Foi no Instituto de Durmstrang... escrita por Sensei, KL


Capítulo 13
A carta de Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Gente... Não tenho nada para comentar, só leiam o capítulo e entrem em choque.
Câmbio e desligo



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PDV Lyra

Eu corri.

Corri o mais rápido que pude me guiando por aquela enorme caveira verde que estava no céu.

–Por favor, estejam bem. Por favor, estejam bem. –Pedia para qualquer um que pudesse me ouvir e atender meu pedido.

Desviava das árvores, podia ouvir as pessoas desesperadas fugindo, outras só estavam ali sem saber o que fazer.

Corri mais rápido olhando para cima.

–Nate! –Ouvi a voz de alguém gritar e parei de correr, era a voz do Ivanova.

Girei ao redor de mim mesma, procurando um dos dois.

–Ah! –Gritei caindo de bunda no chão, alguém havia batido em mim.

Ouvi o barulho de um corpo batendo no chão e alguém xingando. E eu conhecia aquela voz também.

–Nate! –Falei com um grande alívio transparecendo em minha voz.

–Lyra! –Ele levantou do chão e se arrastou até mim me abraçando. –Você está bem, eu fiquei tão preocupado.

–Eu estava procurando você, não podia deixa-lo sozinho.

Ele segurou meu rosto em suas mãos, eu conseguia ver seus traços meio difusos na escuridão, mas não consegui descobrir sua expressão.

–Voltou por mim? –Perguntou com a voz um pouco irregular de emoção.

Ri um pouco do absurdo da pergunta.

–Claro que eu voltei. Você é meu irmão. –Falei. –Eu te amo cara.

Ele soltou uma risada animada e me abraçou com força.

–Aconteceu alguma coisa? –Perguntei confusa coma reação dele.

–Não. –Ele disse suspirando feliz. –Está tudo bem.

–Bom, agora que está tudo explicado que tal a gente achar o resto do pessoal por que desde que aquela marca negra gigante apareceu no céu eu estou quase entrando em ebulição de tão nervosa. –Falei.

Ele me soltou e segurou em meus ombros.

–Você está certa. –Ele disse.

Eu hein, Nate estranho.

Ele levantou e me ajudou a ficar de pé, tiramos a areia das roupas.

Ouvi o barulho de alguém correndo e Ivanova apareceu no nosso campo de visão.

–Lyrra! –Ele disse ofegante e sorrindo.

–O que está fazendo aqui Ivanova? –Perguntei um pouco arisca, devo dizer.

–Karina pedio a priminha dela em segurrança. –Ele disse.

–E você veio fazer isso por ela? Bem, obrigada. –Falei ficando um pouco vermelha, que bom que estava escuro. –Mas você ainda tem culpa no cartório por causa do beijo que me deu hoje.

–Non posso dizerr que me arrrependo. –Ele disse sorrindo.

–Tsk. –Resmunguei. –Idiota.

–Irrritante. –Ele rebateu sorrindo.

–Chato! –Reclamei segurando o sorriso.

–Estúpeda. –Ele disse.

–Er... Rose, Harry, Rony, Hermione. Lembra-se deles?- Nate falou chamando minha atenção.

Fiz uma careta arrependida

–Você consegue sentir o cheiro da Hermione ou da Rose? –Perguntei.

Ele acenou com a cabeça que não.

–Muitos cheiros. Mas posso ouvir a voz do senhor Weasley vindo dali. –Ele apontou para trás dele, o lugar para onde eu corria.

–Vamos! –Falei o puxando pelo braço.

Ivanova veio conosco, encontramos o senhor Weasley não muito longe dali, ele estava com um grupo de outros bruxos. Parecia haver uma discussão, nos aproximamos tentando descobrir o que acontecia, quando vi um rosto conhecido ali no meio.

–Harry! –Gritei passando pelo meio das pessoas e o abraçando com força.

–Lyra, você está bem. –Ele disse retribuindo o abraço com força, aliviado.

Naquele momento um choro de cortar o coração me chamou a atenção, olhei para a confusão, o senhor Crouch estava lá, o senhor Diggory também e havia um elfo doméstico, era dele que vinha o choro.

–O que está havendo? –Perguntei. Nate e Ivanova vieram para perto de mim também confusos, alguns bruxos olhavam para nós com uma expressão desconfiada, mas nada diziam.

Harry apenas balançou a cabeça indicando que explicava depois. Rony e Hermione olhavam a cena com expressões de pesar.

–M-m-meu senhor... - gaguejou o elfo, olhando para o Sr. Crouch, seus olhos rasos de lágrimas. - M-m-meu senhor, p-p-por favor...

O Sr. Crouch encarou o elfo, seu rosto ainda mais agressivo, cada ruga nele profundamente marcada. Não havia piedade em seu olhar.

Eu estava sem saber o que fazer, não imaginava o que aquele pobre elfo poderia ter feito para receber tal tratamento.

– Esta noite Winky se portou de uma forma que eu não teria imaginado possível - disse ele lentamente. - Eu a mandei permanecer na barraca. Mandei-a permanecer ali enquanto eu ia resolver o problema. E descubro que ela me desobedeceu. Isto signfica roupas.

– Não! - berrou Winky, prostrando-se aos pés do Sr. Crouch. - Não, meu senhor! Roupas não, roupas não!

Eu sabia que o único jeito de libertar um elfo era seu dono lhe presentear com roupas, mas o modo como a Winky se agarrava a toalha de chá era penoso.

–Mas ela estava assustada! - explodiu Hermione aborrecida, encarando o Sr. Crouch. - O seu elfo tem pavor de alturas, e aqueles bruxos estavam fazendo as pessoas levitarem! O senhor não pode culpá-la por ter querido sair de perto!

Olhei um pouco surpresa com a explosão de Hermione, ela não era o tipo de pessoa que se irrita fácil.

O Sr. Crouch deu um passo atrás, desvencilhando-se do contato com o elfo, a quem ele examinava como se fosse algo imundo e podre que contaminava seus sapatos muito bem engraxados.

– Não preciso de um elfo doméstico que me desobedeça - disse ele friamente, erguendo os olhos para Hermione. - Não preciso de uma criada que esquece o que deve ao seu senhor e à reputação do seu senhor.

Ofeguei alto chamando a atenção de algumas pessoas, olhei para Winky que chorava tanto que seus soluços ecoavam pela clareira.

–Não precisava ser tão mal. – Falei baixinho, mas as pessoas ouviram, tanto que algumas me olhavam reprovadoras.

Não se meta no relacionamento de um elfo com seu mestre, pareciam dizer. Mas eu tinha certeza que ninguém apreciou aquele espetáculo.

Seguiu-se um silêncio desagradável, que foi interrompido pelo Sr. Weasley, ao dizer baixinho:

– Bom, acho que vou levar o meu pessoal de volta à barraca, se ninguém tiver objeções a fazer. Amos, a varinha já nos informou tudo que pôde, se Harry puder levá-la, por favor...

Então o Sr. Diggory entregou a varinha de Harry para o próprio, franzi o cenho me perguntando o que a varinha do Harry fazia com o senhor Diggory.

– Vamos, todos vocês. - disse o Sr. Weasley em voz baixa, percebendo naquele momento que Nate e eu estávamos ali.

Mas Hermione não parecia querer arredar pé, seus olhos ainda miravam o elfo soluçante. Eu não podia culpa-la, também queria poder fazer alguma coisa, mas não podia me envolver sem saber o que havia acontecido.

– Hermione! - chamou o Sr. Weasley com mais urgência. Ela se virou e nos acompanhou para fora da clareira, embrenhando-se entre as árvores.

– Que é que vai acontecer com Winky? - perguntou ela no instante em que nós deixamos a clareira.

– Não sei - respondeu o Sr. Weasley.

– O jeito como a trataram! - disse Hermione, furiosa. - O Sr. Diggory chamando-a de "elfo" o tempo todo... e o Sr. Crouch! Ele sabe que não foi ela e ainda assim vai despedir Winky! Não se importou que ela tivesse sentido medo nem que estivesse perturbada, era como se ela nem fosse humana!

– E ela não é - disse Rony.

Hermione se voltou contra ele.

– Isso não significa que não tenha sentimentos, Rony, é repugnante o jeito...

– Hermione, eu concordo com você - disse o Sr. Weasley depressa, fazendo sinal para a garota continuar andando -, mas agora não é hora de discutir os direitos dos elfos. Quero voltar à barraca o mais depressa que pudermos. Que aconteceu aos outros?

– Nós os perdemos no escuro - disse Rony. - Papai, por que todo mundo estava tão nervoso com aquele crânio?

– Eu explico tudo quando estivermos na barraca - prometeu ele, tenso.

Mas quando alcançamos a orla da floresta, nos deparamos com um obstáculo.

Havia ali uma aglomeração de bruxas e bruxos assustados, e, quando viram o Sr. Weasley caminhando em sua direção, muitos foram ao seu encontro.

– Que é que está acontecendo na floresta?

– Quem conjurou aquilo?

– Arthur, não é... ele?

–Claro que não é ele - disse o Sr. Weasley impaciente. - Não sabemos quem foi, parece que desaparatou. Agora, me dêem licença, por favor, quero ir me deitar.

Virei para Ivanova que andava ao lado de Nate.

–Acho que está na hora de ir. Eu já estou em segurança, obrigada. –Falei.

Ele olhou para mim sério e franziu o cenho, ele estava tão curioso quanto eu sobre tudo aquilo, eu podia ver nos olhos dele, mas ele apenas fez um sinal com a mão em despedida e foi embora.

–Okay. – Eu disse olhando para Harry. –Deixa ver se eu entendi. Alguém conjurou a marca negra e acharam que era o elfo?

Harry acenou com a cabeça.

–Mas não foi ela! –Hermione disse irritada.

–Tudo bem Hermione, eu não acho que foi ela. –Falei.

Ela sorriu como se pedisse desculpas pelo comportamento irritadiço.

Nós andávamos até o acampamento, o lugar estava silencioso agora, sem toda aquela correria.

–Quando você saiu correndo Rony, Harry e eu nos perdemos do pessoal e Harry percebeu que havia perdido a varinha, vimos Draco, discutimos com ele, então começamos a andar pela floresta. Foi quando Winky apareceu, ela estava andando estranho, Harry achou que era por que ela estava desobedecendo às ordens do senhor Crouch. Ela estava com medo dos bruxos que faziam as pessoas flutuarem. –Hermione explicou. – Ela sumiu, então pouco depois encontramos o senhor Crouch, dissemos a ele sobre a confusão no acampamento.

–Ele não sabia? –Nate perguntou confuso.

–Também achamos isso estranho. –Harry falou.

–Logo depois ouvimos alguém falar um feitiço nas árvores e o crânio gigante apareceu no céu. –Ela disse.

–Hermione puxou a gente para longe do lugar – Rony falou. –Mas não deu nem um minuto quando um grupo de bruxos apareceu ao nosso redor lançando feitiços em nossa direção, se não fossem os reflexos do Harry teríamos virado picadinho.

–Mas o que o elfo tem a ver com tudo isso? –Perguntei.

–Os feitiços ricochetearam para todas as direções. –Harry explicou. –Acharam Winky inconsciente ao lado da minha varinha.

–Mas qual o problema disso? –Nate perguntou.

Hermione olhou para nós de um jeito sombrio quando paramos em frente a nossa barraca.

–Usaram a varinha do Harry para fazer aquele feitiço. –Ela disse.

–--

PDV Nate

Quando entramos na barraca Fred, Jorge, Gina e Rose já estavam lá junto com Carlinhos, Gui e Percy.

–Nate! –Rose correu em minha direção e pulou nos meus braços.

–Caramba, eu estava tão preocupado por você. –Disse abraçando-a com força.

–Pegou ele, papai? - perguntou Gui bruscamente. - A pessoa que conjurou a Marca?

– Não. Encontramos o elfo de Barrô Crouch segurando a varinha de Harry, mas não ficamos sabendo quem realmente conjurou a Marca.

– Quê?- exclamaram Gui, Carlinhos e Percy, juntos.

– A varinha de Harry? - disse Fred.

– O elfo do Sr. Crouch?- disse Percy, parecendo estupefato.

Harry, Mione e Ron ajudaram o senhor Weasley a contar todo o ocorrido, Lyra tinha se sentado no chão ao lado de Fred, ela parecia cansada.

No final da narrativa Percy pareceu indignado.

– Ora, o Sr. Crouch tem toda razão em querer se livrar de um elfo desses! - exclamou ele. - Fugir desse jeito depois que ele o mandou expressamente fazer o contrário... Envergonhando o dono diante de todo o Ministério... Que iria parecer se ele tivesse que comparecer no Departamento para Regulamentação e Controle...

– Ela não fez nada, só estava no lugar errado na hora errada! - disse bruscamente Hermione a Percy, que ficou muito espantado. Hermione sempre se dera muito bem com ele, melhor até que qualquer dos outros.

– Hermione, um bruxo na posição do Sr. Crouch não pode se dar ao luxo de ter um elfo doméstico que endoida com uma varinha na mão! - disse Percy, pomposamente, recuperando-se do espanto.

– Ela não ficou maluca! - gritou Hermione. - Ela só apanhou a varinha no chão!

Percy pareceu um pouco chocado com a repreensão dela.

–Percy, Hermione só está cansada. –Falei colocando as mãos nos ombros dela.

– Olha aqui, será que alguém pode explicar o que significava aquele crânio? - perguntou Rony impaciente. - Não estava fazendo mal a ninguém... por que esse escândalo todo?

– Eu já lhe disse, é o símbolo do Você-Sabe-Quem, Rony - disse Hermione, antes que mais alguém pudesse responder. – Li sobre ele em Ascensão e queda das artes das trevas.

– E não é visto há treze anos - acrescentou o Sr. Weasley em voz baixa. - E claro que as pessoas entraram em pânico... foi quase o mesmo que rever Você-Sabe-Quem.

– Não estou entendendo - disse Rony, franzindo a testa. - Quero dizer... É apenas uma forma no céu...

–Não é a forma no céu que os deixou apavorados Rony. –Lyra disse fazendo todos olharem para ela. –É o que aquela forma significa.

– Rony, Você-Sabe-Quem e seus seguidores projetavam a Marca Negra no céu sempre que matavam alguém - disse o Sr. Weasley, explicando o que Lyra quis dizer. - O terror que isso inspirava... Você não faz idéia, era muito criança. Mas imagine a pessoa chegar em casa e encontrar a Marca Negra pairando sobre ela, sabendo o que vai encontrar lá dentro... - O Sr. Weasley fez uma careta. - O que todos temem mais... Temem mais do que tudo...

Todos ficaram calados pensando naquilo, eu não conseguia imaginar chegar em casa e ver aquilo no céu, sabendo que dentro da casa iria encontrar minha família... Mamãe... Lyra... Rose...

Então Gui, levantando o lençol do braço para verificar o corte, disse:

– Bem, não fez nenhum bem à gente esta noite, quem quer que tenha conjurado aquilo. A Marca Negra afugentou os Comensaís da Morte no momento em que a viram. Todos desaparataram antes que chegássemos bastante próximos para arrancar a máscara deles. Aliás, seguramos os Roberts antes que atingissem o chão. A memória deles está sendo alterada.

– Comensais da Morte? - perguntou Harry. - Que são Comensais da Morte?

–Eram aqueles que faziam o trabalho sujo Harry para o vilão. –Lyra disse levantando do chão e bocejando.

–Como assim? –Harry perguntou.

– É o nome que os seguidores de Você-Sabe-Quem davam a si mesmos. Acho que vimos o que restou deles hoje à noite, pelo menos os que conseguiram ficar fora de Azkaban. –Gui explicou.

– Não podemos provar que eram eles, Gui - disse o Sr. Weasley. - Embora provavelmente tenham sido – acrescentou desanimado.

– E, aposto que eram! - disse Rony repentinamente. - Papai, encontramos Draco Malfoy na floresta, e ele praticamente nos disse que o pai dele era um dos idiotas mascarados! E todos sabemos que os Malfoy eram íntimos de Você-Sabe- Quem!

Lyra ofegou. Olhei para ela curioso por causa daquela reação, mas ela apenas abaixou a cabeça tocando delicadamente os lábios.

Hã? Pensei confuso.

– Mas o que é que os seguidores de Voldemort... - começou Harry. Todos se encolheram, grande parte do mundo bruxo tinha medo de dizer o nome de Voldemort e os Weasleys não eram diferentes. - Desculpem - disse Harry depressa. - Mas o que é que os seguidores de Você-Sabe-Quem pretendiam fazendo aqueles trouxas levitar? Quero dizer, qual era o objetivo?

– O objetivo? - disse o Sr. Weasley com uma risada desanimada. - Harry, essa é a idéia que fazem de uma brincadeira. Metade das mortes de trouxas quando Você-Sabe-Quem estava no poder foi feita de brincadeira. Imagino que eles tenham tomado uns drinques esta noite e não puderam resistir ao impulso de nos lembrar que um grande número deles continua em liberdade. Uma reuniãozinha simpática - terminou ele desgostoso.

–Reuniãozinha simpática. –Lyra repetiu baixinho para si mesma, olhando para o nada.

Ela estava muito estranha essa noite.

– Mas se eles eram realmente os Comensais da Morte, por que desaparataram quando viram a Marca Negra? - perguntou Rony. - Deveriam ter ficado felizes de ver a Marca, não?

– Usa os miolos, Rony - disse Gui. - Se eles eram realmente os Comensais da Morte, se viraram de todo o jeito para não serem mandados para Azkaban quando Você-Sabe-Quem perdeu o poder, e contaram um monte de mentiras de que ele os forçara a matar e torturar gente. Aposto como sentiriam ainda mais medo do que nós ao ver que ele estava voltando. Negaram que estivessem metidos com Você- sabe-Quem quando ele perdeu o poder e voltaram as suas vidinhas de sempre... Acho que o Lord não ficaria muito satisfeito de ver essa gente, não é mesmo?

–Acho que eles tem muito o que temer... Pelo que ouvi dele, não é um homem muito divertido. –Lyra falou para Gui.

– Então... quem conjurou a Marca Negra... - disse Hermione lentamente - estava fazendo, isso para manifestar apoio ou amedrontar os Comensais da Morte?

– O seu palpite vale tanto quanto o meu, Hermione - disse o Sr. Weasley -, mas vou-lhe dizer uma coisa... somente os Comensais eram capazes de conjurar a Marca. Eu ficaria muito surpreso se a pessoa que a conjurou não tivesse sido um dia Comensal da Morte, mesmo que não o seja agora...

–Por que somente os comensais? –Perguntei.

–Talvez seja por que ninguém mais sabe o feitiço. –Lyra respondeu dando de ombros.

Mas ninguém mais se preocupou em responder minha pergunta, estávamos todos esgotados com aquela situação.

–Olhem, é muito tarde, e se sua mãe ouvir falar do que aconteceu vai morrer de preocupação. Vamos dormir mais um pouco e depois tentar pegar um portal bem cedo para sair daqui. –O senhor Weasley falou.

As meninas me deram boa noite e foram se deitar, eu fui junto com Harry e me deitei na beliche, eu sabia que Harry não estava dormindo, ele estava pensando naquilo tudo e eu também. Coloquei o braça debaixo da cabeça e olhei para onde Carlinhos roncava, foi naquele momento que eu senti, aquela sensação me pegou pela garganta e pareceu congelar meus ossos.

Levantei da cama fazendo Harry olhar para baixo.

–O que foi Nate? –Ele perguntou.

Engoli em seco.

–Não sei. –falei mexendo nos meus cabelos, agoniado.

Alguma coisa estava vindo. Alguma coisa ruim. E comparado a isso os anos anteriores eram fichinha.

–--

PDV Kate

Desci as escadas para beber um copo d’água, Sirius estava na sala deitado no sofá assistindo TV, Ash dormia no quarto no andar de cima e Remus estava na cozinha ajudando Angela a preparar o jantar.

–Onde está Andrea? –Perguntei entrando na sala.

Sirius levantou a cabeça e me olhou.

–Acho que a vi na varanda. –Ele respondeu.

Sorri agradecendo e ele voltou a assistir a TV. Fui em direção à varanda e Andrea estava sentada no sofá olhando para a estrada.

–Algum problema? –Perguntei.

Ela levantou o olhar em minha direção e sorriu, aflita.

–Estou preocupada. Como será que estão Nate e as meninas?

–Não se preocupe, eles vão ficar bem. Estão com o senhor Weasley lembra?

Ela acenou com a cabeça, mas percebi que não estava menos nervosa. Suspirei.

–Vou tomar um banho. –Falei.

Ela acenou com a cabeça sem realmente ter ouvido o que eu disse. Passei pela cozinha e parei, Remus usava a varinha para levitar uma panela, olhei para aquilo, invejosa, era tão incrível ser bruxo.

–O que foi? –A voz de Sirius me perguntou.

Somente naquele momento percebi que a TV tinha sido desligada e ele estava do meu lado.

Mexi a cabeça espantando aqueles pensamentos, não era para mim, a magia não era para mim. Não mais...

–Nada. –Falei sorrindo fracamente.

Eu subi as escadas e Sirius veio atrás de mim.

–Para onde vai? –Perguntei.

–Atrás de você. –Ele respondeu. –Estou entediado.

–Volte a assistir TV.

–Não passa nada legal. E eu não posso sair de casa. –Ele bufou.

Abri a porta do meu quarto e deixei que ele entrasse. Suspirei irritada, tinha que arrumar alguma coisa para ele fazer ou acabaria se metendo em encrenca... Igualzinho a Lyra.

–Pode esperar eu tomar um banho? –Perguntei sarcástica. –Prometo que vou arrumar algo para você fazer.

–Eu poderia tomar banho com você, o que acha? –Ele pediu sorrindo animado.

–Não. –Respondi.

Peguei a toalha e abri o guarda-roupa para escolher uma roupa. Percebi Sirius levantando a cabeça de novo para olhar dentro do móvel.

–Pare de olhar as minhas calcinhas Sirius! –Reclamei fechando a porta do guarda-roupa.

–Eu não estava! –Ele respondeu ultrajado e fechou a cara.

Fui em direção ao banheiro levando a toalha e uma muda de roupa.

–Não mexa em nada. –Falei antes de entrar.

–--

Aquele banho era justamente o que eu precisava. Vesti a roupa lentamente e escovei o cabelo no espelho do banheiro, sequei com a toalha e saí do banheiro outra pessoa.

Mas fiquei furiosa quando abri a porta.

Sirius estava sentado no chão do meu quarto rodeado de fotos, papéis, vidrinhos... Minhas lembranças! Lembranças que eu havia trancado num pequeno baú que meu padrasto havia me dado de presente. Um baú que estava escondido no meu guarda-roupa.

–Então era isso que você estava olhando quando abri o guarda-roupa? –Perguntei. O tom raivoso da minha voz inconfundível.

Sirius levantou a cabeça em minha direção, seu rosto tinha uma expressão chocada. Em suas mãos havia um papel antigo, uma carta que eu havia lido e relido várias vezes durante a minha vida.

–Isso é o que eu acho que é? –Ele perguntou.

Não respondi.

Ele levantou do lugar onde estava e veio em minha direção.

–Eu não acreditei muito quando vi, mas está tudo aqui. –Ele bateu o dedo no papel. –O nome do diretor, a tinta verde, o símbolo... É uma carta de Hogwarts original, com o seu nome escrito nela Kate.

–Sirius... –Comecei.

Ele me encarou, um sorriso se espalhando pelo seu rosto, um sorriso incrédulo.

–Você é uma bruxa! –Ele falou.

–--

Olhem as notas finais!


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Notas finais do capítulo

Okay, acabou o capítulo, mas antes de vocês me mandarem um comentário aqui em baixo eu peço por favor vejam essa história que eu postei... Você vão adorar! Eu juro.

http://fanfiction.com.br/historia/550560/A_historia_antes_da_historia/

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
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