Foi no Instituto de Durmstrang... escrita por Sensei, KL


Capítulo 16
As masmorras de Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente! Não vou pedir desculpas pelo atraso de dois meses! (Meu Deus! Eu mereço um tiro!) Mas foram por motivos de força maior... Estou sem internet a mais de dois meses e isso não dá sinal de mudar tão cedo. Os capítulos estão sendo escritos, só estou impossibilitada de postar! Recebi uma ideia de uma leitora de enviar para uma amiga para que ela poste... Quando eu não puder vou fazer isso, o que não posso é parar a história.
Espero que me perdoem a demora.
Câmbio e desligo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/441914/chapter/16

PDV Lyra

Quando eu e Dumbledore descemos para o salão principal ele passou todo o caminho sorrindo de lado, misterioso.

–O que o senhor tem diretor? –Perguntei achando graça de sua atitude.

–Nada em especial e você? –Ele perguntou.

Soltei uma risada incrédula, ainda estava achando tudo aquilo bizarro demais, afinal de contas eu estava em Hogwarts antes de as aulas começarem oficialmente. Era ao mesmo tempo estranho e excitante.

Gostaria que o Harry estivesse ali comigo.

–Estou só achando estranho estar aqui. –Respondi olhando ao redor. –Está tudo tão vazio.

–Esse castelo não foi feito para estar sem alunos senhorita Anderson. As férias são a pior parte do ano para mim. –Ele comentou olhando ao redor como eu havia feito.

Quando paramos em frente as portas do grande salão Dumbledore sorriu e abriu de modo que todos que estivessem lá dentro pudessem me ver. E lá dentro do grande salão havia uma grande mesa central onde estavam sentados o professor Flitwick, professora Mcgonagal, professora Sprout, professor Snape, o Hagrid e a professora de adivinhação cujo nome eu nunca conseguia lembrar.

–Senhorita Anderson?! –A professora Mcgonagal exclamou.

–Olá. –Respondi baixinho me sentindo subitamente envergonhada de toda aquela atenção.

Professor Dumbledore caminhou em direção ao seu lugar na mesa e eu me sentei no lugar onde havia um prato vazio, como se estivesse esperando por mim, o que de certo modo devia estar. Dumbledore nunca faz nada levianamente.

Acabou que o lugar onde eu havia me sentado era entre Hagrid e o professor Snape.

–Boa tarde professor Snape. –O cumprimentei meio sem jeito. –Olá Hagrid.

O professor Snape apenas acenou com a cabeça me ignorando logo em seguida. Mas Hagrid sorriu animado em minha direção.

–Olá Lyra. –Ele respondeu. –O que faz no colégio tão cedo?

–A senhorita Anderson está desenvolvendo um projeto particular comigo. –Dumbledore falou chamando a atenção de todos. –E, portanto, decidimos que ela deveria vir mais cedo para o colégio esse ano.

–Um projeto? –Professora Mcgonagal perguntou confusa.

Todos os professores ali presentes me olhavam curiosos, cheios de dúvidas.

–Não é nada demais. –Tentei explicar. –O diretor prometeu me ajudar em uns assuntos.

–Uns assuntos... –Professor Snape falou frio, e cheio de significados.

Ele olhou de mim para o diretor como se perguntasse a ele a razão de tudo aquilo, mas Dumbledore apenas sorriu perspicaz e esfregou as mãos uma nas outras.

–Ouvi dizer que a sobremesa de hoje será sorvete de limão. Não estão animados? –Comentou.

Então os elfos começaram a servir toda a comida, professora Mcgonagal começou a conversar com a professora Sprout, professor Snape tentava fugir dos olhares indiscretos da professora de adivinhação e com aquele óculos gigante era quase impossível ela ser discreta. E enquanto todos estavam ocupados com suas próprias coisas eu cutuquei Hagrid no braço.

–Onde estão os outros professores? –Perguntei, olhando ao redor na mesa.

–A maior parte dos professores não fica por aqui nas férias, eles chegam dois dias antes do dia 1 de setembro. –Ele explicou.

–Então só quem mora aqui são esses professores?

–Sim. –Ele sorriu.

–Legal. –Falei animada.

Hagrid riu e cortou um grande pedaço de bife, logo jogando na boca.

–Já que você estará aqui pela próxima semana, bem que você podia passar lá pela minha cabana.

–Claro Hagrid, vai ser muito divertido.

Sorri e olhei para minha própria comida, a comida de Hogwarts... Eu estava no céu!

–--

O primeiro dia em Hogwarts foi legal, Dumbledore permitiu que eu aproveitasse então depois do almoço eu fui para a cabana de Hagrid e passamos toda a tarde conversando e mexendo no pomar dele, quando já estava anoitecendo ele me deixou na porta do castelo, no caminho eu encontrei o professor Snape.

–Boa noite Professor Snape. –Cumprimentei.

–Senhorita Anderson. –Ele acenou com a cabeça.

–Vai a algum lugar? –Perguntei, muito mais por não ter o que dizer do que por curiosidade.

–Isso não é da sua incumbência. –Ele respondeu friamente.

Senti como se ele estivesse me dando uma tapa na cara.

Severo Snape 1. Lyra 0.

–Okay, eu mereci essa. –Falei dando de ombros. –Com licença.

Então passei por ele e fui em direção às escadas.

–E a senhorita? Vai a algum lugar? –Ele perguntou.

Eu virei em sua direção com a boca aberta, pronta para responder que aquilo não era da incumbência dele, mas o olhar letal que ele tinha parecia já estar prevendo isso, então eu apenas sorri e disse:

–Só dar uma volta no castelo.

Ele acenou que sim com a cabeça.

–Aconselho a senhorita a ir direto para o seu dormitório. -Respondeu misterioso e virou fazendo a capa flutuar como se ele voasse. –O castelo pode ser... Perigoso.

Então ele se foi.

Eu sorri de lado. O que ele quis dizer com aquilo? Então um pensamento sapeca veio na minha cabeça, ficou por ali meio nas redondezas, só esperando pela minha aprovação e caramba, eu estava muito tentada a fazer aquilo.

Corri em direção ao dormitório da grifinória onde eu imaginava que estivessem as minhas coisas, a senhora gorda me cumprimentou alegre e abriu a porta sem pedir senha, por que obviamente as aulas ainda não haviam começado. Subi correndo as escadarias vazias e os meus passos ecoavam pelo lugar, quando abri a porta do meu quarto quase esperei ver a Hermione e a Lilá dormindo em suas camas.

Elas não estavam lá, claro, mas as minhas malas estavam. Corri em direção ao meu malão e abri, escondido num bolso falso estava o mapa do maroto, eu vinha guardando desde o ano passado quando o Tio Remus o deixou para mim.

Mordi o lábio puxando a varinha da minha calça onde eu deixava escondida e com um sorrisinho ansioso encostei a ponta no papel.

–Juro solenemente que não farei nada de bom. –As palavras soaram um pouco como um segredo, o que de fato eram.

E então mapa começou a surgir.

Abri o papel procurando as pessoas, não devia ter ninguém na parte do castelo onde eu queria explorar e para isso eu devia saber onde cada um dos poucos habitantes do castelo estava.

Professora Mcgonagal estava no quarto dela, professor Flitwick estava na sala dos professores, Professora Sprout ainda estava nas estufas até aquela hora, Hagrid na sua cabana e Professor Snape estava saindo do castelo pelo portão da frente até que sumiu do mapa, literalmente. A dama cinzenta, fantasma da corvinal, estava na torre, o fantasma do barão cinzento e do frei simplesmente não consegui encontrar, mas o pirraça estava andando pelo terceiro andar, perto do banheiro feminino.

Então procurei pelo diretor. O encontrei no seu escritório, até aí nenhuma novidade, mas havia uma pessoa ali com ele, uma criatura chamada Olho-Tonto Moody.

–Que tipo de pessoa tem o nome de Olho-Tonto? –Perguntei a mim mesma.

Seja lá quem ele fosse eu estava esperando que ele pegasse bastante o tempo do diretor, somente assim ele não sentiria minha falta. Então o mais sorrateiramente possível eu saí do salão comunal e segui para o lugar do castelo que eu iria explorar aquela noite: As masmorras.

–--

O sol já havia se posto quando eu cheguei no subsolo do castelo, não que eu conseguisse ver o sol, mas o lugar ficava consideravelmente mais frio naquela hora.

–Eu devia ter trazido um casaco. –Falei esfregando o braço para me esquentar.

As masmorras eram um conjunto de corredores com algumas portas aleatórias que davam para mais corredores que às vezes pareciam intermináveis, outras davam salas vazias, ou se eu desse sorte, encontraria algo interessante.

As tochas por ali eram a única luz, estava silencioso e frio, eu estava me sentindo como um filme de terror, onde a qualquer momento uma criatura assustadora iria pular de uma daquelas portas e me fazer em pedaços, mas quem disse que eu ligava? A curiosidade era demais para aguentar. Por isso peguei uma das tochas e parti a desvendar os segredos daquele lugar.

Eu já estava bem fundo no castelo, havia descido as escadas atrás de uma porta e segui por um corredor, então havia uma escada para cima e lá outra porta, então atrás da porta havia uma escada em espiral que me trouxe até uma porta velha de madeira, coberta de musgo.

–O que vamos encontrar atrás da porta número três?-Perguntei para o nada, fazendo graça.

Girei a grande maçaneta de ferro e empurrei a porta, o barulho que se seguiu era de algo se quebrando. Mordi o lábio, preocupada, e empurrei mais a porta com medo de ter feito algo errado, mas não havia nada quebrado ali, a sala estava toda escura e de certo modo aquilo começou a me assustar.

–Oi? –Chamei colocando a tocha mais para frente, mas ela parecia não iluminar nada.

–Tem alguém aí?

Por que eu fiz aquilo? Eu não tinha ideia. Mas alguma coisa me disse para fazer.

E para a minha maior surpresa, no centro da sala, várias luzes fraquinhas começaram a surgir uma de cada vez, iluminando o lugar, naquele momento eu perdi o fôlego ao perceber que no centro da sala havia uma árvore e debaixo dela havia um pacote escuro que se movia lentamente, uma das luzes saiu da árvore e se deslocou até o pacote, que levantou a cabeça e virou em minha direção.

O pacote era um lobo... Enorme.

Arregalei os olhos em pânico e fechei a porta, a tocha caiu no chão se apagando e o som de um rosnado veio logo após, desci a escada em espiral correndo no escuro e fechei a porta de baixo, em seguida desci as escadas, corri pelo corredor e subi mais escadas, a todo o momento sentindo como se aquele lobo enorme estivesse atrás de mim. A escuridão era sufocante, até que irrompi em uma porta que dava para o corredor de quadros.

Fechei a porta atrás de mim respirando fundo como se estivesse morrendo afogada, e me afastei da porta como se ela estivesse infestada de aranhas. O que foi aquilo? Por que Dumbledore tinha um lobo daquele tamanho tão enterrado no castelo?

Franzi o cenho olhando ao redor, eu estava num corredor na entrada das masmorras, mas aquilo não fazia sentido, por que eu havia entrado bem fundo no castelo, eu devia estar a no mínimo a 500 metros da entrada das masmorras.

–O que? –Girei ao redor de mim mesma, confusa.

–Está perdida, criança?

–AAAAHHHHH!-Gritei em desespero.

Dei um pulo para longe da voz e a única coisa que eu conseguia pensar era que eu iria morrer naquele momento, mas ao virar lentamente encontrei apenas o quadro de um senhor barbudo vestido de verde musgo, ele tinha um rosto severo que naquele momento estava levemente curioso.

–Meu Deus, você me assustou a quase morte! –Falei irritada.

–Eu assustei você? Uma garota que irrompeu de uma porta que devia estar trancada? –Ele disse num tom de voz que parecia bastante com o do professor Snape.

–O que você quer dizer com trancada? –Perguntei começando a ficar com medo.

Virei para a porta e tremi levemente, ele estava certo, eu havia passado por aquela porta mais cedo e ela estava trancada eu me lembrava disso claramente. Aproximei-me com a mão levantada, tremendo um pouco girei a maçaneta e empurrei levemente, mas não consegui abrir.

–Está trancada. –Sussurrei assustada. –Como isso é possível?! Eu acabei de passar por ela.

O homem do quadro sorriu de modo sagaz.

–O castelo de Hogwarts é um lugar misterioso senhorita Black. –Respondeu ele. -Não tente entende-lo.

Encarei aquele quadro sentindo como se estivessem jogando água gelada pela minha espinha, naquele lugar parecia que nada fazia sentido, parecia que tudo e todos sabiam sobre mim, era como se eu estivesse nua... Vulnerável.

–Como sabe que sou uma Black? –Perguntei friamente.

–O seu espirito... Eu já tive muitos Blacks na minha casa senhorita e você tem o espirito da família Black. –Ele falou.

–Conheceu algum deles? –Perguntei.

–O jovem Régulos costumava vir aqui cantar para mim quando não havia ninguém por perto, era um bom garoto. –Ele contou. –Eu sempre gostei de ouvir música, entende? Mas aqui embaixo não tem muita. E ele tinha uma voz muito bonita. Mas você não se parece com o jovem Régulos, nem com a suas primas, Bellatrix, Narcisa e Andrômeda. Não... Elas eram muito superficiais e bobas nessa idade, a sua aura é muito mais refinada, você me lembra do jovem Orion. Ele era um adolescente carismático e efusivo, estava sempre por aí com esse ar de dono do mundo, como se fosse o melhor em tudo, o mesmo ar que você tem.

Franzi o cenho. Eu tenho um ar de dona do mundo?

–Jura? –Perguntei.

Então ouvimos o barulho de um quadro ao lado, uma mulher que segurava um bebê havia limpado a garganta chamando atenção e estava olhando feio para o homem barbudo.

–Não acha que já está na hora da garota ir jantar? Está ficando tarde para ela ficar perambulando pelo castelo. Principalmente pelas masmorras. –Ela disse num tom de mãe que dá uma lição.

–Você está certa como sempre senhora. –O homem barbudo respondeu sorrindo, sem se abalar. –Acho que você deveria ir senhorita Black.

Acenei com a cabeça meio sem saber o que dizer, virei para ir embora, não sem antes dar uma olhada para a porta trancada, senti um tremor involuntário. Aquele lobo e aquela árvore com luzes pareciam uma coisa tão distante agora que era quase como se fossem um sonho, uma alucinação. E afinal de contas, eu já nem tinha certeza se eles não eram.

Eu só tinha certeza de uma coisa, era quase impossível para eu achar aquele lugar novamente, por que eu simplesmente não lembrava em qual porta eu havia entrado e para qual lado havia seguido. Não mais.

–Ah, qual é o seu nome mesmo?-Gritei para o quadro quando já estava um pouco longe.

O velho barbudo sorriu.

–É Merlin. –Respondeu.

–--

–Está atrasada senhorita Anderson. –Professor Flitwick falou firme.

–Desculpem. –Falei tendo o bom senso de me sentir envergonhada. –Estava explorando o castelo.

Quando eu cheguei todos já haviam começado a comer e sentei à mesa sorrindo pequeno para todos ali, diretor Dumbledore e os professores, as únicas pessoas que não estavam mais eram o professor Snape e o Hagrid, ambos, eu sabia, estavam fora do castelo.

–Soube que recebeu visita hoje, diretor. –Falei como quem não quer nada e mexendo na minha comida com o garfo.

Dumbledore arqueou as sobrancelhas, surpreso. A professora Mcgonagal não disse nada, mas deu uma olhada discreta em direção ao diretor como se perguntasse do que eu estava falando e o resto dos professores observava aquela conversa fingindo que não estavam curiosos.

–De fato. Recebi sim uma visita senhorita Anderson, mas como a senhorita sabe disso? –Ele perguntou num tom de voz intrigado.

–Hoje eu ouvi uma frase de um quadro diretor que se aplica muito bem agora. –Falei sem realmente responder.

–E que frase seria essa? –Ele perguntou.

–“O castelo de Hogwarts é um lugar misterioso. Não tente entende-lo.” –Respondi.

–Senhorita Anderson! –A Professora Minerva esbravejou se sentindo ofendida pela minha resposta.

Mas o diretor apenas sorriu e deu umas batidinhas no braço da professora, fazendo-a se acalmar.

–Tudo bem Minerva. –Ele disse sorrindo e virou em minha direção. -Vejo que andou explorando as masmorras.

–Sim, realmente o fiz. –Sorri de volta.

–E o que encontrou por lá?

–Mais perguntas que respostas. –Fui sincera.

Dumbledore acenou que sim com a cabeça entendendo o que eu queria dizer.

–Ao final de sua estadia aqui no castelo Lyra, - Ele disse usando meu primeiro nome como se enfatizasse a importância daquilo. –você vai descobrir que não importam quantas sejam as respostas, as perguntas nunca iram se acabar.

Baixei o rosto para minha comida e sorri.

–Às vezes Albus... Você só precisa perguntar o que realmente quer saber. –Falei. -Mas afinal de contas meu objetivo não é ter todas as respostas, mas entender quais são as perguntas que devo fazer.

Ele sorriu, aquele sorriso maroto, e voltou a comer. O resto do jantar foi em silêncio e no final o diretor me chamou para o canto.

–Está muito cansada? –Perguntou.

–Não exatamente. Estou com a cabeça cheia, só isso.

–Será perfeito. Vamos começar suas lições hoje.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
Câmbio e desligo