Tudo pelo Povo escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 12
E o tempo vai passando!


Notas iniciais do capítulo

Para começar, é bom saber que é preciso chantagiar para receber comentários! Fico triste assim :C
Depois, espero que gostem do capitulo e de como a historia esta a decorrer. Espero não estar a desiludir ninguém!
Beijinhos



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POV SCORPIUS

“ A Rose foi-se embora!”

Essas eram as palavras que rodeavam todos os meus pensamentos.

Como é que ela fora capaz de partir sem dizer nada? E pior, como é que Rose foi capaz de abandonar o seu povo e o meu, também?!

A imagem que eu tinha de Rose caiu por terra. Eu pensava que ela era tudo menos uma desistente! Eu pensava que ela faria de tudo pelo seu povo! Eu pensava que ela não me deixaria!

Era certo que eu não estava apaixonado por ela, mas quer dizer, nós íamos casar quando ela fizesse 18 anos! Um acordo feito quando ela nasceu… um acordo que ela quebrou!

Suspirei e sentei-me no sofá.

– E agora o que vamos fazer? – Perguntou o meu pai.

– Bem, não podemos fazer muito, pois não? – Retorquiu a minha mãe. – Se a Rose foi embora, eu acho que já não haverá casamento.

Fiz uma careta.

Eu não gostava da ideia de estar casado, mas também não gostava da ideia de ter sido rejeitado. Afinal, eu sou Scorpius Malfoy! Herdeiro do trono de Hogwarts!

– Parece-me óbvio – o meu pai disse sendo irónico. – Mas o que será que se passou? – Eu e a minha mãe olhamos para ele, confusos. – A Rose não desistiria de tudo sem ter um bom motivo!

Revirei os olhos, no entanto a minha mãe viu.

– Não sejas assim, Scorpius! – Repreendeu. – Tu sabes que a Rose não o faria!

Levantei-me e andei até á janela.

– Mas, pelos vistos, ela fez – disse, olhando para o jardim. Lexi e Luke riam enquanto andavam perto das roseiras. Ignorei. – E como ninguém sabe o motivo…

– Eu sei o motivo! – Hermione entrou na sala, seguida de Ronald.

– E qual seria esse motivo? – Perguntou Draco.

– Eu – admitiu o homem ruivo. – Eu fui o motivo dela partir!

Todos ficamos chocados com a admissão do rei Ronald, exceto a mulher.

– Você? – Questionou a minha mãe, sem acreditar. – Você fez a Rose ir-se embora? Porquê? Se não queria que os nossos filhos se casassem, era só dizer!

– Não é nada disso, Astónia – defendeu Hermione. – O Ronald – apontou para o marido, - simplesmente, não consegue aguentar que a filha não é igual a ele!

O ruivo baixou a cabeça por alguns segundos, envergonhado, depois voltou a levantá-la e olhou em frente. Fixou o olhar na parede atrás da minha mãe.

– Como assim? - Perguntei confuso.

– A Rose foi se embora porque o Ron disse lhe que ela não podia ser quem era - acusou Hermione, desgostosa.

O quê?

– Vocês? - Questionei. - Como é que se atreve?

– Scorpius! - Repreendeu a minha mãe.

– Não, mãe - interrompi-a. Virei-me para o ruivo. - Ela ira ser a minha mulher e, eu acho, que deveria ser eu a preocupar-me como ela se comporta não acha? Agora afastou-a para quê?

– Estás a faltar ao respeito - acusou o meu pai.

Sem desviar o olhar o meu futuro-ex-sogro.

– Eu tento respeitá-lo quando você merecer respeito!

Antes de sair da sala, pareceu-me ver um sorriso nos lábios de Hermione, mas de certeza que era produto da minha imaginação.

Ao atravessar o átrio de entrada, cruzei-me com Dominique, Rachel e Albus, apressados.

– Olá, Scorpius – cumprimentou o Potter.

– Príncipe, – cumprimentaram as mulheres.

– Bom dia – desejei. – O que se passa?

Olhei á volta, alguns criados, a quem não tinha reparado antes, andava de um lado para o outro a carregar malas e caixas.

– Os pais de Rose vão partir – respondeu Dominique.

Levantei uma sobrancelha.

– Vocês não vão? – Questionei curioso.

– Os teus pais deixaram-nos ficar por aqui – explicou Albus. – Incluindo, as damas de Rose.

– Isso foi simpático da parte deles – admiti.

*****

“Dia 1

Para começar, devo dizer que escrever num diário é totalmente o oposto de mim, mas a avó diz que o devia fazer.

Hoje comecei o meu treino. Tenho tão pouco tempo para aprender tudo o que preciso de saber! Supostamente, deveria ter começado a minha aprendizagem quando fiz 6 anos, mas é claro que não o fiz. Afinal, uma princesa não se mete com magia.

Se bem que não era exatamente magia o que eu iria fazer.

Talvez devesse explicar-me melhor, certo?

Há três semanas atrás, eu parti do castelo de Hogwarts e voltei para Beauxbatons. Claro que uma viagem de Londres até França, a pé, durou mais do que algumas horas. Cinco dias! Exatamente esse tempo de viagem!

Com o dinheiro que trouxe, consegui alojar-me numa pensão barata. Tentei passar o máximo despercebida. Eu não queria ser reconhecida pelo povo, que antes eu podia chamar meu. Então eu usava o meu cabelo prezo numa trança, e uma capa cinzenta que me deixava bastante parecida com os aldeões. No entanto, o meu plano foi por água a baixo quando me cruzei com uma das criadas do castelo.

Tive de fugir, e foi durante essa corrida que me cruzei com Jean Granger. Ou melhor, a minha avó materna, mantida em segredo todos estes anos.

Jean levou-me para sua casa e foi ai que conheci Philip Granger, meu avô.

Dois dias depois, eu percebi porque eles tinham sido mantidos em segredo. Acontece, que os meus avós eram bastante bons com poções, e por vezes, chamados de bruxos. E era isso que eles me queriam ensinar.

Então, ali estava eu. “

Dia 156

Cada vez é mais difícil. Não só aprender poções e todas as ervas da floresta, mas continuar a fugir dos guardas dos meus pais.

Nos últimos meses, tinha-me cruzado com vários guardas. No entanto, até agora, sempre consegui despistá-los.

Eu não iria voltar. Não depois da última conversa que tive com o meu pai.

Flashback

Ficamos alguns minutos em silêncio, enquanto eu o deixava decidir. Eu sabia que esta decisão poderia ser um pouco drástica, mas era o que eu queria. Mesmo que para isso eu tivesse de virar costas ao meu povo.

– Eu lembro-me do dia em que nasceste como se fosse ontem – disse e eu fiquei confusa. – Lembro-me do meu estado de nervos quando te peguei, com medo de te machucar, e lembro-me do meu pai me dizer que tu serias uma ótima rainha um dia – afirmou olhando-me nos olhos. – Tu foste crescendo e eras diferente de todas as meninas à tua volta. Elas brincavam com bonecas, tu jogavas á bola com os rapazes. Na altura, eu não achei que fosse algo com que me devesse preocupar. – Voltou a baixar a cabeça e olhar para os pés. – O mais irónico é que tu aprendias tudo sobre como ser uma princesa e eras realmente boa nas lições. Mas quando saias da sala, voltavas a ser a mesma Rose de sempre. Voltavas a ser a Rose que brincava com rapazes, que andava a cavalo, que sujava todos os vestidos com terra e folhas de arvores que subias…

– Onde é que o pai quer chegar com isso? – Interrompi-o.

Ele olhou para cima, em frente.

– Eu sei que tu és especial e que tudo o que fazes é com a melhor das intenções – admitiu. – Mas tens de te controlar mais. Não podes simplesmente fazer o que te apetece!

– É como eu sou – argumentei. – Eu sou impulsiva, irónica e até um pouco agressiva. – Olhei para ele e forcei-o a olhar nos meus olhos. – Agora, como vai ser? Aceita-me ou não?

Ele olhou para mim e eu vi algumas lágrimas ali, seguras.

– Eu quero, Rosie – garantiu ele. – Mas eu sou rei e tenho de pensar no meu povo. E eu não acho que tu possas ser uma boa rainha se continuares assim – afirmou ele, e eu soube exatamente quais seriam as palavras dele, a seguir. – Por isso, não. Eu não te aceito como és!

Segurei as lágrimas que queimaram nos meus olhos.

– Se essa é a tua decisão – levantei-me, - então adeus Ronald.

Virei-me e sai em direção ao meu quarto.

Flashback OFF

Ele não me tinha aceite. Ele não acreditava que eu podia ser uma boa rainha. O meu próprio pai não acreditava que eu poderia sacrificar-me pelo meu povo.

E isso eu nunca esqueceria.”

Dia 279

A avó diz que tem uma missão para mim. Ela quer que eu viagem sozinha. E pior! Ela quer que eu vá para Hogwarts. Mas eu não sei se conseguirei.

Dia 301

O avô ensinou-me uma poção que eu devia aplicar nos meus cabelos para os fazer mudar de cor. Então, ali estava eu, ás portas de Hogwarts, e morena.

Dá para acreditar? Eu? Morena?

Eu sei, bastante estranho. Sinto-me estranha! Como se falta-se uma parte de mim! Mas por outro lado, sendo morena eu estava mais parecida com a minha mãe. O que significava que a única coisa que eu tinha igual ao meu pai eram os olhos.

Eu tinha perdido o ruivo característico dos Weasley. Sim, eu podia agora dizer que não era uma Weasley!

O meu nome?

Rose Jean Granger!

*****

POV ASTORIA - Atualmente

A mesa encontrava-se silenciosa. Draco, a meu lado, sorria-me. No entanto, Scorpius mantinha-se calado, como era costume desde que Rose fora embora. Luke havia desistido de tentar animar o amigo ás refeições e até mesmo Lexi, Rachel e Domi, que haviam ficam a morar connosco, se mantinham caladas.

– Senhora – chamou, timidamente, uma criada. Olhei para ela. Era Alice. Sorri. – Chegou esta carta para a senhora.

Peguei na carta que ela me entregou e abria.

Senti os olhos de todos em mim.

“Astória,´

Sei que já não falamos há algum tempo, mas espero que não te tenhas esquecido de nós, nem de tudo o que te ensinamos. No entanto, não é sobre isso que te envio esta carta!

O assunto principal é Rose Weasley, ou Granger como ela se autonomina. Rose foi enviada para Hogwarts. Por favor, toma conta da minha neta, tal como eu tomei da tua irmã.

Com todo o respeito,

Jean Granger”


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Notas finais do capítulo

E então? Que tal?
Bem, como eu tenho 71 pessoas a acompanhar a fic, eu vou esperar pelo menos 5 comentários!
Quero as vossas opiniões!
Estou a desiludir ou não?
Estavam á espera disto ou não?
O que acham que vai acontecer?



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