Tudo pelo Povo escrita por Raquel Ferreira
Notas iniciais do capítulo
Tenho mais uma prova de que sou bipolar. Quer dizer, eu meto a historia em pausa mas logo a seguir vou escrever um capitulo??? Bipolaridade ao Maximo!!!
De qualquer das maneiras, não sei quando irei escrever o outro.. estou em epoca de exames por isso o tempo esta escasso.
Espero que gostem da leitura.
Pov Rose Granger
– Por favor avó – implorei. – Eu preciso de mais pistas.
A sua imagem reflectida na taça de água, pela qual eu me comunicava com ela, sorriu-me.
– Tens de descobrir por ti própria, querida – disse ela.
– Já estou em Hogwarts há um mês e até agora não aconteceu nada de especial – informei. – A não ser ver todos os meus amigos á distância e não poder falar com eles. – Bati com as mãos na mesa e a água estremeceu.
A imagem ficou um pouco tremida mas depressa voltou ao normal.
– Rose, procura o problema e resolve-o – ordenou a avó. A sua imagem desapareceu e eu bufei.
Já era irritante falarmos por via mágica, usando a água como meio de comunicação, e agora ainda me deixava a falar sozinha.
Fui enviada para Hogwarts com uma missão: encontrar uma planta. Quando cheguei disseram-me que era mentira. Eu estava ali para ajudar no problema que se avizinhava. Mas qual? Ninguém me dizia.
Levantei-me e dirigi-me para a praça. O meu cabelo castanho e a minha capa permitiam-me não ser reconhecida. Todos estavam muito animados hoje e eu não sabia o motivo.
Uma jovem passou apressada por mim e dirigiu-me para um aglomerado de pessoas. Segui-a.
– Desculpe – chamei a atenção de uma mulher mais velha que estava ali. – Mas o que se passa?
A senhora olhou para mim e sorriu.
– Não sabe jovem? – Neguei. – O Rei e a Rainha decidiram fazer um baile para todo o povo.
– Um baile para o povo? – Sorri. Afinal, Antónia tinha mesmo gostado da ideia.
– Sim – confirmou a mulher idosa. – Ali estão os vestidos que nos foram oferecidos.
– Obrigada – agradeci e afastei-me dela.
Uma rajada de vento soprou e trouxe, com ela, um papel até aos meus pés. Apanhei-o e li. Era o enunciado do baile.
“Porque todas as flores merecem ser Rosas um dia!” Era a frase de propaganda.
Rosas? Sorri. Se isto não era um sinal eu não sei o que seria. Decidida, aproximei-me dos vestidos, e escolhi um mais simples, não queria chamar muito a atenção.
***
Era de noite. Hora do baile! E eu estava no inicio da escadaria que dava até á entrada do castelo. Ali dentro estariam várias pessoas que me conheciam e eu não podia ser reconhecida, então eu teria de ser exatamente o que eu não era. Confuso? Era como me sentia!
Subi as escadas e entrei no salão de bailes. A sala enorme, que eu estava acostumada a ver, devido ao meu tempo de estadia naquele castelo, agora estava enfeitada. Decorada para a festa.
Dirigi-me a um canto afastado, de onde conseguia ver toda a sala e retirei a minha capa preta, poisando-a numa das cadeiras.
Vi Scorp e Luke junto a Al. Os três conversavam bastante animados e pararam quando quatro raparigas entraram. Alexia, Rachel, Dominique e Roxy. Elas juntaram-se á conversa, enquanto eu os observava. Sentia tantas saudades deles! Ansiava por caminhar na sua direção e abraçá-los, incluindo o Malfoy. Mas não podia.
Depois de alguns minutos Scorpius desapareceu e só voltou a aparecer junto dos seus pais, quando estes fizeram a entrada real. Continuavam com as mesmas regras e eu continuava a não as entender. Sério! Se ele já estava na sala porque tinha de ser anunciado outra vez?
– Suas Majestades, o Rei Draco e a Rainha Astória – anunciou um homem em alta voz, enquanto os reis sorridentes acenavam aos seus convidados. – O Príncipe Scorpius Malfoy.
Scorpius entrou com um sorriso na cara e, tal como os pais, cumprimentou os convidados chegando mesmo a parar e conversar com alguns. Lembrei-me de quando eu entrei a seu lado e ele me apresentou a todos os nobres na sala. Agora, eram plebeus com quem Scorp falava, e eu não via qualquer diferença na sua expressão. Sorri.
Olhei á minha volta.
Todos os convidados estavam animados, para muitos era a primeira vez que entravam no castelo, ainda mais vestidos para um baile.
– Senhores e senhoras – Draco chamou a atenção de todos. – Agradeço a vossa vinda ao nosso Primeiro Baile das Rosas. – Agradeceu e eu estranhei o nome. – Para quem não sabe, a ideia de fazer um baile para que todos pudessem aproveitá-lo foi-nos apresentada á um ano pela princesa Rose – informou o rei e todos se mantinham calados a ouvi-lo. – Infelizmente, a princesa não está entre nós para o ver ser concretizado, no entanto nomeamos o baile em seu nome. Espero que se divirtam e tenham uma óptima noite. Obrigado!
Todos aplaudiram no final e as danças começaram.
Algo me dizia que eu devia estar naquele baile, mas para quê eu não sabia. Comecei a andar pelo Salão, sem destino.
– Está tudo pronto? – Ouvi uma voz grave atrás de mim. Discretamente, olhei para o dono da voz. Era um homem barbudo e com ar agressivo. – Não pode haver falhas.
– Não vai haver – informou outra voz. – Quando for meia-noite, o castelo será invadido como planeamos.
Os dois homens dispersaram-se e eu congelei no meu lugar. O castelo? Invadido? Por quem?
Eu tinha de avisar alguém!
Olhei á minha volta. Draco? Não, ele estava ocupado numa conversa com 2 homens.
Os meus amigos estavam todos em grupo e as hipóteses de um deles me reconhecer eram enormes.
Vi Scorpius retomar da sua volta pelo Salão. Ele tinha estado até agora a falar com os convidados. Sem pensar duas vezes fui até ele, intersectando-o no caminho.
– Majestade – fiz uma semi vénia. – Dar-me-ia a honra desta dança?
Scorpius olhou para mim, sem nenhum sinal de me reconhecer e eu agradeci por isso. Ele sorriu.
– O prazer será meu – disse oferecendo-me a mão, que eu aceitei, e levando-me para a pista.
Suspirei. Por favor, Rose, não sejas sarcástica. Comporta-te como uma plebeia.
A musica começou e também a nossa dança.
– Sinto que estou em desvantagem – disse Scorp. – A senhorita sabe o meu nome, mas eu não sei o seu – disse sendo educado.
E agora? Não lhe podia dizer a verdade.
– Pode chamar-me Joanne, senhor – menti.
Ele riu.
– Então, trate-me pelo nome, por favor – pediu.
– Com gosto – sorri. Pelo menos, não tinha de o chamar príncipe e senhor.
As nossas mãos estavam a centímetros uma da outra, mas às vezes sentia a sua pele em contacto com a minha e isso provocava-me um choque. Ignorei esse facto.
– Dança muito bem para alguém que não teve aulas – insinuou Scorpius.
– Quando eu era mais pequena, costumava dançar com o meu pai pela sala – disse. Não era mentira.
– Tenho de agradecer ao seu pai então – brincou.
Scorpius não disse mais nada durante a dança, apenas me olhava avaliativo, correspondi o olhar. Como lhe iria dizer o que precisava. Ele iria achar que eu estava do lado dos invasores por saber.
Ouvi os últimos acordes da música. Suspirei e aproximei-me do príncipe, de modo a que a minha boca ficasse perto da sua orelha, tive de me colocar em bicos de pés para o conseguir.
– O castelo será invadido quando as doze baladas soarem – sussurrei e senti-o enrijecer. – Prepare os guardas.
E antes que ele pudesse dizer algo, virei-me e afastei-me dele. Ouvi-o chamar o meu nome, mas não me virei.
Passei por Albus e Luke que me sorriam, sem me reconhecer. Homens! Provavelmente pensavam que eu era mais uma das conquistas do príncipe. Procurei a minha capa e vesti-a.
Sem ninguém me ver, subi para o primeiro andar do castelo, pelas escadas secundárias, e escondi-me trás das cortinas, á espera.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Comentários? Recomendações?