A Promessa escrita por Maisa Cullen


Capítulo 10
Capitulo 9 - Aslan


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta e dessa vez nem demorei tanto.
Eu queria ter postado o capítulo ontem, mas meu mouse quebrou e eu precisei descobrir um modo de colar o que eu tinha digitado no word, aqui no site, sem usar o mouse. Foi um desafio e tanto, deu uma trabalheira, mas no final deu tudo certo e aqui estou eu, postando.
Quero agradecer aos comentários no último capítulo feitos pela Lu Franco e pela Filha de Apolo. Valeu meninas!
Lu, minha querida, aqui está o meu pequeno incentivo para você postar também.
Aos fantasminhas: Vocês ainda podem comentar e me fazer uma autora feliz.
Agora, ao capítulo!



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Repentinamente sem fome, Lúcia se sentou à mesa com o irmão de forma mecânica, apenas para que ele não lhe fizesse perguntas, já que ela sempre acordava faminta aos sábados. Enquanto tomava um pouco de café sentiu seu estômago se embrulhar, mas mesmo assim ela se forçou a comer.

–Você está muito calada para alguém que adora conversar, Lú. –Edmundo observou.

Lúcia foi pega de surpresa e interrompeu o movimento de levar a xícara de café aos lábios na metade do caminho, mas não encarou o irmão, afinal não saberia o que dizer se o fizesse.

–Olha, eu sei que deve estar sendo difícil para você estar longe dos outros... –Edmundo começou. –Eu também fico triste, mas estamos juntos nessa.

–Será mesmo? –Ela não pôde evitar que a pergunta saísse por seus lábios.

O seu tom magoado silenciou o irmão e Lúcia percebeu... que sentia o que a distância entre eles havia criado: um muro. Desde que voltara pela última vez de Nárnia ela sentiu seus irmãos se afastarem definitivamente, mas mesmo assim ainda os amava.

Sentiu a necessidade de contar tudo para Edmundo, mas no momento em que abriu sua boca para dizer algo seus pais entraram na sala e se sentaram à mesa. Ela deixou essa questão de lado por um momento e se lembrou da carta que os pais receberam.

–Ahn... Mamãe, chegou uma carta de Susana? –Ela perguntou apenas para tentar entrar no assunto como quem não quer nada.

–Era uma carta da sua tia Elizabeth. –Disse seu pai secamente antes que sua mãe pudesse abrir a boca.

–Alguma novidade? –Ela indagou fingindo não ter notado o tom de seu pai.

–Apenas tome o seu café Lúcia e pare de fazer perguntas. –Seu pai aconselhou impaciente.

Lúcia baixou os olhos para o seu café já frio e decidiu que não era uma boa ideia insistir com o pai, então continuou a refeição em silêncio, assim como os outros à mesa.

–Amanhã eu vou pegar um navio para os Estados Unidos, preciso tratar de alguns assuntos com sua tia. –Lúcia ouviu o pai avisar antes de se levantar da mesa e sair do cômodo.

A urgência na viagem do pai apenas trouxe mais certeza para Lúcia. Ela não sabia qual versão sua tia havia dado para seus pais, nem como ela havia interpretado o sumiço de Susana, porém de alguma forma ela sabia que somente ela conhecia a verdade.

Após o café ela subiu para seu quarto, esquecendo-se completamente de falar com Edmundo. Queria apenas estar sozinha para pensar um pouco nos últimos acontecimentos e em sua atual situação.

Sentando-se em sua cama ela soltou um longo suspiro e se deixou cair de costas no colchão. Ela sabia, pelo seu primeiro pesadelo, que algo sombrio estava a cercando e que já havia começado o ataque por Susana. Sentia-se inútil e sozinha naquele momento.

Você não está sozinha, minha cara. Eu estou com você.

Lúcia ouviu a voz em sua cabeça e no mesmo instante se levantou da cama em um pulo.

–Aslan? –Ela chamou procurando à sua volta.

Eu não tenho forma no seu mundo, minha querida. Mas sua tristeza é tão grande que você pode me ouvir e eu posso ouvir o seu coração aflito.

–Você sabe o quê está acontecendo? –Ela perguntou com os olhos marejados.

Sim, eu sei. Fui eu quem enviou o sonho do que aconteceu com Suzana para você.

–Mas e o meu primeiro sonho? –Ela questionou já sentindo medo da resposta.

O inimigo pode manipular a mente humana e se alimenta principalmente do medo, por isso você precisa aprender a não temê-lo.

–Contra o quê ou quem vou precisar lutar? –Lúcia indagou.

Seu nome é Duman.

Antes que Lúcia pudesse fazer mais um pergunta alguém bateu na porta do quarto de Lúcia.

–Lúcia? –A voz de Edmundo chamou.

Já não sentindo mais a presença de Aslan, Lúcia se recompôs de seu momento e se adiantou até a porta, abrindo-a e deixando que seu irmão entrasse.

–Eu... só queria conversar... sobre mais cedo. –Edmundo falou se atrapalhando um pouco com as palavras.

–Eu realmente preciso te pedir desculpas por aquilo. –Lúcia disse cabisbaixa.

–Não. Você estava certa quando questionou se eu estava mesmo na mesma situação que você. –Lúcia se surpreendeu com as palavras do irmão e passou a encara-lo nos olhos. –Eu acho que já me conformei com tudo isso e deixei que nos afastássemos. Não parei para conversar com você direito desde que voltamos pra casa e eu reconheço que deveria ter agido melhor.

–Ed... –Lúcia sorriu largamente com as palavras do irmão. –Não importa como você agiu ou deixou de agir, você continua sendo meu irmão.

–Mesmo eu tendo agido como um idiota? –Ele perguntou, fazendo Lúcia rir.

–Você não agiu como um idiota. –Ela disse.

–Acho que eu me sentiria melhor se você me achasse um idiota. –Ele brincou.

–Tudo bem. Então você foi só um pouquinho idiota. –Ela entrou na brincadeira.

–Obrigado, Lúcia. –Ele disse sincero.

Lúcia abraçou o irmão como não fazia a um bom tempo e se sentiu mais leve. Afinal ela não estava mais tão sozinha e, relembrando a decisão de mais cedo, puxou o irmão para se sentar ao seu lado na cama para lhe contar tudo o que vinha acontecendo.

–Eu tenho muita coisa para contar a você. –Ela disse para o irmão que sorriu para ela.

–E eu ficarei feliz em ouvir tudo. –Ele falou.

–Só quero ver se vai continuar feliz assim depois que eu te contar sobre Duman. –Ela sussurrou mais para si mesma.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que alguns queriam um pouquinho mais de Peter, mas eu achei que o Edmundo também merecia um pouquinho de atenção. E agora a Lúcia vai poder contar com o irmão para ajuda-la contra Duman.
E para quem nunca viu esse nome na vida, eu vou explicar: Eu precisava de um nome para o vilão e já que Aslan é um nome turco, eu procurei outro nome turco para ser do cara sinistro e encontrei Duman, que significa "enfumaçado".
Comentários são bem-vindos.



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