A Consultora escrita por The Awesomest Girl on Earth


Capítulo 4
Capítulo IV — Um Sonho e um Convite


Notas iniciais do capítulo

Sei que atrasei, podem me matar nos comentários, mas não esqueçam de falar sobre o que acharam do capítulo! Deu trabalho, e (assumo), eu ia agendar pra postar no dia 25. Mas, já que eu não teria como postar esse no sábado e o próximo no Natal, como eu planejara, decidi postar esse hoje e deixar esse como presente de Natal adiantado!

Ah,leiam as Notas Finais, tenho uma pergunta importante!



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Assim como no primeiro dia, a semana seguiu com aulas desconfortáveis aos alunos que as assistiam pela primeira vez, seguidas da professora respondendo a perguntas que os alunos lhe faziam. Como esperado — o que não significa que deixou de causar rubor em Malu e risadinhas entre alguns alunos —, também lhe foram feitas diversas perguntas extremamente constrangedoras, como “Se eu marcar um horário de consultoria, eu poderia ver sua anatomia?” ou “Eu tenho dúvidas sobre masturbação feminina, poderia me mostrar?”.

Tirando tais momentos constrangedores — cujos foram arduamente tolerados, visto que o que menos queria era tirar pontos de alguma Casa tão cedo no ano —, suas aulas foram construtivas e logo havia conquistado a simpatia de muitos alunos. Também já tinha horários marcados para quase todo Setembro, envolvendo alunos de todas as Casas e muitas alunas e poucos alunos de Beauxbatons, quando parou de aceitar que marcassem horários consigo, antes que lotasse também Outubro.

Passou o fim de semana relendo sua agenda de visitas, checando as notas que fazia sobre os alunos — como “Hermione G. – 14 anos – Grifinória – tímida” ou “Ana A. – 13 anos – Lufa-Lufa – Corpo; Namorado apressadinho”— e, ao mesmo tempo, escrevendo em pergaminhos que seriam pregados em cada Salão Comunal, dizendo o local onde seria aplicada a consultoria e quais alunos deveriam visitá-la obrigatoriamente — em ordem crescente por idade, cumprindo com a visita trimestral obrigatória — na hora anterior ao jantar.

Quando terminou, já era madrugada, e estava exausta. Apenas separou o que seria posto nos Salões Comunais do resto de seus materiais e se jogou em sua cama, com direito a um quique antes do corpo se estabilizar.

Logo adormeceu, em um belo sonho onde, em um baile de mascaras, um homem com uma idade próxima a sua, de cabelos ruivos e uma máscara feita de couro de meteoro-chinês¹, adornada com sua franja dourada. Ela usava² um vestido cor de jade, e uma máscara simples, apenas de um tecido branco com pequenos brilhantes. Dançaram juntos por toda a noite, até que, prestes a tirar suas máscaras, acordou, com o som de seu relógio.

— Despertador infernal. — murmurou, pegando sua varinha e mirando-a no relógio, cujo se silenciou. Visto que ainda estava vestida e seu cabelo não totalmente bagunçado, apenas desengomou a blusa, desceu levemente a saia e calçou uma sapatilha simples.

Foi ao Grande Salão, onde encontrou vários dos monitores, e entregou-lhes a papelada que deveria colocar em seus salões comunais. Também explicou o que deveriam fazer caso algum aluno procurasse-a por meio deles, ou julgassem necessário que alguém precisasse de uma ajuda. Após alguns minutos de espera, percebeu que nenhum monitor lufano estava lá.

Depois de se alimentar, seguiu até a entrada do Salão Comunal da Lufa-Lufa, onde — por uma sortuda coincidência — viu sair de lá o monitor, Cedrico Diggory. Quando o viu pela primeira vez — sétimanista, na última aula que dera na quinta-feira — pensou seriamente em convidá-lo a um encontro em Hogsmeade. Era maior de idade, interessava-se por Herbologia, era muito gentil e extremamente bonito, o quê teria a perder? Porém, a ética profissional fez com que acabasse desistindo da ideia.

— Bom dia, senhora Adortion. — ele cumprimentou-a e, ao perceber que ela carregava alguns papéis, imaginou se ela não estava, justamente, buscando-o. Por esse momento de distração, ele não percebeu que ela corara levemente (e teria sido muito mais, se não se controlasse), mais pelo que tinha lembrado do que pela aproximação do jovem. — Deseja algo?

— Pode me chamar de Malu, tenho pouco mais idade que você, essa formalidade não é necessária. — ele sorriu leve, um sorriso considerado irresistível pela maioria das alunas e por alguns alunos. Mas, para ela, pareceu apenas um sorriso gentil. — Poderia pregar esses pergaminhos no quadro de avisos da Lufa-Lufa, por favor?

— É claro, Malu. — deu ênfase a última palavra, seguida de uma piscadela. Dessa vez, o rosto da jovem professora avermelhou-se por completo, totalmente sem seu controle, então baixou a cabeça e entregou os papéis restantes em suas mãos. — Você poderia ir ao Três Vassouras, no sábado. Tenho certeza de que irá gostar. — e, com isso, voltou ao interior de seu Salão Comunal , deixando uma corada e surpresa professora a porta.

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Era segunda-feira, e Malu, enquanto banhava-se, pensou no ocorrido de domingo, e também no sonho que tivera. Mais uma vez, sonhara com aquele baile, só que, dessa vez, enquanto dançava com o homem ruivo, um jovem loiro, com uma máscara de tecido amarelo-brilhante, adornada com cristais do dorso de um Negro das Ilhas Hébridas¹, puxa-a para dançar com ele.

Logo o jovem remove sua própria máscara e revela-se Diggory, que logo a puxa para um beijo caloroso, que tira totalmente seu fôlego e borra sua maquiagem, mas não tem carinho ou gera-lhe a... confiança, que o ruivo causava apenas com uma dança. Então, quando ele beija-a novamente, o relógio, acorda-a.

“Por Merlin, de onde aquele sonho surgiu?!” pensava consigo mesma. “Aliás, o que foi aquilo na porta da Lufa-Lufa? Será que Cedrico estava realmente me convidando a um encontro?” ao perceber o modo adolescente como pensava, começou a rir de si mesma. “É... Nada como um garoto 11 anos mais novo para me fazer pensar como se fosse uma menina de 13 anos.”

Fugindo desse debate interno, terminou seu banho, vestiu-se³ e se encaminhou ao Grande Salão, logo se sentando a mesa destinada aos professores. Porém, não foi possível ignorar o quanto Diggory encarou-a enquanto caminhava, os envoltos a si conversando. Cedrico desviando os olhos dela por alguns instantes, para comentar algo entre eles e gerar risos, seguido de alguém movendo levemente a cabeça na direção dela, fazendo com que os outros a encarassem.

De súbito, enquanto observava como agia aquele grupo de amigos, surgiu-lhe uma ideia. Pegou consigo uma pena, tinteiro e um pergaminho, escrevendo uma poesia sem rima, que apareceu em sua cabeça. Sorriu ao relê-la. Então, mesmo tendo apenas bebericado um copo de suco de abóbora e dado duas mordidas em um sanduíche, teve um leve enjoo e seguiu a seus aposentos, sentindo os olhos azuis seguirem-na.

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Após alguns minutos de descanso, se dirigiu as estufas, chegando pouco depois que os alunos. Desculpou-se pelo atraso, abrindo a porta para que entrassem onde seria a aula.

Quarto ano, Lufa-Lufa e Grifinória. Iriam re-envasar bulbos saltadores, uma tarefa que foi demasiado silenciosa, instigando a curiosidade da professora. Enquanto os alunos terminavam o trabalho, buscou em sua agenda se algum quartanista de algumas das Casas iria vê-la após o horário das aulas, para que tentasse descobrir o que ocorria.

“Hum, ninguém marcou horário...” soltou um involuntário muxoxo, atraindo o olhar de alguns alunos próximos. “Ah, tem esse aqui, visita obrigatória... Grifinório, Ronald Weasley.”.

Ao fechar a agenda, percebeu que a maioria já acabara seu trabalho, então ajudou os que ainda tinham dificuldade. Reparou que ainda tinha apenas dois minutos, então resolveu ser breve.

— Como todos sabem, hoje iniciam-se as consultorias. Eu gostaria de fazer um aviso a quem irá por desejo. Anote o que em prioridade em contar-me. E, a quem será obrigado a vir, saiba que, caso decida “sumir”, será buscado e sofrerá uma detenção. Bem, podem ir.

Ao liberar os alunos, pôde ouvir a conversa entre Hermione, o jovem de cabelos negros e o ruivo, cujo aparentava grande nervosismo.

— Relaxa, Ron. Ela é uma mulher muito interessante, e me recomendou um ótimo livro. Tenho certeza de que ela não vai tentar te forçar a contar segredos íntimos, ou algo do gênero.

— Mas, eu nem consigo olhar pra ela por muito tempo, com medo de que ela olhe de volta. Como eu vou passar quase uma hora dentro de uma sala, só eu e ela lá dentro? — respondeu-lhe Ron, aparentando o mesmo nervosismo de antes.

— Ronald, ela é uma professora, deve ter o dobro da nossa idade. Além disso...

— Senhor Weasley? — perguntou a professora, gerando um susto no jovem. — Ronald, certo? E vocês dois, são Hermione e...?

— S-sim. — Ron sentia suas orelhas queimarem como se estivessem em brasa. — Harry, senhora.

— Harry Potter? É um prazer conhecê-lo. — ela sorriu a Harry, estendendo-lhe a mão. Após o cumprimento, subiu a mão até sua testa, levantando a franja e revelando a famosa cicatriz, acariciando-a levemente com a ponta de seus dedos, causando rubor em Harry. — Desculpe. Bem, é um prazer conhecê-los. Ah, Hermione, está gostando do livro?

— Muito. Obrigada por me emprestá-lo. — ela realmente gostara da história, o que alegrou a professora.

— Bem, não vou mais prendê-los aqui. Até mais tarde, Ron. — acenou-lhes, permitindo que deixassem a estufa.

“Por que eles coram tanto?” perguntava-se. “Só por quê eu sou bonita? Credo.” riu-se, encaminhando-se a estufa ao lado, onde alguns alunos estavam chegando.

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Faltavam pouco mais de uma hora até a hora do jantar, e Ronald Weasley acompanhado por seus amigos — Hermione estando lá a contragosto, visto que estava chegando ao cume da história que lia — até a primeira sala passando da Ala Hospitalar⁴.

Enquanto isso, Malu ria consigo mesma, lembrando-se das pessoas que vieram até si naquele dia. Na verdade, só tivera duais visitantes de Hogwarts, todos os horários foram preenchidos por alunas e alunos de Beauxbaton, cujos já a conheciam, ou souberam sobre si por Madame Maxime, que buscara-a para um abraço na noite que chegaram e uma conversa relativamente longa durante quase todo jantar da semana anterior.

Não descobrira muitas coisas sobre os alunos, visto que esse não era o objetivo, mas só o que soubera poderia gerar murmúrios por semanas. Meninas que haviam criado até mesmo técnicas para acabar com uma gravidez inicial, jovens que tinham grande atividade sexual e ainda psicologicamente ingênuos, e muitos casos de desconhecimento ou vergonha sobre o próprio corpo.

Ainda durante seus devaneios, do outro lado da porta, o jovem Weasley relutava em bater a porta, mesmo recebendo o incentivo dos amigos ao lado. Harry, já tendo perdido a paciência, abriu bruscamente a porta, empurrando um confuso e revoltado Ron na sala.

— Harry Potter, garoto maldito⁵!

Com o barulho, a professora pareceu acordar, com uma expressão assustada em seu rosto. Ron corou, o que permitiu alguns segundos para que Malu se estabilizasse.

— Olá, senhor Weasley. Fico feliz que tenha chegado.

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As Notas "menos importantes" estão aqui, poque o site está zuando com a minha cara ao cortá-las.

Fui má em acabar o capítulo aí, mas ficaria longo demais. Gente, como eu queria não ser daquelas perfeccionistas que não aceita um capítulo com menos de mil palavras! Se eu fizesse com umas 500 ou 600, já estaria quase no 7 se não me engano (!).

Fiquei muito feliz com o aparecimento de algumas leitoras novas, e quero ver minhas lindas e meus lindos espíritos do além aparecendo por aqui e chamando seus amiguinhos pra lerem!

Eu vou demorar um pouco mais para postar, já que minha mãe viajou a trabalho pra outro estado, e eu estava na casa de parentes. Já que eu tive aquela péssima recepção ao postar o primeiro capítulo (cujo teve 2 comentários + 3 fantasminhas), eu travei e atrasei muito a minha escrita. Maaaas, tenho boas notícias: Essa fic provavelmente vai passar dos dez capítulos!

Acabando os avisos, minhas observações sobre o capítulo:

Eu não sei o que deu na minha cabeça pra botar aquele lance com Malu e Cedrico (talvez a insônia escrevendo por mim), e aquele sonho (baseado em um sonho que eu tive depois de escrever. Pode soar estranho, mas, quando eu escrevi, tirei uma pausa e cochilei, tendo um sonho bem parecido. Quando acordei, decidi escrever baseado nele, mas eu já tinha escrito... *medo*) , mas isso concretiza a minha ideia inicial de prolongar a fic.


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Notas finais do capítulo

¹ - Um tipo de dragão
² - http://imm.io/1lW2h
³ - http://www.polyvore.com/cgi/set?id=106642169&.locale=pt-br

5 - “Harry Potter, blooding boy!”, traduzido de maneira conceitual, ficaria mais ou menos assim.

“Blooding” é como se dá uma ênfase negativa a algo, como “blooding cat” seria “gato maldito”, por exemplo. É uma gíria britânica, que o Ron diz o tempo todo, kkk.


A PERGUNTA QUE EU CITEI LÁ EM CIMA!

Eu estou pensando em unir a Malu e o Charlie (Carlinhos), ou ao Bill (Gui). Eu preferiria o Charlie, por ele ser um personagem menos explorado durante a história, mas preferi perguntar. E aí, gostaram da ideia? Preferem qual?

Beijos, feliz Natal a todos!



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