Garen e Katarina- O Brilho de uma Lâmina escrita por Maria Fox


Capítulo 8
Capítulo 8 - Acerto de Contas


Notas iniciais do capítulo

Yoooo!! Eaw pessoal *w*, psé olha eu aqui no pc escrevendo sendo que tenho prova de matemática e geografia amanhã... -.-' Enfim, espero que gostem, e pfv comentem!! Desculpem se vcs acharam que eu demorei, é que ta meio tenso néah? E fora que eu to vendo 3 animes ao mesmo tempo (tipo assim, V1D4 L0K4) Pra quem quiser saber quais, são: Fairy Tail, Angel Beats e Accel World!! (Amo todos 'xP).



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O acampamento estava silencioso, alguns guardas ainda continuavam de pé, mas eram poucos, e a maioria estava bêbado. Katarina e Akali já estavam na tenda, Akali escovava os dentes, e Katarina estava deitada em um colchão, encarando o teto dourado e azul da tenda, muitas coisas passavam por sua cabeça, “É tão estranho... Dormir no local do inimigo, por espontânea vontade.” Seu devaneio encerrou-se ao ver Akali a encarando pelo reflexo do espelho onde escovava seu dentes, a ruiva sorriu.

–Tsc, não confia em mim mesmo, não é?

–Me dê um bom motivo para confiar em uma assassina, que matou mais da metade dos meus guardas, está armada, e no mesmo lugar onde eu vou dormir. Só um... – Akali começou a vasculhar uma mala, que tinha várias roupas.

–Relaxa, você me salvo de uma noite bem desconfortável, não vou ti matar. – Katarina rolou pelo colchão, levantando-se.

–Aonde vai? – A ninja ergueu uma sobrancelha.

–Não é da sua conta.

–Você e seu comportamento “educado” já estão me irritando, se não quer dormir no mato ou com aqueles soldados tarados, me diga aonde vai.

–Meu Deus como você é chata, eu só vou ver o que o Talon está fazendo. – Katarina encostou-se no apoio da tenda, cruzando os braços.

–Ahh, o Talon... entendi vai lá. –Akali sorria. –Só vê se não volta muita tarde.

Katarina ergueu uma sobrancelha.

–O que está insinuando?

–Nada não. – Akali retirou um conjunto de tecido e lançou na direção da noxiana, que pegou facilmente e a olhou com um ar de dúvida.

–São roupas limpas, se você quiser. – A jovem ninja aproximou-se da assassina.

–Algo errado? – Katarina dizia, a distância entre elas era curta demais para ser ignorada.

–Só quero que me de suas armas. Vou devolvê-las quando você voltar.

–E por que eu confiaria em você?

– Por que diferente de você, eu sou honesta, só vou tirar suas adagas por que eu realmente não confio nem um pouco em você. Muito menos andando pelo acampamento demaciano, armada, e sem estar sendo vigiada.

–Então bota um guarda pra me vigiar, simples.

–Você pode matar ele facilmente.

–É eu posso. – A ruiva sorriu. – Mas não se preocupe, não vou matá-lo, e não pretendo demorar.

–Eu já disse, passa as armas, não tem discussão, nem talvez, só passe ou não saia.

–Saco, queria saber como você consegue ser tão irritante. – A noxiana dizia enquanto retirava seu cinto, e suas armas.

Katarina vestiu-se com as roupas de Akali, uma blusa simples de manga, branca com alguns detalhes azuis, um short cinza de lã, e um chinelo azul-claro. Katarina saiu da tenda, o acampamento estava completamente quieto, já não havia mais nenhum guarda de pé, exceto uma figura encima de uma árvore, que se destacava das demais pela sua altura e flores rosas, a figura estava deitada, parecia admirar a lua cheia que estava mais perto do que nunca, tanto a lua quanto as estrelas, estavam brilhando incomparavelmente hoje, Katarina aproximou-se mais.

–Senhorita, por que está acordada uma hora dessas? – Era Reinton, ele tinha um ar de calma e tranqüilidade. – Por favor, deite-se aqui comigo, nós mal conversamos hoje mais cedo.

A ruiva hesitou, mas depois de alguns segundos, subiu facilmente no topo da árvore, e sentou-se ao lado do homem.

–Você ainda não me disse seu nome, me daria à honra de sabê-lo? – Reinton disse, sorrindo para a assassina.

–Ka... – A ruiva interrompeu-se, não sabia se era uma boa idéia falar seu verdadeiro nome para um “inimigo”.

–Ka...? – Reiton insistiu.

–Katarina. – Disse baixinho.

–Que nome bonito, a senhorita já me conhece de mais cedo, mas vou apresentar-me mais adequadamente, sou general Reinton, líder dessa tropa. – Disse reverenciando-se.

Alguns segundos se passaram em silêncio, Katarina estava tensa, era melhor lutando do que conversando, principalmente com demacianos.

–Gosta da lua também, senhorita Katarina?

–Talvez... Acho-a, bonita só isso.

–Eu passo horas admirando-a, ela faz lembrar-me de meu pai, eu e ele, nas noites de frio, sentávamos juntos e olhávamos ela por bastante tempo sabe, sinto falta dele, e também do meu irmão.

–O que aconteceu? – Katarina ergueu uma sobrancelha.

–Era uma missão perigosa, eu avisei para ele que era suicídio, mas ele mesmo assim foi, seu objetivo era infiltrar-se na Ilha das Sombras, à procura do meu irmão mais velho que lamentavelmente, tinha sido capturado por algumas dessas criaturas, mas infelizmente Demácia deu as coordenadas erradas para meu pai, e ele se perdeu pela Floresta da Morte... Dizem que a Floresta da Morte é um lugar terrível, que mesmo após sua morte, sua alma continua sofrendo eternamente, eles capturaram meu pai, mas quando levaram meu irmão pra mesma cela que ele, meu pai atirou na direção do meu irmão uma pedra de tele transporte, e morreu com a cabeça devorada quase no mesmo instante por um monstro chamado Cho’Gath, após meu irmão voltar seguro para cá, ele me contou tudo, e depois de algumas noites de choros e raiva, ele enlouqueceu e se matou. – Reinton disse, porém seu rosto não mudava, continuava calmo, mas chamou a atenção da assassina ao ver uma lágrima rolar pelo rosto do homem, que a deixou escorrer e secar.

–Eu sinto muito por isso.

–Não precisa lamentar-se por um velho, sabe, eu já tive minhas noites de sofrimento sem família, já que meu pai e meu irmão morreram, e minha mãe desapareceu. Mas eu já cansei de sofrer e decidi seguir em frente, me inscrevi no exército de Demácia, mas um dia eu ainda pretendo ir à Ilha das Sombras, dizem que a alma do meu pai continua lá, e tem muitas coisas que eu nunca falei para ele. – O homem começou a soluçar. – Como, por exemplo, uma simples frase, Eu te Amo.

Katarina não sabia o que dizer, queria mudar de assunto rapidamente, mas nada lhe passava pela cabeça.

–E você Lady Katarina, como é a sua família?

A ruiva aliviou-se, o próprio homem mudou de assunto.

–Meu pai é um homem ocupado demais para me dar atenção, mas tenho uma irmã caçula e um irmão mais velho adotado, os dois me irritam bastante. – Katarina sorrriu levemente. – Mas são da família.

–Sabe Katarina, dê mais valor ao que você tem, antes que a vida force-a a dar valor ao que você tinha, mesmo seu pai sendo um homem ocupado, dê mais atenção a ele. – Reinton enxugou o rosto.

–É uma longa história, você, provavelmente não entenderia e certamente já está na hora de eu deitar-me, boa noite.

–Você é uma boa pessoa minha jovem, boa noite. – Reinton disse com um sorriso.

Katarina desceu na árvore, caminhou pelo acampamento, pensando nas palavras do general, “Ele não entenderia, meu pai é orgulhoso e importante demais para mostrar algum afeto por mim, talvez ele nem tenha.” Katarina avistou a cabana de Talon, colocou a cabeça para dentro da cabana, avistando os soldados dormir, mas o colchão de Talon estava vazio, o acampamento inteiro fazia uma sinfonia de animais noturnos e roncos baixos, era um som relaxante.

–Perdida? – Katarina virou-se para ver Talon, olhando-a com um sorriso irônico.

–Só vim ver o que você estava fazendo. – Katarina cruzou os braços.

– O corvo de Swain, estava me esperando a alguns momentos atrás, com uma mensagem, eu não a abri, pois estava com o seu nome nela. – Talon disse, entregando o papel.

Katarina,

“ Dárius me informou sobre o ocorri mento, eu espero que você tenha recuperado os restos de Sion ao menos. Você voltará ao acampamento, seu alvo agora não é mais o comandante Garen Crownguard, descobri que enviaram nesta missão um general muito mais experiente e forte, ele trará futuros problemas para nós, sua missão agora é eliminá-lo, seu nome é Reinton Coffisk, mate-o e traga o cadáver de Sion, mandarei uma foto de como é a aparência dele. Siga minhas ordens e volte em segurança.”

–Swain

Katarina suava frio, ”Não vou ter mais minha luta com Garen? E eu agora vou ter que matar Reinton?! Tsc, como o Swain é cruel... Ordens são ordens.” Talon a encarava, claramente aguardando uma resposta sobre o assunto na carta.

–E então? – Disse encarando-a.

–Temos outro alvo.

–E quem seria o “sortudo”?

–Reinton Coffisk. – Disse esboçando um sorriso cruel, por mais que Talon não admitisse, Katarina sabia que ele tinha pego uma certa afeição pelo general.

–Isso é sério?

–To com cara de quem ta brincando?! – Katarina ergueu uma sobrancelha. –Vamos logo Talon, é simples assim, Reinton confia no “Stuart”, você se aproxima e simplesmente esfaqueio na garganta e acabamos. Sem confusão ou tumulto, matamos e vamos embora, simples assim.

–Droga, acho justo ao menos dizer meu verdadeiro nome pra ele antes dele morrer.

–Você que sabe, só vê se não faz draminha.

–Cale a boca.

Talon e Katarina seguiram silenciosamente, ambos tinham seus pensamentos ocupados, Katarina se incomodava com o fato de matá-lo por mais que não admitissem tanto ela quanto Talon, mas ordens eram ordens tinham que cumpri-las de imediato.

Katarina avistou o local onde Reinton estava alguns estantes atrás com ela, apontando-o para Talon e colocando o dedo indicador nos lábios, fazendo um gesto de “silêncio”, aproximaram-se um pouco mais do local, tentando avistar a possível figura que lá estivesse.

–Porcaria pra onde ele foi? Ele estava alguns estantes atrás aqui comigo.

–Vamos procurar na cabana dele, provavelmente ele ficou com sono e resolveu deitar-se.

–Pode ser, não custa ir lá para checar. – Katarina disse, puxando Talon pelo pulso para segui-la.

Caminharam até a direção da tenda, ela era igual ao do comandante Garen, maior e mais detalhada que as demais, porém essa tinha uma pequena diferença, havia um símbolo charmoso e claramente de alta patente fixado no tecido exterior na cabana.

–Deve ser ali Talon, eu vou ficar do lado de fora, alguns metros atrás da cabana, leve ele na minha direção, invente qualquer motivo, ele confia em você, daí terminamos esse inferno e vamos para casa. – A assassina dizia, empurrando Talon na direção da cabana, que hesitara por um momento.

“Ele confia em você” Aquilo doía, Talon nunca hesitou em matar vítimas, não sentia nenhum desprezo matando-as, muito pelo contrário, sentia prazer vendo-as sofrer em suas mãos, mas pela primeira vez, algo impedia-o de fazer tal coisa, ele era a primeira pessoa que realmente quis conversar com ele, e se preocupava com seu ser, Talon não tinha família, não uma realmente verdadeira, a família Du Conteau eram aliados, mas para eles não passavam disso, exceto por Katarina, ele tinha uma afeição por ela que ele não conseguia descrever, nunca soube se era ‘amor’ pois já que não teve pai, mãe ou até mesmo um cachorro, não sabia o que eram na verdade esses tais sentimentos de afeto, então quem chegara mais perto de ser um ‘amigo’ era Reinton, sua vítima, enfim admitiu para si mesmo.

–Katarina, eu... eu não sei se poço fazer isso.

–Idiota para com isso, é só mais uma vítima! Ele gosta do Stuart não do Talon assassino de demacianos! Você não passa de uma farsa pra ele! Acorda imbecil! O que deu em você?! Ta parecendo um lixo fracote qualquer! Se você não vai fazer eu vou, seu incompetente! – Katarina disse, pegando uma das lâminas no cinto do assassino (pois estava desarmada graças a Akali) empurrou Talon para o lado e foi na direção da cabana. – Acho melhor a criancinha ficar do lado de fora se não quer ver “sanguinho” do seu amiguinho na minha roupa.

Katarina adentrou silenciosamente na tenda, deparando-se com Reinton sem blusa, seus músculos eram bem definidos, Reinton tinha cabelos grisalhos, e algumas cicatrizes de lâminas no rosto, aparentava ter 30 e poucos anos de idade, seu rosto era sério, mas sua personalidade não, ele era amigável e simpático, era totalmente diferente do que seu rosto aparentava ser.

–Senhorita Katarina, a que lhe devo a honra de entrar em meus aposentos? – Disse o homem, curvando-se.

–Senhor, eu gostaria muito de saber seu segundo nome, seria uma honra para mim. – Mentiu Katarina.

–Oh, tudo bem, se a senhorita insiste tanto em saber o nome de um simples general. Chamo-me Reinton Coffisk.

“É ele mesmo, não tem erro, sinto muito Talon...”.

–Entendo, é uma honra senhor Coffisk. – Disse aproximando-se lentamente do homem. –Sabe, eu recebi um convite muito interessante hoje um pouco mais cedo, sabe qual era?! – Parou de andar cara a cara com o homem, que não mudou a expressão, continuava tranqüilo e com um leve sorriso.

–Depende senhorita Katarina, pelo que eu sei, você teve duas missões hoje, seria a de matar Garen ou a de me matar?! Estou em dúvida agora...

Katarina arregalou os olhos, “Como ele sabe?! Como?!” Rapidamente puxou uma adaga do bolso, na tentativa de cortar sua garganta, mas antes mesmo que se percebe, já havia uma katana pressionada contra seu coração.

–M-mas como?! V-você nem estava armado!

–Você acha que eu ganhei essa patente na brincadeira?! Eu sou um general minha cara, Swain estava certo quando lhe disse para mudar seu alvo, Garen não chega nem perto de mim, eu só fui simpático com você para ter mais informações da tão falada “Lâmina Sinistra”, mas você é dura de roer, não cooperou com informações, então acho que vou ter que lhe prender e tirar informações na marra!

Katarina cerrou os dentes, qualquer movimento errado e era um coração cortado por uma katana mais afiada que uma navalha, “Droga, preciso ganhar tempo até pensar em um plano”.

–M-mas você... Como você apareceu com uma arma tão rápido?!

–Eu não lhe devo satisfações, você está muito encrencada minha jovem, um futuro de tortura lhe aguarda. – O homem pegou-a pelo pescoço, esboçando um sorriso cruel, ainda com a katana apontada em seu coração, o homem aproximou seu rosto do da jovem, que tentava tirar a mão grande do homem de seu pescoço.

Talon apareceu na abertura da cabana, com um olhar sério e intimidador.

–Stuart. – O homem afastou-se de Katarina, soltando-a no chão, fazendo-a cair sentada e tossir, alisando o pescoço vermelho. – E-eu, ham... leve essa garota para o interrogatório imediatamente meu rapaz.

“Stuart?! E-ele não sabe que o Talon é meu aliado?!” Katarina olhou-o com um olhar que somente Talon entendia o significado, ele acenou a cabeça para ela, andando em sua direção e pegando-a pelo braço.

–Senhor...

–O que foi meu rapaz? – Reinton abaixou a katana.

Dos braços de Talon, uma lâmina surgiu e penetrou rapidamente a garganta do homem, que gemeu e caiu no chão com as duas mãos na enorme ferida que jorrava sangue.

–Me chame de Talon.

–Des-desgraçad... – O homem lentamente fechou os olhos, mas o sangue continuava jorrando, encharcando o local com o líquido vermelho.

Katarina olhou para Talon, abraçando-o com força.

–Eu não acredito que você veio depois das coisas que eu falei pra você. – Ela disse apertando-o mais um pouco.

–Eu não a deixaria eu qualquer tipo de risco, eu sempre vou estar aqui pra você Katarina, e também percebi que suas palavras eram verdadeiras, eu não passo de uma farsa, eu... – Katarina apertou-o com mais força.

–Você não é uma farsa, obrigada por voltar Talon.

–C-certo. – O assassino corou.

Katarina afastou-se, desembainhando uma adaga.

–Temos que levar a cabeça desse idiota.


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Notas finais do capítulo

Isso ai gente, Boa Noite que agora tenho que estudar (ou ver anime u.u #prefiro a segunda opção e.e') Bjkas!! Pfv Comenteeem!!!!!! '-'

"Se todos soubessem o peso das palavras, as pessoas dariam mais valor para o silêncio." -Itachi Uchiha.

Bjs Bjs Bjs!! Comentem Plz!! xD