Coração de meio sangue escrita por Kuro Okami


Capítulo 4
De boas indo reencontrar um velho bode...


Notas iniciais do capítulo

Yooo mina! Tudo de boa na lagoa? Eu queria pedir mil perdões pela minha demora! Não me matem! Mas essa época de férias...Acabei ficando ocupada (parece difícil, mas é verdade u.u) em fim, fiz esse capitulo que foi um pouco trabalhoso, afinal fique com dúvida e tudo! Bem espero que gostem e comentem! o/



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Fomos deixados no aeroporto e cada um estava com sua mala. Agora eu sei o nome de cada integrante, o filho de Ades se chama Rick e a filha de Apolo (a garota irritante) se chama Isabelle. Estávamos sentados esperando nosso avião e eu tinha que ficar vendo a cena da Isabelle dando em cima DESCARADAMENTE do Eric! Não que eu me importe, de ela morrer atropelada por um caminhão... Er, digo eu não me importo de eles ficarem e tals, mas ninguém merece segurar vela NE?

Rick esta em pé, com os braços cruzados olhando ao redor e Sofia estava... Bem dormindo. Então apareceu um funcionário na nossa frente.

– Com licença, desculpe interromper, mas teria como me acompanhar?

– Qual o problema? – Rick se pronunciou.

– Ao que parecem existe alguns problemas com os papeis de vocês. Poderiam vir?

Eu achei estranho isso. Até por que tinha dado tudo certo, porém nós ainda fomos atrás dele. Acabou que paramos em uma sala grande onde só tinha a gente e mais uns 3 funcionários. Cada um em sua respectiva mesa trabalhando.

– Eu não entendo. – Sofia falou confusa. – Disseram que estava tudo certo...

O funcionário trancou a porta e sorriu para a gente.

– Não me entenda mal jovem menina, mas não é sempre que temos carne de semideus ao nosso alcance.

Percebi o sorriso afiado dele e de repente ele começou a crescer e crescer. Mas não só ele, os outros que tralhavam também cresciam e riam para nós. O teto era realmente alto por que eles cabiam aqui sem problemas e deveriam ter mais de 2 metros! Seus dentes pontudos e braços peludos com músculos!!

Eles eram lestrigões*!!

*Lestrigões: São uns monstros gigantes e peludos, canibais e feios... Imagina um macaco grande e peludo com olhar selvagens dentes pontudos e querendo te comer literalmente. Então é quase isso...

– Essa não... Mal acabamos de sair do acampamento. – Sofia suspirou.

Rick já estava com sua arma que eram luvas de boxes de bronze celestial* (pera, luvas de boxe??!) e Isabelle já estava com seu arco na mão pronta para luta, Eric segurava algo de bronze celestial que ele moldou e virou tipo uma lança... E Sofia segurava um bumerangue (por que raios um bumerangue? Que coisa inútil!).

*Bronze Celestial: Um metal raro que destrói monstros com facilidades, não machuca humanos, mas é claro que fere os semideuses... Muito utilizado por eles, na verdade eu diria que quase todos usam, tendo uma ou outra exceção...

– Eu estava esperando por isso! HÁ-HÁ-HÁ vamos à batalha!! – Rick gritou partindo para cima dos bichos.

– Esse idiota só pensa em luta. – Murmurou Isabelle tomando distancia para melhor posição de atirar.

Eric estava se desviando das garras de um monstro quando uma das mãos gigantes se desviou para mim. Tudo foi em câmera lenta: o olhar de Eric me pânico (e seus sentimentos confirmavam isso, já que as algemas transmitem os sentimentos...) para mim enquanto aquelas garras afiadas vinham em minha direção sem ele poder fazer nada. E eu fui ao reflexo tirei minhas gemias do braço e bloqueei o ataque cortando a mão do monstro.

Tudo foi rápido e antes que desse por mim estava visível e Eric com a lança na barriga do monstro. Não deu tempo de ninguém falar nada, pois logo eu tive que pular em cima do Eric para desviar de uma bola de fogo que passou por mim.

– Agora ferrou tudo de vez... – Sofia suspirou.

A situação estava assim, Rick socava violentamente um Lestrigão e recebia belos socos também, Isabelle atirou 5 flechas ao mesmo tempo na cabeça do 2º lestrigão fazendo-o virar pó e o 3 º e último tentava acertar o Eric com bolas de fogo. Enric mexeu na sua lança e a transformou em um escudo.

– Melina! Fique aqui atrás e quando eu falar você lança sua espada no crânio dele!

– Eu sou péssima em apontaria! Vou errar e acertar o pé dele! – Gritei de volta.

– Me dá isso aqui. – Ele pegou a Sofi (a minha espada da esquerda).

Só que tem um problema, elas só podem ser usadas por mim. São espadas do submundo, um mortal qualquer ou semideus que a use pode sofrer sérios problemas.

E eu percebi isso logo, o braço direito do Eric começou a ficar branco de mais e a sair meio que uma fumaça. Ele ignorou a dor e quando teve a chance jogou a Sofi bem na cabeça do monstro que como os outros virou cinza.

Eric caiu no chão segurando o braço machucado.

– Seu idiota! Você não pode sair pegando as armas dos outros! Essa espada ia sugar sua vida se você a segurasse mais um pouco! – Gritei com ele.

– Não tive escolha... – Ele disse sem fôlego.

Eu podia ouvir Sofia discutindo como o Rick e a Vaca... Digo com a Isabelle.

Pequei no meu bolso um pote que sempre carrego comigo e passei a pomada de leve no braço dele.

– O que é isso?

– Pomada, ela vai restaurar seu braço.

– Como você...

– Eu fiz, sempre ando com uma dessas. Agora cale a boca e nunca mais pegue a Sofi!

Ele ia perguntar alguma coisa, mas o Rick e a Isabelle estavam na nossa frente.

– Vocês nos devem muitas explicações. A Sofia já adiantou a história, só que agora o que vamos fazer com essa mortal?

– O que teríamos feito se vocês não soubessem Isa, vamos leva-la conosco. – Sofia disse atrás dela.

– Não tem jeito, já que eles estão algemados... – Rick deu uma risada.

No final acabei indo sem muitos problemas, só o interrogatório que eles fizeram ao Eric, mas fora isso foi tranquilo, pelo menos eu achei.

Depois de uma viagem muuuuito longa, já que Nova York fica muito longe de Nevada, estamos no Colorado passaremos uma noite aqui e depois vamos para o nosso destino final. Agora estamos no hotel onde conseguimos dois quartos, um com uma cama de casal e uma de solteiro e outro quarto com duas camas de solteiro. Depois de resolver tudo, manipular a névoa (Isabelle é muito boa com isso... ¬¬) estávamos todos em um quarto aturando o chilique dela.

– Como assim vocês vão dormir na cama de casal! Juntos!

Eu bufei.

– Tem alguma ideia melhor? – Eric perguntou irônico.

– Claro! Eu durmo com você na cama de casal e ela dorme no chão ou na cadeira... Em fim não me importo. Afinal nem era para ela está aqui!

Olhei para cima e encostei-me aos meus braceletes, ai que vontade de usa-los...

– Escuta aqui sua oferecida. – Falei levantando da cama. – Não vem me encher a paciência! Eu odeio viajar de avião e estou com uma dor de cabeça horrível, para de encher a minha paciência... Se não vou dormir em uma cama de solteiro bem agarradinha com o Eric! – Falei e sentei no colo dele (eu sei, eu sei... Exagerei né?).

Como as algemas transmitem emoções, senti como se o Eric acabe-se de entrar em choque, e depois um sentimento estranho... Um misto de autocontrole, constrangimento e outro que não sei identificar.

– SAIA DE CIMA... – Rick agarrou Isabelle antes que ela explodisse.

– Nós viemos aqui para discutir sobre o que faremos! Não sobre ciuminho bobo, controles se!

Rick é um cara alto e com um braço estrondosamente grande, admito que não a culpe ela por ficar quieta e obedecer.

– Agora dá para sair e cima? – Ouvi Eric falar entre dentes.

– Ah sim! Desculpinha...

Sofia estava foliando alguma revista e assim que ficamos mais calmos ela falou.

– Muito bem, sobre a nossa missão temos que ver um plano para pegar o Cérbero.

– Não é muito difícil... – Falei. – Ele gosta de bolas vermelhas, vamos comprar uma grande e eu falo com ele e sei que vai me obedecer. Ele é muito inteligente!

Todos me olhavam como se fosse uma retardada e depois de uma rápida explicação sobre minhas visitas ao cachorro de 3 metros com 3 cabeças eles pareceram entender.

– Mas gente, tem algo errado nisso tudo. – Eric falou. – Cérbero não sairia do mundo inferior assim do nada, e Quíron estava muito estranho, ele parecia que queria mais se livrar de nós do que resgatássemos Cérbero.

Nós o olhamos e começamos a refletir.

– Realmente tem algo estranho... – Rick sentou na cama pensativo.

– Se tivesse como perguntar ao Floquinho como ele conseguiu sair...

– Floquinho? – Isa-vaca-belle me perguntou.

– É o nome que dei ao Cérbero, é mais fofinho u.u

– E como perguntaríamos isso a ele? – Rick parecia inquieto

Então senti um nó na garganta... Droga tinha me esquecido desse inconveniente...

– Bem se tivéssemos um sátiro ele poderia perguntar afinal eles entendem os animais e bem, o Cérbero é meio que um anima né... – Sofia falou pensativa.

– E onde, raios, vamos encontrar um sátiro?!

– E-eu... Am... Meio que conheço um... – Falei sem graça, Eric me olhou atento. Afinal ele sabia minhas emoções, infelizmente. – Ele mora em uma pequena área isolada aqui em Denver... Só que digamos que não nos damos muito bem...

– Podemos ir amanhã cedo, nosso voo é só à noite! – Sofia estava animada, filhos de Dionísio meio que gostam dos sátiros. – Como você conhece um sátiro no Colorado?

Eu sorri.

– Uma vez eu fim aqui em uma viagem escolar e encontrei-o sem querer. Ma em fim, vamos dormir que estou mega cansada e amanhã é um longo, longo, loooongo dia.

No dia seguinte seguimos para onde eu me lembrava da casa do sátiro. Depois de um ônibus e uma boa caminhada chegamos ao um campo muito florido, com árvores frutíferas e aquele cheiro de natureza maravilhoso. Só podia ser magia de sátiro, pena eu só fui saber isso de uns anos para cá e naquela época eu era desliga disso...

– Vou ficar invisível gente. Não seria uma boa ele me ver...

Depois de alguns passos com cuidado nas plantações apareceu o sátiro, ele estava como cabelo e barbicha branca, andava sobre uma bengala e tinha expressão severa.

– O que vocês fazem aqui invadindo meu território?! Fora se mandem!! Não quero intrusos!

– Calmo Senhor Sátiro. – Sofia disse delicadamente. – Precisamos da sua ajuda.

Ela deu um rápido resumo de tudo. Eu acho que ele não aceitaria de jeito nem um, mas como Sofia filha de Dionísio tinha uma chance.

O velho bode coçou a barba e pensou um pouco a encarou e suspirou. Quando ele ia falar eu comecei a ficar tonta, aquela droga de colar estava sugando minha energia e eu não tinha me alimentado direito desde que saí do acampamento. (só para eu dormir mais não tomei café da manhã e comida de avião é o fim ¬¬)

O colar piscou no meu pescoço e perdeu a luz, logo estava visível. Assim que o Bode Velho me viu arregalou os olhos e abriu a boca em choque.

– V-VO-VOCÊ! COMO OUSA ENTRAR NOS MEUS DOMINIOS NOVAMENTE SUA DETRUIDORA SEM LIMITES!

É ferrou.


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Notas finais do capítulo

Fim! E aí?? O que achou ? Emmm? Por favor comentem, gosto de saber se está bom ou não, o que tem que ser melhorado... Em fim! Obrigada por ler e até a próxima! o/