de si. Malfoy virou para falar com Krum e Karina virou para conversar com o primo, Ivanova.

O pessoal de Beauxbatons havia se instalado na mesa da Corvinal e todos olhavam ao redor temerosos e com frio. Parecia que apenas uma estudante havia sido inteligente o bastante para trazer o casaco, a garota do Nate, Michelle. Ela sorriu olhando ao redor tentando ver tudo, até que uma garotinha a cutucou no braço e falou algo, então ela tirou o casaco e deu para a menorzinha.

Bom, ela foi gentil com a garotinha menor, talvez pudesse dar uma chance para a Francesinha afinal de contas.

–--

PDV Rose

–Olha, a irmã gêmea da Lyra está acenando para você. –Gina me disse.

Eu virei na direção que ela apontava, Karina me olhava sorrindo e acenou com a mão, animada. Eu acenei de volta. Então ela apontou para o seu lado, ela estava sentada ao lado de Dimitri Ivanova, o cara que beijou a Lyra. Eu soltei uma risadinha entendendo o que ela queria me dizer, era hora de infernizar a vida da Lyra.

Ela voltou a se sentar.

–Elas não são irmãs. –Eu falei virando para Gina. –São primas adotivas.

–Adotivas? –Mandy perguntou, confusa, ela estava sentada na minha frente.

–É meio complicado. Nós não tentamos entender, só aceitamos. –Falei dando de ombros.

–Quem diria que sua irmã conheceria Victor Krum. Rony deve estar doido. –Gina disse me fazendo rir. –Ele vai acabar com a paciência dela, você sabe, ele é apaixonado pelo Krum.

–Lyra vai saber lidar. –Eu respondi sorrindo.

Olhei em direção a Lyra, ela estava ignorando Rony que falava sem parar olhando para a mesa da sonserina onde Krum estava ao lado de Karina.

Nate estava sentado em frente a ela, mas ele não olhava para ninguém ao redor, seu olhar estava em outra direção. Segui seus olhos e me deparei com as garotas de Beauxbatons. Será que Nate se interessava por uma delas?

Franzi o cenho, preocupada, confesso.

–--

Depois que todos os estudantes tinham entrado no salão e sentado às mesas das Casas, vieram os professores, que se dirigiram à mesa principal e se sentaram. Os últimos da fila foram o Prof. Dumbledore, o Prof. Karkaroff e Madame Maxime. Quando a diretora apareceu, os alunos de Beauxbatons se levantaram imediatamente. Alguns alunos de Hogwarts riram. A delegação de Beauxbatons não pareceu se constranger nem um pouco e não tornou a se sentar até que Madame Maxime estivesse acomodada do lado esquerdo de Dumbledore. Este, porém, continuou em pé e o Salão Principal ficou silencioso.

– Boa-noite, senhoras e senhores, fantasmas e, muito especialmente, hóspedes - disse Dumbledore sorrindo para os alunos estrangeiros. - Tenho o prazer de dar as boas-vindas a todos. Espero e confio que sua estada aqui seja confortável e prazerosa.

Uma das garotas de Beauxbatons, ainda segurando o xale na cabeça, deu uma inconfundível risadinha de zombaria, achei aquilo extremamente ofensivo, qual era o problema com essas pessoas afinal? Não podiam ser mais educados? Ridículo.

– O torneio será oficialmente aberto no fim do banquete - disse Dumbledore. - Agora convido todos a comer, beber e se fazer em casa!

–--

PDV Michelle

–Parre de ser una vaca Fleur, tirre esse xale de sua cabeça, esta rridícula. – minhas palavras chegaram aos seus ouvidos e a loira fez beiço como criança.

Gabrielle ri ao meu lado, sua risada ecoa pelo salão fazendo algumas cabeças virarem para olhar em sua direção, a pequena veela estava toda encolhida dentro do meu casaco e eu sorrio para ela.

– Focê esta rridícula Fleur. –Ela fala concordando.

– Fleur, eu entento que você quer participar do torneio, entento que esta con frrio e con sono. Mas isso non significa que você dever ser uma vaca, porr favorr, colaborra. Seja mas educada. – Ela bufou olhando para o seu prato.

A mesa em que sentamos é enorme, muito diferente de Beauxbatons, onde as mesas são redondas, o lugar é branco cheio de flores e esculturas de gelo, Hogwarts é como um castelo medieval, Beauxbatons é como o castelo da Disney.

Todos olhavam para nós com admiração, as garotas tinham ciúmes, como sempre, e os garotos morriam por causa de Fleur. Eu a chamei de vaca, mas não é que ela não seja uma vaca, até que ela é a metade do tempo, só que as Veelas são muito territoriais, Fleur é sincera e principalmente não esta acostumada a ficar fora de sua zona de conforto, o que nos leva a escutar suas reclamações e ela vai reclamar até não poder mais. Ainda assim eu sei que ela gostou do castelo, principalmente pela admiração masculina.

O problema é que ela nunca vai admitir, ela é uma vaca, sim, mas é a minha vaca. E a amo como irmã, como a pequena Gabrielle, minha companheira de aventuras.

– Amiga, eu sei, é só que... – ela começa a falar e gabrielle sorri.

– Focê esta aborrecida, con sono, frrio... – A pequena veela complementa.

– E non tem mas regalias como temos en Beauxbatons.- Completo a frase e ela sorri.

Sim temos algumas regalias, com minhas visões e o alto índice de Fleur ter meninas querendo seu couro, por causa de ser um quarto veela, e bem, tendo muitas namoradas ciumentas no colégio... Nós dividimos um quarto, um quarto para mim e fleur, onde gabrielle está sempre nos visitando.

– Mas focê ainda esta sendo uma vaca. – Falo e ela acaba rindo.

As vasilhas estavam cheias de comida, mas eu não havia colocado nada para comer ainda, por que onde quer que eu olhava havia carne, carne e mais carne. Olho em direção a minha madrinha na mesa dos professores com uma expressão triste, eu me recuso a comer carne, eu sou vegetariana até o fim da minha vida.

–Alguém esta de mal humor agorra. – Fleur sorri a mim, fazendo uma piadinha irônica.

A única coisa que tem aqui que não tem carne é batatas assadas e a sobremesa. Bufei irritada.

– Fleur non enche! –Resmunguei sentindo meu sotaque mais pronunciado por estar irritada. -Comar seus cadáverres de animais lendos e fovinhos! Comar seu cadáverr e me deixar em paz.

Então de repente meu prato se enche de comida, era macarrão com molho branco e alguns legumes, ao lado do prato havia uma pequena notinha. Fleur subiu as sobrancelhas, surpresa.

Peguei a notinha e li.

Querida afilhada,

Eu sei que você não come carne, a cozinha vai enviar alimentos, direto em seu prato, não contendo nada que não goste.

Com amor,

Sua madrinha.

Sorri amplamente para a mesa dos professores, minha madrinha sorriu sentada ao lado de madame Maxime, ter uma madrinha que é vice-diretora tem suas vantagens.

– Que amorr isso Michelle, ela é incrrível, eu achei lindo esse gesto de Tia Minnie. – Gabrielle sorriu, as minhas duas e únicas amigas conhecem dona Minerva como ninguém.

– Aquele garroto que você encarrou esta olhando parra focê. – Fleur comenta e eu sorrio.

– É ele... O garroto que conheci en minhas férrias de natal o ano passado. – meu sorriso maroto fez fleur esquecer o mal humor.

Ela sorri marota, se levanta da mesa tirando o chalé da cabeça e indo até a mesa. Ela caminha rebolando, eu não acredito que ela esta fazendo isso.

Comecei a rir, ela é louca!

Tá certo que quando se junta uma vidente e uma veela não é uma amizade muito convencional, mas ela as vezes se supera por sua cara de pau.

Fleur se aproximou da mesa onde ele estava, exatamente no lugar onde ele se sentava com os amigos, ela falou com um garoto ruivo que ficou mais vermelho do que seus cabelos, então ela virou em direção a Nate. Ele franziu o cenho, Fleur estava de costas para mim, mas eu simplesmente sabia que ela estava sorrindo, ou melhor, jogando seu charme de Veela em Nate.

Mas para a minha surpresa ele apenas empurrou uma tigela em sua direção e voltou a comer do seu prato, ela voltou para a nossa mesa trazendo a tigela, sorridente.

– Ele é bonito, eu admito, non caiu no charrme veela. –Ela disse se sentando e colocando a tigela em nossa frente, era Boujilabaisse. - Ele ten algo diferrente, algo um pouco perrigoso, eu non sei o que é, mas tome cuidado. Ah, clarro, esqueci, focê é uma bendita vidente maluca! Focê já sabe de tudo. – ela fala sarcástica, baixo o suficiente que a ultima frase só fosse dita em meu ouvido. – Mas ele é um bebe, um bebezinho Michelle, focê non esta pensando em confrraternizar com o berçário, está?

Cai na gargalhada, assim como Gabrielle, Fleur é hilária quando ela quer.

– E focê vai querrer un dos jogadorres búlgarros de quadribol? – pergunto e ela sorri amplamente.

– Non amiga, eu já chamo demais atençon sozinha, non prreciso de um homem parra chamar mas atençon do que eu. Imagina? Isso serria um crrime contrra as mulherres da humanidade, serria o ápice delas todas me odiarrem um pouco mas querrida. – ela fala sarcástica e cheia de malicia.

– Fleur, seu ego do tamanho de um pegasus, um dia focê vai ficar con uma pessoa que tenha bem menos do que focê, enton vai aprender o que é ter mas noçon das coisas. – falo comendo minha linda e deliciosa comida vegetariana.

–Focê está falando como amiga, ou como vidente? –Ela perguntou curiosa.

–Focê nunca vai saberr. –Respondi.

Ela deu de ombros como se já esperasse essa resposta.

– Pelo menos pegasus son bonitos. – ela fala voltando a comer e me fazendo quase engasgar com a comida.

Olho para ela com a sobrancelha arqueada e Gabrielle ri.

–--

PDV Lyra

Que interessante... Pensei ao olhar aquela garota loira ir andando em direção a mesa da Corvinal, ela tinha acabado de vir aqui pegar o Boujilabaisse e aproveitado para dar em cima do Nate, DES-CA-RA-DA-MEN-TE. Mas o Nate, é claro, não estava nem aí. Ao contrário de Rony que olhava para ela como se fosse sua ultima visão em vida.

– Quando vocês dois repuserem os olhos dentro das órbitas, poderão ver quem acaba de chegar. - disse Hermione com energia para Rony e Harry, esse ultimo olhava para a mesa da corvinal, na direção de Cho Chang.

Hermione apontou para a mesa dos funcionários. Duas cadeiras que estavam vazias acabavam de ser ocupadas. Ludo Bagman sentou-se agora do outro lado do Prof. Karkaroff enquanto o Sr. Crouch, chefe de Percy, ficou ao lado de Madame Maxime.

– Que é que eles estão fazendo aqui? - indagou Harry surpreso.

– Eles organizaram o Torneio Tribruxo, não foi? - disse Hermione. - Imagino que quisessem vir assistir à abertura.

–Faz sentido. –Falei olhando aquela movimentação.

Quando o segundo prato chegou, havia diversos pudins desconhecidos, também. Rony examinou um tipo esquisito de manjar branco mais atentamente, depois deslocou-o com cuidado alguns centímetros para a direita, de modo a deixá-lo bem visível para os convidados à mesa da Corvinal. Mas a garota que, de acordo com ele, lembrava uma veela parecia ter comido o suficiente e não veio até a mesa apanhá-lo.

Depois que os pratos de ouro foram limpos, Dumbledore se levantou mais uma vez.

Neste momento, uma agradável tensão pareceu invadir o salão. Fred e Jorge se curvaram para frente, observando Dumbledore com grande concentração. Eu quase podia admirara a determinação deles.

– Chegou o momento - disse Dumbledore, sorrindo para o mar de rostos erguidos. – O Torneio Tribruxo vai começar. Eu gostaria de dizer algumas palavras de explicação antes de mandar trazer o escrínio...

– O quê? - murmurou Harry. Rony deu de ombros.

–Apenas para esclarecer as regras que vigorarão este ano. –Ele explicou.-Mas, primeiramente gostaria de apresentar àqueles que ainda não os conhecem o Sr. Bartolomeu Crouch, Chefe do Departamento de Cooperação Internacional em Magia - houve vagos e educados aplausos -, e o Sr. Ludo Bagman, Chefe do Departamento de Jogos e Esportes Mágicos.

Houve uma rodada mais ruidosa de aplausos para Bagman do que para Crouch, talvez por sua fama de batedor ou simplesmente porque ele parecia muito mais simpático. Ele agradeceu com um aceno jovial. Bartolomeu Crouch não sorriu nem acenou quando seu nome foi anunciado.

– Nos últimos meses, o Sr. Bagman e o Sr. Crouch trabalharam incansavelmente na organização do Torneio Tribruxo – continuou Dumbledore - e se juntarão a mim, ao Prof. Karkaroff e à Madame Maxime na banca que julgará os esforços dos campeões. –Com um sorriso esperto ele levantou a mão para o lado. - O escrínio, então, por favor, Sr. Filch.

Filch, que andara rondando despercebido um extremo do salão, se aproximou então de Dumbledore, trazendo uma arca de madeira, incrustada de pedras preciosas. Tinha uma aparência extremamente antiga. Os alunos começaram a murmurar.

– As instruções para as tarefas que os campeões deverão enfrentar este ano já foram examinadas pelos Srs. Crouch e Bagman. - disse Dumbledore, enquanto Filch depositava a arca cuidadosamente na mesa à frente do diretor - E eles tomaram as providências necessárias para cada desafio. Haverá três tarefas, espaçadas durante o ano letivo, que servirão para testar os campeões de diferentes maneiras... Sua perícia em magia, sua coragem, seus poderes de dedução e, naturalmente, sua capacidade de enfrentar o perigo.

A esta última palavra, o salão mergulhou num silêncio tão absoluto que ninguém parecia estar respirando.

– Como todos sabem, três campeões competem no torneio – continuou Dumbledore calmamente -, um de cada escola. Eles receberão notas por seu desempenho em cada uma das tarefas do torneio e aquele que tiver obtido o maior resultado no final da terceira tarefa ganhará a Taça Tribruxo. Os campeões serão escolhidos por um juiz imparcial... O Cálice de Fogo.

Dumbledore puxou então sua varinha e deu três pancadas leves na tampa do escrínio.

A tampa se abriu lentamente com um rangido. O bruxo enfiou a mão nele e tirou um grande cálice de madeira toscamente talhado. Teria sido considerado totalmente comum se não estivesse cheio até a borda com chamas branco-azuladas, que davam a impressão de dançar.

–Wow! Que lindo! – Ofeguei.

Dumbledore fechou o escrínio e pousou cuidadosamente o cálice sobre a tampa, onde seria visível a todos no salão.

– Quem quiser se candidatar a campeão deve escrever seu nome e escola claramente em um pedaço de pergaminho e depositá-lo no cálice - disse Dumbledore. - Os candidatos terão vinte e quatro horas para apresentar seus nomes. Amanhã à noite, Festa do dia das Bruxas, o cálice devolverá o nome dos três que ele julgou mais dignos de representar suas escolas. O cálice será colocado no saguão de entrada hoje à noite, onde estará perfeitamente acessível a todos que queiram competir.

"Para garantir que nenhum aluno menor de idade ceda à tentação", continuou Dumbledore, "traçarei uma linha etária em volta do Cálice de Fogo depois que ele for colocado no saguão. Ninguém com menos de dezessete anos conseguirá atravessar a linha. E, finalmente, gostaria de falar aos que querem competir, que ninguém deve se inscrever neste torneio levianamente. Uma vez escolhido pelo Cálice de Fogo, o campeão ficará obrigado a prosseguir até o final do torneio. Colocar o nome no cálice é um ato contratual mágico. Não pode haver mudança de ideia, uma vez que a pessoa se torne campeã. Portanto, procurem se certificar de que estão preparados de corpo e alma para competir, antes de depositar seu nome no cálice. Agora, acho que já está na hora de irmos nos deitar. Boa-noite a todos.”

Levantei junto com o pessoal e olhei ao redor, Karina vinha em minha direção, tentando passar pelas pessoas.

– Uma linha etária! - exclamou Fred, os olhos brilhando, enquanto atravessavam o salão rumo às portas que se abriam para o saguão de entrada.

– Bom, isso deve ser contornável com uma Poção para Envelhecer, não? E depois que o nome estiver no cálice a gente vai ficar rindo, ele não vai saber dizer se você tem ou não dezessete anos! –Jorge completou.

– Mas eu acho que ninguém abaixo de dezessete anos terá a menor chance – disse Hermione - ainda não aprendemos o suficiente...

– Fale por você - disse Jorge rispidamente. - Você vai tentar entrar, não vai, Harry?

Harry pensou.

–Definitivamente não. –Rose disse aparecendo ao nosso lado. –Você não vai né Harry?

Ele olhou para ela, Rose tinha uma expressão preocupada e Harry sorriu pequeno, colocando a mão na cabeça dela.

– Onde está ele? - perguntou Rony interrompendo. Ele procurava entre os alunos para ver que fim levara Krum. - Dumbledore não disse onde o pessoal de Durmstrang vai dormir, disse?

Mas sua pergunta foi respondida quase instantaneamente, Karina estava quase perto de mim quando estávamos passando pela mesa da Sonserina, Karkaroff se apressava em chegar aos seus alunos.

– Voltamos ao navio, então - foi ele dizendo. - Victor, como é que você está se sentindo? Comeu o suficiente? Devo mandar buscar um pouco de quentão na cozinha?

Krum sacudiu negativamente a cabeça e vestiu as peles.

–Lyra! –Karina falou feliz, segurei suas mãos. –Non posso ficar.

–Eu sei. –Falei tristemente.

– Professor, eu gostaria de beber um pouco de vinho disse outro garoto de Durmstrang esperançoso fazendo com que eu e Karina olhássemos toda a situação.

– Eu não ofereci a você, Poliakoff - respondeu Karkaroff, seu caloroso ar paternal desaparecendo instantaneamente.

–Ele é sempre assim? –Perguntei a Karina.

–É pior. –Ela respondeu com uma sombra no olhar e seguiu atrás dele.

–Vejo que derramou comida nas vestes outra vez, moleque porcalhão...

Karkaroff lhe deu as costas e conduziu os alunos para fora, chegando à porta no mesmo momento que Harry, Rony, Nate e Hermione.

Harry parou para deixá-lo passar primeiro.

– Obrigado - disse Karkaroff, olhando distraído para o garoto.

E então o bruxo estacou. Tornou a virar a cabeça para Harry e encarou-o como se não pudesse acreditar no que via. Atrás do diretor, os alunos de Durmstrang pararam também. Os olhos de Karkaroff percorreram lentamente o rosto de Harry e se detiveram na cicatriz.

Eu sabia como Harry se sentia desconfortável quando as pessoas o olhavam desse jeito, então eu fui a sua direção e parei em frente a Harry, de modo que ele ficava escondido atrás de mim, então encarei Karkaroff que me olhou espantado.

Os alunos de Durmstrang miraram Harry, cheios de curiosidade, também. O garoto que sujara as vestes de comida cutucou uma colega ao seu lado e apontou abertamente para a testa de Harry.

Karkaroff no entando já havia parado de olhar para ele, agora estava olhando para mim, eu sustentei o olhar.

– É, é o Harry Potter, sim. –Uma voz grossa soou atrás dos alunos.

O Prof. Karkaroff virou-se completamente. Olho-Tonto Moody se achava parado ali, apoiado pesadamente na bengala, o olho mágico encarando sem piscar o diretor de Durmstrang.

A cor se esvaiu do rosto de Karkaroff, uma expressão terrível, em que se misturavam a fúria e o medo, tomou o rosto do homem.

– Você! - exclamou ele, encarando Moody como se duvidasse de que realmente o via.

– Eu - disse Moody sério. - E a não ser que tenha alguma coisa a dizer a Potter, Karkatoff, você talvez queira continuar andando. Está bloqueando a porta.

Era verdade, metade dos estudantes no salão aguardava atrás deles, espiando por cima dos ombros uns dos outros para ver o que o que estava causando o engarrafamento.

–Senhorita Ivanov! –A voz de Karkaroff soou irritada antes dele virar e sair andando.

Moody observou-o desaparecer de vista, seu olho mágico fixando as costas do bruxo, uma expressão de intenso desagrado em seu rosto mutilado.

Olhei para Karina, ela tinha os olhos arregalados e segurava no braço de Victor Krum com força. Os dois se encararam como se conversassem com o olhar e ambos estavam preocupados, então seguiram juntos atrás do diretor.

Antes de sair Karina virou olhando para trás em minha direção, tinha um olhar assustado e se foi.

Somente naquele momento eu entendi a gravidade do meu erro... Eu não podia enfrentar o diretor Karkaroff por que isso teria consequências diretas em Karina e eu não poderia protegê-la.

Olhei em direção ao jardim onde Victor abraçava Karina pelos ombros.

–Por favor, proteja-a Krum. –Pedi baixinho.

–--


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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
Câmbio e desligo