A História de Uma Semideusa - Os Jogos escrita por Rebeca R


Capítulo 20
"Apaixonada?" "Sim."


Notas iniciais do capítulo

O titulo já dá uma ideia do que o capitulo oferece... Hwahahahaha! Ele esta um pouco pequeno, mas eu pessoalmente gostei. Espero que vocês também gostem.



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Eu não consegui dormir. Por mais que eu tentasse. Então eu me lembrei de uma coisa. A passagem que eu tinha usado no desafio de Zeus. Fui até o ponto da parede em que eu sai. Coloquei minha mão ali e ela atravessou facilmente. Passei. Comecei a caminhar pelo túnel ingrimo, com um pouco de dificuldade, mas foi realmente legal, melhor do que NÃO dormir.

Lá em cima o sol estava se pondo. Sentei-me antes da saída da passagem, para que ninguém me visse. Decidi não pensar em nada. Fechei os olhos e senti a brisa fazendo meus cabelos esvoaçarem. Suspirei. Aquela sensação era perfeita. A arena se estendia na minha frente como um grande campo aberto. Do outro lado do gramado estava uma enorme muralha com vários níveis de altura e buracos nas paredes, provavelmente para encaixar os canhões.

– Seu cabelo fica bonito assim. – uma voz conhecida me distraiu.

Eu abri os olhos relutantes, mas logo percebi que era Summy. Ele estava sentado do meu lado. Só então que eu percebi que o meu cabelo estava solto. Eu o havia lavado no banho, então ele estava meio cacheado e ainda molhado. Estava bonito no geral. Mas logo me lembrei de que não seria por muito tempo. Eu corei com o comentário dele.

– Obrigada. – respondi. – Como chegou aqui?

– A passagem pela parede. – ele disse. – Tem uma no meu quarto também.

– Como me encontrou?

– Vi você aqui fora sozinha quando sai.

– Mas eu estou bem atrás, como me viu?

– Por que não paramos com o interrogatório e voltamos a olhar para o horizonte? É mais legal sabe.

– Engraçadinho.

– Obrigada.

– Fui irônica.

– Eu também.

Ele riu. Eu acabei rindo também. E no momento seguinte estamos gargalhando feito uma dupla de loucos.

– Quem você quer que fique no seu time? – ele perguntou se recuperando da crise de risos.

– Não sei. Espero que o Grus esteja no meu time, já que ele é filho de Hefesto e é bom com armadilhas. Você também. É bom com estratégias de batalhas e esses lances assim.

– Não sei quem eu quero no meu time. Não tenho relação nenhuma com ninguém.

– Ei! E eu?

– Mas você não é ninguém!

– Isso significa que eu não estou incluída no “ninguém”?

– Não.

– Vamos você tem muitos amigos aqui! Tem o Grus, a Leae, a Carol, o Mark...

– Não sei esse Mark. Você não o acha grudento demais?

Ok, eu não sou muito boa com essas coisas, mas eu juro que o que eu detectei na voz do Summy foi ciúmes. Eu ri.

– Do que você esta rindo? – ele perguntou.

– De você. – eu ri mais ainda.

– Do que de mim?

– Ciúmes.

– O que?

– Você falando do Mark.

Eu estava gargalhando, literalmente.

– Eu só o acho grudento de mais! Só isso!

– Não se preocupe, ele vai ficar na categoria “amigos” mesmo.

Eu parei de rir um pouco. Sempre que eu ria muito eu começava a soluçar, e eu não queria soluçar na frente do Summy. Ele estava me olhando com uma sobrancelha erguida.

– Hum, Summy. – eu chamei, ele desergueu a sobrancelha. – O que você ia fazer no lago quando estávamos afundando? E de novo na árvore quando o galho se partiu?

Ele me olhou distante. Soube que estava pensando sobre isso. Se lembrando. Então ele se virou para mim de novo. A minha mão estava apoiada no chão e ele a segurou. Não desgrudou o olhar do meu. Sua mão foi subindo devagarinho pelo meu braço e eu fiquei feliz que não tivesse nenhum galho para se quebrar e acabar com tudo.

A mão dele foi para trás do meu pescoço, acariciando levemente meus cabelos. Eu me arrepiei. Ele estava se aproximando. Estávamos tão perto que eu podia sentir seu cheiro. Ele cheirava a menta e a xampu de bebê. Obriguei-me a não rir por causa disso. Então eu senti os lábios dele. Foi um beijo delicado. Ele só pressionou os lábios contra os meus, mas antes que eu pudesse reagir, ouvi uma voz.

– Só avisando para os dois pombinhos que o próximo desafio ocorrerá daqui a meia hora. – disse Selly e depois voltou pelo túnel.

Summy se afastou rápido, assim como eu. Estávamos sem graça.

– Acho melhor voltarmos. – eu disse.

– É. – ele respondeu.

Ele caminhou até o túnel do lado e entrou. Eu sabia que estava com um sorriso bobo na cara quando voltei para o meu quarto. Troquei de roupa o mais rápido que uma apaixonada pode fazer e prendi o broche na minha blusa. Quando sai do meu quarto me sentei no sofá ao lado de Leae. Ela me olhou e depois olhou para Carol. Ela não falou nada, mas eu pude ler a conversa labial.

“Apaixonada?”, indagou Leae. “Sim”. Respondeu Carol.

Muito legal isso. Só que não. Pelo menos ele tinha me beijado. Mas eu não tive tempo de dizer nada. Muito menos ele. Procurei-o com os olhos e encontrei-o me encarando. Ele virou o olhar na hora. Então Hally entrou na sala e esta começou a subir.


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Notas finais do capítulo

E ai semideuses? Satisfeitos? Fiz o primeiro beijo deles! O primeiro... Mas não foi algo muito grande. Eu só fiz porque estava inspirada e porque eu estava morrendo de curiosidade para saber a hora em que ele iriam se beijar. A fic não esta longe do fim, mas pretendo postar bastante essa semana para vocês! Beijos lindos e lindas!
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