Amável escrita por Panckeca


Capítulo 2
Capitulo 02 - Mal dia Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo. :D



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"Eu já disse que não estava colando." Tentei dizer pela milésima vez.
Tsunade me observava séria, sentada na sua cadeira, com as mãos no queixo. O professor estava ao meu lado me acusando friamente do que eu não fiz, e eu sentada na cadeira enfrente a mesa da diretora.

"Se você não estava colando, então o que estava fazendo?" A mulher me perguntou e eu bufei frustada.

"A minha prova." Isso não é óbvio?

"Não é isso o que o seu professor está dizendo. Ele disse que um colega entregou um papel a você. Verdade? " Esse cara é um pé no saco. O que ele tem de bonito, tem de chato.

"E isso tem que significar que eu estava colando? Tsunade, você sabe que eu não sou disso." Falei erguendo o meu tronco e me acomodando na cadeira. Então o Uchiha que estava calado há um tempinho, se manifestou irritado ao meu lado, erguendo a mão e balançando na minha frente.

"E isso é o que por acaso? Você disse que nunca colou, mas eu digo que você é uma mentirosa, pois disse que não tinha papel nenhum, mas não é verdade." Eu olhei pra ele irritada. Você que é um mentiroso!

"Eu disse que não tinha nenhum papel com a cola da prova. Esse papel é de outra coisa." Ele me fuzilou com os olhos e Tsunade ficou ali parcial nos olhando.

"Então esse papel é o que, afinal ?" Perguntou com um sorriso presunçoso.

"Abra e veja, professor." Falei ácida e assim ele o fez. Confesso que tive vontade de rir da cara de confusão dele quando ele percebeu que realmente era outra coisa, mas me segurei. "Viu? Eu não sou mentirosa." Ele me olhou incrédulo.

"Então o que é : 'É da moranguinho, que gracinha.' ? " Repetindo o que estava no papel, não pude deixar de, por puro reflexo, envolver meus seios com os braços, sentindo meu rosto queimar levemente, para tentar esconder o que o bilhete claramente queria dizer pra mim. Ainda bem que ele não percebeu, pois continuou me encarando com aqueles negros e frios olhos como que esperasse uma resposta.

"Nada que te interesse realmente." Fui malcriada, tentando disfarçar o meu rubor e então a diretora interviu.

"Já chega! Haruno Sakura não se deve falar assim com um professor... e Sr. Uchiha, acho que Sakura não estava de fato colando, mas ela não deveria conversar durante a prova." Ela voltou sua atenção pra mim outra vez com uma carranca dura." Que isso não se repita Senhorita Haruno. Está dispensada!

"Mas e a minha prova?"

"Terminará amanhã depois da aula sob a supervisão do seu professor." Se ajeitou na cadeira e suspirou. "Tudo bem para o Sr.?" Perguntou ao chato do meu lado e ele penas assentiu. "Ótimo, então."

"Posso ir agora?" Perguntei me levantando da cadeira e ainda estava com os braços cruzados. Me observou por um segundo pra logo me deixar ir. Eu só não poderia ir pra sala, pois tinha ainda um pessoal fazendo prova. Então fiquei andando pelos corredores até resolver ir ao banheiro.
Quando olhei meu reflexo no espelho não pude acreditar em como eu estava horrível. Meu cabelo estava desgrenhado,minha blusa - que já havia secado- estava levemente amarrotada e o pouquinho de maquiagem que havia passado antes de sair de casa, tinha saído. Passei a mão no rosto e soltei os cabelos, que por sinal é rosa e estava muito grande, passando os dedos por ele tentando ajeitá-lo da melhor maneira possível. Puxei a camisa pra baixo, esticando-a, numa tentativa ignorante de desamarrota-la.
Fui para a sala quando o sinal do terceiro tempo tocou. Dois tempos de matemática.
A aula foi cansativa e chata, depois veio o intervalo e eu não via a hora de ir embora. Quando finalmente a aula de gramática acabou e o sinal do horário da saída tocou, me senti aliviada.
Pensando bem agora, teria sido melhor se eu tivesse ficado em casa. Poderia ter dormido até tarde, não teria me estressado com o professor e nem teria sido chamado de mentirosa, cara de pau... Enfim, não teria sido ofendida. Arrumei meu material e tratei de sair logo do colégio. Quando estava passando pelo corredor, senti alguém tocar meu ombro e quando me virei, era Hinata, minha amiga.
Eu sou uma completa idiota, nem falei com ela hoje e olha que somos da mesma sala. Que péssima amiga eu sou!
Ela sorria pra mim e eu sorri de volta.

"Sakura. Oi!" Me cumprimentou com sua voz doce.

"Hina. Me desculpe por não ter falado antes com você. Meu dia foi tão estressante que nem sei quem veio e quem faltou hoje." Fiz uma careta e ela riu.

"O professor novo te acusou de estar colando."

"Ele me levou pra secretaria e me chamou de mentirosa, acredita? Não gostei nem um pouco dele." Franzi o cenho ao lembrar daquele chato.

"Mas você não estava colando, né?" Perguntou enquanto andávamos pra saída do colégio e colocando uma mecha do seus cabelos atrás da orelha que estava caindo nos olhos.

"Não, mas ele não acreditou. O bom é que eu pude provar que ele estava errado e amanhã vou poder terminar a prova." Dei um suspiro cansado. Chegar em casa iria dormir e depois estudar pra prova.
" Mas... Cadê a Ino? Não vi a porquinha em lugar nenhum..."

"Ela me mandou uma mensagem hoje cedo. Não iria vir, porque não estudou. Acredita nisso?" Hinata falou, fazendo uma cara engraçada no final da frase.

"Hah, acredito. Ela sempre faz isso."

"Eu só quero ver quando ela conhecer o professor novo." Ela riu e eu olhei pra ela sem entender. "Ah, Sak... Você pode não ter gostado dele , mas ele é muito bonito. Você tem que reconhecer.

"Beleza não é tudo, sabia?" Falei torcendo o nariz. Não iria dizer que ele é um gato com lindos olhos. Não mesmo. Ela riu da minha cara. "É dona Hinata, quero só ver o que o Naruto vai achar disso. Que você anda paquerando os professores..." Ela ficou vermelha na mesma hora e eu não aguentei. Comecei a rir. É só falar a palavra 'Naruto' que ela fica toda sem jeito.

"P-por que você está d-dizendo isso? N-nada a ver Sakura. Para de rir!" Falou tentando disfarçar o rubor. É tão engraçado quando ela fica assim.

"Ok, amiga. Parei, parei." Quando chegamos na entrada do colégio ela se despediu de mim. E adivinha? Ainda estava chovendo. Não tão forte como de manhã, mas ainda assim, chovendo.

O ônibus não demorou muito para chegar no ponto e em 15 minutos já estava em casa. E não, ele não quebrou no caminho, pra minha felicidade.

Entrei em casa e a primeira coisa que queria fazer era tomar um banho quente e assim o fiz. Coloquei um roupa leve e me esparramei na cama, sem nem ao menos perceber em que momento peguei no sono.


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Notas finais do capítulo

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