Renascer escrita por Mariana Lanza


Capítulo 2
Capitulo Um




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23 de outubro de 2012 o dia estava nublado, mais sem sinal algum de chuva. Mais isso pouco me importava.

A minha frente estava dois caixões e dentro deles meus pais, há apenas duas noites eles estavam aqui, um pouco antes do inevitável me ligaram:

“- Filha daqui a dez minutos estaremos em casa, estamos levando uma surpresa.

– O que?

– Como o nome já diz surpresa é surpresa.

– Pai!!! Estou curiosa.

– Quinze minutos, pode esperar?

– Antes era dez agora é quinze?

– Dez ou quinze

– Tudo bem to vendo que não vai dizer o que é.

– Beijo até daqui a pouco.

– Te amo.

–”Te amo.”

Podia ter falado mais, insistido mais, me arrependo de tantas coisas, é estranho como a morte brinca com as pessoas, em um momento vivas e no outro... – Lagrimas escorreram pelos os meus olhos.

Atrás de mim deveria haver umas cem pessoas, eles eram muitos queridos, meu pai apesar de ser um ótimo empresário as terças e quintas treinava as crianças da ONG da mamãe, e mamãe nem precisa dizer né? A Angelina Jolie de New York sempre que podia tava ajudando os pobres e os mais necessitados.

Meu pai quando não estava com seus ternos ou paletós usava bermudões beges e camisas de boliche ou florais realmente eram ridículas mais combinava com sua pele levemente bronzeada, cabelos brancos e olhos azuis, minha mãe, a mulher mais doce, engraçada, divertida e elegante de New York, cabelos ruivos escuros ondulados, olhos castanhos claros, 1.70, 50 kg tudo isso em 45 que pareciam mais 35.

Na lapide: Cesar Turner oito de Março de 1956 – Trinta e um de outubro de 2012.

Ótimo pai, incrível marido, bom amigo. Que fique Deus te ilumine para o bom caminho, a porta do céu estará aberta para você.

Linda Turner dez de maio de 1967 – trinta e um de outubro de 2012.

Mãe dedicada, super mulher, ótima esposa, boa amiga. Deus irá lhe guiar a um lugar lindo, a porta do céu estará aberta a você.

Só isso aos meus pais? – Queria chorar mais já não havia mais lagrimas – Teria muito mais a dizer se conseguisse muitas daquelas pessoas deviam muito mais que uma vida a eles podiam pelo menos manter a dignidade deles.

...

Uma hora se passara o padre dizia algumas coisas nas quais eu não prestava atenção, só fitava o corpo deles ali dentro daquele caixão, agora o coveiro o fechava.

Havia mais pessoas do que antes e muitos coroas de flores.

– Amem – Foi à única coisa no o que prestei a atenção.

Então começaram a descer os caixões. Eu me levantei e olhei para a cova e joguei uma rosa branca, lágrimas brotaram nos meus olhos, começou a chover pouco e me aproximei mais um pouco mais escorreguei e caí dentro da cova eu gritei, todos se aproximaram do buraco, alguns riram e outras diziam:

– Eles tiveram apenas o que merecia.

E fiquei entre os dois caixões e eles estavam se abrindo e derrepente minha mãe estava sentada ela puxara o meu braço, ela abriu os olhos lentamente e estavam brancos e fundos, sua pele branca pálida e gélida – não sabia se ficava feliz ou com medo, feliz por estar viva e com medo por ser uma mãe zumbi – A chuva era mais forte agora, eu tentei subir mais a terra apenas virava lama eu estava toda suja e quando meu virei meu pai estava atrás de mim com um sorriso amarelado e seus olhos brancos ele abriu a boca para falar comigo e larvas, baratas entre outros bichos saíram dela, minha mãe me tocou no outro braço, ele estava vendo ele se mexendo por baixo da pele cocei e a pele saiu junto larvas. – Eu gritei.

– Patty, ta tudo bem – disse meu irmão preocupado – Era tudo um sonho – Repeti na minha cabeça tentando me acalmar. – Você desmaia, quando nossos pais foram enterrados. – Então nem tudo era sonho.

– Onde você estava? – perguntei a ele se referindo ao enterro.

– Eu perdi a hora do avião e o próximo era só às 14 horas, tentei ligar.

– Nossa Gabe eu realmente não queria discuti com você, mais você ao menos pensou na barra que eu estava lidando aqui sozinha? Só a Rosa estava aqui... – ele me interrompeu.

– Desculpa.

– O que era tão importante que você perdeu o avião?

– Ontem dormi tarde por causa do trabalho e hoje perdi a hora.

Meu irmão não morava com nós desde a faculdade, ele fez administração e agora trabalhava em uma empresa pequena em uma pequena cidade em Washington D.C, ele não falava com os meus pais direito desde a época do colegial não sei o porquê mais ele não era tão próximo quanto eu, ele é o tipo de irmão mais velho que parece roqueiro de fundo de garagem, cabelos enrolados, olhos castanhos, porte atlético... Ele mudara bastante a ultima vez que o vi foi há um ano e meio, na formatura dele.

Levantei-me e reparei que estava um pouco suja.

– Vai a onde? – ele perguntou.

– Preciso de um banho – Na verdade precisava chorar e muito mais não queria fazer isso na frente dele ele parecia não se importar tanto.

Ele levantou caminhou na minha direção e meu abraçou eu não agüentei nos braços dele e comecei a chorar, depois disso passamos o resto da tarde vendo fotos de momentos eternos e inesquecíveis da nossa família depois fui para o meu banho.

Olhei-me nos olhos e vi que eu parecia até com a minha mãe em meu sonha, pálida, olhos fundos, enchi a banheira e pus alguns sais refrescantes durante 20 longos minutos.

Ao sair do banheiro reparei que o Gabe dormia no meu quarto peguei minha roupa e fui me trocar no quarto que era dos meus pais, ao entrar reparei que sobre a enorme cama estava o vestido que mamãe pediu para rosa deixar passado, na mesa de cabeceira estava o livro marcado do meu pai ainda marcado como se um dia ele fosse voltar e terminasse de ler da onde parou logo atrás de um retrato da família na formatura do Gabe.

As poltronas ainda estavam lá com um casaco de pele da mamãe, a penteadeira com maquiagens, perfume exclusivo, e jóia, varia jóias, uma lagrima escorreu pelo canto do meu rosto, abri o closet era como um segundo quarta lá mamãe também guardava as bolsas e jóias de datas especiais, como aniversários e casamento, sempre todas lindas e sem valor estimulado.

No vidro como se estivessem em uma exposição algumas pedras raras que eles consideravam raras.

Papai além da joalheria que a mamãe administrava também tinha a empresa de impostações e exportações de grãos e fora o banco internacional, mamãe além de administrar a joalheria tinha as ONGs. E todo fim de mês viajavam, as jóias que mamãe vendia não era como as outras, diamantes ou rubis entre outras... Eram diferentes tinha um brilho exclusivo uma pequena pedra de três gramas podia conter mais de (...), eles viajavam para encontrar estas pedras e poder lapidá-las e por nas jóias que mamãe vendia, em todo o mundo só havia três joalherias que vendiam estas pedras, uma aqui em Nova York, uma em Paris e a outra no Rio de Janeiro.

***

Após um mês, Gabe resolveu as coisas nas empresas pondo outras pessoas responsáveis, ele esperou o (...) sair, eu aos poucos estava voltando com a minha vida minhas amigas me ajudavam muito e procurei me concentrar no próximo torneio das lideres.

– Patty hoje shopping – disse Rosie.

Eu abaixei a cabeça.

E as outras meninas alertaram a Rosie que hoje faz um mês desde a morte dos meus pais. Ela assentiu e foi para o carro.

Entrei no meu também e pus meu casaco, dirigi até a floricultura que a mamãe amava, da Dona Amélia no Brooking, comprei um buque de lírios a flor preferida da mamãe e rosas brancas para o papai ele disse que o lembrava do vovô que sempre quando voltava para casa trazia consigo um buque para a vovó.

Depois dirigi até o cemitério onde eles foram enterrados, caminhei ate a tumba deles que era uma ao lado da outra, reparei que já havia buques lá os dois eram idênticos rosas vermelhas imaginei que Gabe passara por lá, e deixei os meus buques lá. Sentei ente as duas tumbas.

– Os tempos tem sido difíceis sem vocês dois por lá mais to seguindo, as meninas até me ajudam com isso, o Gabe esta mais presente que o comum, ele nunca ficava mais agora acho que ele ta tentando reparar o erro, mãe as suas coisas continuam lá a Rosa faz questão de não mudar nada de lugar eu até gosto parece que sempre estão por lá,... – minha voz falhou meus olhos ficaram embargados e lagrimas caíram – Sinto saudades, porque me deixaram? Desculpa to agindo como uma menina mimada, mais é isso que sou mimada – Ri – Estou indo, saibam que sempre estarei aqui. – deixei um beijo no ar.

Caminhei de volta ao meu carro.

Entrei em casa e o Gabe falava no celular.

– Até semana que vem, estou voltando. – Ele desligou a me ver.

– Vai para onde? – Perguntei curiosa.

– Patty tava tentando adiar essa viagem mais não posso.

– Que viagem? – disse me jogando em cima do sofá.

– Você sabe que eu tinha um trabalho, uma vida antes de vim para cá – Assenti com a cabeça. – E eu tenho que voltar?

– Por quanto tempo? – perguntei distraída, folheando uma revista.

– Para sempre. – Ele respondeu angustiado.

– Como assim? – Perguntei assustada. – Gabe você não é mais sozinho, quer dizer você não vive só para você agora, e eu? Você tem responsabilidades agora que não tinha antes.

– Patty eu tenho minha vida também, tenho minha namorada, meu trabalho e minha casa... – O interrompe.

– Você acha que eu queria que meus pais morressem? – Perguntei incrédula.

– Sei que não queria mais Patty tenho que seguir minha vida. – Ele se sentou no sofá e bufou. – Não queria fazer isso mais vou um dia você vai me entender.

– Nunca vou te entender. – disse chorando – Já não basta ter perdidos os meus pais agora perde você? Quer dizer você sempre se fora, o que esta aqui na minha frente é só um homem qualquer. – Subi as escadas.

– Você vai comigo – ele gritou me olhando do pé da escada.

Eu entrei em choque, fiquei parada por um longo estante ali na escada.

– Não vou – depois de um longo minuto de silêncio quebrei o gelo – Eu não vou – disse mais uma vez. – Não basta ter perdido eles não vou me afastar da única coisa que me liga a eles.

– Patrícia esta na hora de começar a crescer, e aceitar os fatos eles morreram é difícil eu sei mais morreram temos que seguir em frente aceitar.

– Eu já aceitei, mais é difícil me afastar, sei que você nunca foi tão próximo deles mais eu era.

– Patrícia eu tenho trabalho minha vida minha casa em Washington.

– você não precisa destas coisas, você é milionário tem dinheiro ate sua ultima geração se quiser trabalho, trabalhe nas empresas do papai, se quiser casa está nela.

– Não quero o dinheiro deles, eu vou ter o meu próprio patrimônio.

– Isso tudo é orgulho?

– Não, se você soubesse da onde veio esse dinheiro todo você também não iria querer.

– Da onde? Do esforço deles?

– Um dia você descobre. Você vai mudar querendo ou não.

– Eu já disse que não vou mudar.

– Patrícia está na hora de crescer e você vai se mudar comigo eu sou seu tutor até seus 21 anos então isso significa que eu mando em você até a sua maior idade.

Subi correndo para o meu quarto deitei na minha cama e chorei ate à hora de pegar no sono.

***

(Uma semana depois)

Após duas horas de uma viajem de avião pegamos um ônibus para a cidadezinha no interior de Washington.

– Você vai gostar de lá. Não é grande como Nova York, nem tem shoppings mais é pequena pode ir a pé a escola é apenas duas quadras da nossa casa.

– Duas quadras? Não tem shopping, não é grande, não tem minhas amigas não tem nada só gente caipira com sotaque ridículo como vou gostar de lá?

– Eu sei que vai gostar.

Ao entrar na cidade uma placa dizia: Bashmore população 50.561 pessoas a 250 km de Washington D.C

Quando chegamos à rodoviária da cidade Gabe caminhou até uma mulher loira aparentemente tinha sua idade, seus cabelos curtos, ela usava um vestido até que de grife – imaginei que ele tivesse algum patrimônio ou sua família – mais era brega, usava umas botas com cabelinhos e chapéu de caubói.

– Oi então você é a Patty – ela esticou a mão.

Eu a olhei de baixo a cima e não apertei a mão.

– É! – ela disse sem graça – Seu irmão disse muito sobre você.

– Pena que não posso dizer o mesmo. Eu disse.

Gabe me olhou serio.

– Então vamos ficar aqui em pé ou você ainda não tem casa Gabe?

– Vamos. – Disse o Gabe

Entramos no carro da namorada dele e ela dirigiu até a casa dele, o centro da cidade estava cheio no cinema, adolescentes em filas enormes para ver “A morte do Demônio”, Restaurantes e bares cuspiam gente, Era sexta feira. Alguns poucos metros chegamos a uma rua comum de uma cidadezinha do interior coberta por arvores sem folhas – por causa do inverno – o tempo estava nublado. Desci do carro e entramos na casa.

– Bem vinda – Ele me disse tentando ser gentil.

Mais ele sabia melhor que eu que não me sentiria nunca Bem Vinda naquela casa nem naquela cidade.

Ele me mostrou a casa, pequena podia se resumir, na cozinha se tivesse duas pessoas podia se considerar uma lata de sardinha, a sala era até que bem moderada menor como o resto da casa, subiu a escada e ele me mostra o meu quarto que era maior do o dele mais nem se comparava ao meu antigo, na verdade nada naquela casa era como na antiga tudo era pequeno e nada me lembrava dos meus pais não me sentia nem um pouco em casa.

– E então gostou?

– Nenhum um pouco, mais fazer o que né?

– Tenta ver o lado bom das coisas.

– Que lado bom? Mudei-me para o fim do mundo onde não tem nada além de caipira e gente brega, não vejo o lado bom de nada. – Ele respirou fundo – e cadê a coisinha que você chama de namorada?

– A Kelly... – o interrompi.

– Ate o nome dela é brega.

Ele suspirou alto desta vez o dizendo quanto impaciente ele estava.

– Foi para casa para se arrumar.

– Para que?

– Temos que comemorar hoje, esqueceu?

– Comemorar a nossa vinda para esse fim de mundo?

– Seu aniversário hoje, esqueceu? 17 anos.

– Não tenho nada o que comemorar, meus pais morreram me mudei para o fim do mundo e ainda vou comemorar?

– Patty, por favor. Iremos sair as oito vamos ao restaurante do pai da Kelly. – Ele fechou a porta sem nem esperar a minha resposta.

Talvez fosse bom comemorar meu aniversário. Eu estou pirando? Claro que não seria bom, vou fazer de tudo para o Gabe e coisinha que ele chama de namorada pagarem o maior Gorila.

Pus um vestido pêssego tomara que caia bolonê, em cima ele apertava no lugar certo e apertava no fim, um scarpam bege, na maquiagem tentei ser o mais simples possível, o brinco de correntes com pequenas pedras preciosas de meus pais, peguei uma bolsa bege da Chanel™, no cabelo fiz um coque meio desfeito à franja estava solta e umas mechas soltas meio enroladas e por fim um colar tira colo.

Desci a escada e meu irmão estava de terno francês e usando sapato italiano.

– Com o seu salário naquela empresinha você nunca compraria esse terno francês quanto mais esse sapato italiano. – Eu disse. – Nega o dinheiro dos nossos pais mais também o usa tanto quanto eu.

– Irmãzinha você está linda. – Ele disse ignorando o que eu disse.

– Não preciso do seu elogio Gabe. Eu sei que estou linda. – Ele revirou os olhos.

Ele tentava arrumar a gravata eu desci e arrumei.

– Você sabia fazer isso, é esta cidade que esta te mudando.

– Obrigado. – Ele disse.

– Pronta?

– Estou.

***

O restaurante é bem melhor do que eu imaginava um restaurante bem parecido com o que a Elite Nova Yorkina convivia, Gabe deu o nome ao recepcionista que nos guiou ate o segundo andar que é ao ar livre e pessoas que imaginei que fosse da elite sentamos próximo ao chafariz que ficava bem ao centro do salão oval e no centro no chafariz um anjo, ele é diferente de qualquer outro anjo, era encantador não tinha aquela cara de criança como os outros serafins ele era um homem de verdade com uma toalha cobrindo seus órgãos genitais ele segurava uma lança – nunca vi um anjo segurar uma lança eu certa vez perguntei a minha mão porque anjos seguravam harpas e arque flechas ao invés de lanças ou espadas ela me disse as flechas e harpas eram apenas para enganar os mais tolos, que na verdade eles não precisavam de nada – suas asas eram grandes e estavam apertas como se estivessem se protegendo.

– Ariel anjo da guerra sabia? – olhei para o lado e um garçom que falava – Diz que ele que nos protege de todo o mal – ele é alto e pelos botões da camisa dava para ver que ele é bem forte sua pele é levemente bronzeada deduzi logo que ele não era daqui pós nesta área não se vazia sol há meses, seu cabelo negro estava penteado de maneira formal, ele me olhava nos olhos e voltou a encarar o anjo, reparei em seu pescoço uma parte fora da gola da camisa umas asas.

– Você acredita em anjos? – perguntei curiosa

– Não. – ele respondeu.

– Então por que tatuou um?

Ele encontrou os meus olhos e reparou que eu olhava para a tatuagem que se localizava em seu pescoço.

– Não é um anjo, é um pássaro. – Ele subiu a gola escondendo sua tatuagem.

– Matthew atender a mesa dos acompanhantes da senhorita Screen. – Disse o recepcionista imaginei que fosse o gerente.

Ele se virou e foi em direção a mesa do Gabe e eu fui atrás e me sentei.

Ele nos deu o cardápio.

– O especial de hoje é Filét de avestruz ao molho tártaro temperado levemente com salsa e para acompanhar vinho seco da ultima safra Azul. Então o que vão querer? – ele disse informalmente. O recepcionista olhou feio para ele – Assim que decidirem o que vão querer é só me chamar. – ele corrigiu.

Eu ri em silencio – Gabe assentiu.

– Tudo bem no final eu digo que você foi um ótimo garçom. – Disse meu irmão tentando suavizar a situação. – Nós vamos... – Ele se interrompeu.

Ele olhou para frente e eu segui seu olhar ela usava um longo azul escuro brilhoso em cada detalhe, um enorme decote em V que ia ate o seu umbigo, um brinco enorme e um cordão que cobria todo o seu decote, sua maquiagem marcante preta esfumaçada batom mude, salto 15 preto. Era bem diferente da mulher que vi hoje cedo aparentava mais uma modelo seu cabelo loiro curto desenhava muito bem seu estilo isso tudo completava ela com 1,80.

Eles deram um longo beijo, ela m olhou e deu um sorriso. Olhando ela naqueles trajes ela era de mais para o caminhãozinho dele.

Ele puxou a cadeia para ela se sentar.

– Diga ao Dimitri o meu especial. – Ela se endireitou na cadeira – Então Patrícia, nós começamos com o pé esquerdo, vamos fazer de conta que estamos nos conhecendo agora?

– Tudo bem – Disse falsamente.

– Então este restaurante pertence ao meu pai.

– É realmente impressionável, me lembra muito das lanchonetes de Nova York – menti, ela fechou a cara – brincadeirinha disse sorrindo mais falsamente – parece muito com os restaurantes do West Side, incrível.

– Você realmente sabe apreciar o que é bom. Quando Gabe me contava de você imaginava uma criança.

Ela olhou para o meu irmão e deram outro beijo mais cheio de língua e demorado, só acho que se queriam ir para um hotel fosse logo, pois aquilo já estava me fazendo vomitar.

– Nossa como disse no carro meu irmão não me falou nem um pouco sobre você foi até uma surpresa para mim quando cheguei, alias você tem uma pele perfeita, e um corpo incrível para alguém com mais de 30 anos. – ela que bebericava a água se engasgou.

– Eu tenho 24 – Ela disse meio forçada.

– Ops! Então retiro o que disse. – Ela me fuzilava com os olhos.

– Então seu irmão comentou que em Nova York você era líder de torcida, minha irmã é. Eu também era... – a interrompi.

– Sei que você está tentando me agradar, desista. E outra se eu for entrar na equipe vai ser por mérito meu porque eu sei que sou capas, não por ajuda sua.

Meu irmão me fuzilou, com os olhos. Por sorte o garçom chegou com os pratos.

Eu olhei e era escargo, era uma das poucas coisas que eu não sabia comer.

– E o que para beber Senhorita Screen?

– Fale ao Lumier reserva especial da família.

Eu pus o guardanapo no colo e fui tentar comer, olhei para o meu irmão e para a Kelly para tentar fazer igual. Tentei tirar a lesma de dentro da casca dura e acabou voando para o decote da Kelly ela olhou-me fuzilando, depois sorriu falsamente e pegou a lesma com o guardanapo e enrolou e pôs ao lado do prato.

– Dessa vez não foi por querer, desculpa.

– Não foi nada. – respondeu ela.

– Eu quero aproveitar esse momento para lhe dar um presente Patty. – disse meu irmão.

Ele, pois a mão no bolso e puxou uma caixa de veludo quadrada ele abriu a caixa e lá tinha um cordão de brilhantes da mamãe, era o cordão que ela usava na noite do acidente não sabia que tinham achado.

– Não sabia que tinham achado o cordão dela.

– Me entregaram ontem à noite achei que seria um ótimo presente. – disse meu irmão.

– Obrigada. – disse pela primeira vez agradecida por alguma coisa que ele tenha feito.

– Kelly agora é para você. – Ele tirou outra caixa menor.

Ele agachou e abriu a caixa, lá dentro tinha um anel de ouro com uma enorme pedra. – Eu conhecia aquela pedra, quando o Gabe fez 15 anos nossos pais nos levaram para uma procura de suas pedras raras e eles deram a pedra que eles haviam achado para o Gabe.

– Kelly Screen você aceita me fazer o homem mais feliz do mundo?

– Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim – Ela disse em um grito ensurdecedor.

Eu não estava mais agüentando ficar ali então me levantei e esbarrei no garçom que derramou a garrafa de vinho em cima de mim.

– Me desculpa senhorita – disse o garçom tentando me limpar.

– Como pode fazer isso?! – disse a Kelly.

– Nem molhou tanto ta tudo bem – Eu disse.

– Não esta olha o seu estado – disse a Kelly apontando para o meu vestido.

Realmente não estava mais fiquei feliz porque pelo fato dele ter entornado o vinho em cima d mim acabou com aquela cena ridícula de pedido de casamento.

– Você sabe que está demitido né? – disse a Kelly.

– Não precisa demiti-lo isso podia ter acontecido com qualquer um e a culpa foi minha,

O recepcionista que o observava desde o inicio puxou ele pelo braço e falou alguma coisa com ele, ele jogou o bloquinho no chão em um gesto revoltado o recepcionista gritou e derrepente todos olhavam para os dois e o garçom berrou outra coisa com ele em seguida avançou, com um soco na sua cara o fazendo cair no chão, todos que observavam foram em direção ao recepcionista e o garçom desceu as escadas. Eu o segui.

– Patty vai a onde. – Perguntou meu irmão tirando o recepcionista do chão.

– Vou ao banheiro me limpar. – Olhei para o salão de baixo e o garçom passara pela porta.

Não esperei a confirmação do Gabe e fui atrás do garçom.


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