Foi no Instituto de Durmstrang... escrita por Sensei, KL


Capítulo 20
Surpresa!


Notas iniciais do capítulo

AAAAHHHH O DIA QUE TODOS ESPERAVAM! Deus do céu, eu tava ansiosa para escrever e postar essa capítulo.
Vocês vão querer me matar por parar onde parei, mas tem que haver suspense certo? kkkkk
Mereço recomendação ou não? haha
Enjoy!



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PDV lyra

– Será que o Cedrico sabe? Acho que vou avisar a ele... –Eu levantei a cabeça ao notar o som do nome do Cedrico saindo da boca de Ernesto McMillam.

Fechei a cara, nunca gostei daquele garoto desde o dia em que ele acusou Harry de ser o herdeiro de Sonserina.

Mas por que será que eu virei ao som do nome do Cedrico?

– Cedrico? - repetiu Rony sem entender, enquanto Ernesto saía apressado.

– Diggory - disse Harry. - Ele deve estar inscrito no torneio.

– Aquele idiota, campeão de Hogwarts? - disse Rony, quando abriam caminho pelo ajuntamento de alunos para chegar à escadaria.

– Ele não é idiota, você simplesmente não gosta dele porque ele derrotou a Grifinória no quadribol - disse Hermione. – Ouvi falar que é realmente um bom aluno, e é monitor!

Balancei a cabeça concordando com Hermione.

–Isso ele realmente é. –Falei.

– Você só gosta dele porque ele é bonito - respondeu Rony com desdém olhando para Hermione.

– Perdão, eu não gosto de pessoas só porque são bonitas! - retrucou Hermione indignada.

–Eu gosto, e caramba, Diggory é tão bonito que chega a ser pecado! –Falei meio sem pensar.

Nate, Rony e Harry olharam para mim de olhos arregalados.

–O que foi que você disse? –Nate perguntou surpreso.

Senti-me corar no mesmo instante.

–O que? Ele é! Pode ser um babaca arrogante, mas é gostoso.

Nate riu alto me fazendo ficar muito mais envergonhada.

–--

–Vamos lá Lyra, use um! –Hermione pediu.

Bufei irritada. Estávamos andando no corredor do segundo andar.

–Hermione, entende uma coisa: Os elfos não querem liberdade! –Falei segurando-a pelos ombros.

–O dobby queria. –Ela rebateu.

–O dobby é diferente. Ele era maltratado. –Respondi.

–Como você sabe que eles não querem se nunca falou com eles?

–Eu já falei! E eles não querem! –Falei.

–Ah, vamos lá Lyra, você é ou não minha amiga? –Ela disse.

Abri a boca numa expressão de choque.

–Você está fazendo chantagem emocional comigo. –Acusei.

–Depende. Está dando certo? –ela perguntou.

Bufei novamente.

–Certo Hermione. –Joguei os braços para o ar. –Eu vou usar o seu precioso bottom, okay? E ajudar na sua campanha sem noção alguma. Está feliz?

–Radiante! –Ela respondeu, me entregou um bottom e saiu sorrindo.

Peguei o bottom nele tinha a palavra F.A.L.E., Frente de apoio à libertação dos Elfos. Pelo menos era isso que Hermione dizia, ela ficou um pouco (lê-se muito) irritada com aquela história da winky, posso entendê-la, mas acho que ela está levando aquilo a serio demais.

Meio contrariada e achando tudo aquilo muito engraçado eu coloquei o broche na minha roupa e continuei meu caminho. Tinha tanta coisa a mais para se preocupar na minha cabeça. Tinha mandado uma carta no dia anterior para o meu pai pedindo para contar ao Harry que ele estava lá em casa, para falar a verdade eu não me importava muito com a resposta, já estava decidida a contar a Harry onde Sirius estava, mas queria saber primeiro se eu tinha que me preparar para uma bronca ou não.

–--

Na manhã do dia 30 de outubro, um dia antes do aniversário da Rose, o grande salão estava adornado com bandeiras de seda da cor das quatro casas de Hogwarts. Atrás da mesa dos professores estava uma bandeira maior ainda com o símbolo de Hogwarts, uma águia, um leão, uma cobra e um texugo unidos ao redor de um H gigante.

–Wow, isso ficou bonito. –Comentei com Harry, Hermione e Rony que estavam comigo.

–Concordo. Todo mundo trabalhou muito. –Ela disse olhando ao redor.

Aproximamos-nos da mesa da Grifinória onde Fred e Jorge estavam de sussurros um com o outro.

–É chato, sim - dizia Jorge sombriamente a Fred. - Mas se ele não quer falar conosco pessoalmente, temos que lhe mandar uma carta. Ou enfiá-la

Na mão dele, ele não pode ficar nos evitando pra sempre.

– Quem é que está evitando vocês? - perguntou Rony, sentando-se ao lado deles.

– Gostaria que fosse você - disse Fred, mostrando-se irritado com a interrupção.

– Que é que é chato? - perguntou Rony a Jorge.

– Ter um babaca metido feito você como irmão - disse Jorge.

–Tem gente bem tenso aqui não é? –Eu comentei pegando nos ombros de Fred e fazendo uma massagem, ele sorriu em minha direção.

– Vocês já tiveram alguma idéia para o Torneio Tribruxo? - perguntou Harry. - Continuaram pensando como vão tentar se inscrever?

– Perguntei a McGonagall como é que os campeões são escolhidos, mas ela não quis dizer - respondeu Jorge com amargura. - Só me disse para calar a boca e continuar transformando o meu racun.

– Fico imaginando quais vão ser as tarefas - disse Rony pensativo. - Sabe, aposto que poderíamos dar conta, Harry e eu já fizemos coisas perigosas antes...

– Não na frente de uma banca de juízes, isso vocês não fizeram - disse Fred. - McGonagall disse que os campeões recebem pontos pela perfeição com que executam as tarefas.

–Eu devia ter pesquisado mais sobre esse torneio. –Comentei comigo mesma, descansei meu queixo no topo da cabeça de Fred e abraçei seu pescoço.

– Quem são os juízes? - perguntou Harry

– Bem, os diretores das escolas participantes sempre fazem parte da banca - disse Hermione e todos a olharam surpresos -, porque os três ficaram feridos durante o torneio de 1792, quando um basilisco que os campeões deviam capturar saiu destruindo tudo.

Ela notou que todos a olhavam e disse, com o seu costumeiro ar de impaciência quando via que ninguém mais lera os mesmos livros que ela:

– Está tudo em Hogwarts: uma história. Embora, é claro, esse livro não seja cem por cento confiável. Uma história revista de Hogwarts seria um título mais preciso. Ou, então, Uma história seletiva e muito parcial de Hogwarts, que aborda brevemente os aspectos mais desfavoráveis da escola.

–Não pergunta! –Eu falei.

Mas já era tarde.

– Do que é que você está falando? - perguntou Rony.

– Elfos domésticos!- disse Hermione em voz alta, comprovando que eu acertara. - Nem uma vez, em mais de mil páginas, Hogwarts: uma história menciona que somos todos coniventes na opressão de centenas de escravos!

Então ela começou um discurso apaixonado sobre a “opressão de centenas de escravos”. Claro, pouquíssima gente realmente levou a serio, mas eu olhei sua animação e sua paixão a uma boa causa. Hermione era a sabe tudo mais fofa do mundo.

– Escuta aqui, Mione, você já foi à cozinha? –Fred perguntou.

– Não, claro que não. - respondeu a garota secamente. - Nem posso imaginar que os alunos devam...

– Bom, nós já fomos - disse Jorge, indicando Fred - várias vezes para afanar comida. E encontramos os elfos e eles estão felizes. Acham que têm o melhor emprego do mundo...

– E porque eles não têm instrução e sofrem lavagem cerebral! - começou Hermione acaloradamente.

Mas as suas palavras foram abafadas por uma chuva de corujas, era dia de correio.

Minha coruja, Jack, pousou em minha frente com uma carta, peguei o pergaminho amarelado com o nome PAPAI na frente e abri rapidamente.

Querida Lyra,

Talvez você esteja certa e seja hora de contar ao Harry onde estou. Explique a ele direito, por favor, espero que ele não fique com raiva. Moony pediu que avisasse ao Nate que ele esqueceu o sapato das vestes a rigor e ele vai mandar na próxima semana junto com mais notícias. Sua mãe e eu... Bom, estamos bem. Isso não é algo que você deva saber em detalhes mocinha.

Manda um beijo para a minha princesinha Rose.

Com amor, papai. (Eu não me canso de escrever isso.)

Minha princesinha Rose? Que história é essa de princesinha? Eu deveria ser a princesinha dele! Bufei contrariada.

Okay, posso esquecer que ele falou isso se ele me der passe livre para sair de casa nos finais de semana... Sozinha. Vou ter negociar. Sorri animada.

–Harry. –O chamei no canto.

Ele deixou Fred e Jorge nos seus planejamentos e veio em minha direção com Hermione e Ron.

–O que foi? –Ele perguntou.

Eu entreguei a carta para Harry, lá estava o endereço da minha casa e a letra de Sirius.

–Ele está na sua casa? –Perguntou surpreso.

–Claro! Como eu não pensei nisso antes? É tão óbvio. –Hermione disse batendo na própria testa. –É o lugar perfeito para ele se esconder.

–Mas e sua mãe? –Ron perguntou.

–Não tem problema. Ela aceitou muito bem. Assim como minhas tias.

–Mas por que não me contou logo? –Harry perguntou.

–Ah Harry, você iria querer visitar o Sirius. Não é óbvio? –Hermione falou.

Confirmei com a cabeça.

–Tem gente te vigiando Harry, a todo momento. Você realmente acha que não iria ceder a tentação de ir visita-lo lá em casa? –Perguntei.

Ele baixou a cabeça olhando a carta.

–Você está certa. Eu não iria. –Então ele suspirou aliviado. –Ele está bem, isso é o que importa.

Eu sorri e coloquei meu braço ao redor de seus ombros.

–--

Ninguém prestou muita atenção nas aulas naquele dia, inclusive os professores estavam um pouco avoados nas aulas. Claro, era nesse dia que Beauxbatons e Durmstrang chegariam, minha barriga estava embrulhada e minhas mãos estavam frias.

Por isso quando chegou o momento em que a professora Minerva nos juntou todos em fila em frente ao saguão de entrada eu sentia como se fosse desmaiar de nervoso.

–Ow... –Gemi colocando a mão na barriga.

–O que foi Lyra? Nervosa? –Harry perguntou atrás de mim.

–Você não tem ideia. –Respondi.

–Ah é, você tem aquela prima que estuda em Durmstrang, não é? –Hermione perguntou atrás de Harry.

–Sério? E como ela é? –Rony perguntou na minha frente.

–Acreditem, vocês vão saber assim que a virem. –Eu disse sorrindo nervosamente.

–Ela parece com você? –Hermione perguntou.

–Um pouquinho. –Nate respondeu, prendendo o riso, na frente de Rony.

–Weasley, endireite esse chapéu. –A professora Mcgonagall falou passando ao nosso lado. –Senhorita Patil, tire essa coisa ridícula do cabelo.

Resmungando descontente Parvati tirou o enorme enfeite de borboleta de sua trança, minha nossa que garota sem noção! Argh. Senti meu nervosismo diminuir só de olhar para aquela garota e sentir vontade de bater na cara dela. Até hoje não perdoei ela ter espalhado aqueles boatos de que eu e Malfoy estávamos namorando.

Senti uma fisgada no estômago e meus olhos procuraram Draco na multidão, o flagrei me olhando a distância, ele tinha o cenho franzido. Até que Pansy Parkinson o cutucou no ombro e ele olhou para ela. Balancei a cabeça negativamente e voltei a olhar para frente.

–Quase seis horas - comentou Rony, verificando o relógio e depois espiando o caminho que levava aos portões da escola. - Como é que vocês acham que eles vêm? De trem?

– Duvido - respondeu Hermione.

– Como então? Vassouras? - arriscou Harry, erguendo os olhos para o céu estrelado.

– Acho que não... Não vindo de tão longe... –Nate respondeu olhando também para cima.

– De chave de portal? - aventurou Rony. - Ou quem sabe aparatando, talvez tenham permissão de fazer isso antes dos dezessete anos no lugar de onde vêm?

– Não se pode aparatar nos terrenos de Hogwarts. Quantas vezes tenho que repetir isso a vocês - falou Hermione com impaciência.

Os garotos examinavam excitados e atentos os jardins cada vez mais escuros, mas nada se movia; tudo estava quieto, silencioso, como sempre.

Esfreguei minhas nãos uma na outra pra me esquentar. O frio já estava me fazendo esquecer a ansiedade.

E então Dumbledore falou em voz alta da última fileira, onde aguardava com os outros professores:

–Aha! A não ser que eu muito me engane, a delegação de Beauxbatons está chegando!

–Onde? -perguntaram muitos alunos ansiosos, olhando em diferentes direções.

– Ali! - gritou um aluno da sexta série, apontando para o céu sobre a Floresta.

Olhei para Nate um pouco mais a minha frente, ele olhou para o céu ansioso e eu sorri, esperava mesmo que a garota, a Michelle, viesse. Queria conhecer a garota que deixou meu irmão tão bobo assim.

Alguma coisa grande, muito maior do que uma vassoura - ou, na verdade, cem vassouras -, voava em alta velocidade pelo céu azul-escuro em direção ao castelo, e se tornava cada vez maior.

– É um dragão! gritou esganiçada uma aluna da primeira série perdendo completamente a cabeça.

– Deixa de ser burra... É uma casa voadora! - disse Dênis Creevey.

Realmente, o que Dênis disse não era exatamente mentira. Puxada por doze enormes e incrivelmente belos cavalos alados vinha uma carruagem azul clara do tamanho de um casarão

As três primeiras fileiras de alunos recuaram quando a carruagem foi baixando para pousar a uma velocidade fantástica - então, com um baque estrondoso que fez Neville saltar para trás e pisar no pé de um aluno da quinta série da Sonserina -, os cascos dos cavalos, maiores que pratos, bateram no chão. Um segundo mais tarde, a carruagem também pousou, balançando sobre as imensas rodas, enquanto os cavalos dourados agitavam as cabeçorras e reviravam os grandes olhos cor de fogo.

–Caramba! –Ofeguei surpresa.

Um garoto então abriu a porta e baixou uma escadinha de outro até o chão, da porta da carruagem saiu a maior mulher que eu já vi em toda a minha vida, praticamente do tamanho de Hagrid.

Ao entrar no círculo de luz projetado pelo saguão de entrada, ela revelou um rosto bonito de pele morena, grandes olhos negros que pareciam líquidos e um nariz um tanto bicudo. Seus cabelos estavam puxados para trás e presos em um coque na nuca. Vestia-se da cabeça aos pés de cetim negro, e brilhavam numerosas opalas em seu pescoço e nos dedos grossos.

Dumbledore começou a aplaudir, os estudantes, acompanhando a deixa,

Também bateram palmas, muitos deles nas pontas dos pés, para poder ver melhor a mulher.

O rosto dela se descontraiu em um gracioso sorriso e ela se dirigiu a Dumbledore, estendendo a mão faiscante de anéis. O diretor, embora alto, mal precisou se curvar para beijar-lhe a mão.

– Minha cara Madame Maxime – disse Dumbledore. - Bem-vinda a Hogwarts.

– Dumbly-dorr - disse Madame Maxime, com uma voz grave e um sotaque forte. - Esperro encontrrá-lo de boa saúde.

– Excelente, obrigado - respondeu ele.

– Meus alunos - disse Madame Maxime, acenando descuidadamente uma de suas enormes mãos para trás.

Foi então que notei que uns doze garotos e garotas haviam descido da carruagem, e tremiam de frio por estarem vestidos apenas com umas vestes de seda finíssima, eles olhavam para o castelo, com uma expressão apreensiva. Quando eu imaginei que ninguém mais sairia da carruagem uma garota ruiva saiu sorrindo animada e desceu a escadaria dourada correndo. Todos notaram quando ela correu em direção a professora Mcgonagall e a abraçou fortemente.

– Marraine! (Madrinha!) –Ela gritou.

–Michelle querida. –A professora Mcgonagall sorriu pegando o rosto da garota entre as mãos.

Arregalei os olhos e virei o rosto em direção a Nate, ele olhava a garota ruiva com um sorriso incrédulo, então aquela era a Michelle de quem Nate tanto falava. Eu sorri comigo mesma, havia entendido o que ela gritou, ela chamou a Professora Minerva de madrinha! Fico pensando se Nate sabe que a garota é afilhada da nossa professora de Transfiguração.

Soltei uma risadinha pensando no problema que ele ia se meter, ah, esse ano ia ser divertido.

–Michelle! –Madame Maxime falou num tom de censura.

Michelle sorriu em direção a mulher e fez uma mesura.

– Pardonnez-moi le directeur Maxime. (Me perdoe diretora Maxime.) –Ela disse, no entanto seu sorriso não parecia nem um pouco arrependido.

Madame Maxime sorriu como se entendesse a animação da garota e dispensou as desculpas com um aceno da mão. Michelle continuou abraçada com a madrinha fazendo todos os alunos cochicharem sobre que tipo de relacionamento e Professora Mcgonagall deveria ter com ela.

– Karrkarroff já chegou? - perguntou Madame Maxime mudando de assunto.

– Deve estar aqui a qualquer momento - disse Dumbledore. - Gostaria de esperar aqui para recebê-lo ou prefere entrar para se aquecer um pouco?

– Me aquecerr, acho. Mas os cavalos...

– O nosso professor de Trato das Criaturas Mágicas ficará encantado de cuidar deles - disse Dumbledore - assim que terminar de resolver um probleminha que ocorreu com alguns de seus outros... protegidos.

– Explosivins - murmurou Rony para Harry, rindo-se, como eu estava entre os dois ouvi o comentário.

– Meus corrcéis ecsigem... hum... um trratadorr forrte - disse Madame Maxime, com uma expressão de dúvida quanto à capacidade de um professor de Trato das Criaturas Mágicas em Hogwarts para dar conta da tarefa. - Eles son muito forrtes...

– Posso lhe assegurar que Hagrid poderá cuidar da tarefa - disse o diretor, sorrindo.

– Ótimo - disse Madame Maxime, fazendo uma ligeira reverência -, por favorrr inforrrme a esse Agrid que os cavalos só bebem uísque de um malte.

Assobiei baixinho, putz, esses cavalos devem ser mais bem tratados que muito ser humano por aí.

– Farei isso - respondeu Dumbledore, retribuindo a reverência.

– Venham - disse Madame Maxime imperiosamente aos seus alunos e o pessoal de Hogwarts se afastou para deixá-los subir os degraus de pedra.

Michelle deu um beijo na bochecha da Professora Mcgonagall e indo junto com a sua diretora e os outros alunos de Beauxbatons, no caminho para entrar, no entanto, ela ficou olhando ao redor como se procurasse por alguma coisa, até que seus olhos acharam Nate, olhei para o meu irmão que engoliu em seco quando seus olhos se encontraram, ela abriu a boca levemente surpresa e então sorriu.

Uh-oh! Eu conhecia aquele sorriso, era o mesmo que eu dava antes de fazer alguma travessura. Com um movimento da cabeça ela chamou duas garotas, eram uma loira e uma menininha que aparentemente tinha oito anos, as três vieram em nossa direção e passaram por nós antes de entrar. Michelle não era tão alta, mas tinha um corpo incrível, os cabelos ruivos alaranjados, os seios eram enormes e eu abri a boca surpresa com aquilo, ela olhou Nate durante todo o caminho e o garoto parecia estar suando frio.

–Nossa... O que temos aqui? –Eu sussurrei para mim mesma olhando aquela cena.

Quando a ruiva entrou no castelo eu voltei a olhar para Nate que estava de olhos fechados respirando fundo. O cheiro que aquela garota deixou para trás devia ser bem intenso.

–Nate, você está bem cara? –Rony perguntou.

Eu segurei o riso quando Nate acenou que sim com a cabeça e sorriu forçadamente para Rony.

–O que ele tem? –Rony me perguntou.

–Nem queira saber meu amigo, nem queira saber. –Eu respondi.

–De que tamanho você acha que os cavalos de Durmstrang vão ser? – perguntou Simas Finnigan, esticando-se por trás de Lilá e Parvati para falar com Harry e Rony.

– Bom, se eles forem maiores do que esses, nem Hagrid vai ser capaz de cuidar deles - comentou Harry. - Isto é, se ele já não foi atacado pelos explosivins. Qual será o problema com eles?

– Talvez tenham fugido - arriscou Rony esperançoso.

– Ah, não diz uma coisa dessas - falou Hermione, com um arrepio. – Imaginem aqueles bichos soltos pela propriedade...

–Seria no mínimo um desastre. –Falei sorrindo.

Nós continuamos parados, agora tremendo um pouco de frio, à espera da delegação de Durmstrang. A maioria das pessoas contemplava o céu, esperançosa. Durante alguns minutos, o silêncio só foi interrompido pelos cavalões de Madame Maxime que resfolegavam e pateavam. Mas então...

– Vocês estão ouvindo alguma coisa? - perguntou Rony de repente.

Harry prestou atenção, um barulho alto e estranho chegava até nós através da escuridão, um ronco abafado mesclado a um ruído de sucção, como se um imenso aspirador de pó estivesse se deslocando pelo leito de um rio...

– O lago! - berrou Lino Jordan apontando. - Olhem para o lago!

Claro! Por que eu não pensei nisso? Obviamente Durmstrang viria num navio, quantas vezes Katina me narrou por suas cartas sobre o barulho do mar na sua janela e do porto que ela costuma ir com os amigos nos finais de semana e feriados?

De nossa posição, no alto dos gramados, de onde descortinavam a propriedade, tinhamos uma visão desimpedida da superfície escura e lisa da água – exceto que ela repentinamente deixara de ser lisa. Ocorria alguma perturbação no fundo do lago onde grandes bolhas se formavam no centro, e suas ondas agora quebravam nas margens de terra - e então, bem no meio do lago, apareceu um rodamoinho, como se alguém tivesse retirado uma tampa gigantesca do seu leito...

Algo que parecia um pau comprido e preto começou a emergir lentamente do rodamoinho... E então Harry avistou o velame...

– É um mastro! - disse ele a mim e a Hermione que éramos as pessoas ao seu redor.

Sim, ele estava certo, era o inicio de um mastro e lenta e imponentemente o navio saiu das águas, refulgindo ao luar. Tinha uma estranha aparência esquelética, como se tivesse ressuscitado de um naufrágio, e as luzes fracas e enevoadas que brilhavam nas escotilhas lembravam olhos fantasmagóricos. Finalmente, com uma grande espalhação de água, o navio emergiu inteiramente, balançando nas águas turbulentas, e começou a deslizar para a margem. Alguns momentos depois, ouviram a âncora ser atirada na água rasa e o baque surdo de um pranchão ao ser baixado sobre a margem.

Era lindo! Senti meu coração acelerar.

Havia gente desembarcando, o pessoal viu silhuetas passarem pelas luzes das escotilhas. Os recém-chegados pareciam ter físicos semelhantes aos de Crabbe e Goyle... Mas então, quando subiram as encostas dos jardins e chegaram mais próximos à luz que saía do saguão de entrada, percebi que aquela aparência maciça se devia às capas de peles de fios longos e despenteados que estavam usando.

Olhei de um para o outro, ansiosa, estava praticamente quicando no meu lugar.

O homem que os conduzia ao castelo usava peles de um outro tipo; sedosas e prateadas como os seus cabelos.

– Dumbledore! - cumprimentou ele cordialmente, ainda subindo a encosta. – Como vai, meu caro, como vai?

–Otimamente, obrigado, Prof. Karkaroff.

Senti algo gelado descer pela minha costela quando ouvi aquele nome. Então aquele homem era o diretor Karkaroff de quem Karina tanto falava.

O homem tinha uma voz ao mesmo tempo engraçada e untuosa. Quando ele entrou no círculo de luz das portas do castelo, percebi que era alto e magro como Dumbledore, mas seus cabelos brancos eram curtos, e a barbicha (que terminava em um cachinho) não escondia inteiramente o seu queixo fraco. Quando alcançou Dumbledore, apertou-lhe a mão com as suas duas.

– Minha velha e querida Hogwarts! - exclamou, erguendo os olhos para o castelo e sorrindo, seus dentes eram um tanto amarelados, e Harry reparou que seu sorriso não abrangia os olhos, que permaneciam frios e astutos. - Como é bom estar aqui, como é bom... Victor, venha, venha para o calor... você não se importa, Dumbledore? Victor está com um ligeiro resfriado...

Karkaroff fez sinal para um de seus estudantes avançar. Quando o rapaz passou por nós eu percebi que reconhecia aquele perfil.

–Harry, é o Krum! –Rony sussurrou animado.

Ao som de seu nome Victor Krum virou em nossa direção e olhou para Rony, foi então que me notou ao seu lado.

–Lyra! –Ele disse e em seguida abriu um sorriso.

– Zdraveĭ Viktor, kak ste? (Olá Victor, como vai?)-Respondi sorrindo.

–Karina! –A voz de Victor soou grossa chamando o nome da minha prima.

Então uma garota, ao que parecia a única, veio andando em nossa direção com um enorme casaco de pele que a fazia ficar bem parecida com todos os outros alunos homens do colégio.

–Victor o que está fazendo? –O diretor Karkaroff perguntou.

A esse momento todos os alunos já olhavam em nossa direção. Foi somente quando Karina se aproximou das luzes que todos ofegaram, inclusive o próprio diretor Karkaroff. Vários comentários sussurrados começaram a rolar pelo lugar, mas foi a Lilá quem colocou o pensamento em palavras.

–AH MEU DEUS! Agora temos duas dela. –Ela disse num tom choroso.

Nesse momento eu não consegui aguentar mais ficar parada e corri em direção a ela, eu e Karina nos abraçamos e rimos.

–Por que não me avisou? –Eu sussurrei ao seu ouvido.

–Surrpresa! –Ela disse animada e riu.

–O que é isso? –O diretor Karkaroff perguntou vindo em nossa direção.

–Diretor eu gostaria de apresentar minha prima. –Karina falou em alto e bom som segurando minha mão, de modo que todos pudessem ouvi-la. –Lyra Anderson.

–--


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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
Câmbio e desligo