Foi no Instituto de Durmstrang... escrita por Sensei, KL


Capítulo 17
Ah, Hogwarts...


Notas iniciais do capítulo

Não vou poder responder os comentário de vocês agora, mas prometo que vou responder quando chegar internet na minha casa! Já mandeu instalar gente, a mulher falou que vem em vinte dias, vamos torcer para que seja vinte dias mesmo.
Amo vocês!
PS: Esse capítulo é em Homenagem a minha linda Michelle, feliz aniversário amorzinho!



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PDV Lyra

Eu estava de volta para o campo de grama, Tio Ash acenava de longe me chamando pelo nome... Estava mais velha, podia ouvir o choro de Rose ao meu lado e seu sangue nos meus dedos... Agora era o Beco Diagonal, Draco estava com a cabeça baixa e a mão no rosto, o seu pai lhe dando as costas... Nate estava ao meu lado, a carta da Michelle em minhas mãos...

–PARE! –Gritei ofegante.

–Não pense em nada. –Dumbledore reclamou, irritado.

–Eu não consigo! Não consigo! –Falei sentindo lágrimas nos olhos.

Dumbledore estava com a varinha empunhada em minha direção, eu tentei me defender de seu ataque, mas oclumência era mais difícil do que eu pensava.

–Você pode tentar se defender. –Ele me aconselhou.

Apertei a varinha na mão sem ter coragem de ataca-lo.

–Eu sei. –Falei limpando o suor na testa.

–Já estamos aqui a duas horas e você não conseguiu me bloquear ainda. Por favor, repita o principio da Oclumência.

–Fechar a mente para invasões externas. –Respondi prontamente.

–Como você faz isso?

–Limpando a sua mente, disciplinando seus sentimentos, colocando muros em suas memórias. –Respondi novamente.

–Você sabe a teoria. –Ele falou me encarando, girou ao redor de sua mesa e sentou na cadeira. –Então por que não colocou em prática?

–É difícil! –Resmunguei. –Mais uma vez. Vamos tentar mais uma vez.

–Não. –Ele disse suspirando. –Você está muito cansada e já está bem tarde. Foi bom para um começo.

–Foi péssimo! –Reclamei.

Ele riu.

–Paciência Lyra.

Amarrei o cabelo e abanei o pescoço para diminuir o calor. Então virei em direção à porta.

–Paciência não é uma das minhas virtudes. –Comentei.

Dumbledore sorriu.

–Boa noite Lyra.

–Boa noite diretor.

–--

Os dias se passaram rápido, de manhã eu tinha tempo livre então decidi acordar mais cedo para correr ao redor do castelo, a tarde eu estudava e treinava oclumência e depois ia explorar o castelo e a noite eu ia para o escritório do diretor para que ele me ajudasse. Depois daquela primeira noite eu evitei ir mais fundo nas masmorras, ficava apenas na entrada conversando com Merlim, ele era um homem muito sábio para um quadro, mas quem sou eu para julgar? Era divertido conversar com ele e as vezes me arriscava cantando uma ou duas músicas para alegra-lo.

Logo já estávamos no último dia de agosto.

Levantei cedo antes do sol ter nascido direito, olhei ao redor pelo quarto achando aquele silêncio estranho. Bufei irritada me remexendo na cama, sentia falta de conversar com Hermione e com Rose, principalmente agora que faltava apenas um dia para que os alunos viessem, eu estava cada vez mais ansiosa. Levantei da cama jogando os lençóis de lado e coloquei uma roupa de corrida.

Quando saí do castelo o sol já estava subindo, tudo ao redor tinha um brilho meio azulado, com aquele orvalho ao redor das plantas e um friozinho gostoso. Seria até ruim se eu já não estivesse acostumada a correr bem cedo.

–Lyra? –A voz de Hagrid me chamou.

Ele vinha pelo jardim com algumas plantas na mão.

–Bom dia Hagrid. –Sorri.

–Acordou cedo de novo. Para onde vai? –Ele perguntou confuso.

–Vou correr um pouco ao redor do castelo.

–Correr de novo? –Ele me olhou estranho.

Eu ri.

–Fazer exercício Hagrid!

Acenei em despedida e corri pela grama.

Quando corri ao redor de Hogwarts pela primeira vez tive uma dimensão maior do tamanho da escola, havia lugares estranhos onde o silêncio reinava e coisas pareciam rastejar pelo chão, encontrei um lugar uma vez onde havia um círculo de árvores que as folhas eram todas cor de chumbo, como se estivessem queimadas e no centro do círculo havia uma construção de pedra com colunas e um teto circular, como uma espécie de jardim gótico. Era bonito, mas não importa quantas vezes eu tente voltar lá simplesmente não consigo achar o caminho de volta, como a sala da árvore brilhante.

Houve outro dia em que achei um precipício, eu não o achei exatamente, sabia que ele estava ali, mas nunca tinha realmente notado. Naquele dia eu parei na beirada e encarei escuro tentando ver o fundo. Mas uma vez um homem sábio de quem nunca lembro o nome disse que se você encara o abismo, ele vai encarar você de volta. Nunca entendi realmente aquela frase até o dia em que encarei o abismo e senti como se estivesse me perdendo.

Sim, Hogwarts era um lugar perigoso mesmo.

Controlei minha respiração correndo pela Orla da floresta proibida, a única coisa que eu ouvia era o som dos meus passos na grama, até que o som abafado de algo correndo se juntou a mim. Parei virando em direção ao som, mas como eu o som parou também. Balancei a cabeça achando que estava imaginando coisas, voltei a correr, mas então o barulho voltou, parei novamente.

O barulho parou comigo.

Franzi o cenho.

–Quem está aí? –Perguntei.

Não tive resposta. Pff... Como se alguém que estivesse me perseguindo realmente fosse responder.

Virei as costas e corri rápido, o som de cascos correndo atrás de mim ficou nítido daquela vez, aumentei a velocidade olhando para trás a todo instante, as pegadas na terra eram de um animal quadrupede, mas eu não conseguia vê-lo. Tinha alguma coisa me perseguindo, mas eu não podia vê-lo! Medo escorreu pela minha espinha e quando vi a casa de Hagrid ao longe e gritei.

–HAGRID! HAGRID SOCORRO!

O barulho de galope parou quando cheguei a horta de Hagrid, olhei para trás como se fosse realmente ver alguma coisa e tropecei caindo de joelhos no chão. Não havia nada atrás de mim.

Talvez nem tivesse nada para início de conversa e eu imaginei tudo.

Talvez eu estivesse ficando louca como Dumbledore.

Joguei-me no chão tentando acalmar meu coração, então vi a casa de Hagrid fechada e lembrei que ele estava no castelo. Respirei fundo, sim, Hogwarts era realmente muito perigosa.

Olhei para o sol que já tinha nascido e pensei no dia de amanhã, dia primeiro de setembro e eu sentia que estava prometendo.

–--

PDV Rose

–O que você quer dizer com maquiagem? –Perguntei.

Gina estava sentada na minha cama com a caixinha de maquiagem da minha mãe no colo.

–Pra te deixar mais bonita. Você sabe... Para o Nate te elogiar.

–Me elogiar?

–É... Assim ele vai te notar não é?

–Sei não Gina.

Olhei para o espelho a minha frente, virei o rosto focando na minha cicatriz, não era uma cicatriz feia, Lyra havia me tirado do caminho quando Nate me atacou e só havia pegado superficialmente, mas ainda assim era uma coisa que se notava.

Será que Nate me achava feia por isso?

–Só uma tentativa. –Ela pediu animada.

–Tudo bem, uma tentativa.

Então ela sentou a minha frente e começou a passar isso e aquilo, coisas que eu não sabia o que eram, mas que ela insistia em dizer que a minha mãe havia a ensinado a usar. Bem, se a minha mãe ensinou então ela faria um bom trabalho, não é querendo me gabar não, mas a minha mãe é incrível.

–Bom, você pode abrir os olhos agora. –Ela disse.

Gina segurava um espelho na minha frente, ela havia colocado uma sombra clara nos meus olhos, um blush e um batom rosa, havia lápis de olho e máscara para cilíos, estranhamente eu me achei bonita.

–Nossa Gina, você realmente é boa nisso.

–Sou não é? –Ela disse orgulhosa.

A minha cicatriz estava escondida sob a maquiagem, ela ainda era visível, mas parecia mais leve.

–Venha, coloque isto.

Ela jogou um vestido florido que havia no guarda-roupa no meu colo.

–Por que? –Perguntei.

–Não questione, vista. –Ela disse.

Então eu coloquei o vestido junto com uma sapatilha, me olhei no espelho me sentindo como uma cinderela.

–Você vê? Esse vestido aperta na cintura e faz seus seios parecerem maiores. –Ela disse apontando meu busto.

Olhei para onde ela apontava. Nunca pensei muito nos meus seios, na verdade peitos nunca foi algo que eu pensei, eles simplesmente estavam ali.

–Meus seios são pequenos? –Perguntei segurando eles nas mãos.

Gina me olhou de modo sarcástico e apontou para o próprio busto.

–Você realmente acha que seus seios são pequenos? –Falou irônica.

Olhei para a blusa dela, os seios dela eram menores que os meus. Que estranho, nunca havia notado antes. De que tamanho serão os seios da Lyra? E por que diabos eu estava curiosa com isso?

Balancei a cabeça, confusa.

–Chega de falar de seios. –Falei escondendo os meus com os braços.

–Por mim tudo bem. –Ela deu de ombros. –Venha, quero mostrar a sua mãe minha obra prima.

Ela me puxou pela mão e descemos as escadas rindo, foi quando esbarramos em Nate saindo da cozinha. Gina e eu ficamos paradas olhando-o enquanto ele me analisada um pouco surpreso.

–Nossa Rose! Você está bonita! Aonde vai? –Ele perguntou sem parar de olhar para o meu rosto.

–Nenhum lugar, ela só queria se arrumar um pouco. –Gina respondeu por mim.

Acenei que sim com a cabeça concordando.

–Bem, você realmente está muito bonita. –Ele disse, então virou e foi em direção a porta.

–Aonde vai? –Essa foi a minha vez de perguntar.

Ele virou sorrindo.

–Vou alimentar Bicuço, ele deve estar morrendo de fome.

–Ah, claro. Claro. –Sorri acenando em despedida.

Quando Nate saiu a Gina olhou para mim e gritou animada. Fiz uma careta sentindo meu ouvido doer.

–Isso quer dizer que foi bom, né? –Perguntei começando a me animar.

–A gente pode fazer melhor, você e eu! –Ela disse batendo palminhas. –Se o Nate gostou imagina o Harry?

Então ela me puxou pelo braço correndo animada, eu me deixei ser levada, feliz por ela estar feliz.

Assim é a amizade né?!

–--

PDV Michelle

–Michelle... –Gabrielle sussurrou passando um pano para enxugar minha testa.

Eu podia ouvi-la vagamente em meio a minha visão.

Uma garota estava num dos corredores de Hogwarts, ela andava meio desconfiada, olhando sempre ao redor como se estivesse sendo observada.

–Lyra! –Uma voz apareceu. Ela tinha um leve sotaque... Russo? Búlgaro talvez.

–Karina! –A garota sorriu animada.

Então outra garota saiu das sombras, elas tinham o mesmo rosto. Eram gêmeas! Elas deram as mãos e abriram um pedaço de papel.

–Vai ser difícil e provavelmente vão nos achar loucas se eu disser que o nosso professor de DCAT não é ele mesmo. –Uma delas falou, a garota sem sotaque.

–Vu ajudarr você. –A outra respondeu.

Então a visão acabou e eu soltei o ar que estava prendendo. Abri os olhos olhando ao redor, Gabrielle sorria para mim, limpando o suor da minha testa, sorri de volta. O dormitório estava vazio e eu podia ouvir o som das garotas do lado de fora estudando, odiava quando essas visões atrapalhavam na minha vida acadêmica.

Fechei os olhos sabendo que eles estavam tingidos de sangue e mesmo que Gabrielle negasse tenho certeza que era desconfortável encará-los quando estavam desse modo. Suspirei pensando naquelas garotas gêmeas, não havia sido a primeira visão que tive com a tal de Lyra, mas era a primeira a quem ela era protagonista. Argh! Era tão difícil tentar juntar as peças estando tão longe de Hogwarts, era como um quebra-cabeças que faltavam pedaços!

Hogwarts... Era lá que Nate estudava. Não sabia o que esse garoto tinha que me deixava interessada.

Okay, eu sabia. Estou mentindo para mim mesma. Minha cabeça voltou para o dia em que o vi pela primeira vez, o destino tentava me avisar sobre Nate e enquanto eu estive ali no seu colo eu vi pela primeira vez o MEU futuro.

Eu estava num corredor escuro, abri uma porta de madeira velha como se fizesse aquilo sempre e lá dentro estava Nate, o garoto que eu havia acabado de conhecer, ele estava deitado numa cama e respirava fortemente, cansado.

–Você é tão forrte, nom sei se aguentarria isso. –Eu falei em inglês.

Ele virou em minha direção, sorrindo.

–Você me dá forças.

Aquilo me deixou estranha, mas eu sabia que a ‘eu’ da visão estava feliz. Então para a minha maior surpresa eu me vi indo em direção a cama e sentando ao lado dele.

–Eu te amo. –Eu sussurrei.

Ele levantou o corpo se apoiando nos cotovelos e me encarou sorrindo.

–É a primeira vez que você me diz isso. –Ele levantou e tocou meu rosto. –Eu também te amo Michelle.

Ele se aproximou do meu rosto e...”

E a droga da visão terminou. Justo quando ele ia me beijar.

Foi estranho olhar para aquele garoto cuidando de mim e saber que em algum momento no futuro ele seria meu, que nos amaríamos. Ele deve ter saído da loja confuso comigo.

Nate...

Decidi parar de pensar naquilo e pensar no que eu tinha que fazer, haviam os exercícios de poções e também tinha que treinar o feitiço com a professora Juno. Estranho, sentia que estava esquecendo algo muito importante hoje.

Então alguém bateu na porta.

–Michelle? –Era a voz de Fleur. –Elle est réveillée ? (Ela está acordada ?)

Levantei da cama e abri os olhos sabendo que eles estavam melhores, ela tinha apenas a cabeça do lado de dentro do quarto, como se escondesse algo.

–Oiu! –Falei sorrindo.

–Oh! Ferme tes yeux Michelle ! (Oh, feche os olhos Michelle!) –Ela disse soltando uma risadinha animada.

–Fermer... yeux ? (Fechar... os olhos?) –Perguntei confusa, eu acabei de abri-los.

–Vous avez oublié droit ? (Você esqueceu não é?) –Ela falou num tom leve de reprimenda misturada com diversão.

Gabrielle riu junto com ela, a menina tinha uma cara de travessa.

–Qu’est-ce que tu racontes ? (Do que você está falando?) –Perguntei.

Então Fleur abriu a porta, ali estavam várias alunas de Beauxbatons, a professora de feitiços e Madame Maxine com um bolo decorado com fadas vermelhas e duas velinhas em cima.

–Votre anniversaire, idiot! (Do seu aniversário, boba!) –Fleur respondeu sorrindo.

Arregalei os olhos.

–Mon anniversaire! (Meu aniversário!) –Exclamei surpresa. –Vous avez raison! (Você tem razão!)

Como pude esquecer meu próprio aniversário? O que tenho na cabeça?

Então uma imagem de Nate sorrindo apareceu na minha mente. Esse garoto ainda ia me deixar doida!

–Félicitations Michelle! (Parabéns Michelle!) –Fleur disse.

–Oui, félicitations Michelle. –Gabrielle ecoou e logo todos estavam me dando parabéns.

–Merci! (Obrigada!) –Agradeci feliz.

Sorri quando Madame Maxine trouxe o bolo na minha frente, as fadas de glacê voavam nas bordas, então me pediram para soprar a vela e fazer um pedido eu nesse momento me permiti ser uma garota má. Fechei os olhos e soprei as velas pensando em Nate totalmente melado de chantilly na minha cama.

Será que desejos de aniversário se realizam mesmo?

Ri maliciosa.

–--


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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
Câmbio e desligo