Tudo pelo Povo escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 13
O Baile das Rosas - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Tenho mais uma prova de que sou bipolar. Quer dizer, eu meto a historia em pausa mas logo a seguir vou escrever um capitulo??? Bipolaridade ao Maximo!!!
De qualquer das maneiras, não sei quando irei escrever o outro.. estou em epoca de exames por isso o tempo esta escasso.
Espero que gostem da leitura.



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Pov Rose Granger

– Por favor avó – implorei. – Eu preciso de mais pistas.

A sua imagem reflectida na taça de água, pela qual eu me comunicava com ela, sorriu-me.

– Tens de descobrir por ti própria, querida – disse ela.

– Já estou em Hogwarts há um mês e até agora não aconteceu nada de especial – informei. – A não ser ver todos os meus amigos á distância e não poder falar com eles. – Bati com as mãos na mesa e a água estremeceu.

A imagem ficou um pouco tremida mas depressa voltou ao normal.

– Rose, procura o problema e resolve-o – ordenou a avó. A sua imagem desapareceu e eu bufei.

Já era irritante falarmos por via mágica, usando a água como meio de comunicação, e agora ainda me deixava a falar sozinha.

Fui enviada para Hogwarts com uma missão: encontrar uma planta. Quando cheguei disseram-me que era mentira. Eu estava ali para ajudar no problema que se avizinhava. Mas qual? Ninguém me dizia.

Levantei-me e dirigi-me para a praça. O meu cabelo castanho e a minha capa permitiam-me não ser reconhecida. Todos estavam muito animados hoje e eu não sabia o motivo.

Uma jovem passou apressada por mim e dirigiu-me para um aglomerado de pessoas. Segui-a.

– Desculpe – chamei a atenção de uma mulher mais velha que estava ali. – Mas o que se passa?

A senhora olhou para mim e sorriu.

– Não sabe jovem? – Neguei. – O Rei e a Rainha decidiram fazer um baile para todo o povo.

– Um baile para o povo? – Sorri. Afinal, Antónia tinha mesmo gostado da ideia.

– Sim – confirmou a mulher idosa. – Ali estão os vestidos que nos foram oferecidos.

– Obrigada – agradeci e afastei-me dela.

Uma rajada de vento soprou e trouxe, com ela, um papel até aos meus pés. Apanhei-o e li. Era o enunciado do baile.

“Porque todas as flores merecem ser Rosas um dia!” Era a frase de propaganda.

Rosas? Sorri. Se isto não era um sinal eu não sei o que seria. Decidida, aproximei-me dos vestidos, e escolhi um mais simples, não queria chamar muito a atenção.

***

Era de noite. Hora do baile! E eu estava no inicio da escadaria que dava até á entrada do castelo. Ali dentro estariam várias pessoas que me conheciam e eu não podia ser reconhecida, então eu teria de ser exatamente o que eu não era. Confuso? Era como me sentia!

Subi as escadas e entrei no salão de bailes. A sala enorme, que eu estava acostumada a ver, devido ao meu tempo de estadia naquele castelo, agora estava enfeitada. Decorada para a festa.

Dirigi-me a um canto afastado, de onde conseguia ver toda a sala e retirei a minha capa preta, poisando-a numa das cadeiras.

Vi Scorp e Luke junto a Al. Os três conversavam bastante animados e pararam quando quatro raparigas entraram. Alexia, Rachel, Dominique e Roxy. Elas juntaram-se á conversa, enquanto eu os observava. Sentia tantas saudades deles! Ansiava por caminhar na sua direção e abraçá-los, incluindo o Malfoy. Mas não podia.

Depois de alguns minutos Scorpius desapareceu e só voltou a aparecer junto dos seus pais, quando estes fizeram a entrada real. Continuavam com as mesmas regras e eu continuava a não as entender. Sério! Se ele já estava na sala porque tinha de ser anunciado outra vez?

– Suas Majestades, o Rei Draco e a Rainha Astória – anunciou um homem em alta voz, enquanto os reis sorridentes acenavam aos seus convidados. – O Príncipe Scorpius Malfoy.

Scorpius entrou com um sorriso na cara e, tal como os pais, cumprimentou os convidados chegando mesmo a parar e conversar com alguns. Lembrei-me de quando eu entrei a seu lado e ele me apresentou a todos os nobres na sala. Agora, eram plebeus com quem Scorp falava, e eu não via qualquer diferença na sua expressão. Sorri.

Olhei á minha volta.

Todos os convidados estavam animados, para muitos era a primeira vez que entravam no castelo, ainda mais vestidos para um baile.

– Senhores e senhoras – Draco chamou a atenção de todos. – Agradeço a vossa vinda ao nosso Primeiro Baile das Rosas. – Agradeceu e eu estranhei o nome. – Para quem não sabe, a ideia de fazer um baile para que todos pudessem aproveitá-lo foi-nos apresentada á um ano pela princesa Rose – informou o rei e todos se mantinham calados a ouvi-lo. – Infelizmente, a princesa não está entre nós para o ver ser concretizado, no entanto nomeamos o baile em seu nome. Espero que se divirtam e tenham uma óptima noite. Obrigado!

Todos aplaudiram no final e as danças começaram.

Algo me dizia que eu devia estar naquele baile, mas para quê eu não sabia. Comecei a andar pelo Salão, sem destino.

– Está tudo pronto? – Ouvi uma voz grave atrás de mim. Discretamente, olhei para o dono da voz. Era um homem barbudo e com ar agressivo. – Não pode haver falhas.

– Não vai haver – informou outra voz. – Quando for meia-noite, o castelo será invadido como planeamos.

Os dois homens dispersaram-se e eu congelei no meu lugar. O castelo? Invadido? Por quem?

Eu tinha de avisar alguém!

Olhei á minha volta. Draco? Não, ele estava ocupado numa conversa com 2 homens.

Os meus amigos estavam todos em grupo e as hipóteses de um deles me reconhecer eram enormes.

Vi Scorpius retomar da sua volta pelo Salão. Ele tinha estado até agora a falar com os convidados. Sem pensar duas vezes fui até ele, intersectando-o no caminho.

– Majestade – fiz uma semi vénia. – Dar-me-ia a honra desta dança?

Scorpius olhou para mim, sem nenhum sinal de me reconhecer e eu agradeci por isso. Ele sorriu.

– O prazer será meu – disse oferecendo-me a mão, que eu aceitei, e levando-me para a pista.

Suspirei. Por favor, Rose, não sejas sarcástica. Comporta-te como uma plebeia.

A musica começou e também a nossa dança.

– Sinto que estou em desvantagem – disse Scorp. – A senhorita sabe o meu nome, mas eu não sei o seu – disse sendo educado.

E agora? Não lhe podia dizer a verdade.

– Pode chamar-me Joanne, senhor – menti.

Ele riu.

– Então, trate-me pelo nome, por favor – pediu.

– Com gosto – sorri. Pelo menos, não tinha de o chamar príncipe e senhor.

As nossas mãos estavam a centímetros uma da outra, mas às vezes sentia a sua pele em contacto com a minha e isso provocava-me um choque. Ignorei esse facto.

– Dança muito bem para alguém que não teve aulas – insinuou Scorpius.

– Quando eu era mais pequena, costumava dançar com o meu pai pela sala – disse. Não era mentira.

– Tenho de agradecer ao seu pai então – brincou.

Scorpius não disse mais nada durante a dança, apenas me olhava avaliativo, correspondi o olhar. Como lhe iria dizer o que precisava. Ele iria achar que eu estava do lado dos invasores por saber.

Ouvi os últimos acordes da música. Suspirei e aproximei-me do príncipe, de modo a que a minha boca ficasse perto da sua orelha, tive de me colocar em bicos de pés para o conseguir.

– O castelo será invadido quando as doze baladas soarem – sussurrei e senti-o enrijecer. – Prepare os guardas.

E antes que ele pudesse dizer algo, virei-me e afastei-me dele. Ouvi-o chamar o meu nome, mas não me virei.

Passei por Albus e Luke que me sorriam, sem me reconhecer. Homens! Provavelmente pensavam que eu era mais uma das conquistas do príncipe. Procurei a minha capa e vesti-a.

Sem ninguém me ver, subi para o primeiro andar do castelo, pelas escadas secundárias, e escondi-me trás das cortinas, á espera.


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Notas finais do capítulo

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