A História de Uma Semideusa - Os Jogos escrita por Rebeca R


Capítulo 30
A Rotina "Beijos"


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Espero que gostem do capitulo, eu amei mesmo escreve-lo. Na verdade eu amo escrever todos os capitulos, mas enfim.



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Agora eu estava com medo de morrer, porque meu coração estava batendo muito rápido. Virei-me e caminhei entre os semideuses novamente. Leae estava agachada do lado de Summy. A camisa dele estava toda ensanguentada, mas o ferimento tinha parado de sangrar. Percebi com um susto que ele estava respirando. Corri e me sentei do outro lado dele. Leae se levantou me dando passagem. Todos olhavam para ele esperançosos.

Então ele abriu os olhos. Por um momento os olhos deles estavam negros, mas então voltaram para o castanho. Ele esticou os braços para frente, como os zumbis e se sentou dizendo:

– Eu sou um morto-vivo...

Eu nem esperei ele se sentar completamente. Joguei meus braços no seu pescoço e o beijei. Primeiro ele pareceu surpreso, mas depois correspondeu o beijo. Bem, não foi um beijo digno de fim de filme, mas mesmo assim foi incrível. E tinha ainda a enorme plateia, mas eu não estava ligando. Logo nos separamos e eu ouvi a Leae murmurar algo como “Finalmente”.

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Ok, eu vou resumir o que aconteceu depois disso. Os deuses anunciaram que algumas partes do desafio de Ares seriam levadas em conta no resultado, mas que nesse momento era para voltarmos para os nossos quartos e esperar o veredito. Todos desceram e bem, eu gosto do que aconteceu a seguir, então eu não vou resumir.

– Eu sei como a Beky ressuscitou o Summy. – falou o Brian.

Estávamos todos sentados na sala plataforma, exceto as pessoas de sempre. Eu e o Summy estávamos no sofá e ele tinha um braço sobre o meu ombro (eu achei isso a coisa mais incrível do mundo, claro). E Leae estava sentada do meu outro lado. Todos ainda estavam no mesmo estado do fim da batalha, sentados nas cadeiras mais próximas. Bonny tinha sugerido que discutíssemos como eu tinha conseguido fazer o Summy voltar à vida, apesar de a Carol ter insistido em dizer que era o amor. Filhas de Afrodite não tem jeito mesmo.

– Como? – indagou a Leae, ela odiava não ser ela, a saber, das coisas.

– Acho que ninguém foi informado, mas quando a gente é escolhido por um deus para representa-lo, temos direito a usar uma vez um dos poderes desse deus. – explicou o filho de Apolo.

– Hum... Deve ser por isso que eu consegui usar os monstros aquáticos a meu favor. – observou Mark, totalmente fora do assunto.

– Você quer dizer que o poder de Hades que a Beky usou foi impedir a morte? – Carol ergueu uma sobrancelha.

– Faz sentido. – opinei.

– Eu ainda acho que tem algo a ver com o amor...

– Claro que tem. – afirmou Leae. – Se a Beky e o Summy não se amassem, ela nunca teria conseguido ressuscita-lo. Isso é fato.

Bem, lembra-se de quando a minha mãe e a do Summy estavam conversando no desafio de Hera? Pois é. Lembra também que eu disse que eu e o Summy coramos fortemente? Bem, se tínhamos ficados vermelhos antes, agora estávamos cor de vinho. Sabe, às vezes eu acho que tenho amigas muito sem noção mesmo. Na verdade, não acho. Tenho completa certeza.

O que aconteceu depois foi que todos concordaram com Leae. Então o Grus sugeriu que fossemos descansar (graças aos deuses esse cara existe! Senão íamos ficar no assunto Summy e eu pelo resto do dia!), e (graças aos deuses mais uma vez) todos concordaram.

Fui a primeira a sumir da sala, com a desculpa de que estava muito cansada (o que era parcialmente verdade). Então eu coloquei uma das roupas de dormir que os Jogos ofereciam e me deitei. Mas adivinhem? Não consegui dormir. Acho que passei mais de uma hora remoendo as lembranças daquele momento. Não sei se falei, mas a Leae tinha me explicado com a flecha do Hally tinha ido parar no Summy.

Ela tinha atirado uma faca (especialidade dela) no braço dele, na hora em que ele estava com o arco preparado para lançar a flecha. Então ele se virou com o impacto da faca e a flecha acabou acertando o Summy. Fiquei me perguntando como, se eles estavam do outro lado da arena, mas decidi deixar para lá. Então uma coisa que não acontece todo dia, aconteceu.

Uma mão saiu da minha parede. Eu ia gritar sério, mas então me lembrei de que a minha parede era na verdade uma camuflagem para um túnel. E então eu também reconheci aquela mão. Era a mão fina e forte ao mesmo tempo do Summy. Eu suspirei. Levantei-me e peguei a mão. No mesmo instante me senti puxada. Atravessei a parede como um véu. Summy pressionou levemente os lábios dele contra os meus.

– Sabe, acho que não vou me cansar disso. – falei, enquanto caminhamos túnel acima.

– Temo que possa virar rotina. – ele disse com um sorriso travesso. – E sei que você odeia rotinas.

– Bem, hoje você me beijou assim. Amanhã pode me beijar um pouco mais. E depois de amanhã um pouco a mais de amanhã. E sempre me beijar um pouco mais. Assim não seria uma rotina.

– De um modo estranho, mas seria uma rotina.

– Uma boa rotina.

Com essa última frase, o céu estrelado ficou visível acima de nossas cabeças. Não havia lua, como deveria ter em um cenário de um livro de romance, mas tinham várias estrelas. Na aula de latim do Acampamento Clube dos Deuses, o Sr. Terácio nos ensinou o nome de todas as constelações. Mas eu nunca aprendi.

– Reconhece alguma dessas constelações? – perguntei ao Summy enquanto nos sentávamos.

– Não. Nunca prestei atenção na aula de latim. – ele respondeu.

– A única prova viva de que você é filho de Ares.

– Ei! Eu sou bom com espadas!

– É, mas a tendência é que todos os semideuses sejam.

– Isso é porque você nunca viu um filho de Apolo segurando uma espada.

– Provavelmente seria muito engraçado.

– Eu sou mais engraçado.

– Está se achando muito! – dei um tapinha de leve nele.

– Estou junto com a garota mais bonita do acampamento! Tenho que me achar um pouco.

Estou junto. Essa frase flutuou na minha cabeça.

– Estamos juntos? – perguntei inocente.

– A menos que você não queira a rotina “beijos”.

– Eu gosto da rotina “beijos”.

Então eu o beijei de novo. Perguntei-me se algum dia eu ia cansar de fazer isso. Espero que não. Dessa vez aprofundamos mais o beijo, esse sim iria ficar ótimo em um filme. Quando a falta de ar nos obrigou a nos separarmos, eu disse:

– Dormir seria ótimo.

Ele riu e me levou de volta para o meu quarto e se despediu com um beijo na minha bochecha.

Eu com certeza ia ter lindos sonhos naquela noite...


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Notas finais do capítulo

Gente, eu não coloquei tipo um beijo mais quente entre o Beky e a Summy, porque a Beky tem só 13 e o Summy 14, então... Bem, espero que vocês tenham gostado. Estou em reta final da fic! E só posto o proximo capitulo se alguém comentar. Sério, estou sentindo falta dos meus leitores. Muitos beijos!!!