Pan, the Devil escrita por Lu Falleiros


Capítulo 22
Cap. 21 - Pan?


Notas iniciais do capítulo

O último capítulo desta história que tanto gostei de escrever.
Eu quero agradecer a todos que acompanharam, postaram comentários, recomendaram, e até mesmo, leram e não gostaram... Eu agradeço a vocês, por tudo que me propiciaram e me ajudaram ao tomar decisões!
:3
Ok, vou parar de falar...
Eu espero que gostem...



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‘Lucy, nada dura para sempre.’

– Maldito. – Abri aos meus olhos ao ver que o despertados tocava mais uma vez. – Você está errado... – Gritei para o meu travesseiro.

Apesar de não querer acreditar, como sempre, eu começava a me convencer de que eu poderia, com grandes possibilidades, estar errada...

Troquei-me e por mais um dia fui a escola. O tempo passava como uma tortura. Comecei a pensar em suicídio, mas é claro que não o faria. Eu não faria... Porque mesmo que morresse, acho que não iríamos ao mesmo lugar... Suspirei sentada na minha carteira. Era o fim do terceiro tempo.

Sininho viera me distrair. – Lucy, estou irritada.

– Por quê? – Quis saber, rindo de leve. Ela vinha sempre, com cada uma, era um caso pior que o outro.

– Sabe o Chandinho? – Ela perguntou apontando para o garoto loiro, e curiosamente muito inteligente da minha sala.

– O que tem? – Perguntei erguendo uma das sobrancelhas.

– Ele quer sair comigo... – Ela girou várias vezes uma das marias-chiquinhas que trajava.

– E... – Perguntei ainda com a sobrancelha erguida. – Por que não sai? Ele é bem concorrido... – Mostrei todas as garotas que rodeavam ele.

– Esse é o problema... – Ela reclamou, chateada. – E se eu acabar gostando dele, garotas vão me odiar.

– Sininho. Seja feliz! – Gritei para ela. – Vá e seja feliz! – Eu quase bati em sua face. Quem se importa com o que os outros pensam.

Sininho riu pondo-se de pé. Meu professor havia chegado e ela deveria retornar à sua sala, e eu deveria prestar atenção na aula. Mas antes disso, ela riu para mim, concluindo:

– Obrigada! – Ela acenou. Com certeza, amanhã, estaria cm outro problema... Suspirei, voltando a prestar atenção.

Após o quinto tempo, tinha aula de educação física, porque não logo me matar. Seria bem melhor do que tudo aquilo. Adivinha só, jogo de futebol. Qual a utilidade em jogar futebol eu jamais saberei.

Levei alguns tombos, mas, sobrevivi. Voltei para casa como outro dia comum, e acredito que isso se repetiu... Por algum tempo.

Um ano já havia se passado, e eu finalmente estava na faculdade. Mas que dia bom... Ou melhor, que futuro bom, eu esperava.

Será que eu finalmente conseguiria me distrair... Ou melhor, sorrir de verdade...

Despedi-me de minha mãe e de meus irmãos, que já estavam quase na metade do ensino fundamental.

Entrei no carro de Sininho e fomos até nossa futura faculdade. Aquilo seria muito divertido, ao menos eu esperava.

– Você pode ir na minha frente, eu vou depois. – Ela abaixou o espelhinho de seu carro para poder retocar a maquiagem.

– Ok... – Sorri para ela tomando minha bolsa no ombro e saindo do carro.

Estava a olhar para o céu, como sempre, séria e imaginando se iria chover. Mas acabei trombando em alguém.

– Desculpe... – Assenti sem olhar.

– Tudo bem... – Uma voz um tanto familiar assentiu. Mas quem?

A pessoa seguiu em frente, e eu percebi. Um jovem de pele clara e cabelos negros como a noite sem estrelas. Corri para alcança-lo.

– Peter? – Chamei uma vez. – Peter Pan! – Encostei em seu ombro. O jovem sorriu para mim, respondendo-me.

– Olá? – Perguntou em tom de dúvida encarando meus olhos. – Nós... Já nos conhecemos? – Perguntou.

– Desculpe... – Assenti. – Meu nome é Lucy.

– Lucy... – Ele repetiu com a aveludada voz. – Sou Peter, Peter Pan... – Ele riu marotamente, era mesmo ele. Eu conhecia aquele sorriso.

Peter, obrigada... Suspirei enquanto caminhava ao lado do garoto. Você estava errado. Eu vou fazer nosso amor durar... Duas vezes mais do que deveria. Eu sei....

O garoto, apesar de parecer não me reconhecer tomou minha mão na sua.

– Desculpe... – Ele pareceu levemente corado. – É que de repente tive o anseio de tocar em sua mão.

– Tudo bem... – Sorri para ele. – Eu acho que de alguma coisa você se lembra... – Suspirei baixinho.

– O quê? – Perguntou curioso.

– Nada... – Ri. – Gostaria de ir à aula de esgrima comigo, hoje à tarde?

– Claro... – Ele sorriu. – Aposto que ganho de você...

Ri. – É o que vamos ver... – Apostei.

Ele riu de volta, divertidamente.

Pan, obrigada... No final das contas, o fim de nossas aventuras, era na verdade, o nosso começo...

Suspirei apertando sua mão um pouco mais forte, sentindo o calor de sua pele, nada de frio, nada de gelo, apenas, Peter Pan.


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Notas finais do capítulo

Eu espero que tenham gostado....
O que acharam do reencontro dos dois? Era realmente para ser algo simples e comum, algo que... Na realidade, queria mesmo que fosse algo que... fosse real! :3
Espero que tenham gostado! ^^
Obrigada por tudo, aguardo vocês em outras histórias, espero eu! ^^ Por favor, acompanhem!!! *-*