A História de Uma Semideusa - Os Jogos escrita por Rebeca R


Capítulo 29
Somente Lágrimas... Por Enquanto


Notas iniciais do capítulo

Bem gente, como eu sou muito chata vou relatar a reação de vocês:
Primeiro vocês vão ficar tensos. Depois vão querer me matar. E lá na última linha vão querer vir pessoalmente me dar um mega abraço.
Espero que gostem!



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A arena estava completamente diferente. Primeiro porque ela parecia menor, segundo porque estava cheia de grades de arame. Logo percebi que as grades estavam separando as duplas de luta. Pelo visto eu e o Summy tínhamos sido os únicos a se dar mal. A Leae iria lutar contra o Hally. A Carol contra a Mandy (essa eu queria ver). O Mark contra a Sabrina. O Grus contra a Selly. A Bonny contra o Shad. O Brian contra... Aquilo era um robô holográfico? Interessante.

Depois de observar com detalhes a arena, virei meu olhar para o Summy de novo. Ele estava procurando alguém na arquibancada, seus olhos sondando tudo. Atrás dele estava a bancada de jurados, os treze deuses nos observando e anotando o veredito. Tive vontade de dar um mortal e cortar a cabeça de todos eles com a minha espada, mas acho que mesmo que eu tentasse, não daria muito certo.

– Semideuses – exclamou uma voz no autofalante. – Peguem suas armas.

Eu transformei meu broche em espada e coloquei-a na minha frente, como faço sempre que vou começar uma luta, só que dessa vez eu não ia começar.

– Podem começar a luta!

________________________________

Os sons de luta ecoavam por toda a arena, a torcida vibrava e vaiava e eu... Bem, eu ainda estava na mesma posição de cinco minutos atrás. Parei de encarar o Summy para prestar atenção nas outras lutas.

A dupla que estava do meu lado era a Carol e a Mandy, provavelmente a luta mais sangrenta. Mandy brandia sua espada e já tinha feito vários cortes em Carol. Já a filha de Afrodite estava com sua faca e tinha deixado o pé de Mandy em péssimas condições. Ela também usava alguns comandos do charme, o que deixava a filha de Hermes muito confusa. Do outro lado a batalha de Mark contra Sabrina acontecia. O filho do deus dos mares estava fazendo um bom papel com sua espada, mas não tinha conseguido ferir Sabrina. Por sua vez, a filha de Zeus estava com sua lança, mas a arma de curto alcance (pode-se dizer isso) não estava funcionando muito.

Depois deles pude ver vislumbres da batalha do Grus contra a Selly, mas a grade de arame, apesar de ser larga, não me permitia ver mais que isso.

Voltei meu olhar para Summy. Ele ainda estava na mesma posição também e continuava a me encarar. Sabíamos que em qualquer momento, se não nos atacássemos, seriamos desclassificados. Eu fechei os olhos e pedi para que qualquer coisa acontecesse e fizesse com que o desafio acabasse, ou então percebessem que eu e ele não íamos lutar de jeito nenhum. Abri meus olhos de novo, mas nada tinha acontecido.

Então eu decidi agir por mim mesma. Dei um passo para trás, na esperança de que ele entendesse isso como uma deixa para avançar. Mas ele não entendeu. O que se seguiu foram os piores minutos da minha vida.

Uma flecha veio de sei-lá-onde e acertou o tórax do Summy. Eu gritei e então as coisas começaram a se passar como um dos filmes que tanto gosto de assistir. Só que eu não estava gostando desse. Summy fez uma careta e fraquejou. Sua mão soltou a espada e foi parar no ferimento. As pernas dele ficaram bambas e ele caiu. Eu gritei de novo e corri até ele. Ajoelhei-me do seu lado e coloquei sua cabeça no meu colo. Ele estava ficando pálido. As lágrimas escorriam pela minha face como mil cataratas.

A cor estava saindo dele. Eu peguei no lugar do ferimento e vi que era muito profundo. Arranquei a flecha dali, o que gerou um gemido da parte dele. Ele estava perdendo muito sangue.

– Ambrosia! – eu berrei em meio às lágrimas. – Alguém traga ambrosia!

Mas ninguém trouxe. As lutas tinham parado, as grades tinham sumido. Toda a arena estava em completo silêncio. Eu busquei ajuda com os olhos, mas ninguém se manifestou também. Então eu beijei o Summy. Não foi um beijo propriamente dito, eu só pressionei meus lábios contra os dele e senti uma pontada. Não eram os lábios quentes que eu tinha beijado antes, eram lábios gelados e sem vida. Sem vida. Essa frase ecoou pela minha cabeça. O Summy, o MEU Summy, o garoto que sempre levantava o astral de todo mundo, o garoto que sempre fazia piadas, o garoto pelo qual eu era apaixonada, tinha morrido.

Uma raiva subiu dentro de mim. Eu queria gritar com todo mundo por ninguém ter feito nada. Eu queria gritar com os deuses por eles serem estúpidos e deixarem o Summy morrer sem fazer nada. Eu queria gritar, principalmente, com o dono dessa flecha.

Deitei a cabeça do Summy cuidadosamente no chão e me levantei. Peguei a flecha ensanguentada, com o sangue do MEU Summy. (N/A: A necessidade de usar o nome do Summy sempre foi impossível de ser contida).

– Quem é o dono ou dona dessa flecha? – eu berrei a raiva visível em meus olhos.

Todos me olhavam estatelados. Então os semideuses abriram caminho enquanto eu caminhava e percebi que eles estavam abrindo uma trilha até Hally. Tive vontade de naquele momento pegar qualquer arco e atirar aquela flecha naquele idiota. Ele tremia de medo. O arco e a aljava já tinham ido parar no chão. Eu estava bem perto dele agora. Levantei a flecha, mas uma mão me segurou. Quando me virei percebi que tinha sido o Mark.

– Beky. – ele me repreendeu. – Não vale a pena.

Eu abaixei a mão assim que ele me soltou. Rosnei e me virei, mas então voltei e atirei a flecha no pé de Hally. Ele berrou e eu me deliciei com seu grito de dor. Não era o bastante para pagar o que ele tinha feito, mas só o fato de eu ter o feito sentir dor já me animava.

E foi no meio de um ataque psicopata meu que eu ouvi a voz da Leae:

– Beky. O Summy está respirando.


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Notas finais do capítulo

Tenho más noticias...
A fic está acabando...
Mas vai ter uma terceira temporada!
Mas só quando eu estiver na metade do Expresso de Hogwarts (minha proxima fic Scorose)...
Mas esse ainda não é o último capitulo! E no último eu tenho uma surpresa... Hwahahaha!
Beijos! Deixem reviews, ok? Talvez eu decida alongar a história... Mentira, isso não vai acontecer.
Mas fiquem ligadinhos!
Beijos, queijos e dois ratos!



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