A Consultora escrita por The Awesomest Girl on Earth


Capítulo 5
Capítulo V — A Consulta de Ronald Weasley


Notas iniciais do capítulo

É... Oi. *coça a cabeça*. Não tentem me atacar agora, acumulem a raiva pra me espancar virtualmente depois de lerem as Notas Finais.
Saciando os desejos dos lindos que andavam babando por uma consultoria, aproveitem bem! Por ser uma “forçada”, talvez não esteja tão boa, ok? A da Mione já está quase pronta!

Estou dedicando esse capítulo a duas pessoas, a linda da Viih Lovegood, e a moça que não comenta, mas favoritou, Gabriela Stark Baratheon. Fiquei triste ao ver que você não comentava, mas feliz por você ter favoritado.

Ah, eu li uma fic, pequena, mas achei ótima, do Charlie. Como só uma pessoa votou, iremos pela opinião da maioria. Espero que gostem da fic: https://www.fanfiction.net/s/4955633/1/VerdeGaulês

P.S. TEM COISA IMPORTANTE NAS NOTAS FINAIS! LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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“Com o barulho, a professora pareceu “acordar”, com uma expressão assustada em seu rosto. Ron corou, o que permitiu alguns segundos para que Malu se estabilizasse.

— Olá, senhor Weasley. Fico feliz que tenha chegado.”.

— O-o-oi. — ele se virou lentamente a Malu, cuja mantinha um leve sorriso de canto, involuntário, cujo expunha obviamente sua diversão com a situação que se encontrava.

— Se aproxime, Ron. Eu não mordo. — riu de sua própria piada, porém um riso forçado. Nervosismo? — Posso te chamar de Ron?

— C-c-claro. — avisou, sentando-se a cadeira em frente à mesa, cuja, do outro lado, estava Malu.

— Então... Tudo bem? Você está bem tenso. — ela pegou seu caderno de anotações, cujo usava para fazer um relatório de todas as consultorias que prestava. — Não precisa ficar nervoso por estar aqui. Eu tenho exatamente o dobro da sua idade, mas isso não significa que eu me esqueci de tudo o que eu vivi na minha época de colégio.

— Sim... De-esculpe... — seus lábios se moviam, mas ele não fazia som, talvez buscando as palavras certas para “parar de parecer um imbecil covarde”. Palavras tiradas de sua mente.

— Calma, Ron! Está tudo bem. O que eu quis dizer é que eu já estive exatamente na mesma situação que você. Tive dúvidas sobre coisas que considerava inapropriado perguntar, já senti que colocavam um fardo grande demais sobre mim. Já tive medos, inseguranças (aliás, ainda os tenho), já fiquei preocupada se não estudei o suficiente pra uma prova... E, com certeza, e já odiei muito um professor. Na verdade, ele era bem parecido com o Snape...

Ela fez uma cara bem pensativa ao final da exclamação, engraçada, mas o garoto estava tenso demais para rir. Substituindo o silêncio, ela mesma riu baixo da própria piada e, então, continuou:

— Que tal começarmos com o básico? Eu iria te perguntar qual o nome de seus pais e se tem irmão, mas eu já sei os dois, então vamos pular essa pergunta. É... O quê mais? Ah, também sei o nome dos seus irmãos, Fred, George e Ginny. E...

— Eu tenho mais irmãos. — ele interrompeu-a, o que, diferente do que ele esperava (após quatro anos de aulas com Snape, acostumou-se a tirar pontos grifinórios e ganhar uma cara de desgosto vinda dele), ela sorriu.

— É mesmo? Qual o nome deles?

— S-são Bill, Charlie e Percy. — enquanto ele falava, ela serviu um copo com água, estendendo-o a ele, que agradeceu com um leve sorriso e bebeu vários goles.

— E onde eles estão hoje em dia? Estudaram aqui em Hogwarts?

— Sim. Os três foram da Grifinória. — já se sentia um pouco menos nervoso, pela maneira carinhosa, porém com respeito a seu nervosismo, cujo ela o tratava.

— E você também quer ser monitor?

— Claro! — se surpreendeu com a espontaneidade em seu tom de voz, voltando a corar um pouco. Ela serviu-lhe mais um pouco d’água, cuja ele aceitou com um aceno de cabeça. Passaram-se alguns segundos enquanto ele bebia a água, até continuar: — Só os gêmeos não foram Monitores, mas ele... Ah, eles são os gêmeos. Ninguém espera algo escolarmente grandioso desses dois. Só logros e bombas de bosta.

Ela não teve como conter uma risada intensa, e acabou por contagiá-lo. Passaram-se quase dois minutos até que se acalmassem.

— Agora que você não está corando ou gaguejando, tenho que partir para as perguntas mais constrangedoras. — Ron se moveu, incomodado com o rumo da conversa, mas apenas sinalizou com a cabeça para que continuasse com o que dizia. — Você já beijou alguém? Alguma namoradinha, uma menina em uma aposta, um garoto...

A primeira frase já lhe causou um leve rubor nas orelhas, mas logo esse rubor tomou todo o seu rosto, imaginando o que levara a mulher a sua frente em pensar nisso. “Será que ela pensou que... Por eu ser seu amigo... Eu e Harry... UGHH!” A expressão de confusão, vergonha e nojo estampava o rosto corado.

— Calma, Weasley! Oras, o que há com você? Essa foi uma pergunta leve. E, cá entre nós — ela se aproximou com pouco do menino corado, cujo se afastou em mesma proporção. Ela não percebeu, então continuou, falando um pouco mais baixo, apesar de serem apenas os dois lá: — Não é porque alguém beijou alguém do mesmo sexo que é gay ou “jogue nos dois times”. Eu mesma jogo, e não saio beijando as pessoas por aí. — e deu-lhe uma piscadela, que ele respondeu engolindo em seco.

— Desculpe. M-mas, r-re-e-espondendo... Nunca b-beijei ninguém.

— E isso te incomoda, de algum jeito? Quer dizer, pelo menos metade dos seus colegas, da sua idade, já o fizeram.

— N-não... — houve uma pausa de alguns segundos — É... Às vezes... Eu, eu fico meio... Hum, chateado... Quando começam a falar disso. É... Estranho, e... Ruim... Ver seus colegas de quarto, ou de Casa, ou seus irmãos, falando disso e...

— Não saber como agir. Nunca ter passado por isso, e se sentir idiota por ser o único que não entende. Ter vontade de enfiar a cabeça em um buraco e nunca mais sair...?

— É. Isso. Isso mesmo. — ele encarava um ponto fixo na mesa, como se estivesse hipnotizado. Não mais corado, não mais se mexendo na cadeira.

Eles permaneceram em silêncio por algum tempo. Ele encarava um ponto aleatório da mesa a sua frente, pensando em um refrão de uma música qualquer que ouvira, repetindo-o várias e várias vezes em sua mente. Fugindo do que estava pensando. Fugindo da sensação ruim que vinha ao ver como ele era ridículo. “Um garoto de 14 anos que nunca beijou e que cora sob qualquer mínima menção levemente sexuada. Parabéns, Ronald Weasley. Você é um maldito imbecil¹.” Era o que mais se passava por sua mente, mas ele tentava ao máximo ignorar.

— Ron? Tudo bem?

— Ah, sim. — ele pareceu voltar a si, encarando-a nos olhos. Ele fitava-a (mesmo que sem perceber) de maneira tão intensa, que logo a fez corar.

— Então... Continuemos as perguntas. — logo ela voltou ao tom normal em seu rosto, sorrindo como fizera durante todas as consultorias cujas prestou no dia. — Você já teve algum tipo de relação sexual? Praticou ou recebeu sexo oral, masturbação ou semelhante? — após uma pequena pausa, cuja ela passou abrindo e folheando suas anotações, continuou. — Antes de responder, beba água. Sua gagueira já está se tornando incômoda.

Demoraram mais de cinco minutos até que Ron falasse algo, hesitante, temendo ser repreendido por gaguejar involuntariamente. “Que inferno!² Por que eu sou tão tímido?!”. Enquanto isso, Malu mordia seu lágbio inferior para mantê-lo junto ao superior e evitava olhar para o aluno a sua frente, sabendo que teria uma crise de risos intensa caso olhasse-o. “Ronald Weasley, sua timidez é cômica.”.

— Sim. — ele disse, finalmente.

— Sim o que, Weasley? — ela mantinha os olhos fixos em suas anotações, sabendo que estava prestes a explodir em risos.

— Eu já... Pratiquei... — ele concluiu a frase com um murmúrio, quase inaudível³.

— Masturbação? — ele respondeu com um aceno leve de cabeça, com a mesma tão baixa que seu pescoço deveria estar doendo. — Se lembra em que época você começou?

— A partir desse verão. — ele murmurou, tão baixo que Malu teve que aguçar os ouvidos para entender o que ele disse.

— Ok. — ela fechou o caderno a sua frente, olhando Ron nos olhos (o que teve uma certa dificuldade, visto o quanto o rosto do ruivo a sua frente estava baixo). — Você está interessado em alguém, Ron?

— Não... Por quê? — ele parecia apreensivo, como se estivesse sendo interrogado e mentisse. “Perguntar isso já é demais.”, pensou.

— Só uma curiosidade. — ela apoiou os cotovelos na mesa, encostando o queixo nos punhos. — Você tem dificuldade em quais matérias?

— Poções, Feitiços, Defesa Contras as Artes das Trevas... Pode escolher.

— Há alguma matéria cuja você não tem dificuldade? — ela estava com a testa franzida, sua cabeça levemente inclinada para o lado. Ele abriu a boca, mas, antes que saísse algum som, percebeu que fora uma pergunta retórica, então se calou. — Ok, desculpe, isso soou rude. É... Eu acho que já acabaram as perguntas constrangedoras. Você quer falar de algum problema na família, com amigos ou algo do gênero?

— Não, nada. — ele respondeu, com os ombros caídos e a franja sobre os olhos. Se sentia esgotado pelo longo dia, cujo não almoçara direito por estar tão nervoso, e tivera duas aulas seguidas de Poções, terminando-as e indo direto a sala de Malu, onde teve intensas e drásticas mudanças emotivas. “Cansado” era a melhor palavra para defini-lo no momento.

— Ron, o que houve com os seus colegas? Reparei que estavam muito quietos na aula de hoje. — tentava soar despreocupada, e realmente conseguira, mas sentia como se sua ansiedade estivesse exposta em sua testa.

— Ah, Harry foi escolhido para o Torneio Tribruxo, e isso meio que deixou, hum... Todos, basicamente, contra ele. Por conseguir burlar e entrar no Torneio antes dos 17 e ainda por cima ser escolhido, sabe?

— Ah... Entendo. Mas... A amizade de vocês está bem?

— É... Estou meio mal por ele não ter me contado que se inscreveria, mas... Sei lá. — ela olhou para o relógio em sua parede, cujo iria alertá-los do fim da consultoria em 3, 2...

— Hora do jantar. — ela exclamou, levantando-se. — Pode ir, Ron. Qualquer coisa, pode vir aqui ou a meus aposentos, a qualquer hora, em qualquer dia. — ela estava recolhendo suas coisas na mesa, enquanto Ron estava prestes a sair. — Ah, e se eu não estiver, deixe um bilhete por debaixo da porta.

— Está bem. — ele disse, com um aceno de cabeça. — Até mais, professora.

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O Nyah não me deu espaço suficiente nas Notas Finais, então o aviso vem aqui.

Vocês vão ficar sem novos capítulos até Fevereiro, já que eu vou viajar. E eu não escrevi o suficiente por causa desses eventos de fim de ano, o que significa que não terei nem como programar a postagem. Não ousem falar mal dessa viajem, eu espero por ela há 13 anos, e ainda vou passar meu aniversário lá, quero ver um monte de comentários em todos os capítulos, como um presente pra mim :3


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Notas finais do capítulo

Está virando rotina, essas minhas explicações nas Notas Finais, né? XD
¹ - “You’re a blooding stupid.”, traduzido de maneira conceitual, ficaria mais ou menos isso.
² - “Blooding hell!”, traduzido de maneira conceitual, ficaria mais ou menos assim.
³ - Yeeeep, a palavra existe! Surpreendente, não?
“Blooding” é como se dá uma ênfase negativa a algo. Por exemplo, como “blooding cat” seria “gato maldito”. Já expliquei no último capítulo, mas é bom repetir, para os esquecidinhos de plantão XP

E aí, gostaram? Eu peguei leve, ia botar uns comentários picantes/engraçados, mas achei melhor ela se controlar com o Ron. Afinal, vocês sabem o quão... Coisado, ele é =P
Querem algum personagem específico? Eu já farei da Hermione, acho que do Draco, do Collin (ou de um personagem gay inventado), e tenho pensado no Harry. Mas estou precisando fazer de pelo menos de um ou uma francesa e de um búlgaro.

Podem criar uns nomes por mim? Brigada XD