Coração de meio sangue escrita por Kuro Okami


Capítulo 2
Nunca minta para uma deusa


Notas iniciais do capítulo

Yoo!! Então, meu primeiro capitulo oficial! o// espero que gostem hehehe



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/441088/chapter/2

Bem vou começar do começo (por que do fim é mais difícil hehehe), meu nome é Melina - esquisito eu sei... Mas gosto que me chamem de Mel, mesmo tendo um trilhão de charas cachorros, não que eu me importe claro... Mas voltando eu tenho 16 aninhos e sou morena com meus olhos mel (que puxei do papai!) e cabelo ondulado/raivoso/problemático e preto. Tenho 1,60 de altura e o resto que falta é pura atitude. *frase de efeito*

Hoje meu dia foi normal, do tipo mortal. Acordar cedo (ODEIO isso!) escola com alguns amigos, estudos... Bem cheguei em casa por volta das 17:00 horas e me taquei no sofá, após aquele banho totoso e fiquei vendo um filme na televisão do Jack Chan MUITO bom. Agora vou falar dos meus queridos pais (aposto que vocês estão curiosos muahahahaha ou não).

Minha mãe é filha de Afrodite e parece a Barbie. Seu nome é Helena, têm cabelos loiros e ondulados, olhos azuis, lábios vermelhos e pele como porcelana. Ama as cores rosa e laranja, mas nunca as usa juntas "Já que elas não combinam!!". É EXTREMAMENTE vaidosa (e me enche a paciência para ser também). Nesse momento faz 1 hora que ela voltou do seu trabalho de enfermeira, está falando com uma amiga no telefone e monitorando a empregada na cozinha. Ela odeia trabalho em casa, porém se recusa não interferir ou colocar seu tempero na comida.

Agora meu pai acabou de chegar, ele é lindo, sério não é só por que ele é meu pai. Tipo alto forte e moreno (como eu) cabelos escuros e olhos mel (sim eu sou muito parecida com ele, mas meus traços são como os da minha mãe). Ele estava com blusa social preta e calça jeans preta, ele só usa cores escuras e é muito calado. Não é de ficar demonstrando muito suas emoções. Adivinha de quem ele é filho?? Exatamente! Hades o deus que reina no mundo inferior, meu velho bafo de cadáveres... (se ele me ouve falar isso eu estou ferrada...). Ah! O nome do meu querido pai é Alexandre!

Então como eu disse ele chegou e quase imediatamente minha mãe desligou o telefone e se jogou no meu pai. Literalmente. Papai a agarrou antes que os dois caíssem e depois de um selinho ela se afastou dizendo:

– Amor!! Olha que linda minha roupa nova!! - Minha mãe deu uma pirueta mostrando o vestido rosa-pink igual a um trilhão de vestido iguais que só muda a etiqueta. - O que achou?

– Hummm é bonito. - Ele nem percebeu a diferença, mas comentar esse fato pode gerar: discursão>briga>dormir-no-sofá>ter-que-comprar-um-presente-caro-de-mais.


Agora meu dia normal não mortal. Estamos eu e minha família no parque de boas quando aparece uma Manticora, antes que você pesquise no Google eu explico. Maticuna: é um monstro esquisito para caramba com corpo de leão, pata e calda de escorpião, asas e cabeça de homem. Tem um veneno do mal, cospe fogo e para melhorar nossa situação ainda lança dardos venenosos. Delicia né?

Então com eu disse apareceu esse bicho do além veio atacar meus pais (já que sou uma mortal sem importância). Minha mãe luta muito bem só que evita, ela fala algo sobre a unha dela. Então meu pai após se desviar da investida desse bicho "bunito" pegou seu cordão do pescoço que se transformou em um arco e flecha de energia e atirou nas asas do ser alado fazendo o cair.

– Mel vai querer ajuda?

– Deixa comigo pai.

Levantei e olhei minhas duas pulseiras, uma em cada braço, tão inofensiva hehehe. Quando as puxei elas viravam minhas belas gêmeas, as quais eu nomeei de Twin pappoú que significa: Gemias do vovô (ou algo por aí). Ela veio com nome, algo sobre Vingadoras do Submundo ou qualquer coisa sinistra. Mas eu gostei de "Presente do avô". Mas voltando a ação eu pulei em cima do bicho e cortei o rabo (nada de dardos ou venenos em mim) e encarei a fera que tinha olhos com puro ódio. Ele mirou seu fogo em mim e eu fiz um rolamento para o lado desviando. Assim que o fogo cessou, eu não perdi tempo. Corri para a fera, desviei da pata com a gêmea da direita e cravando a da esquerda na mandíbula do monstro. Ele virou pó, literalmente.

– Parabéns minha filhinha! Está cada vez melhor! - Minha mãe me abraçou alegre.

– Obrigada mãe...

Meu pai só sorriu. Então eu fui pisar para trás e desequilibrei, cai ouvindo um crec. E quebrei o pé. Fiquei um bom tempo de molho em casa depois dessa, por que uma Manticura não me causa muitos arranhões, mas um chão esburacado... Consegue me deixar um mês em casa de molho!

Então como pode perceber essa é minha vida. Férias de verão eu vou a Nova York para a colina meio-sangue, foi lá que aprendi tudo que sei sobre luta, esse mundo de deuses... Em fim. Mas agora chega de apresentações! Vamos começar de onde eu estou!

Bem agora deve ser umas 9:00 da noite, eu estou no corredor da minha prisão... Digo internato e estou preste a fugir. Entenda meus pais me mandaram para cá a fim de se livrar de mim, só que eu sei quem foi o mandante... Meu querido avô! Aquele traidor... Em fim, eu estava me esgueirando pelos cantos escuros daquele corredor feito de pedra meio medieval (sabe aqueles castelos macabros onde tem uns corredores mal iluminados? Então exatamente assim) desviando de qualquer sombra que se atrevesse a parecer. Quando cheguei à garagem dei um belo "UFA!" corri para um carro que estava ligado, abri o porta-malas (claro que minha espada negra deu aquela ajuda) e deitei lá pronta para sair do meu cárcere.

Depois que o carro saiu ele parou no posto e eu saí rapidamente até um ponto de ônibus. Ainda bem que esse internato é em NY assim fica mais fácil chegar à Colina meio sangue (caso você não saiba o que é darei um breve resumo: é a onde os filhos dos deuses aprendem a sobreviver. Basicamente isso, como falei 'breve'). Depois da noite inteira e mais algumas horas cheguei ao meu destino, deveria ser umas 9:00 horas da manhã e eu já estava empolgada só de imaginar euzinha novamente no acampamento. Porém assim que cheguei perto percebi a barreira, eu olhava e parecia como se fosse uma floresta normal árvores e mais árvores, mas eu sabia que não era. Ali em baixo tem uma casa grande e 12 chalés um para cada Deus do Olimpo. Tinha grandes construções como quadras e ginásios para ensinar os meios sangues. Só que só é permitida a entrada deles. Eu tinha toda uma burocracia para entrar, autorização e blá blá blá... E agora que fui me tocar disso. Já estava acostumada a sair entrando sem problemas.
Eu fiquei sentada em uma pedra ali pensando uma maneira de entrar sem que alguém soubesse, afinal se um supervisor ou um certo centauro descobrisse... Mandaria-me imediatamente para o internado/prisão/você-apodrecerá-aqui. Nesse momento eu estava distraída bolando uma estratégia (e perguntado aos céus por que minha mãe não é filha de Atenas! - deusa da sabedoria) quando ouço engrenagens, metal batendo e um ruído que aumentava cada vez mais.

Quando olhei para o lado vi um enorme touro gigante de metal bufando para mim, tinha olhos azuis e seu corpo era feito de bronze deveria ter o tamanho de um carro 1.0 e sinceramente parecia furioso. Entre as dobras do aço em seu corpo saia uma fumaça e seus chifres pareciam feitos de ouro (shit! Isso era ouro!). Ele correu em minha direção mirando seu chifre mega afiado em meu tronco, só tive tempo de rolar para o lado e em seguida pegar minhas gemias. Suas laminas negras brilhavam tanto que pareciam querer que eu as usasse nesse touro de metal, e sinceramente eu estava doida por essa adrenalina.

– O que foi tourinho? Ficou com medo das minhas arminhas? - Não sei se o touro entendeu, só sei que ele veio para cima de mim com tudo.

O Bicho era tão rápido que quando pulei para a esquerda seu chifre arranhou minha perna. Mas não perdi tempo, com a Sofi (minha lamina da esquerda - esse é o nome só dela) eu cortei a pata dele, fazendo o cair se arrastando no chão. Levantei mancando um pouco satisfeita com meu trabalho quando o ser (chato) de metal se levantou e me atingiu com a cabeça nas costas, eu consegui desviar dos chifres. Ele me arrastou para frente em tal velocidade que ficou difícil pensar então vi que ele me levava para me esmagar em uma árvore. Só pude fazer uma coisa, agarrei os chifres dele para conseguir saltar sobre ele, e com o Marke (minha espada da direita) perfurei sua cabeça e pulei antes que ele entrasse em colisão.

Caí no chão viva meio dolorida, mas viva.

– Nossa!!! - Ouvi uma garota. - Você é muito boa! Mesmo para uma mortal!

Eu tirei minha espada da cabeça do monstro e a coloquei eu meu pulso fazendo a voltar a ser um simples bracelete de couro.

– Não acho uma boa um touro atacando mortais por aí. - Olhei para quem falava comigo e vi duas pessoas.

Uma menina que deveria ter uns 14 anos, da minha altura branquinha e com cabelos pretos e bem cacheados, quase uma boneca com lábios vermelhos (sem batom), usava um vestido florido e sorria para mim. Ao seu lado tinha um garoto alto com cabelos castanhos claros na altura do queixo, só que estavam presos em um rabo de cavalo. Tinha olhos negros e pele branca e me olhava como se me estudasse. Estava com um macacão e luvas em suas mãos tinha uma chave de fenda.

– Como podem perceber sou mortal, mas sei sobre as paradas dos deuses e tals... Deixe me adivinhar, você é filha de Dionísio o deus do vinho e você filho de Hefesto deus das forjas.

– shiiiiu! - A menina sibilou pra mim. - Os nomes tem poder! Cuidado com o que fala...

– Ah sim, foi mal. Am, meu nome é Melina, mas me chame de Mel.

– O meu é Sofia (Xente! Ela é chara da minha espada!) e esse é Eric.

– Ok já nos apresentou e tudo, agora se nos permite pegaremos o meu touro e iremos em borá. - Eric pronuncio pela primeira vez.

Sorri.

– Ei... Vamos com calma gente, sabe eu gostaria muitíssimo de entrar no acampamento, mas sou uma humilde mortal... Agora fico me perguntando a cara dos supervisores ao saber que esse touro mecânico atacou uma inocente mortal...


Eu sei, pequei pesado só que eu queria entrar no acampamento de qualquer jeito.

– Espera, v-você vai contar?! - Sofia quase gritou.

– Não... A menos que você me ajude.

– Isso é chantagem! - Eric gritou.

Sorri maliciosamente (ai caramba se eu morrer estou ferrada, Hades vai me castigar por fugir e fazer chantagem)

– Chame do que quiser, vai me ajudar ou não?
Eles se entre olharam e depois para mim.

– Tudo bem. - Disse Eric mal humorado. - Sofi vai à frente dá um jeito de ela entrar, quando estiver tudo certo me fala.

– Pode deixar! - A menina de cabelos negros saiu correndo.

Eu sentei no touro de metal (ou o que sobrou dele) satisfeita.

– Me diga uma coisa, quando você entrar não vai se esconder por muito tempo. De noite como vai fazer? Ficar do lado de fora as Harpias* vão te devorar. E só pode entrar no chalé com autorização. Como vai fazer espertinha?


*Harpias: Tronco e rosto de mulher, perna e braços de aves. Elas são responsáveis por cuidar do acampamento e limpar.

Tá ele me pegou, tipo como eu ia fazer?? Após alguns minutos uma ideia tipo MUITO LOUCA me surgiu.

– Já sei, vou pedir a Afrodite que me dê abrigo, se eu me esconder lá não terá problema.

– E como pretende fazer isso?

– Aí que você entra. Você... am... Vai ter que fingir ser meu... am... Namorado.

– O QUE??!

Eu imaginava essa reação.

– Espera ok? Escuta primeiro. Ela é a deusa do amor, se eu falar que vim para aqui por que queria ficar com o "amor da minha vida" com certeza ela vai deixar!

– Você quer enganar um deus? - Ele levantou a sombra celha. - A resposta é não. Não vou mentir para uma deusa.

Eu sabia o suficiente dos filhos de Hefestos para fazer meu querido "namorado" aceitar minha proposta.

– Bem, eu tenho aqui em minhas mãos um telefone de última geração que ganhei no natal. Eu poderia muito bem deixar você dar uma olhada...

Ok ok, eu estou muito ferrada se morrer, Hades vai me comer viva xente!

– Você é uma chantagista! - Ele agarrou o telefone de minhas mãos. Deixe me explicar, os meios sangues não são de ter esse tipo de aparelho para evitar ser rastreando e muitos ficam longe desses 'luxos' e mostrar isso a um filho de Hefesto que é fascinado por qualquer coisa que se possa criar... hummm é golpe baixo.

Depois de catar um arco íris por esse lugar achei tipo um riacho onde eu pode jogar minhas oferendas, a deusa Íris (deusa do arco-íris) ela meio que faz tipo um Skype, você oferecia dinheiro humildemente e se desse você falava com alguém. Eu tive que fazer 'A Oferenda' para conseguir isso e então me apareceu Afrodite. Eu não sei onde ela estava só vi seus olhos azuis bem fortes me olhando.

– Vovó! - Falei sorrindo.

– Ah não Mel, sem vó. Me chame só de Afrodite se não me sinto uma velha. - Minha vozinha revirou os olhos.

– Tudo bem, humm Afrodite, tem como você me fazer um favor??

Ela me olhou cautelosa.

– Sobre?

– Preciso entrar no seu chalé no acampamento sem que alguém saiba...

– Mel, a noticia que você fugiu do internato se espalhou por todos os lugares. Logo seu avô vai te encontrar.

Eu gemi.

– É por isso! Ajude-me vó... Afrodite! É um caso de amor!

É agora ou nunca!

Ela parou me encarando e em alguns segundo ela estava na minha frente. Sua presença é tão apaixonante, sério perto dela tenho vontade de agarrar o primeiro que vejo na minha frente, sinto vontade de amar como nunca senti... Só que eu sabia muito bem que isso era instantâneo.

– Como assim caso de amor?

– Então vó... Afrodite, esse aqui é o Eric - Ainda bem que lembrei o nome dele! - E nós estamos namorando, só que se eu for em borá para longe nós vamos ter que encarar nossa dolorosa separação! - Nossa eu sou tão trágica.

Eric só olhava para ela e depois para mim, sorriu e balançou a cabeça dizendo um "sim".

– Minha neta, apesar de bela atriz é obvil que vocês não tem nada. Nem química vocês tem ainda! Você achou que sou tola?

Shit! Shit shit mil vases merda! Como vou fazer?? São dois deuses agora que vão disputar minha cabeça!

– Er... - Eric tentou falar, mas a deusa do amor o silencio com o olhar.

– Minha querida, como sou boa não irei te punir dessa vez, até por que me surgiu uma ideia interessante. - Afrodite sorriu para nós e chegou perto de mim tocando de leve meu pescoço. - Esse colar vai te deixar invisível aos olhos dos outros e também ocultara sua presença. Assim poderá entrar em qualquer chalé. Quando tocar nele e essa pedrinha perder o brilho você estará visível a todos e tocando de novo ficará invisível, porém se usar suas espadas elas acabaram com minha magia e você ficará visível. – Olhei a pedra rosa (porque sempre rosa??!) pendurada delicadamente por um cordão de prata.

Eu sorri já indo agradecer, caramba! Foi melhor do que esperava!

– Porém esse belo jovem, mesmo filho de Hefesto, é belo... Mas continuando, esse belo jovem será o único a vê-la. - Ela segurou nossas mãos dadas e de lá surgiu uma algema nos nossos braços. - Bem vocês ficaram acorrentados em um período de 2 semanas ou até que vocês se apaixonem ou um só se apaixonar, amor uni lateral também tem seus encantos. Essa corrente só os libertará em situações muito críticas, mas até lá vocês tem duas semanas para se apaixonar. Ah! Através delas vocês sentirão os sentimentos um do outro.

Minha avó sorriu para nós e antes que pudéssemos falar sumiu deixando um cheiro de rosas para trás.

– Isso não estava nos planos! - Eric gritou comigo.

– Com ia imaginar isso! - Gritei de volta. - Eu só queria entrar e ficar na minha! Não pretendia me amarrar a você por 2 semanas!

Ele parou de andar e me encarou.

– Eu sou a vítima aqui!

– Nada a ver, que quase morreu com o touro fui eu!

– E eu quase virei pó pela deusa!

Nós nos fuzilamos quando Sofia gritou:

– Entrem logo! Antes que alguém veja!

Nós paramos de nos fuzilar e entramos agora eu estava invisível, mas acorrentada com o próprio construtor louco. Merda!



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí?? Gostou?? Por favor digam o que acharam hehehe espero postar logo mais um capitulo o//