Tudo pelo Povo escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 10
Aceita ou não?


Notas iniciais do capítulo

Olá, desculpem pela demora, mas com a falta de cometários eu fico com falta de vontade de escrever :c
Espero que gostem do cap e que comentem :)



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POV SCORPIUS

– Então… eu acho que vais ficar viúvo antes de te casares – disse Luke. Olhei pra ele. – Hey, calma, estou só a brincar – defendeu-se ele.

Continuei a andar de um lado para o outro na sala.

– Se me permite a ousadia, senhor, eu acho que o senhor Zabine tem razão – afirmou Alexia, que se encontrava junto de Albus, Rachel, Dominique e Roxanne. Luke e eu olhamos para ela. – Quer dizer, eu nunca tinha visto o rei deste modo.

–O tio Ron não lhe vai fazer nada! – Garantiu Al.

Nesse exato momento, chegou-nos o som da voz de Ronald.

– TU ÉS UMA PRINCESA – gritou ele. - E ESTAS ATITUDES NÃO SÃO DE UMA PRINCESA, ALIAS NÃO SÃO DE UMA MULHER!

Levantei uma sobrancelha para o Potter.

– Continuas a achar isso? – Perguntei irónico.

Estávamos os sete na sala ao lado. As mulheres estavam á espera de Rose, enquanto eu estava ali apenas porque, segundo o meu pai, deveria dar apoio á minha futura mulher. Revirei os olhos mentalmente. Mulher?! Eu não me queria casar!

– Sim – disse Albus. – Eu só me vou preocupar quando a Rose abrir a boca.

Vi Dominique e Roxanne sorrirem em concordância.

– E O TORNEIO? TAMBÉM ESTAVAS A DEFENDER A HONRA DE ALGUMA DONZELA? – Perguntou irónico. – E EM DURMSTRANG? OU EM BEAUXBATONS?

Lexi levantou-se do sofá. Olhamos para ela.

– Bolas, estou farta disto – afirmou com raiva. – Só me apetece ir lá dentro e…

– E o quê? Ele é rei, lembraste? – Cortou Dominique. – Além disso, a princesa não iria querer isso.

– Acredita em mim, a Rose está tão farta disto tudo como eu – disse Lexi.

– Alexia! – Repreendeu Domi. – Não a podes chamar assim!

– Não? Ela é minha melhor amiga e deu-me permissão para o fazer – argumentou. – Além disso, o príncipe e o Senhor Zabine – apontou para nós os dois, - terão de se habituar á familiaridade que existe entre nós – conclui. – Para além de que Rose odeia essas formalidades!

– Sim, mas… - Dominique foi interrompida quando a voz de Ronald nos chegou de novo.

 - EU ATUREI ESSES TEUS COMPORTAMENTOS DURANTE 17 ANOS, ROSE! MAS ACABOU! A PARTIR DE HOJE VAIS TE COMPORTAR COMOUMA PRINCESA, SENÃO…

– SENÃO O QUE? – Gritou Rose.

– Oh, bolas – disse Al. – Agora é que está tudo estragado.

Fiquei confuso, até ouvir as palavras de Rose.

– DESERDAS-ME? TIRAS-ME DA LINHAGEM AO TRONO? OTIMO! –Gritou. – EU NUNCA QUIS SER PRINCESA DE QUALQUER DAS MANEIRAS! NUNCA QUIS SER DA REALEZA E TER TODO ESTE DINHEIRO! EU PREFERIA SER POBRE DO QUE ATURAR TODAS ESTAS REGRAS. MELHOR, EU PREFERIA SER POBRE DO QUE TE ATURAR!

Arregalei os olhos. Ela não tinha dito aquilo!

Todos ficamos em silêncio tentando ouvir mais, mas não conseguimos. Passados alguns minutos, Ronald saiu da sala, vermelho. Ele saiu em direção aos jardins sem olhar na nossa direção.

– Eu acho que ela foi longe demais desta vez – afirmou Roxy.

– Eu discordo – contrariou Lexi. – Ela já o devia ter dito á mais tempo!

Fiquei calado. Realmente não sabia o que pensar da situação. Eu tinha sido ensinado a respeitar as regras e Rose fazia exatamente o oposto do que era suposto.

Olhei para Luke, mas este estava demasiado focado em Lexi. Levantei uma sobrancelha.

Sério, Luke? A Alexia Delacour?

POV ROSE

Depois da nossa conversa, a minha mãe deixou-me sozinha na sala. Aposto que foi procurar o meu pai, no entanto isso realmente não me interessava.

O jantar nessa noite foi tenso, mesmo com todas as tentativas de Luke e Al, assim como Draco e Astónia, para que o ambiente se alivia-se. Foram em vão. A tensão sentida entre mim e o meu pai, tornou o jantar algo triste e sombrio.

Á noite, deitei-me tarde devido ao excesso de pensamentos. Eu precisava tomar uma decisão. E embora fosse contra tudo o que eu tinha aprendido, eu tomei-a.

Eram 15horas. O meu pai encontrava-se no jardim. Era algo que ele sempre fazia quando estava chateado, vir para o jaridm mais perto. Aproximei-me dele, silenciosamente.

– Posso falar consigo? – Perguntei calmamente.

Ele olhou para mim e suspirou.

– O que queres? – Suspirou.

– Eu vim-lhe informar da minha decisão – afirmei.

– Que decisão foi essa?

Suspirei e sentei-me no banco de pedra.

– Eu sei que não sou a filha que o pai deseja – comecei e ele sentou-se ao meu lado. – Eu sei que faço tudo fora das regras e que o pai gostaria que eu me comporta-se mais como uma senhora e menos como um rapaz – admiti. – Sei que o pai gostaria que eu fosse educada e que me preocupasse com roupas e festas, tal como todas as outras raparigas da minha idade.

– Rose…

– Espere – pedi. – Deixe-me terminar – ele assentiu. – Eu sei que estou a desiludi-lo por ser quem sou. Por gostar de lutar, caçar e até andar de cavalo. Eu disso tudo – disse. – Mas também sei que um dia serei rainha e que a minha vida será inteiramente dedicada ao meu povo. E eu espero que saiba que por mais mal educada que o pai me ache, eu nunca faria nada que fosse negativo para o meu povo – informei. – Então, eu hoje vim aqui dizer-lhe que não tenterei ser mais a sua filha perfeita. Eu sou como sou, e o pai ou aceita ou não aceita.

– O que queres dizer com isso? – Perguntou.

Olhei á minha volta e vi um vulgo loiro numa das janelas do castelo. Scorpius.

Voltei a minha atenção para o ruivo á minha frente.

– Eu estou lhe a dizer que ou o pai aceita-me como sou e pára de me criticar – disse. – Ou o pai não aceita, e eu deixo de fazer parte desta família!

Vi-o ficar surpreso, mas logo se recompor.

– Estás a dizer que se eu não aceitar, tu deixas a tua posição de princesa, e futuramente rainha? – Procurou confirmar.

– Sim – confirmei. – Se o pai não aceitar a minha maneira de ser, eu recuso o meu título e até ao anoitecer sairei da sua vida.

– E vais para onde?

Encolhi os ombros, algo nada educado para uma princesa.

– Isso realmente não importa – disse. – Irei para um sitio longe o suficiente daqui. Um sitio onde eu possa fazer as minhas próprias regras!

Ele olhou para baixo e suspirou.

Ficamos alguns minutos em silêncio, enquanto eu o deixava decidir. Eu sabia que esta decisão poderia ser um pouco drástica, mas era o que eu queria. Mesmo que para isso eu tivesse de virar costas ao meu povo.

– Eu lembro-me do dia em que nasceste como se fosse ontem – disse e eu fiquei confusa. – Lembro-me do meu estado de nervos quando te peguei, com medo de te machucar, e lembro-me do meu pai me dizer que tu serias uma ótima rainha um dia – afirmou olhando-me nos olhos. – Tu foste crescendo e eras diferente de todas as meninas à tua volta. Elas brincavam com bonecas, tu jogavas á bola com os rapazes. Na altura, eu não achei que fosse algo com que me devesse preocupar. – Voltou a baixar a cabeça e olhar para os pés. – O mais irónico é que tu aprendias tudo sobre como ser uma princesa e eras realmente boa nas lições. Mas quando saias da sala, voltavas a ser a mesma Rose de sempre. Voltavas a ser a Rose que brincava com rapazes, que andava a cavalo, que sujava todos os vestidos com terra e folhas de arvores que subias…

– Onde é que o pai quer chegar com isso? – interrompi-o.

Ele olhou para cima, em frente.

– Eu sei que tu és especial e que tudo o que fazes é com a melhor das intenções – admitiu. – Mas tens de te controlar mais. Não podes simplesmente fazer o que te apetece!

– É como eu sou – argumentei. – Eu sou impulsiva, irónica e até um pouco agressiva. – Olhei para ele e forcei-o a olhar nos meus olhos. – Agora, como vai ser? Aceita-me ou não?


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Notas finais do capítulo

E entao?



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