Então cheguei ao pé da montanha. Olhando pra cima, ela nem tinha tanta altura assim. Uns oito ou dez metros, no máximo.

         Então, onde eu haveria de fazer aquilo?

         Muito relutantemente concluí que teria de sair procurando um lugar.

         O lugar onde eu estava era seco. A areia se levantava pelo ar, tornando a visão um pouco difícil. Havia umas árvores ao longe, e o solo não era plano: e a terra tinha algumas pequenas colinas.

Fui andando meio sem rumo. A única coisa que me motivava é que eu não estava indo a procura de ninguém, e sim do meu fim.

Andei um bom tempo e as árvores que eu avistei antes já estavam mais próximas. Pensei em descansar embaixo de uma delas, mas era uma idéia insana. Pra que adiar mais aquela angustia? Se eu não haveria de encontrar a paz nesse mundo, era melhor adiar a passagem para o próximo.

Então virei os olhos em outra direção, e o que vi, naquele momento, parecia uma miragem. Havia dias que eu não comia, então era bem possível que essa hipótese fosse verdadeira.

Alguma forma, que mais parecia humana, se dirigia para a minha direção. De repente, começou a acenar algo que parecia um braço. Eu não podia definir bem quem era – se realmente fosse alguém -, mas havia uma sombra atrás da pessoa que parecia se mexer para trás quando ela andava.

Subitamente, aquilo se tornou imensamente real: eu sentia o cheiro do chakra. Também podia senti-lo no ar. Não era só uma ilusão. Então esfreguei os olhos e me concentrei em identificar quem era. Ter uma luta naquele momento, lugar e condições minhas não seria muito vantajoso pra mim.

Mal consegui ver o que vinha em minha direção. Estava encrencado se fosse um inimigo. E quem mais haveria de ser?

A voz fez com que tudo se tornasse mais claro. Pude finalmente identificar quem era. Absolutamente.... insano.

Quem vinha em minha direção, correndo e quase chorando, numa sede de me alcançar tão grande que se houvesse um exército de 3 mil ninjas seria facilmente vencido, não era ninguém menos do que Karin.