Renascer escrita por Mariana Lanza


Capítulo 4
Capitulo Três




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O shopping estava escuro e as lojas tinham letreiros em neon e outras cores chamativas piscavam em todo o lugar deixando o ambiente mais atrativo.

– E ai, o que gosta de beber? – Perguntou o Erick.

– Qualquer coisa que não tenha álcool. – Ele sorriu.

– Então vou buscar, fica ali. – Ele me apontou o lugar com a mão. Era uma loja de chocolate.

Ele se enfiou no meio da multidão e eu fui até loja, tinha muita gente dentro da loja. Alguém me puxou pelo ombro, olhei e era uma garota loira seus olhos castanhos claro quase mel, ela estava em vestido preto apertado, não era curto nem comprido, tinha detalhes com tachinhas, ela calçava um scarpin preto; a maquiagem simples, mas marcante, se tivéssemos em um filme de terror diria que ela é uma vampira por sua pele ser incrivelmente pálida.

Ela me encarou me olhou dos pés a cabeça.

– Você esta com o Erick? – perguntou ela de maneira ríspida.

– Quem é você?

– Esta ou não com o Erick?

Não respondi e ela se foi em meio à multidão e sumiu. No mesmo lugar em que ela passou vi a Angie, ela usava uma regata branca com o nome de alguma banda de rock, uma saia jeans escura com tachinhas e uma bota preta de salto que iria ate a altura da coxa; seu cabelo estava solto e rebelde, sua franjona cobria um dos seus olhos, até que combinava com seu estilo hoje, ela me viu e veio na minha direção.

– Patricinha sabia que a veria por aqui, shopping sua cara mesmo. Cadê o Matt? – Antes que eu pudesse responder alguém gritou ela e ela sumiu no meio de toda aquela gente.

Eu fui ate a atendente da loja que servia umas frutas cobertas por chocolate e peguei um morango, Erick apareceu.

– Vamos, tem uma pista de dança na praça de alimentação.

Passamos por muita gente e cheguei à conclusão de que a cidade toda estava por lá, dançamos um pouco, Erick era muito bom na dança.

– Vou ao banheiro. – Eu disse.

– Eu vou me sentar ali. – Ele apontou para um fast food, eu assenti.

Estava procurando o banheiro e quando uma voz sussurrou no meu ouvido.

– Oi.

Quando me virei molhei Matt com minha bebida.

– Vingança?

– Você quer o que? Você chega assim do nada!

– Você tá sempre na defensiva.

– Você pede por isso. – Ele revirou os olhos negros, e voltou o olhar para mim e para algo mais longe de mim.

– Compromisso? – Perguntou ele. – Com o Mauricinho do Erick?

– É, compromisso com o Erick.

– Saindo com estranhos? – Ele mordeu o lábio superior, aquilo era tão sexy. – Papai e mamãe vão castigar. – Iria dizer que eles haviam morrido, mas não contaria aquilo para Matt. – Você esta linda!

– Se não tivesse derramado nada em você até te beijaria.

– Não tem problema. – Disse ele tirando camisa.

Arrependi-me amargamente daquelas palavras. Ele me puxou contra seu peito senti um frio na espinha que me puxou ainda mais para perto, eu até pensei em me soltar, mas a vontade de beijá-lo era bem maior, nossas bocas estavam encostadas, minha respiração ofegante e a dele era tão controlada, queria me controlar mas era impossível ao lado dele, sempre que o via eu ficava assim nervosa e sem controle, ele era tão centrado e controlado que me dava inveja.

– Me beija. – Disse ele.

As duas palavras repetiam na minha cabeça, cada canto do meu corpo sentia a vibração, meu coração estava acelerado e minha respiração estava ofegante. Eu sentia a palavra como um feitiço, mas eu lutava contra aquilo; algo me empurrava para beijá-lo mas pela primeira vez desde que eu o conhecera consegui me conter .

– Você ainda vai implorar pelo o meu beijo. – Aquilo me deu certo susto e eu me afastei ou ele? Não sei muito bem, pois estava muito atordoada com aquilo, ele me jogara um espécie de feitiço ou era coisa da minha cabeça? Não sei bem o que era, mas eu o queria para mim, queria seu toque na minha pele, sua boca na minha, queria o ouvir dizer que me quer, queria estar com ele; por mas medo que eu estivesse queria aquilo tudo. Arrependi-me de não ter beijado eu tinha que beijar ele eu precisava dele agora.

Eu olhei para o lugar a onde estivera com Matt da última vez, mas ele não estava por lá, olhei para trás e o Erick vinha na minha direção; cheguei nele antes que ele pudesse chegar a mim o beijei com calor com vontade sua língua passava na minha boca tão delicadamente, e eu não queria que ele fosse delicado, queria que ele fosse selvagem, queria que ele me tirasse o ar, que ele me fizesse implorar por mais; só que ele tinha cuidado a onde e como me beijar, ele era tão suave e fofo, não tinha fogo, parecia um beijo treinado e eu não queria porque aquilo era pouco para apagar o fogo que eu sentia. - Ele me olhou assustado. – E tentou uma segunda vez, mas desviei.

– Tudo bem? – Perguntou ele.

– To bem. – Disse ofegante como se tivesse corrido uma maratona.

– Não, você não está bem.

– Eu só tenho que ir ao banheiro. – Estava pensando em como o Matt me puxara para perto de si como ele me tocou como ele queria aquele beijo tanto quanto eu, mas conseguia me conter porque ele se conteve?

– Pensei que estivesse voltando de lá. – Disse Erick realmente preocupado.

– Não, me distrai. – Dei meia volta e fui ao banheiro.

Olhei-me no espelho e estava vermelha, meu cabelo estava rebelde eu o desamarrei e estava amarrando de novo, enquanto pensava em tudo que tinha acontecido com o Matt e eu. Eu precisava daquele beijo como um dependente precisa de uma droga. – O que ele fez comigo?

Sai do banheiro esbarrando em alguém na entrada e fui à procura do Matt, rodei o lugar todo e o encontrei falando com a Angie; puxei seu braço e ele me encarou com o sorriso mais sexy no rosto.

– Patricinha! – Disse a Angie.

– Cadê o Mauricinho do Erick? – Perguntou o Matt com um sorriso zombeteiro no rosto. Ele sabia muito bem o porquê de eu estar ali.

– Ela tá pegando o Erick? A cara dela mesmo perdeu Matt.

– O que você fez comigo?

– Do que você esta falando? – Perguntou ele cinicamente.

– Não se faça de idiota, você fez alguma coisa comigo, me conte agora.

– Ou calma patricinha, o que deu para ela Matt?

– Essa garota é louca, não fiz nada com ela. – Disse ele sinceramente. Mas mesmo assim não acreditava nele. – O que esta sentindo?

Eu olhei para seus lábios se mexendo, passei a mão pelo seu pescoço levei a nuca e o beijei. – Só com o toque dos nossos lábios senti como se estivesse satisfeita, mas como todo drogado quer sempre mais da sua droga aquilo não seria o bastante. – Seu beijo era sufocante, selvagem, incomum, fora do normal sua língua caçava cada canto da minha boca me sentia nua, ele explorava minha boca, eu podia passar a noite naquele longo e intenso beijo.

Ele me olhou e sorriu mas eu queria mais, me viciei naquela boca, naquele beijo, no Matt; além de tudo eu o queria para mim, sentia isso, eu precisava dele e pelo o seu olhar ele também precisava de mim. – Nos encaramos por longos segundos e tudo a nossa volta era turvo, não enxergávamos as pessoas, os sons eram estranhos. – Eu poderia ficar ali em seus braços para sempre, sua pele era quente, mas seu toque era frio porém cuidadoso com um pouco de violência – suas mãos deslizaram pelos os meus braços tocando a palma da minha mão.

– Ou... – A Angie dizia alguma coisa mas não dava para prestar atenção, estávamos fixados um no outro de maneira impenetrável.

Ele segurou minha mão e correu dali me puxando, eu corri o mais rápido que podia, não sabia se estava tão rápida ou se realmente meus pés não tocavam o chão, me sentia voando era uma sensação boa. Pela primeira vez em um mês me sentia livre e à vontade. Nós entramos em uma saída de emergência e paramos em uma escada, ele me pôs na parede me levantou me fazendo sentar no corrimão e dessa vez ele que me beijou.

Foi melhor do que da primeira vez, sem surpresas, seu toque na minha pele fazia cada parte do meu corpo se arrepiar ele estava com a mão na minha costa e foi descendo ate chegar a minha coxa ele me apertou mas contra o seu peito ainda nu e envolvi minhas pernas envolta da sua cintura. – Eu passava a mão em cada parte do seu corpo sentia o volume de suas tatuagens, seus músculos, sua pele quente. – Ele beijou o meu pescoço e me fez gemer, passou pela minha orelha dando pequenos beijos, e eu finquei minhas unhas na sua costa e puxava arranhando-o, ele gemeu de dor ou prazer.

Eu cai no chão, olhei e o Matt estava caído no fim da escada a porta estava aberta, o Erick respirava fundo, suas mãos estavam fechadas em punho ele respirava fundo assim como eu; ele me olhou e era como se aquele olhar já me xingasse mas naquela situação era o que eu me sentia – a minutos atrás eu estava me pegando com Erick no meio da praça de alimentação e depois me agarrei com um outro cara não muito distante dali, na escada de incêndio do shopping – realmente tinha algo pegando fogo.

– Já te disse para não mexer comigo. – O Matt gritou subindo as escadas e pulando com um soco na cara do Erick, que o fez saltar para fora da saída de emergência voltando para o meio do shopping junto com a multidão.

A porta se fechou e logo eu escutei a multidão berrando “BRIGA”.

O que eu era? Há dois dias na cidade já estava fazendo dois caras brigar por mim? Isso tinha que acabar, acabaria com isso agora – me levantei abri a porta e quando sai tinha uma multidão em volta com dificuldade mas cheguei no cento da briga, o Matt estava por cima do Erick acertando vários socos na cara dele ele fez força para cima e derrubou o Matt no chão, Erick ficou de pé e o Matt caminhava para acerta um soco no Erick e eu o parei ele me fitou e quando eu olhei para o Erick só vi um punho na minha direção.

***

Minha visão estava turva abri e fechei os olhos diversas vezes ate que eles voltassem ao normal, meu olho esquerdo latejava e eu não conseguia abri-lo direito eu tentei ver a onde eu estava eu tava deitada dentro de um carro, em movimento tentei me sentar, mas minha cabeça latejava e eu só consegui virar para o lado e vomitar a pessoa que dirigia o carro gemeu no banco da frente e xingou algo que não compreendi pois minha audição estava distorcida, parecia que algo havia me atingido em cheio na cabeça, tentei me lembrar de alguma coisa, o que veio antes? A onde eu estava? Eu fui à balada no shopping com o – tentei me lembrar do nome, mas nada veio a minha cabeça. – com quem eu estava no shopping? – Lembrei-me que encontrei alguém na praia ontem e ele me convidou para ir à balada, ah claro – Erick, eu fui ao shopping com o Erick e ele foi pegar uma bebida e apareceu uma loira toda de preto e depois a Angie e o Erick voltou e então dançamos e depois fui ao banheiro e apareceu o Matt e algo ficou estranho eu fiquei estranha e depois? – Vasculhei cada canto das minhas lembranças das ultimas horas e não me lembrava de mais nada.

Tentei me levantar novamente e quase cai, mas consegui ficar sentada olhei pela janela do carro e uma brisa refrescante entrou me fazendo sentir melhor olhei para quem dirigia, e era a loira da loja de comida com chocolate.

– Quem é você?

– Ainda bem que você acordou, não iria gostar de levar uma patricinha bêbada vomitada ate a cama. – Qual era o problema desses caipiras? Chamando-me de patricinha?

– Quem é você? – Me dor na cabeça estava piorando.

– Rafaella, mas pode me chamar de... – Ela passou a mão sobre os fios loiros. – Não, não pode.

– O que aconteceu? – Der repente ela sabia o que acontecera.

– Você se meteu no meio de uma briga entre seus dois namorados e acabou sendo sem querer o Erick lhe deu um soco.

– Que namorados? Não tenho namorados.

– Erick e Matt. – Respirei fundo.

Porque ela achava que eu e o Matt tínhamos algo? Tudo bem o Erick eu entendia nós havíamos saído para uma balada em um shopping e parecia um encontro de casal ainda mais por que ele parecia interessado em mim e ele era um fofo e fazia bem o meu tipo, mas porque o Matt?

– Eu não tenho nada com eles. – Ela bufou ignorando. – Para onde esta me levando?

– Para sua casa.

Um longo minuto de silencio se passou, olhei para ela e ele me encarava peço espelho da frente e ela parecia não gostar de mim.

– Você parece não gostar de mim, porque me ajudou?

– Não sei, só sei que tinha que te ajudar.

O carro parou olhei pela janela e percebi que estava em casa, a Rafaella se esticou e abriu à porta traseira eu me levantei e sai quando me virei para agradecer ela saiu com o carro.

Caminhei ate a varanda estava tonta realmente havia bebido de mais aquela noite ou o soco me acertou em cheio sentei nos degraus da varanda e vomitei novamente sujando a sola do meu sapato de marca me levantei e quando subia mais outro degrau tentei me apoiar no corrimão e me sentia como se fosse beijar o chão ate que alguém me segurou. Pegou-me no colo olhei nos seus olhos e era o Matt, seu olhar era cheio de preocupação ele olhava para o meu olho esquerdo.

– Como você ta? Você me entende? Você ta enxergando? - Ele repetia aquelas perguntas varias vezes e aquilo embrulhava o meu estomago vomitei uma terceira vez dessa vez me sujando, seu braço, meu rosto, meu vestido... Ele subiu e me pós na banheira abriu a torneira me molhando de roupa ele passou minha cabeça por de baixo da torneira limpando o meu rosto, minha visão começou a ficar confusa e tudo se misturava eu já não enxergava nada alem de borrões.

– Porque esta fazendo isso por mim? – minha voz também estava confusa não sei se ele entendeu.

***

Abri os olhos e pequenos raios da luz do sol atravessam a cortina do quarto percorri com o olhar todo o quarto e encontrei meu vestido branco no chão ele parecia encharcado olhei para minha roupa e estava de pijama – lembrei-me da noite passada o Matt me salvando de cair no chão e ele me levando para a banheira me molhando e me limpando, ele trocou minha roupa? – Sentei-me escutei um barulho lá em baixo e desci correndo senti o cheiro de waffles, entrei no quarto do Gabe e não parecia que ele havia chegado peguei um taco de baseball que estava no quarto do Gabe eu desci de vagar cheguei na entrada da cozinha e vi o Matt ele estava de costa usando uma camiseta branca e uma calça de flanela larga seu cabelo estava bagunçado como sempre, algo nele ali naquela cozinha fazendo waffles e queimando a ponta dos dedos na chaleira me atrai.

– O que esta fazendo aqui? – Levantei o taco de baseball.

Ele me olhou se aproximou, eu elevei um pouco mais o taco ele segurou minhas mãos abaixando-as nosso corpo ficou próximo ele passou os dedos debaixo do meu olho esquerdo e acariciou, seu olhar demonstrava claramente confusão.

– O que está fazendo aqui?

Sua boa se abriu, mas nada saiu dela.

– Responde ou vou ligar para a policia.

– Eu-eu fiquei para te ajudar você estava... – Ele estava nervoso.

– E porque eu estou com outra roupa?

– Você se trocou sozinha, você apagou no banho e depois você... – Ele ainda me olhava como se esperasse que algo tivesse acontecido comigo. – Eu te levei para o banho porque você tinha vomitado em cima de si mesma e então depois você apagou te deixei lá e depois de alguns minutos você acordou e se trocou te levei para a cama e você dormiu até hoje.

Nós ficamos ali nos encarando por um tempo ele passou por mim em direção a entrada só escutei o barulho da porta se fechando e o barulho de sua moto do lado de fora.

O que aconteceu ali era realmente estranho não sabia muito bem o que havia acontecido nas ultimas horas não sei se foi porque eu bebi, mas do que poderia imaginar, por mais incrível que seja só lembro-me de beber dois copos de refrigerante e tenho certeza que não havia álcool ali alguma coisa aconteceu ontem e eu tinha que descobrir e eu sabia muito bem por onde começar, só não sabia como.

Tomei café com os waffles que estavam deliciosos depois tomei um demorado banho e quando sai o Gabe já havia chegado sozinho por sinal o que eu dei graças a Deus nós saímos para almoçar fora o que pela primeira vez desde a morte dos nossos pais sentamos e apenas rimos e lembramos coisas do nosso passado – eu se lembrava dele tão claramente e como não me lembrava de uma simples noite em uma cidade pacata do interior, será que os caipiras sabiam se divertir melhor que os nova yorkinos? – Depois do almoço eu fui ao shopping que estava limpo nem parecia que tivera uma festa na noite anterior realmente aquela cidade me surpreendia cada vez mais, fui a algumas lojas só que não comprei nada as melhores lojas ainda estava fechado.

Pretendia encontrar o loiro de olhos claros e cabelos enrolados que mais parecia um anjo mais não o encontrei até que lembrei o lugar onde o conheci na praia e fui para lá fiquei até o por do sol, mas nenhum sinal do garoto voltei para a casa e a Kelly estava lá nós discutimos por meu vestido esta molhado sobre o carpete do meu quarto e depois fui para o meu quarto e dormi ate o outro dia.

Quando acordei tomei banho e não sabia bem o que vestir para o primeiro dia de aula nunca fui a uma escola que não tivesse uniforme próprio. Peguei uma roupa que lembrava muito o uniforme da West Side High School uma saia de prega xadrez branca, vermelha e preta com uma blusa de botão botei uma bota preta e uma jaqueta azul escura que mais lembrava um blazer, coloquei uma tiara colorida como o arco-íris, batom vermelho, lápis de olho preto, blush para dar uma cor e estava pronta minha maquiagem. Alguém bateu na porta do meu quarto.

– Entra. – Gritei enquanto procurava alguma joia para combinar com a roupa.

O Gabe entrou.

– Chegou uma coisa para você ta lá fora.

Eu desci e fui para fora e lá estava minha Mercedes preta.

– Chegou hoje cedo um pouco antes de você ter ido tomar banho. – Eu o abracei não sabia que ele tinha pedido para trazer o meu carro.

Ele estendeu minha chave rosa com uma bola felpuda pendura.

Eu peguei e entrei no carro que parecia novo ate o cheiro era de novo eu estava amando isso, nunca me senti tão em casa. O Gabe me dissera como chegar à escola e eu segui o caminho não era tão longe de casa o que era bom, em frente à escola tinha uma cafeteria eu entrei porque meu estomago roncava de fome, entrei e o cheiro lá lembrava o cheiro que a minha antiga casa ficava na manha de natal, canela, farinha, café, leite tudo misturado em um único lugar as cafeterias de Nova York não tinham aquele cheiro, eu gostei, o lugar era pequeno, parecia a casa de doce da bruxa má de João e Maria ou aquelas casas fofas que encontramos no meio de uma floresta as mesas e cadeiras eram bem colônias o que combinava muito com o lugar além do cheiro de natal no ar tinha o cheiro de madeira velha e mofada e era quente.

Pousei o braço sobre a bancada da loja e fiquei olhando as rosquinhas, os dunots, alguns biscoitos em formatos de homenzinhos outros caseiros.

Uma senhora com uma renda na cabeça de cabelos brancos e olhos verdes, com um avental vermelho escrito vovó Mei.

– Posso ajudar minha filha? – Ela disse educadamente como uma vovó.

– Quero meia dúzia daqueles biscoitos caseiros com gotas de chocolate e um cappuccino grande com canela.

– Nova Yorkina? – Perguntou ela enquanto eu tirava o cartão de crédito da carteira.

– Sou sim, como sabe?

– Nenhum adolescente bebe cappuccino a não ser os Nova Yorkinos, e seu sotaque. Chegou há quanto tempo?

– Cheguei na sexta a tarde.

– Morava a onde por lá? – Ela botava os biscoitos dentro de uma bolsinha de madeira.

– West Side.

– Eu vim do Brooklin.

– Nossa pensei que era a única que saiu de Nova York para esse – hesitei com medo de ofende-la - Lugar. – Disse para a Vovó Mei a melhor maneira de me referir a aquela cidade.

– Com o tempo se acostuma com a cidade é um pouco parada mas é muito boa. – Ela botava o cappuccino.

– Espero que sim. – Na realidade esperava nunca me acostumar com a cidade.

– Deu 9,95.

– Aceita cartão?

– A nossa maquina ta ruim.

Olhei na carteira só havia levado o cartão.

– Deixa que eu pago. – Disse alguém atrás de mim.

Eu olhei e era o Erick.

– Inclui um muffin e um chá inglês.

Ele me olhou e ela pôs o que ele queria, ele me apontou uma mesa no final da loja. Nós nos sentamos.

– Desculpa por sábado. – Ele olhava para mas focalizava algo em mim, no meu olho esquerdo.

– Tem alguma coisa no meu olho? – Disse pegando um espelhinho na minha bolsa.

– Não, não. – Disse ele rindo.

– Não sei o que aconteceu, esperava que me dissesse e procurei no shopping na praia mais não o encontrei. – Levei o cappuccino a minha boca.

– Então você não se lembra? – Ele tocou o bolinho tirando um pedaço com a mão e levando a boca.

– Só lembro que chegamos e você foi pegar bebidas eu fui para loja de chocolate e eu vi uma menina, Rafaella o nome dela, e ela me perguntou sobre você, ela é sua namorada? – Peguei um biscoito.

– Não. – Ele disse secamente bebendo um gole do chá.

– E depois vi a Angie e você voltou e dançamos bastante, fui ao banhei... – Não iria falar que vi o Matt. –... Ficou tudo muito estranho e esqueci. – Ele me olhava como se me avaliasse largando o bolinho, ele encostou-se na cadeira pondo os braços atrás da cabeça como se pensasse ele abaixou o braço e segurou minha mão.

– Você saiu do banheiro e estava meio estranha disse que um cara tinha mexido com você eu insisti e você não quis dizer quem era dançamos e você me beijou. – Ele deu uma mordida no bolinho.

– Eu te beijei? – Disse quase engasgando com outro biscoito e tomei um gole do cappuccino. Não que ele não fosse lindo, realmente ele era de tirar o fôlego mas algo me atraia contra ele.

– Beijou, depois voltamos a dançar. E o Matt, não sei se você conhece... – O interrompi.

– Conheço sim. – Levei um biscoito à boca, soltando minha mão da dele.

– Ele tava meio alterado tentou te agarrar e você o mandou parar e eu me meti no meio e você caiu no chão e nós nos socamos, e você levantou e eu não a vi e sem querer acertei um soco no seu olho.

– Você me acertou um soco? – Realmente era verdade o que a tal Rafaella me dissera, só de pensar na marca que aquilo deixaria no meu belo rostinho me deixou com raiva, mas precisava saber mais sobre aquela noite.

– Desculpa não foi por querer! – Ele pegou minha mão novamente apertando-a mostrando o quão arrependido estava.

– O bom é que não marcou mais você disse que ele tentou me agarrar?

– Tentou. E bem depois que você caiu uns seguranças apareceu e eu perdi você de vista.

– E fiquei bem. – Não iria contar que Matt me ajudou a me limpar, algo no que ele dizia estava errado eu sentia isso.

A porta se abriu e ele olhou na direção eu estava de costa para a porta e me virei para ver quem era, e a loira a Rafaella estava tão diferente, ela usava um vestido branco umas rosas estampado fazia o estilo menininha com casaquinho rendado rosa e branco com uma sapatilha rosa e uma trança que caia sobre seu ombro, ela entrava com outra menina ela era negra seus cabelos bem cacheados iam um pouco alem do seu ombro, ela usava um Ray-ban modelo tradicional com usava uma regata branca por cima uma blusa de manga cumprida xadrez azul e branca de calça jeans bolsa de lado bege escura e all Star preto ela tagarelava sem parar e a Rafaella não prestava atenção nem um pouco ela focava no Erick ela nem prestara atenção em mim.

– Ela parece que gosta de você.

– Acho que não ela não é do tipo que gosta de caras como eu ela é meio nerd sabe?

– E você que tipo é?

– Sou quarter back da liga do colégio não sou muito esperto e as más línguas me chamam de mauricinho.

– hum...

– Que feio Erick Partenack brigando no shopping! – Disse à menina que entrara com a Rafaella ela segurava um dunots e seus lábios estavam sujos com a geleia, ela passou a língua limpando a geleia.

– Isso vai parar no jornal da escola?

– Preciso de mais conteúdo não estava aqui no fim de semana que pena, mas vai sim. – Ela olhou para mim e esticou a mão. – Prazer Mariana Lanza, mas pode me chamar de Mari ou Mari Lanza sou do jornal da escola e a melhor corredora de atletismo da escola. – Eu apertei sua mão.

– Eu sou... – Ela me interrompeu.

– Patrícia Turner de Nova York melhor líder de torcida da West Side High School, filha de um do melhores no ramo das joias se mudou com seu irmão Gabriel Turner que trabalha para o pai do Erick, sinto muito pelos seus pais. – Ela dizia tudo muito rápido.

– Obrigada. – O Erick me olhou com um olhar questionador, acho que é sobre os meus pais.

– Só sei de tudo porque sou do jornal tenho que saber de tudo. – Assenti. – Então como você é nova na escola e nada de bom acontece nesse fim de mundo – Ela revirou os olhos – você é o assunto dessa semana no jornal, será que depois da aula você poderia me dar um entrevista na biblioteca?!

– Ah Patty... – Ela interrompeu o Erick.

– Olha Erick gatinho, a pergunta foi para ela, então aceita?

– Tudo bem eu acho. – Gostava de quando falavam de mim no jornal da escola.

A Rafaella não tirava os olhos de cima do Erick e depois sua amiga se virou e foi na direção dela e elas saíram pela porta.

– Olha Patty às vezes a Mari é irritante ela costuma a conseguir tudo o que quer, então se ela te perguntar sobre sábado não conte nada é que meu pai não gosta que eu me meta em brigas e ele é um dos principais doadores da escola e isso facilmente pode chegar ao ouvido dele. – Ele parecia assustado.

– Tudo bem.

Nós acabamos de tomar nosso café da manha e saímos a caminho da escola.

A entrada da escola era como o de uma faculdade de Washington gramado muitas arvore alguns alunos sentados estudando algumas meninas dançando uns garotos olhando para elas as lideres treinando um garoto jogando a bola e o outro pegando a escola era grande, parecia uma daquelas igrejas que tem na França velha em ponto de restauração, eu vi o estacionamento do outro lado com grande campo verde.

– Você tinha que ter estacionado seu carro ali – disse o Erick apontando para o estacionamento – não tinha visto, na West Side High School tinha gente para fazer isso.

– Mas aqui é assim.

Dei meia volta.

– Eu estaciono para você. – Ele disse para mim.

Estendi as chaves rosa ele olhou surpreso e pegou foi em direção ao meu carro, que parecia ser o único novo por ali, observei a onde ele estacionou e foi ao lado de um Volvo branco o meu não era o único novo imaginei que aquele fosse o dele. Olhei para algo, mas perto de mim no estacionamento, o Matt estava encostado em uma picape velha laranja ou talvez vermelha a cor estava desbotando enferrujada e suja ele estava com uma blusa xadrez branca e preta com as mangas arrancadas aberta e por dentro uma regata branca, uma calça jeans surrada e um pouco larga, usava boots ele segurava uma mochila jeans velha que arrastava no chão seu cabelo como sempre bagunçado de uma forma arrumada com o mesmo sorriso sexy de sempre, conversava com a Angie que estava com uma blusa preta e calça jeans skini que ficava bem nela uma bota preta, seu cabelo ruivo estava mais rebelde que nunca parecia que não havia sido penteado esta manhã, ele me olhou e ergueu uma das, sombra celhas a Angie se virou e vi claramente que ela bufou um outro garoto que era mais novo que os dois, ele usava uma calça baixa e uma camisa maior que ele casaco preto amarrado na cintura uns dreds e vários pircings no rosto entrou na frente do Matt impedindo nossa troca de olhares.

– Pronto. – Disse o Erick me entregando às chaves. – Esta ao lado do meu.

– Belo carro.

Nós caminhamos ate a entrada e lá estava a Mari falando com algumas lideres.

– Patrícia, quando pretende se juntar as meninas? – Perguntou ela.

– Assim que tiver aberta para novas lideres.

– Kathy a Patrícia ganhou o torneio mundial semestre passado. – Ela disse para uma loira de cabelos cacheados como o da Mari, mas tão grande quanto, seus olhos eram azuis, como o do Erick sua boca carnuda poderia se considerar irmã da Angelina Jolie, seu corpo era perfeito também indicava que passava horas na academia, a roupa das lideres combinava bem com ela e não era tão ruim quanto eu imaginava mas também não era uma roupa desenhada pela maior estilista dos Estados Unidos, no West Side High School eu mandei a melhor estilista do país fazer a roupa das lideres talvez nessa escola pudesse fazer o mesmo.

– Podemos abrir uma exceção para você se é que é tão boa. – Ela me olhou de cima a baixo. – Fale com a Maggie e ela vai te dizer quando vim treinar. – Eu revirei os olhos. Odeio gente como ela.

– Oi. – Disse outra loira baixinha enquanto todo o grupo passava na minha frente, ela parecia ser a mais nova do grupo devia ter uns 15 anos seus olhos eram verdes bem verdes, ela usava uma calça de algum pano sintético, por cima da saia de líder. – Eu sou a Maggie.

– Nossa você é tão... – Procurei a palavra para não a chamar de baixinha.

– Baixinha eu sei, sou mais nova tenho 15 anos, entrei, mas cedo no ensino médio. Então você poderia treinar hoje após a aula?

– Posso. – Me lembrei da entrevista com a Mari. – Posso me atrasar uns 20 minutos? É que tenho que dar uma entrevista para o jornal da escola.

– Ou seja, para a Mari, eu aviso as meninas.

Eu olhei em volta a procura do Erick pela janela da porta eu pude o ver, ele estava dentro da escola em cima da escada entrei estava cheia alunos por toda parte era bem mais moderna por dentro do que por fora algumas câmeras no teto nada intimidador mais para a nossa segurança só não sei se funcionava, era grande alguns corredores ao lado da escada que levavam a algumas salas e à direita o ginásio a esquerda laboratório, piscina e refeitório uma placa dizia tudo, era muito para uma escola publica essa cidade realmente não era como as outras do interior eu subi a escada precisava ir a sala da diretora pegar minha escala das aulas uma placa sobre a escada dizia Sala da direção com uma seta apontada para frente eu subi e o Erick me lançou um olhar interrogativo.

– Qual é a sua primeira aula?

– Não sei tenho que pegar a escala das aulas agora com a diretora.

Ele me olhou e seguiu pelo corredor que dava a sala da direção ele abriu a porta e eu entrei e em seguida ele entrou, a sala era feita de madeira em todos os detalhes o cheiro era muito bom, café e madeira sempre foi uma combinação perfeita um sofá de couro negro no canto esquerdo e outro no direito e logo a frente uma mesa com uma mulher sentada em uma cadeira atrás de uma escrivaninha, ela aparentava ter uns vinte e quatro ou vinte e cinco anos seus cabelos estava bagunçado com dois lápis prendendo ele, ela tinha óculos fundo de garrafa e seus olhos e nariz vermelhos ela segurava um lenço branco, ela me olhou com os olhos semiabertos.

– Posso ajudar? – Disse com uma voz rouca enquanto espirrava.

– Eu sou a aluna nova, Patrícia, e vim pegar minha escala de aulas.

– A sim a irmã do Gabe.

– Conhece meu irmão?

– Sim já trabalhei com ele. – Ela espirrou novamente e limpou o nariz.

– Saúde.

– Obigada. – Ela disse no tom que todo resfriado fica na língua do B. – Sua escala esta por aqui. – Ela levantou um dedo para mim. Ela abriu uma gaveta puxou uma pasta e a abriu me entregou uma folha com a grade das aulas.

– Obrigada. – Ela assentiu limpando o nariz.

Virei-me para sair e o Erick abriu a porta para mim como um cavaleiro. Saímos e pude analisar a escala das aulas na folha também tinha o numero do meu armário e a senha.

– Primeira aula Matemática professora Rosangela, sala 24. Nossa odeio Matemática.

– Ate que as aulas dela são legais. Não vamos ficar na mesma sala sou do ultimo ano você é do segundo agente se ver no recreio. – O sinal tocou e ele andou pelo corredor que logo lotou.

Procurei a sala 24 que ficava no meio do corredor à esquerda, demorei muito a procura da sala e o professora já estava na sala quando eu entrei.

– Você deve ser a senhorita Turner, não admito atrasos mais como é o seu primeiro dia de aula deixo passar. Sente-se – ela passou um olhar pela turma e eu acompanhei.

Nas duas primeiras filas estavam a Mari e uma outra menina que também parecia ser do jornal pois elas me lançaram um olhar de jornalista e depois se olharam no fundo o Matt ele estava jogado na ultima cadeira com os braços atrás da nuca, o que fazia seus músculos estarem comprimidos e parecendo mais forte. Eu mordi meu lábio superior e ele me lançou um olhar vago como se não estivesse me olhando mais eu sabia que ele me olhava então ele esboço um sorriso sínico.

– Olha senhorita Turner queria te por ao lado de um bom aluno para poder acompanhar nossa matéria mas todos eles estão acompanhados então nosso único lugar vago é ao lado do senhor Drayton. – Ela olhava para o Matt.

Matt Drayton? Drayton parecia um nome de família rica, já ouvi falar.

Caminhei para o lugar onde Matt se sentava, ele levantou o olhar para mim e sorriu com o canto da boca. Sentei-me e a professora me trouxe um livro. Quando ela se foi eu perguntei:

– Porque tentou me agarrar no sábado? – Disse olhando para ele.

– Tem certeza que não foi você que me agarrou? – Ele me olhou no fundo dos meus olhos, seus olhos estavam mais negros que nunca era como se já tivesse me encarado daquela forma antes.

– Tenho, pois eu nunca faria isso. – Ele voltou seu olhar para algum rabisco na mesa.

– Você ao menos se lembra de sábado? – Ele me olhou novamente mais não nos meus olhos.

– Não.

– E quem te falou que eu tentei te agarrar? – Não iria falar sobre o Erick.

– Um amigo. – Ele revirou os olhos.

– Sinto em lhe dizer que o seu amigo mentiu. – Sabia que o Erick estava mentindo, mas porque?

– E porque me ajudou no sábado?

– Eu tava passando com a minha moto por o caso em frente a sua casa e então te vi caindo e fui ajudar. Adoro ajudar garotas indefesas. – Ele dizia ironicamente.

– Nossa Matt como você é prestativo! – A professora lançou um olhar na nossa direção.

Eu pus o caderno sobre a mesa e comecei a copiar o que estava no quadro, eu reparei que ele não copiava nada.

– Não vai copiar? – Perguntei.

– Não preciso.

– Pela sua aparência já devia estar na faculdade. – Ele me lançou um sorriso de: “Não é da sua conta”. – Você ta com quantos anos? – O interrompi antes que pudesse responder. – Dezenove? Vinte?

– Dezenove.

– Como disse era para ter entrado na faculdade em Setembro.

– Não sou obrigado a assistir aula.

– A é? Porque esta aqui?

– Por uma pessoa.

– Quem?

– Ainda não sei mais tenho que achar ate junho.

– Isso parece mentira.

– Mas é verdade. – Revirei os olhos aquilo não era verdade claro que não era ele concerteza já repetira um milhão de vezes e agora tanto fez tanto faz estudar ou não se acabar trabalhando como garçom ou mecânico deve estar de bom tamanho.

Copiei mais algumas coisas e prestei atenção no que a professora explicava e falava voltei a olhar para o lado e reparei que ele continuava jogado na cadeira e não prestava nem um pouco atenção na aula.

– Serio porque você vem à escola?

– Já falei.

– Não acredito. – Ele bufou. – Porque você saiu daquele jeito da minha casa no domingo de manhã?

– Você parecia estar bem, então fui.

O sinal bateu e todos saíram eu ia atrás do Matt quando ele se levantou e passou pela por eu já estava quase alcançando quando o Erick pegou o meu braço.

– Tava indo a algum lugar? – Eu olhei na direção que o Matt havia ido e não o via mais.

– Não.

– Como foi à aula?

– Interessante.

As outras aulas foram normais e na hora do recreio me sentei com o Erick, mas estava a procura de Matt não o vi nem Angie nem o menino dos dreds. E no fim das aulas fui à procura do jornal.

Era no terceiro andar junto com os outros clubes era uma sala grande com uma janela grande e vi que alem do jornal impresso ela também a radio, ela estava com uma calça de lycra colorida, de regata larga, tênis de correr e cabelos amarrados sem óculos.

– Sabia que viria. – Ela disse.

Ela pôs um gravador sobre a mesa.

– Sente-se – Ela apontou para um sofá de couro azul.

– Só você trabalha no jornal? – Disse a ela me sentando.

– Não o resto esta nos outros clubes. – Ela pegou uma folha. – Vai ser só umas dez perguntas eu tenho que correr ainda hoje e você o teste das lideres, Ah! – Ele me entregou uma chave amarela. – A Maggie pediu para te entregar é sua chave do armário no vestiário feminino ela pôs uma roupa de líder lá, e o numero do armário esta na chave.

– Tudo bem.

– Então vamos começar?


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