A Força do Destino escrita por Millena Gomes Lara


Capítulo 2
Capítulo 2- A tragédia




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Capitulo 2

A manhã havia voado, mas um dia de aula já tinha se passado. Conheci mais sobre as meninas, descobri um lado irritante de Lucy, ela vivia tagarelando as coisas que as vezes nem fazia sentido, mas ela continuará legal.

Os meses haviam se passado e minha vida havia se tornado uma rotina: acordar, ir á escola, voltar, ficar em casa, dormir.

Estava cansada de viver a mesma coisa todo dia! Até que um dia o calor chegou. Um grupinho de minha classe havia combinado de ir á uma praia não muito longe, Samy e Lucy iam, e haviam me convidado, eu tinha negado.

Resolvi ligar pra Samantha:

– Oi Samy! –disse meio sem graça.

– Oi Carly! –ela disse um tanto curiosa, era a primeira vez em meses que eu havia ligado no celular dela.

– Viu... é que eu queria saber se o convite pra ir naquela praia ainda ta de pé... –timidamente disse.

– Claro!!!! –nunca havia ouvido a voz de Samy tão animada. Isso chegava a ser estranho!

– Ok, então pode contar com minha presença!

Já havia combinado tudo com elas, agora o segundo passo seria pedir permissão á Mary e John. Eles deixaram e ficaram felizes por eu estar me enturmando.

Estava na sala assistindo televisão até que o telefone começa a tocar desesperadamente. Atendi de pressa.

– Alô? –disse confusa.

– Oi aqui é do hospital de Greengh, gostaríamos de avisar que dona Betty está aqui. –isso era o que eu menos queria ouvir, vovó estava num hospital? Algo sério havia acontecido!!! Desliguei o telefone no desespero me arrependendo disso.

– Mãe!! A vovó....

– O que aconteceu com minha mãe? –ela disse desesperadamente.

Partimos as pressas, mamãe telefonava para o hospital enquanto John estava dirigindo. Eu estava mais assustada do que o normal, Mary havia conseguido falar com os médicos por celular – algo mudará em sua face –os olhos dela haviam se enchido de água.

Tudo passou tão rápido que nem notei, vovó estava muito doente, a beira da morte –isso me fazia chorar –todos estavam visitando ela.

Quando chegou minha vez, não conseguia entrar, fiquei uns dez minutos parada na porta tentando arranjar coragem para entrar. Entrei então e vi vovó pálida, entristecida e com uma cara de dor. Quando ela me viu, um sorriso bem leve se abriu sobre seu rosto. As poucas palavras que ela conseguia dizer era:

– Queri...da, você está bem? –uma tossida ocorria no final de cada frase.

–Sim vovó, a senhora está bem? –disse já com dor nos olhos de olhar aquele rosto que vivia sorridente com aquela expressão de dor.

– Isso não importa agora.... tenho... que...... você.... precisa –aquelas palavras saiam sofridas da boca da pobrezinha.

– Vovó!!! –disse com desespero.

– Seu destino... poderes.... pergunte a sua... –precisava saber o final daquela frase!

– Mãe! –lagrimas escorriam sobre minha face. Vovó havia morrido, eu não sabia o que fazer, como dar a noticia a mamãe.

Abri a mão de minha avó e vi um papel escrito “Carly, fale com Jake” e logo em seguida havia um numero de telefone. Quem seria esse Jake? O que eu teria que falar com ele? Será que tem algo a ver com as poucas palavras que minha avó havia dito? Não estava com cabeça pra pensar nisso, só tinha em mente a ultima cena que vira de minha avó.

Não consegui raciocinar o resto daquela noite, aquelas palavras ficaram se remexendo em minha mente. Por fim fui dormir exausta, com toda aquela situação que havia presenciado.

Já havia amanhecido, meu sono havia sido muito leve, sonhei a noite toda com aquelas palavras, ainda sem entender absolutamente nada, essa manhã não iria á escola.

Desci as escadas e fui tomar meu café, estava sem fome, peguei uma maçã e a mordi sem querer sentir seu gosto. Desisti da maçã então.

Aquela manhã estava muito parada, triste! Daqui duas horas seria o enterro de vovó, e ainda não havia caído a ficha de que ela havia morrido. Lembrei-me da cena e do pequeno papel que estava em suas mãos, subi as escadas correndo a espera de ter guardado ele no bolso do jeans que vestia noite passada.


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