Renascer escrita por Mariana Lanza


Capítulo 6
Capitulo cinco




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Matt estacionou a moto no mine estacionamento do bar da Angie eu abaixou um pouco a moto para que eu pudesse descer, eu desci e observava ao descer olhei para a direção do bar que parecia cheio hoje, reparei o estacionamento e estava cheio se não estivéssemos de moto derrepente nem conseguiremos uma vaga um pequeno floco de neve caiu em meu nariz e ventou fortemente do norte que me fez tremer o Matt olhou para a direção e ficou ali parado por longos segundos depois voltou seu olhar para mim sorrindo da mesma forma sexy e pegou em minha mão de maneira protetora e entramos e derrepente aquele bar vira uma semana antes estava tão abarrotado de gente, alguns caras jogavam pôquer em duas mesas e outras 10 pessoas olhavam em volta enquanto um garoto de barba por fazer blefava aos outros jogadores, na outra mesa havia mas gente envolta mas Angie jogava e ela parecia ganhar pois suas bochechas estavam rosadas e ela sorria descaradamente ela não era boa em mentir ou era boa de mais e estava perdendo, os que mas faziam barulhos eram os jogadores de sinuca eles berravam em todas as mesas do lugar um cara loiro sabichão jogava em duas ao mesmo tempo e algumas meninas olhavam em volta uns flipers dos anos setenta com jogos do Pac-Man e outros de luta e no meio entre os jogos e as mesas uma mine pista de dança onde algumas meninas dançavam com alguns cara de maneira para seduzir e outras dançavam tentando atrair a atenção dos caras que jogavam nos games e nas mesas.

Uns caras mal encarados intimidavam um menino gordo com óculos fundo de garrafa e um magrelo de blusa e calça xadrez o menino dos dreds estava no bar atendendo a todos os pedidos e fazendo uma demonstração misturas de bebidas passando o copo de alumínio tampado por baixo e por cima dos seus braços descendo e subindo jogando no alto com se fosse malabarismo e virava nas taças de margueritas botou um guarda chuvinha em cada copo e entregou a duas meninas que riram para ele quando ele entregou a elas.

– Matt! – Disse a garoto dos dreds. – Pensei que você ia naquela parada de jantar de noivado da irmã da Kathy.

– Fui e encontrei uma garota perdida no meio do caminho. – Ele riu e olhou para mim, eu fiz beicinho.

– Como ele é um cavaleiro – disse sarcasticamente – ele me deu uma carona, mas você me disse que me levaria a um lugar mais chique. – Passei o dedo sobre o balcão e fiz cara de nojo e depois sorri.

Há uma semana não podia me imaginar entrando em um bar como esse e agora parece mais aconchegante que aquele cubículo que o Gabe me fez morar, apesar do lugar estar claramente com um cheiro de tabaco e cachaça pura o cheiro amadeirado do Matt ainda em minha roupa pelos beijos me fazia ignorar tudo aquilo.

– Temos nosso próprio barman como nas boates caras de Nova York. – Eu sorri, todos na quele lugar queria que eu me sentisse em casa ou que considerasse melhor que Nova York.

– Então é de Nova York? – Perguntou o barman.

– Sou, cheguei semana passada.

– Ele sabe. Só ta dando em cima de você na minha cara. – Ele jogou dois amendoins na cara do Barman que riu.

– Me rendo cara seu tiro de amendoim acabou comigo. – Ele levantou as mãos como fazia os caras dos filmes que eram ameaçados por outros com armas.

– Então quer dizer que o senhor Drayton fala de mim?

– Hiii! Enche o saco é Patty para cá e Patty para lá, será que ela gosta de mim será que ela fala em mim? – Ele dizia como uma menininha mimada que mas me parecia a Kelly.

– Chega já ta falando besteira de mais.

– Brincadeira cara.

– Matt e a sua patricinha – disse a Angie com os braços sobre os nossos ombros e com uma garrafa de cerveja na mão.

– Em Angie como ele fala dela né?

– Patrícia é o tempo todo o que você fez com o meu amigo? – Disse ela me puxando.

Ficamos por mais tempo que imaginava, ele me mostrou todo o lugar e conheci todos lá inclusive virei amiga do Jake o Barman de dreds joguei um pouco de Pac-Man, pôquer, sinuca e pimbolim.

Meu celular vibrou no meu bolso do vestido eu olhei e era o meu irmão, saí do bar para poder atender e reparei uma camada fina de neve no estacionamento atendi no sétimo toque.

– A onde você esta? – Ele disse antes de eu dizer alô.

– Em um bar com um amigo.

– Com o cara da piscina? Olha Patrícia tentei te ligar por horas vem para a casa agora!

– Gabe eu to bem não se preocupe.

– Patrí... – Desliguei na sua cara antes dele poder completar o meu nome.

Olhei para trás e lá estava o Matt ele me olhava e eu cruzei os braços e subi e desci para me esquentar, ele caminhou ate a mim e tirou seu blazer e pos sobre o meu ombro.

– Tudo bem?

– Era só o Gabe. Ele quer que eu vá para casa. – O celular tocou novamente e desliguei de vez.

– Eu te levo.

– Não quero ir para casa, vamos discutir pelo fato de ter fugido e ter que agüentar a Kelly não... To a fim de discutir nada essa noite.

– Quer ficar essa noite lá em casa?

– Matt é... Nem nos conhecemos... – Ele me interrompeu.

– Tem dois quartos lá e é como amigo, tudo bem?

– Ta bom. – Não estava na posição de discutir e precisava de lugar para passar aquela noite.

Ficamos mais alguns minutos lá e depois fomos para a casa dele, eu nem sabia a onde ele morava mais imaginava ser um dos prédios onde eu vi perto da praça central pareciam ser pequenos e não esperava um mega apartamento se tivesse até uma TV iria me surpreender apesar do Matt não fazer o tipo que fica vendo televisão devia ser um daqueles apertamentos velhos com infiltração na parede da sala que é a mesma da cozinha com um cheiro insuportável de mofo com uma caixa de pizza do século passado sobre a mesa e nada na geladeira alem de meia garrafa de água suja e um quarto dentro do outro ou de frente para o outro. Posso ter exagerado um pouco, mas devia ser por ai.

Ele dirigiu em direção à praia e seguimos até o túnel que ligava a cidade a rodovia principal, em vez de entrar no túnel ele seguiu por uma estrada de terra ao lado do túnel que tinha algumas arvores seca passamos por uma casa grande que ficava no resto da praia, uma praia maior um lugar que não podia imaginar que existia e ao nosso lado esquerdo uma floresta ao pé de um morro e outra casa se passou ela era grande como a outra, imaginei que aquelas casas deviam ser caríssimas e eram espetacularmente lindas não podia imaginar o Matt em uma daquelas casas ele parecia não ter dinheiro para uma casa na areia da praia de janelas que iam do chão ao teto e incrivelmente lindas, se ele morasse por aqui devia ser para vigiar a casa de algum ricaço.

Pensei na noite em que cheguei e vi aquela sombra que lembrava Matt, francamente eu precisava tirar aquilo da minha cabeça não foi Matt que invadiu a minha casa e ele também não roubara nada, e também tem no domingo quando ele passou a noite comigo e se ele fosse fazer alguma coisa comigo faria aquela noite eu devia esquecer tudo aquilo e focar nessa paisagem linda dessa praia.

Mais alguns flocos de neve tocavam a parte do meu rosto que o capacete não tampava e o lugar era claramente lindo, Passamos por umas três ou quatro casas e o Matt parou a moto olhei em volta e não vi casa alguma.

– Matt pensei que sua casa era como aquelas mas nada vejo aqui.

– Calma.

Descemos da moto e ele andou com a moto desligada para a floresta ao pé do morro e eu o segui e subi em um piso de madeira e uns postes como os que há em Londres iluminava o trecho escuro dei alguns passos e virei a direita e vi a casa que ficava na subida de uma rocha uma pequena escada de seis degraus, a casa parecia uma cabana era de madeira e tinha enormes janelas que iam do teto ao chão não como as casas que passamos mais nem pareciam janelas e sim paredes uma porta de madeira com retângulos de vidro que dava para ver do outro lado, uma pequena varanda com madeira corrida com duas espreguiçadeiras de madeira olhei para trás e reparei que o Matt me observava olhando sua inda casa.

– Ela é sua? – Perguntei meio abobada.

– É sim.

– Se você trabalha para algum milionário que pede para você olhar a casa dele durante a época que ele ta em sua casa no centro pode dizer não vou me importar. – Mentira iria sim não poderia namorar o cara falido e se eu me casasse com ele?

Era meio egoísta pensar assim mas era o que as pessoas esperavam de mim, e eu pretendia voltar um dia a Nova York e não podia aparecer lá com um completo fracassado, mas o Matt não parecia nem um pouco fracassado, ele era tão cheio de si e tão lindo uma beleza pouco vista e que eu acho que nem ele sabia que tinha, nunca fui do tipo que achava alguém mas bonita ou bonito que eu mais em comparação eu e Matt estávamos competindo pelo primeiro lugar enquanto ele não fazia esforço algum. E no fundo eu sabia que o Matt não era um cara para mim, mas era ele que me deixava nervosa ele que me fazia fazer coisas idiotas era ele que me tirava daquele mundo onde eu perdi meus pais com ele era como se tudo aquilo antes tinha sido apenas um pesadelo e ele o anjo que vinhera me buscar para uma realidade mais linda onde só existia eu e ele.

– É minha sim, quer dizer do meu pai, ele é um dos donos do Shopping.

– Pensei que era o pai do Erick. – Ele dobrou um dos braços passando a mão na sua costa.

– Ele é dono de uma parte e o meu de outra. – Levantei a sobrancelha.

– Então vamos entrar ou não?

Ele sorriu como um menino e subiu com passos que cobrem três degraus de uma vez, enfiou a chave na maçaneta e girou uma, duas vezes e entrou e em seguida eu.

A primeira coisa que vi era uma mesa retangular de tampo de vidro fume com oito cadeiras, três de cada lado e uma em cada dianteira e a cozinha estilo americana meia sala meia cozinha eu tirei o salto deixando no canto para não sujar o piso de madeira de cerejeira e fui a onde ele tava me chamando.

Ele estava ao lado do sofá branco com as laterais de ferro passei pela frente do sofá e lá tinha duas cadeiras como o sofá branco com as laterais de ferro e no meio uma pequena mesa de centro de vidro, toda de vidro e em baixo um tapete branco, na frente uma TV de tela plana na parede de madeira.

Ele estava com a mão estendida para mim e eu a toquei ele me levou a uma porta de correr de vidro e fomos parar em uma espécie de sacada que dava de cara para a praia e pude ver o resto da rocha que a casa ficava em cima.

– Não tem como a casa deslizar?

– Não se preocupe com isso meu pai contratou um ótimo arquiteto. – Eu olhei nos seus olhos e reparei com minha pergunta era tão idiota voltei a olhar vista, o reflexo da lua no mar era realmente incrível e romântico. – Você tem que ver isso com o sol se põe é bem mais incrível.

Eu tinha dito aquilo? Eu acho que não estava só pensando. Ele deve ter imaginado que eu esteja pensando que é incrível porque quem não pensaria assim? Meu estomago roncou.

– Vou preparar algo para você comer.

– Não se preocupe.

Ele já estava na cozinha com o armário aberto com um saco de pão de forma ele foi à geladeira e pegou maionese e duas latas de atum pegou uma cenoura milho.

– Vou fazer sanduíche de atum gosta?

– Adoro. – A única coisa comestível que minha mãe fazia bem era um sanduíche de atum e francamente era dos melhores. – Matt a onde fica o banheiro quero tomar um banho.

– Tem um aqui em baixo e outro lá em cima.

– O lá de cima fica a onde?

– No meu quarto.

– Então vou tomar banho lá, vou pegar uma roupa sua, tudo bem?

– È capas de ela ficar melhor em você do que em mim. – Duvido a maioria das blusas ou camisas do Matt marcava bem seus músculos fazendo o ficar, mas lindo e sexy que qualquer coisa.

– Onde é o seu quarto?

– A primeira porta a direita.

Subi a escada que ficava na lateral da sala vi um corredor com duas portas entrei na primeira a direita e vi uma cama enorme talvez como a do quarto dos meus pais com um lençol de seda branco e seis travesseiros brancos e cinzas em escala três brancos atrás dois cinzas no meio e um branco para completar uma mesa de cabeceira com um despertador uma poltrona perto da janela e um livro em cima de uma toalha caminhei ate a poltrona e peguei o livro que ele lia “Anjos e Demônios” de Dan Brown estava com um marcador preto sem nada escrito na pagina 130.

Voltei meu olhar ao resto do quarto e tinha uma estante com muitos livros, sinceramente não imaginava Matt ali lendo para descontrair de um dia tedioso. Abri a porta do closet e vi muitas camisas de botões brancas e ternos pretos, imaginei para que ele tinha tantos ternos e blusas brancas se nem ao menos ele usava uns sapatos de marcas caros e uma caixa com muitas gravatas caminhei ate o fim e encontrei as roupas que ele usava freqüentemente dobradas. Peguei uma regata branca e uma cueca samba canção de seda cinza e ri imagine ele usando uma dessas? Imaginava ele usando uma cueca Box daquelas que eram bem sexy de preferência da Calvin clain.

Sai e fui ao banheiro reparei a sua escova de dente solitária e uma banheira branca e tão limpa quanto o da casa do Gabe eu tirei toda a roupa e fui tomar banho após o banho me sequei e pus a roupa do Matt que claramente ficou enorme em mim fiz um coque no cabelo e deitei na cama do Matt de lençóis de seda, lembrei da minha casa em Nova York da minha cama gigante mas não como a do Matt lembrei das minhas amigas da Rosa dos meus pais de uma vida tão distante senti algumas lagrimas descerem pelo o meu nariz e molhar o travesseiro e o Matt bateu na porta gritando do outro lado:

– Posso entrar? – Me sentei e limpei meu rosto e escondi o lado molhado do travesseiro.

– Pode.

A maçaneta se mexe e ele entra com uma bandeja na mão com dois pratos com dois pães de forma em cada e uma jarra de suco de morango e dois copos de vidro.

– Nossa na cama? Que chic e fofo. – Ele caminhou ate a mim deixando a bandeja na cama e me dando um longo beijo.

– Falei que ficaria melhor em você do que em mim. – Ele olhava para as suas roupas em mim.

– Ficaram gigantes. – Segurei elas e estiquei para que ele possa ver direito parecendo um saco de batatas, ele riu. – E então cadê seu pai?

– Ele costuma trabalhar muito, e sempre está em lugares diferentes.

– Então vocês não se vêem muito?

– Quase nunca, só quando ele precisa de mim. – Eu queria saber para que o pai dele que é um cara tão ocupado precisava dele, será que o Matt entendia alguma coisa de negócios? – Ele me pede para fazer algumas coisas que ele não pode. – Novamente ele respondeu como se soubesse bem o que eu pensava.

Ele serviu os dois copos com o suco e leva o sanduíche a boca e tira uma mordida eu faço o mesmo e estava delicioso quando acabamos de comer ficamos conversado sobre nossas vidas e descobri que ele já havia viajado para muitos lugares mas apenas dentro do país perguntei se ele tinha vontade de ir para outros países ele disse que sim e descobri o quanto solitário ele era ele me disse que nunca conhecera sua mãe mais que também não sentia falta que seu pai ajudava a todos e só o procurava quando precisava mas também era muito bom com conselhos e também me dissera que escreveram um livro sobre as coisas que seu pai fez ele só não me contara qual e ele não era religioso conheci ele um pouco melhor e quando perguntei quem ele procurava na escola ele mudava de assunto e quando o perguntei se ele não podia me contar ele fez que não com a cabeça, acabei pegando no sono em seu quarto e no meio da noite acordei só para me certificar que ele estava lá e não o encontrei olhei para o quarto escuro e ele estava sentado na sua poltrona lendo o livro de Dan Brown.

– Sem sono? – Perguntei enquanto me aninhava no travesseiro que antes ele estava deitado e sei cheiro estava nele.

– Um pouco. – Ele pos o livro de cabeça para baixo no braço da poltrona e veio até a mim.

Ele acariciou meu cabelo tirando uns fios do meu rosto e me deu um beijo na testa e me aninhei no seu corpo que agora usava uma calça de flanela preta e uma regata branca, inspirando seu cheiro encantador, e cai novamente no sono.

Em meu sonho, sonhei com Matt com asas como de um anjo tão aveludadas, tão brancas que doíam os olhos e ele me salvava de mim mesma outra eu na qual destrói o mundo com asas de fogo nas costas.

Abri os olhos e as cortinas fechadas vazavam pequenos raios do sol entre nuvens que se fazia lá fora o ar estava mais frio e me encolhi na cama e passei a mão no lado onde Matt havia se deitado e ele não estava lá olhei pelo o quarto e ele também não estava lá, escutei vozes no andar de baixo e relutei para levantar da cama imaginei ser alguma escoteira vendendo biscoitos mas as vozes se alteraram passei o olhar para o despertador que marcava oito e quinze e enrolada em um coberto branco que não tinha idéia de como fora parar na cama e desci e lá estava o Erick, a Rafa e a Angie na porta e o Matt de costa para mim, eles me olhavam e o Matt se virou.

– Como você ainda está aqui? – Perguntou Angie para o Matt.

– Não aconteceu nada, voltem depois. – O Matt dizia a eles.

Eu não sabia o que estava acontecendo e pude sentir o olhar do Erick em mim.

– Vamos. – Disse o Erick saindo da porta.

A Rafa me olhou e olhou para o lugar onde o Erick fora e saiu também.

– Você sabe que não pode então acabe da melhor maneira possível.

– Angie eu sei muito bem do que posso e não posso.

– Espero que saiba mesmo. – Ela saiu e ele fechou a porta.

Ele olhou para algo no chão e passou a mão no cabelo deixando-o mais bagunçado.

– Tudo bem? – Perguntei.

– Ta sim. – Ele subiu a escada de azulejo branco rapidamente e me deu um beijo. Eu olhei no fundo dos seus lindos olhos negros e demonstravam outra coisa, medo e preocupação.

– Tem certeza?

– Fiz panquecas para você. – Ele disse mudando de assunto ele me puxou pelo braço e me deixando na mesa de vidro da cozinha e pondo um prato grande e preto com umas seis panquecas ele pos calda de morango, chocolate e mel.

– O que prefere suco, leite, café ou chá?

– Chá.

Ele me entregou um prato e pus uma panqueca para mim e pus calda de morango ele me trouxe uma xícara branca o chá dentro, ele pegou uma caneca preta e pos café, pos outro prato e botou uma panqueca e mel tirou um pedaço que me fez lembrar a minha.

O café da manha foi silencioso nem parecia que na noite anterior tínhamos conversado ate as altas horas e que havíamos dormido juntos ele estava frio e distante e a não ser pelo primeiro pedaço que havia comido de sua panqueca na havia tocado mais nela como no sanduíche na noite passada, enquanto eu comia como uma porca ele só ciscava.

– Matt o que aconteceu?

– Já falei nada.

– Quem nada é peixe, e você ta longe de ser um peixe me conte por favor?

– Ah é então eu sou o que?

– Ta mais para um sereio. – Ele riu e me puxou para seu colo e nos beijamos.

– Eles também não nadam?

– Você entendeu, e ai vai me contar?

– Não é nada de mais.

– Não sabia que falava com a Rafa nem que o Erick freqüentava sua casa.

– Falo com todos e eu e o Erick somos amigos só nos estranhamos às vezes.

– Então o que eles vieram fazer aqui na sua casa nada humilde? – Ele sorriu me dando outro beijo.

– O carro do Erick deu um problema quando ele estava com a Rafa perto da casa da Angie e ela disse que eu poderia ajudá-lo.

– E porque não ajudou?

– Mandei ele levar lá na oficina.

– E o que te deixou preocupado?

– Não estou preocupado. – Olhei no fundo dos seus olhos sentei no seu colo de frente para ele com as minhas pernas em volta de sua cintura lhe dei um beijo com tanta paixão que senti sua pele queimar por baixo da regata branca de algodão.

– Você esta sim. – Ele voltou a me beijar dessa vez mais quente se não fosse ele a minha frente podia jurar que a casa estava pegando fogo mais era só eu e ele que incendiava o lugar.

Ele me levantou com as pernas envoltas da sua cintura me pos sobre a mesa de vidro ele levou sua mão para dentro da regata dele que eu usava passando pela minha costa e descendo ate a samba canção.

– Chega. – Disse pondo o dedo na frente da sua boca, ele deu um leve beijo no meu dedo e sorriu.

– Vou ter que levá-la.

– Por quê?

– Preciso concertar o carro do Erick, quanto mas cedo melhor. – Iria pedir para ficar em sua casa mais precisava ter uma conversa com o Gabe.

– Tudo bem só vu tomar um banho.

Após o banho pus o meu vestido e peguei um moletom do Matt pois lá fora o chão já estava coberto pela neve.

– Estou pronta. – Ele estava pondo uma blusa de manga comprida branca e estava de calça jeans escura e suas botas.

– Vamos. – Ele pegou uma chave diferente da chave da moto dentro de pote de frutas.

Eu segui para a porta trancou a porta dando duas voltas e andou pela varanda até sair em um lugar coberto a onde havia três carros e duas motos, o carro da esquerda era uma BMW preta, o carro do meio uma ferraria branca linda mais bem menor que os outros carros e na ponta um desses carros gigantes preto que mal cabia na garagem, uma das motos era dessas de corrida tinha o numero 13 nela em vermelho a moto era preta e branca e a outra era sua moto de ferro velho que de preta estava cinza.

– Você tem esses maravilhosos carros e essa linda moto e sai com aquilo?

– Não fale assim perto dela todos têm sentimentos né Rachel? – Ele acariciava a moto.

– Não creio que você é um desses que fala com os carros.

– Hoje vamos com a Dayana. – Disse ele caminhando em direção a BMW.

– Dayana? Porque os homens põe nomes femininos nos carros.

– Queremos mulheres a nossa volta não homens.

Ele apontou para a “Dayana” que piscou o farol conforme ele apertou o botão da chave e entrei no passageiro.

***

Cheguei em casa e o Gabe já tinha até chamado a policia para a minha sorte só é desaparecido após 24 horas, ele me pós de castigo e tirou o meu carro e os meus cartões depois apelei para o lado sentimental e ele me devolveu tudo e por fim não tivemos a nossa “conversa”, Matt prometera me ver hoje a noite no boliche, combinei com a Rose uma amiga de Nova York que vinhera passar o Natal na sua avó em Washington e daria uma passadinha em Bashmore apesar de eu insistir para que eu vá ate a ela, ela faz um escândalo para vim na minha nova casa, ela vai chegar a tarde.

Eu havia pondo minha calça de camurça rosa e minha blusa de gola rule de linho branca, uma bota preta de salto uma jaqueta de couro rosa uma toca branca com bolinhas felpudas do lado peguei meu cachecol colorido e mesmo assim quando sai ainda sentia frio, hoje pela manha quando vinha com o Matt o tempo não estava tão gelado assim. Peguei o carro da Kelly porque meu irmão me oferecera ele era mais quente e também maior a Hanger dela era linda e se eu pudesse ficaria nela para sempre, os bancos de couro eram tão macios e dirigi ate a rodoviária e logo vi a pessoa que usava mais rosa do que eu de cabelos loiros e uma mala de corações vermelhos acenado para mim ela correu até a mim e me deu um mega abraço.

– Amiga você esta linda. – Eu dizia para ela da ultima vez que tinha a visto ela estava de cachos e no seu lugar aparecera lindos fios lisos ela usava um casaco rosa com corações brancos, uma calça jeans uma bota rosa, luvas rosa e toca rosa com corações vermelhos que combinava com o casaco.

– Você também esta linda, pensei que há essa hora você já estaria andando como esses caipiras daqui.

– Nunca disse sorrindo. – Ela espirrou e seu rosto ficou todo rosa.

– Vamos entrar quero te mostrar as poucas coisas que essa cidade tem de bom.

– E tem gatinhos?

– Tem só que o rei dos gatinhos já é meu. – Rimos e entramos no carro.

Fomos tagarelando o caminho todo ate em casa lá deixamos a mala dela e voltamos ao carro fomos ao shopping e compramos umas roupas bem loucas de indígenas locais depois fomos a uma loja de artesanato e compramos uns jarros todos de barro com umas escritas gregas – tudo parecia como a um mês atrás quando minha vida era perfeita e eu tinha meus pais morava em Nova York e batia pernas com as minhas amigas e tinha a vida perfeita, minha vida era tão perfeita e completa que nunca reclamava nunca sentia preguiça queria viver para sempre se possível nessa vida de compras, escola e amigas mas um acidente acabou com ela e eu podia viver assim seria difícil viver sem os meus pais mas eu ainda morava no East Side e tinha minhas amigas elas me ajudariam a passar por tudo isso pois elas sempre foram verdadeiras mas meu irmão acabou com tudo isso por egoísmo se eu pudesse acordar cada dia da minha vida e ficar no meu quarto ali quietinha deitada na minha cama, com a cabeça sobre o meu travesseiro e só pensar no que perdi seria ótimo, mas uma coisa que meu pai sempre dizia não importa o tombo o importante é levantar e é isso que eu estou fazendo me levantando dia após dia até que essa dor passe ou pelo menos diminuir ou cessar que por mais que doa e muito é uma forma de que eu fique conectada com o meu passado nem tão distante.

– E então me conte sobre este fim de mundo. – Rose estava se sentando na praça de alimentação do shopping com um prato com uma fatia enorme de pizza.

– Apesar de ser um verdadeiro “fim de mundo” – eu enfatizei a frase “Fim de mundo”. – Aqui tem seus valores tem uns lugares ate bem legais. – Eu sentei com a minha bandeja com um bolo de chocolate e outro de limão.

– Legais? – Ela segurava a pizza com a mão esquerda com cara de nojo. – Esse shopping é bem brega e aquele cinema lá na praça central é bem velho, é velho mesmo nem é “vintage” e aquela praça? Meu Deus amiga o que aconteceu com você? E o seu cabelo ta uó. – Ela estava com o guardanapo na mão e pressionava contra a pizza tirando a gordura.

– Sabia que é muito bom te ter por aqui? – Disse levando um pedaço de bolo de chocolate misturado com o de limão.

– Você ainda faz essa coisa nojenta de misturar um bolo com o outro? – Ela bebeu um pouco do chá gelado desistindo da pizza.

– Só estamos a uma semana longe e velhos hábitos nunca se vão. – Misturei mais um pouco do bolo de chocolate com o de limão.

– E os gatinhos? E aquele que você disse que é Rei dos gatinhos vocês já se beijaram? – Ela puxou com os dedos um pequeno pedaço de pizza levando a boca.

– Já ontem. – Ela pegou o meu garfo e pegou um pedaço do meu bolo de limão.

– Como Fo... – Ela Foi interrompida pelo Erick.

– Tudo bem meninas? – O Erick segurava um copo de Milk shake de morango.

– Claro, senhor? – Perguntou a Rose.

– Rose esse é o Erick, Erick esta é a minha amiga Rose. – Ele deu um beijo no rosto dela e ela retribuiu quase beijando sua boca.

– Ops! Foi mal. – Ele sorriu sem graça.

– Posso me sentar com vocês? É que eu to sozinho. – Ele bebeu um pouco de Milk shake de morango que segurava.

– Claro. – Disse a Rose dando em cima do Erick que estava claramente sem graça.

O Erick puxou a cadeira ao meu lado e se sentou.

– E o carro já concertou? – Levei mais um pedaço do bolo de chocolate misturado com limão.

– Que carro? – Ele perguntou confuso enquanto a Rose o tentava seduzir comendo um pedaço de pizza.

– O Matt disse que o seu carro tava ruim e você pediu para ele concertar. – Ele levou o dedo ao lado da minha boca limpando o glacê que estava ao lado.

– Ah claro. – Ele disse meio decepcionado.

– E quem é Matt ? – Perguntou a Rose.

– O namorado da Patty. – Ele bebeu mais um pouco do Milk Shake.

– Não estamos namorando.

– Dormiu com ele essa noite não foi? – Ele disse totalmente bravo suas bochechas estavam vermelhas e seus lindos olhos azuis estavam ficando verde e adotando um tom vermelhado.

– Oh você dormiu com o cara? – Perguntou a Rose espantada.

– Erick tudo bem?

– Como ele foi? – Suas unhas estavam cravadas na mesa.

– Patty o que ta acontecendo com ele?

– Erick? Erick? Erick? – Seus olhos estavam totalmente vermelhos e focados em mim, aquilo estava me dando medo.

A Rose pegou o seu copo de chá gelado e jogou na cara do Erick o fazendo levar um susto e seus olhos voltar ao normal, ele respirou fundo como se tivesse debaixo de uma piscina por mais de dez minutos e nos deu as costas e saiu da nossa frente se metendo no meio da multidão desesperada fazendo compras de natal.

– O que foi aquilo?

– Não sei.

– Esse cara tava drogado, só pode. – Ela estava limpando a mão com um guardanapo alguns respingos de chá gelado caiu no seu antebraço.

– E desde quando chá gelado na cara cura drogado?

– Mais acorda. – Rimos.

– Você viu os olhos dele?

– Fico assim – ela fez duas bolas com os guardanapos em frente os olhos – e estavam vermelhos, imagine se a Luce descobrisse essa droga dele, ela ia ficar louca. – Luce era uma menina da minha antiga escola que só vivia drogada.

– Mas me conta quem é esse tal de Matt.

Contei a ela tudo o que eu sabia do Matt o que ele me contara noite passada sobre seu pai, e sua vida complicada, como se mudava constantemente e como ele cozinhava bem e como era perfeito de mais entre outras coisas, pensei em bebermos um pouco para completar o dia com chave de ouro antes de eu ir encontrar com o Matt no boliche e fomos para o bar da Angie era o único lugar da cidade da cidade que concertesa vendia bebidas alcoólicas para menores.

Estacionei o carro no estacionamento do bar e reparei o carro do Matt no estacionamento.

– O Matt ta aqui. – Apontei para o carro dele e ela ficou boquiaberta.


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