Scars escrita por Blue


Capítulo 7
Capítulo VI.


Notas iniciais do capítulo

BOA LEITURA :))



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Capítulo VI -

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Susana caminhava impaciente, já estava cansada de andar procurando pela biblioteca e nada achava a não ser salas vazias. A ama que estava a cargo de Susana, dissera que era logo ali, indicando o caminhou com o dedo indicador, mas esse logo ali nunca chegava. E a garota agora tentava voltar para seus aposentos, mas estava perdida demais naquele castelo para saber por onde ela entrou ou por onde já havia passado.

– Procurando por algo? – Susana enrijeceu ao ouvir o som da sua voz.

– Estava procurado pela biblioteca, mas pelo jeito ela não está por aqui – Susana girou em seus calcanhares, fitando Caspian parado a sua frente com um olhar enigmático.

– Você está perdida – Caspian afirmou com um sorriso provocativo.

– Não eu não estou! – a morena disse ríspida.

– É claro que não – ele sussurrou como se fosse um segredo – Então, estou indo exatamente para a mesma biblioteca, talvez queira juntar-se a mim, afinal você não está perdida certo? – Caspian disse sorridente.

– Certo – Susana afirmou deixando um pequeno sorriso moldar seu rosto.

Ambos caminharam lado a lado, e Susana seguia os passos de Caspian pelos corredores, sempre olhando para o chão, paredes e até para o teto, mas nem por um segundo ousou a encará-lo. Às vezes Susana percebia que os olhos do rei voltavam se para ela, mas a garota continuava do mesmo modo. Fizeram o caminho todo em silencio, até que chegaram. Não havia portas para serem fechadas ou abertas, era apenas um arco que dava visão de uma boa parte da biblioteca.

– É imensa! – Susana falou chocada.

Era realmente enorme devia ter praticamente o mesmo tamanho do salão principal do castelo, ou seja, era grande. Naquele lugar dificilmente você identificaria onde ficavam as paredes, na verdade parecia que os livros eram as paredes. Ao centro ficava uma grande mesa, com belos candelabros que ajudavam a iluminar os ambientes, alem das enormes janelas. E mais ao fundo uma grande escada que levava ate o segundo andar, onde alguns outros livros se juntavam.

– Não querendo me gabar, mas esse castelo possui o maior arsenal de livros do mundo todo! – Caspian sorriu orgulhoso – Aqui se pode encontrar de tudo, livros de heróis, romances, historias sobre os passados dos reis, guerras, conflitos, você provavelmente encontrará o que deseja.

– Espero que sim! – Susana sorriu impressionada.

– Mas procura por algo em particular?

– Não – a morena desviou do olhar de Caspian – Apenas acho que aqui seria um ótimo lugar para eu refletir e pensar sobre tudo o que vem acontecendo ultimamente.

– Posso compreender – Caspian assentiu, caminhando ate uma das estantes e procurando por algo – Gosta de livros sobre fatos históricos? – ele fitou Susana.

– Um pouco – a morena ainda continuava perplexa com o tamanho de tal lugar, olhando detalhe por detalhe.

– Garanto que esse foi um dos melhores livros que já li sobre esse assunto – Susana caminhou até o moreno pegando o livro de suas mãos – Sem falar que é um dos favoritos de Lúcia!

Contos antigos: O país de Aslam – Susana leu o titulo escrito, passando a mão sobre a capa dourada do livro.

– Sei que Aslam não faz parte da religiosidade arquelândia, mas para nós ele é um ser com uma imensa sabedoria e de grande astucia.

– Alguns arquelândios são familiarizados com Aslam e muitos o têm assim como os nárnianos – pela primeira vez desde que estavam conversando Susana fitou os olhos de Caspian ficando perdida por alguns minutos em seu olhar – Mas nunca tive a oportunidade de conhecê-lo melhor.

– Espero que esse livro possa ajudá-la a conhecê-lo, assim como espero que goste! – Caspian sorriu.

– Espero que sim – Susana olhou para o livro novamente e voltou-se para Caspian – Obrigado.

– Bom, tenho alguns assuntos a resolver, mas fiquei a vontade para conhecer e explorar melhor o local.

Caspian retirou-se, deixando a garota sozinha naquele imenso lugar. Para Susana era como estar no paraíso, ela sempre adorou ler livros e era fascinada por eles. Ela correu com os olhos as varias estantes do local. E de repente apertou o livro ao seu peito, como se o estivesse abraçando. E sentiu uma leve dor invadir seu coração. Naquele momento ela pensou que as coisas poderiam ter sido diferentes, que Caspian não tivesse matado Pedro. O rei havia sido tão gentil com ela, tão diferente do modo como Dash o havia descrito. Susana recobrou a razão, e por mais que Caspian fosse realmente do modo do qual ele vinha se apresentando a ela. Nada mudaria, nem seus sentimentos e nem suas ações dali em diante. Pois ela veio com um único motivo, um único desejo – Matar Caspian!

[...]

Todas as tardes de domingo Lúcia visitava o mesmo lugar. Nunca perdera o habito de conversar com Jill, ou melhor, de sentar-se ao lado da lapide da irmã, e fingir por horas que ela estava junto dela. Talvez desse modo fosse o único meio que Lúcia encontrava de manter as lembranças de sua irmã viva, e nunca deixar de esquecê-las. A morena sentia-se em paz, segura, como se a própria irmã estivesse ao seu lado para poder protegê-la.

Na maioria das vezes, Lúcia contava tudo o que havia acontecido durante o passar da semana, falava sobre Caspian e o quanto ele ainda sentia pela falta dela, assim como Lúcia também sentia.

– Desculpe interromper majestade – Lúcia observou Edmundo aproximar-se – Mas já está anoitecendo, receio que seja melhor voltarmos para o castelo.

– É claro – a morena assentiu – Dei-me mais alguns minutos!

Edmundo afastou-se para ficar junto de seu cavalo, como sempre fazia. Era por ordem do rei que Edmundo acompanhava Lúcia todas às vezes. Para o moreno não havia nada de torturante ou coisa parecida, pelo contrário, ele amava estar tão perto de Lúcia e poder observá-la, sem poder esconder sua afeição para a princesa.

– Espero que tenha encontrado a paz minha querida irmã! – Lúcia depositou uma rosa branca a preferida de Jill em seu tumulo, assim como fazia todas as vezes. A morena caminhou até Edmundo ficando ao seu lado, e voltando a encarar a lapide de Jill – Ed?

– Sim? – Lúcia encarou o moreno.

– Você sabe o que aconteceu com minha irmã? – Edmundo ficou surpreso com a pergunta da morena, ele não esperava esse tipo de pergunta, muito menos vindo de Lúcia – Quero dizer, a verdadeira historia?

– Como assim a verdadeira historia?

– Tudo, ou melhor, o pouco que Caspian me contou sobre o que aconteceu com Jill não passa de mentiras, eu sei que ele esconde algo e você sabe o que é não sabe? - Edmundo desviou-se do olhar de Lúcia, olhando agora o tumulo da antiga princesa.

– Por que você acredita que eu saiba de algo que nem mesmo a irmã do rei sabe? – Lúcia fitou o general, como se já esperasse por esse tipo de pergunta.

– Por que Caspian confia em você! – a morena sorriu com os lábios – Eu nunca esqueci, na verdade ainda me lembro muito bem, que de alguma forma estranha depois da sua chegada a Nárnia, a noticia de que Jill havia sido encontrada morta foi dada, e dias depois Caspian partiu até a Arquelândia, na intenção de invadir tal país, mas em vez disso meu irmão duelou com o príncipe Pedro e o matou – Lúcia seguiu o olhar de Edmundo e pôs a observar também onde o corpo de sua irmã repousava em baixo da terra – Eu sei que parece loucura, e que talvez eu esteja imaginando coisas, mas é como se a morte de Jill tivesse alguma ligação com a morte Pedro, afinal os dois eram noivos.

– O que aconteceu com Pedro derivara de disputas territoriais, e creio que o rei não mentiria para a própria irmã, e tenho plena confiança em poder afirmar isto para você! – Edmundo disse calmo.

– Você não mentiria para mim não é mesmo Ed? – os olhos azuis de Lúcia estavam marejados, e Edmundo a confortou em seus braços, afundando seu rosto nos cabelos da morena, sentindo o aroma de flores que irradiava por toda ela.

– Jamais! – Edmundo fechou os olhos se sentindo péssimo, ele queria contar toda a verdade nos mínimos detalhes ali e agora para Lúcia. Mas sabia que a garota não estava pronta para receber tal verdade. Caspian sempre teve razão, Lúcia ainda era muito nova e inocente, jamais entenderia as atitudes vindas de ambos os lados. Talvez fosse melhor assim, sem ela saber, para que ela continuasse a ser a mesma Lúcia doce e corajosa que sempre fora.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
E me digam o que estão achando? não tenham medo! hahahaha

Beijoos, até



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