Scars escrita por Blue


Capítulo 9
Capítulo VIII.


Notas iniciais do capítulo

Bom sei que demorei para postar, mas foi por um otimo motivo, estava adiantando alguns capítulos da fic, e prometo postar mais rapido!

Obrigada a todas as leitoras que comentaram o capítulo anterior, esse é dedicado a vocês: Iasmin Pevensie, Nyssa, Mariana Bueno e Domitilla Angel.

BOA LEITURA.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/440135/chapter/9

Capítulo VIII -

___________________________________________

Os olhos cinzentos de Lilliandil percorriam orgulhosos a mesa a sua frente. Ela havia preparado com alguma ajuda das cozinheiras um jantar para Caspian. A estrela queria desculpar-se depois do ocorrido com Eustáquio e a descoberta de Caspian sobre seus planos, que por sinal não haviam deixado o rei nada contente. Lilliandil queria conserta isso, não queria dar motivos para que seu noivo ficasse mais próximo do que o necessário de Susana, não queria por em risco sua futura coroa de rainha.

Estava tudo perfeito, as velas estavam acesas em enormes candelabros dourados que iluminavam o salão dando um ar totalmente romântico, assim como Lilliandil esperava. Agora faltava apenas uma coisa essencial naquela sala, Caspian. Ela sabia muito bem onde o encontrar, e saiu da sala determinada a fazer as pazes com seu amado.

Antes de entrar, a estrela vislumbrou Caspian pelo vão da porta um tanto concentrado - ele realmente ficava lindo daquele modo. Lilliandil abriu cuidadosamente a porta, Caspian levantou o olhar para ver de quem se tratava e logo os voltou em meio aos papeis que lia, sem dar ao menos um pouco de atenção para a moça. Mas Lilliandil pode perceber assim como Caspian tentou esconder que seus pensamentos não eram voltados para aquelas papeladas e sim para algo um tanto distante. A estrela pigarreou trazendo os olhos de Caspian de volta para a sua atenção.

– Estou atrapalhando em algo? – Lilliandil percorreu com os olhos os vários papeis a mesa.

– De maneira alguma – Caspian mais uma vez voltou seus olhos dessa vez para um papel a sua mão.

– Fiz algo para nós, algo para você!

– E o que seria? – uma leve pontada de curiosidade surgiu na voz do rei, o que animou Lilliandil.

– Um jantar, quero desculpar-me por meus atos.

– Está tudo bem, não precisa desculpar-se, apenas não quero que esse tipo de situação volte a acontecer – Caspian anotou algo em um bloco, que Lilliandil julgou ser inútil de sua atenção.

– Então venha! Antes que o jantar fique frio – a loura disse empolgada.

– Lamento, mas tenho muito trabalho para terminar, não posso simplesmente largar tudo aqui, e deixar para depois.

– Mas Caspian eu mesma que preparei o jantar para nós – o moreno fitou Lilliandil.

– Eu já entendi, e agradeço por isso, mas você tem que entender não estou aqui de brincadeira para ser rei, estou tentando governar o meu país da melhor forma possível! – Caspian notou a decepção de Lilliandil tomar conta de seu rosto – Mas aposto que Lúcia irá amar sua comida - ele disse tentando anima-la

– Aposto que sim – Lilliandil deu de ombros desanimada.

– E por que não aproveita e chama Susana, aposto que ela irá adorar tanto quanto Lúcia.

– E por que eu deveria chamá-la? – a loura franziu o cenho.

– Você quer desculpar-se não quer? Então nada melhor do que pedir desculpas á ela – Caspian encarou a estrela – Afinal era ela o seu alvo em seus planos com Eustáquio, não eu!

– Você está pedindo demais não acha?

– E porque eu estaria? – Caspian olhou para a noiva duvidoso.

– Você ainda duvida de minha palavra, mas quando vai perceber que Susana esconde algo? Como você pode ser tão cego á ela? Quando vai perceber que ela é um problema para todos nós?

– Já chega! – Caspian levantou-se da cadeira apoiando ambas as mãos sobre as mesas – Se acha que duvido de sua palavra, então me dei um motivo real e concreto do qual faz você não gostar de Susana aqui em Nárnia? – Lilliandil permaneceu em silencio, não tinha nada contra Susana, nada alem de suas próprias conclusões– E então?

– É difícil de explicar Caspian! É algo que sinto, como um pressentimento ruim.

– O que eu estou começado a achar é que o problema aqui não é a Susana, e sim você que está se tornando um problema Lilliandil, olhe para você, o modo como vem agindo – Caspian voltou a sentar-se – Estou cansado de discutir com você, se não percebeu tenho muito trabalho a fazer, e se já terminou o que veio para me dizer pode retirar-se!

Lilliandil nada disse, não conseguia, nenhuma palavra ousava sair por sua boca. Estava cansada também de tentar fazer com que Caspian enxergasse que Susana não era uma boa moça, como ele e Lúcia pensavam, e que algo de muito estranho rondava a rainha da Arquelândia. A estrela estava magoada, nunca imaginou que Caspian pudesse tomar tanto partido sobre Susana, porém nada a machucou mais do que ele ter dispensado o convite de jantar com a própria noiva.

Porem Lilliandil sabia que essa razão era Susana, o rei havia mudado com ela, desde a chegada da morena em solo narniano. Mas nada a estrela podia fazer, não tinha fontes seguras e nem soldados que pudesse por ao seu dispor. A loura fitou alguns segundos Caspian que agora estava novamente voltado em seu trabalho, e saiu pela porta.

Enquanto caminhava para seu quarto, Lilliandil fitou o céu estrelado que se fazia em Nárnia por entre as janelas, e algo veio em sua mente. Se não podia ter a ajuda de soldados, suas irmãs teriam o imenso prazer em ajudá-la a descobrir e acabar de vez com a estadia de Susana em seu castelo.

[...]

Lúcia caminhava distraída pelo pátio, e às vezes se pegava analisando o belo dia que se fazia naquele fim de tarde. Seus olhos percorreram pelos guardas postos ao portão principal de entrada do castelo, e pousaram ao encarar um par de olhos cor de mel, que a encarava também. Lúcia sorriu para o guarda, e Rillian retribuiu disfarçadamente, não era nada seguro ficarem trocando olhares e sorrisos em pleno pátio a vista de qualquer um, afinal poderiam ser descobertos. A morena corou, e voltu a caminhar cantarolando uma musica qualquer.

– Posso acompanhá-la?

– Não acredito! Caspian mandou você me seguir de novo – Lúcia disse risonha.

– Não dessa vez.

– Sendo assim você pode me acompanhar – a morena sorriu para Edmundo.

– Está um belo fim de tarde assim como você Lúcia – Edmundo sorriu e Lúcia corou.

– Obrigada – ela disse timidamente, e Edmundo pegou em suas mãos fitando Lúcia.

– O rapaz que um dia possuir o seu coração será um jovem de grande sorte – Lúcia desviou-se do olhar de Edmundo e procurou por Rillian que ainda permanecia em seu posto porem desta vez com os olhos fixos em Edmundo.

– Princesa Lúcia – era a ama da morena que a chamava, e Lúcia agradeceu por isso – O rei deseja falar com você majestade – Lúcia nada disse, apenas desvinculou-se das mãos de Edmundo e caminhou ate o castelo com sua ama.

Edmundo espero que Lúcia adentrasse ao castelo para mover-se até o estábulo para verificar como estava seu cavalo, seria uma boa hora para cavalgar e distrair um pouco a cabeça. O moreno caminhou ate onde seu cavalo estava com a cela em suas mãos. Ajeitou cuidadosamente em seu belo corcel, mas antes que Edmundo pudesse subir em seu cavalo, uma voz o interrompeu.

– Afinal qual é o seu problema?

– Posso saber do que você está falando? – Edmundo fitou o que seria um de seus soldados, mas logo percebeu que se tratava de Rillian.

– Do que eu estou falando? – Rillian riu ironicamente – De Lúcia é claro!

– E qual seria sua preocupação quanto a isso? – Edmundo ergueu uma das sobrancelhas.

– Você não acha que ela mereça alguém melhor do que um simples general como você.

– Tipo quem? Você? – Edmundo disse um tanto ríspido – Vocês acham que me enganam, eu vejo como você a olha e o modo como ela o retribui, não sou idiota! – o moreno fitou Rillian – Já os vi na calada da noite em um de seus encontros no jardim, mas você imagina se Caspian descobrir sobre vocês dois, o que vai acontecer com você?

– E o que o impede de contar?

– Eu me importo com Lúcia e me importo com a felicidade dela, e sei muito bem o que aconteceria com vocês, e por mais que eu odeio você, e de ver vocês juntos, ainda prefiro isso a ver Lúcia sofrendo!

– Ou você sabe que ela jamais olharia para você do modo que você deseja não é mesmo? – Rillian riu ironicamente.

– E o que faz você pensar assim?

– Me diga então, porque Lúcia olharia um arquelândio repugnante e miserável como você, pois afinal todos da sua laia são iguais, assassinos!

– Lave sua boca antes de falar algo sobre mim, você não sabe de nada, nada! – Edmundo cerrou os punhos ao mesmo instante em que acertou o rosto de Rillian que caiu ao chão desnorteado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eai o que estão achando? Será que não rola recomendações? hahahah

E para os que insiste a serem leitores fantasmas, o contador denuncia vocês, e estou muito chateada com vocês, poxa vamos aparecer e fazer uma autora feliz, o que acham?