Tudo pelo Povo escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 9
Talvez ela tenha razão!


Notas iniciais do capítulo

E que tal um novo capitulo?? O que me dizem?
Não sei o que me deu hoje, comecei a escrever e não parei. Quando me apercebi já tinha 1,500 palavras.
Então aqui esta!
Beijinhos



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POV ROSE

– Rose Weasley, tu nunca me envergonhaste tanto como o estás a fazer ultimamente! – Gritou ele. Eu mantive-me calada, sentada no sofá. – Uma luta? Na cidade? Com um homem?! Tu és uma princesa! PRINCESA!

– Ronald… - começou a morena.

–Ela tem de ouvir isto, Hermione – disse o ruivo, vermelho de raiva. Depois olhou para mim. – Desta vez foste longe demais, Rose!

Eu continuava calada, ciente de que o meu pai estava vermelho de raiva, a minha mãe estava em pé ao seu lado tentando acalmá-lo. Estávamos sozinhos na sala. Os meus pais haviam pedido a Draco e Astónia um momento de privacidade comigo. Então ali estava eu, a ouvir outro sermão pelos meus atos.

Mas talvez devesse explicar como chegamos aqui….

Flashback On

Alice abraçou-me a tremer. Eu retribui o abraço com todo o amor e carinho que podia dar.

– Vem – disse quando nos soltamos. – Vem comigo para o castelo. – Ela olhou para mim com medo e confusa. – Tu precisas de te acalmar e, alem disso, precisas de explicar ao rei o que se passou aqui para que aquele homem pague pelo que tentou fazer.

Vi novas lágrimas começarem-se a formar nos seus olhos castanhos quando ela assentiu.

– Princesa? – Alguém me chamou.

Virei-me em direção á voz e vi um dos guardas do castelo. Como é que tinha chegado tão depressa?! Depois lembrei-me que Luke e Scorpius estavam na cidade, provavelmente, tinham vido com um ou dois guardas.

– Sim? – Perguntei educada, com o meu braço em volta de Alice ajudando-a a andar.

– O príncipe Scorpius está á sua espera – informou e com uma vénia retirou-se da minha vista. – Com licença.

Dirigi-me, junto com Alice, até aos meus amigos. Lexi e Al olhavam-me um pouco divertidos, mas preocupados com a rapariga ao meu lado, enquanto Scorpius e Luke se mantinham neutros.

– O que aconteceu, Rose? – Questionou Scorpius.

Olhei para Alice que ainda tremia.

– Lexi, poderias ajudá-la, por favor? – Lexi assentiu e aproximou-se.

– O meu nome é Alexia – cumprimentou. – Vamos, querida. Não tenhas medo – disse enquanto levava a morena para longe de mim.

Assim que Lexi e Alice estavam longe o suficiente para não ouvirem as minhas palavras, virei-me para os três homens que me olhavam curiosos.

– Aquele homem estava a tentar violá-la – informei. Os três arregalaram uma sobrancelha, ao mesmo tempo. Se o contexto não fosse trágico, teria sido uma imagem cómica. – E como é óbvio, eu não o iria permitir.

– Rose Weasley, a defensora das mulheres. – Luke tentou brincar um pouco com a situação para aliviar o clima.

– Não é ser defensora, Luke – contrapus. – Eu não tenho problemas nenhuns em quem faz sexo fora do casamento, mas pelo menos façam-no consentido. E, claramente, o que aquele homem estava a fazer não era bem-vindo da parte dela.

Ficamos em silêncio, até Scorpius o quebrar.

– Vamos para o castelo – disse. – Resolvemos as coisas lá.

Os quatro dirigimo-nos para a carruagem que nos levaria de volta ao castelo. Scorp e Luke entraram e eu ouvi a voz de Lexi lá dentro. No entanto, quando me preparava para entrar Albus prendeu-me o braço. Olhei para ele, confusa.

Não era hábito ele fazer aquilo.

– Rosalie – começou e eu fiquei preocupada. Al só me chamava assim quando alguma coisa estava mal. – Os teus pais chegam amanha á noite – informou.

Arfei com o choque.

Os meus pais? Aqui em Hogwarts?! Depois do espetáculo de hoje?

Suspirei. Ter-me-ia de preparar para o sermão que iria ouvir.

– Obrigada por me avisares Al – agradeci e entrei na carruagem como se não se passasse.

Domi, Roxy e Lexi cuidaram de Alice, quando chegamos ao castelo, enquanto eu e os rapazes explicávamos a Draco o que se tinha passado. Quer dizer, eu explicava.

Mais tarde, o rei pediu para que Alice confirma-se a história e, quando tal aconteceu declarou o homem, que se chamava Marcus Flicth, culpado de tentativa de violação. Astónia, ofereceu um trabalho a Alice nas cozinhas do castelo, e esta aceitou, pelo que agora havia mais uma ajudante no castelo.

Depois de tudo resolvido, eu comecei a ficar nervosa. Claro que isso nãos e via no exterior, mas por dentro eu estava a explodir. O meu pai ia matar-me.

Já sabia o que aconteceria. Ele começaria a gritar comigo antes de me ouvir.

Passei essa noite, e a manha do dia seguinte, a tentar acalmar-me. Mas foi, depois do almoço, quando eles chegaram que eu percebi que não havia nada a fazer e como tal não valia a pena estar nervosa.

Flashback OFF

E ali estava eu, agora. Sentada num dos sofás da sala de música do castelo de Hogwarts. A ouvir um sermão do meu pai.

– E como se não fosse suficientemente mau, teres armado este espetáculo na cidade – continuou ele. – Logo no primeiro dia, fizeste aquele escândalo. Desapareceres de manha, e participares num torneio masculino?! – Gritou. – ONDE FOI QUE EU ERREI CONTIGO?

– Ronald … - tentou a minha mãe outra vez.

– TU ÉS UMA PRINCESA – continuou como se não tivesse sido interrompido. – E ESTAS ATITUDES NÃO SÃO DE UMA PRINCESA, ALIAS NÃO SÃO DE UMA MULHER!

Comecei a irritar-me. Tudo bem, eu percebia que algumas das coisas que eu fazia eram mal vistas na sociedade, para ser sincera quase todas as coisas que eu fazia eram mal vistas, mas o meu pai também não precisava de falar assim comigo, principalmente porque eu tinha feito o que fiz ontem para defender uma mulher, coisa que eu sei que ele fazia se estivesse no meu lugar.

– Eu só a estar a proteger – defendi-me, falando pela primeira vez desde que me sentei. – Ela iria ser violada. Tu terias feito o mesmo!

– E O TORNEIO? TAMBÉM ESTAVAS A DEFENDER A HONRA DE ALGUMA DONZELA? – Perguntou irónico. – E EM DURMSTRANG? OU EM BEAUXBATONS? – Questionou com raiva. O meu pai estava vermelho. – EU ATUREI ESSES TEUS COMPORTAMENTOS DURANTE 17 ANOS, ROSE! MAS ACABOU! A PARTIR DE HOJE VAIS TE COMPORTAR COMO UMA PRINCESA, SENÃO…

– SENÃO O QUE? – Levantei-me do sofá e fiquei frente a frente com ele. Era a primeira vez que eu o desafiava desta maneira, mas tal como ele disse já se tinham passado 17 anos, e ele continuava a não me entender. Eu não aguentava mais ser criticada pela minha própria família! – DESERDAS-ME? TIRAS-ME DA LINHAGEM AO TRONO? OTIMO! –Gritei. – EU NUNCA QUIS SER PRINCESA DE QUALQUER DAS MANEIRAS! NUNCA QUIS SER DA REALEZA E TER TODO ESTE DINHEIRO! EU PREFERIA SER POBRE DO QUE ATURAR TODAS ESTAS REGRAS. MELHOR, EU PREFERIA SER POBRE DO QUE TE ATURAR!

– Rose! – A minha mãe ficou chocada com as minhas palavras. Ela olhava-me com os olhos arregalados, e depois olhava para o meu pai, e de novo para mim.

– Desculpa, mãe, mas é verdade – disse-lhe mais calma. Ter dito o que guardava cá dentro há anos, tirou-me um peso enorme de cima dos ombros. – Eu nunca quis isto! Esta responsabilidade de ser princesa, eu nunca a quis. Nunca quis reinar. Eu odeio a ideia de ser Rainha – admiti. – Mas odeio ainda mais o facto de não ter opção de escolha… - comecei a sentir lágrimas formarem-se nos meus olhos. – Eu só quero ser feliz mãe. Eu quero casar-me com quem amo, e não com um príncipe qualquer que só tinha visto uma vez na vida há anos atrás para juntar os reinos. – A minha mãe aproximou-se de mim e abraçou-me, enquanto o meu pai se mantinha quieto e calado a observar-nos. – Eu sei que é minha responsabilidade, mas eu não a quero!

– Eu vou deixar-vos sozinhas – disse o meu pai e saiu da sala.

Eu e a minha mãe ignorámo-lo e continuamos abraçadas.

Não sei quanto tempo ficamos abraçadas, comigo a chorar, mas finalmente nos largamos e sentamos frente-a-frente, no sofá.

– Rosie, - começou, - tu tens de ter paciência. Eu sei que ser princesa não é um conto de fadas como todos pensam, mas tu és forte – elogiou.

– Mas eu não quero ser forte – admiti.

– E tu achas que eu queria? – Olhei para ela confusa. – Quando eu conheci o teu pai, eu não sabia que ele era da realeza, na realidade, eu só descobri isso muito depois. Eu amava-o mas fiquei assustada quando ele me pediu em casamento, porque eu sabia que isso implicaria desistir da minha liberdade – disse ela. – Eu cheguei a desistir dele, Rose.

– O quê? Como?

Ela riu-se da minha cara confusa.

– Eu fiquei com medo do que amar o teu pai significava – esclareceu com um sorriso na cara. – Mas depois percebi que a minha vida não era nada sem ele, então tive de escolher entre uma vida de liberdade e uma vida presa mas com o teu pai ao meu lado. Eu acho que sabes o que eu escolhi – sorriu.

– Mas eu não amo ninguém a esse ponto mãe. – Pensei em Scorpius. Não, eu não o amava.

– Apenas porque tu não deixas as pessoas entrar, querida – afirmou ela. – Tu achas que todas as pessoas te condenam pela maneira como pensas e constróis um muro á tua volta. Rose, tu nunca me disseste o que sentias até hoje, e eu sou tua mãe. Eu aposto que tu nunca falaste com o Scorpius sobre o que pensavas do casamento – ela disse. – Ele parece-me ser um rapaz admirável e tu podes ser feliz com ele, se o deixares entrar – afirmou.

– Achas mesmo? – Perguntei receosa.

– Sim, querida, acho – concordou ela. – Mas se tu não te apaixonares por ele, não há problema. Apenas tens de encontrar algo pelo qual valha a pena ser princesa e, mais tarde, rainha.

– Obrigada, mãe – abracei-a de novo.

Era tão estranho abraçar a minha mãe duas vezes, em tão pouco tempo. Nunca tivemos uma relação muito próxima, e talvez isso se devesse ao facto de eu não deixar as pessoas entrarem, como ela disse.

Talvez ela tivesse razão, afinal as únicas pessoas a quem eu contava tudo eram Al e Lexi, e eles eram os meus melhor amigos. Porque não falar com outros?!


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Notas finais do capítulo

O que acharam da minha inspiração momentânea? foi bom ou mau?
o que acharam de Hermione e da sua conversa com Rose?



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