Scars escrita por Blue


Capítulo 6
Capítulo V.


Notas iniciais do capítulo

Ultimo capítulo do ano, mas ano que vem tem mais kkkkk'

Bom, desejo a todas vocês um feliz e prospero ano novo, com muita paz e saúde e que venham muitas alegrias em 2014 para todas nós!

Espero que gostem, esse capítulo foi feito com muito carinho!

BOA LEITURA :))



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/440135/chapter/6

Capítulo V -

___________________________________________

Caspian estava sentado ao seu próprio trono, e observava as paredes de tons avermelhados que necessitavam de uma nova pintura. Ele correu os olhos para os retratos de todos os reis que já haviam governando Nárnia, e sentiu-se orgulhoso ao ver o próprio rosto pintado a tela alguns anos atrás. Sua atenção voltou para a porta que se abriu revelando Lilliandil, que entrava cantarolando algum tipo daquelas velhas canções narnianas, que mencionavam grandes batalhas e grandes tesouros. Ela ficou ruborizada assim que percebeu que Caspian a encarava, porém sua afeição não era nem um pouco simpática, pelo contrario sua expressão havia tornado-se fria, e severa assim que ele pôs os olhos na estrela. Lilliandil o encarou mantendo contato visual, até ficar sem jeito caminhando ate o trono ao lado de Caspian.

– Não deve sentar-se ao trono, ainda não é uma rainha! – Caspian vociferou as palavras.

– Mas eu sempre...

– Não está ouvindo o seu rei? – Caspian cortou a fala de Lilliandil.

– O que está acontecendo? – Lilliandil o fitou com os olhos cheios de raiva, ninguém nunca a tratou daquele modo, e Caspian não seria o primeiro a fazê-lo.

– Não existe nada que queira compartilhar com o seu rei? – Caspian perguntou desdenhoso enquanto a estrela se posicionava a sua frente.

– Vá direto ao ponto Caspian!

– Você acha que sou tolo, ou algo do tipo? – Caspian pôs se de pé ficando frente a frente com a estrela.

– Do que você está falando?

– Não se faça de idiota Lilliandil! – ele disse ríspido - Você acreditou mesmo que conseguiria que Eustáquio trabalhasse para você sobre as minhas costas? – Caspian gargalhou – Eu sou o rei dessas terras, e nada e nem ninguém passa despercebido por mim!

– A verdade é que não confio nela, e assim como eu, você também tem os mesmos motivos para isso, não acha?

– Minhas ordens são leis aqui, e se eu disse que ela ficaria é porque ela ficará aqui, e não é você ou muito menos Rabadash que irá mudar minha opinião! – Caspian fitou Lilliandil odiava quando a estrela tentava tocar naquele assunto que ainda o machucava – E quanto á Eustáquio e o seu plano estúpido de conseguir informações sobre Susana acabou, ninguém irá ate Arquelândia ou qualquer outra parte desse mundo sem minha permissão – Lilliandil cerrou os pulsos de ódio, não acreditava que o próprio noivo estava tomando partido daquela garota – E se está tão interessada na vida da rainha, procure por informações por conta própria, e não envolva ninguém do meu castelo ou fora dele em seus planos, está me entendo?

– Claro majestade! – Lilliandil soltou rispidamente as palavras aos ouvidos de Caspian.

– Espero que isso não aconteça novamente, ou terei que tomar medidas drásticas - Caspian saiu firme e vagarosamente, assobiando a mesma musica que Lilliandil havia cantando quando chegou à sala, e desse modo ele a deixou sozinha.

[...]

Susana estava posta de pé em meio ao pátio aberto do palácio, ela observava alguns pássaros que voavam ate seus ninhos em partes diversas do telhado, às vezes alimentando seus filhotes, outras vezes apenas repousando.

A garota ainda não havia absorvido tudo sobre a conversa e a suposta revelação de Edmundo. Aos seus conceitos, tudo indicava pelas conversas que já ouvira que Edmundo seria o traidor que levou a Arquelândia até a ruína. O fato era que Susana sempre fora privada da verdade, que envolvia tanto o real motivo da morte de Pedro quanto sobre o traidor. O pouco que ela sabia provinha de escutas de conversas alheias, ou estórias contadas por sua ama quando mais jovem.

– Espero que já esteja adaptando-se a viver por aqui? – Susana voltou-se para a voz que vinha, e deparou-se com Lúcia.

– Sinto saudades de casa, mas creio que no final tudo irá se resolver – Lúcia sorriu amistoso para Susana.

– Assim eu espero, como todos por aqui esperamos – Susana voltou a encarar os pássaros, mas a voz de Lucia voltou sua atenção até ela – Espero não estar sendo inconveniente, longe disso, mas receio que vi alguém saindo de seus aposentos ontem à noite, estava tudo bem?

A curiosidade de Lúcia já a estava incomodando deste o momento em que vira um vulto que a jovem considerava a possibilidade de ser Edmundo sair do quarto da jovem rainha. A morena sabia que não era certo e muito menos apropriado esse tipos de perguntas para uma princesa, mas Lúcia ansiava por respostas, e pouco se importava com o que Susana pensaria dela, o que Lúcia mesmo queria era por um fim nesse assunto e matar sua curiosidade de vez.

– Creio que esteja confundindo meus aposentos – Susana fitou seriamente Lúcia, como se quisesse dizer “Minha vida, não é problema seu!”

– Talvez... – a ficha de Lúcia caiu por um momento, notando o quanto rude ela havia sido – Queira me desculpar, foi rude de minha parte fazer lhe tais perguntas!

– Está tudo bem – Susana sorriu.

– Já teve a oportunidade de conhecer o castelo? – Lúcia perguntou animada, tentando redimir-se

– Não tive tal oportunidade ainda.

– Então venha lhe mostrarei tudo o que é para ser visto por aqui! – Lúcia tomou a frente e Susana apertou os passos a fim de acompanhar a princesa.

As duas caminham durante um bom tempo, e Lúcia fez questão de mostrar tudo, ou quase tudo, desde o celeiro ate os calabouços sombrios do castelo. A morena às vezes contava estórias de fantasmas dos antigos reis narnianos que vagavam ao anoitecer pelo castelo atrás de sua coroa e trono de volta. Mas Lúcia sabia que tudo não passava do que contos para que ela e seus irmãos não ficassem andando pelo castelo ao anoitecer quando eram crianças.

Ao entrarem novamente para dentro do castelo, Susana observou pela primeira vez um quadro que lhe chamou atenção. Nele estavam três crianças, uma delas, um menino sentado em uma cadeira dourada, que a morena julgou ser Caspian, ao seu lado esquerdo uma menina de no máximo três anos. Porem a garota ao lado direto do menino foi o que intrigou Susana. A morena aproximou-se do quadro lendo uma pequena escritura ao canto da tela – Os três irmãos de Nárnia.

– Desculpe perguntar – Susana observou os olhos curiosos de Lúcia a fita-la – Mas achei que Caspian fosse o seu único irmão, estou errada?

– Na verdade éramos três irmãos, eu, Caspian, e minha irmã Jill – Lúcia pôs se a analisar o quadro.

– Éramos? – Susana arqueou uma das sobrancelhas.

– Minha irmã Jill está morta, agora somos apenas eu e Caspian – Lúcia abaixou o olhar fitando o chão.

– O que aconteceu? – a morena perguntou estava intrigada, de alguma forma esse nome Jill não lhe era estranho, já havia ouvindo em algum lugar.

– A verdade é que tudo o que envolve a morte dela, parece ser um mistério para mim, mas o pouco que eu sei, é que... – Lúcia trouxe as memórias do dia em que Caspian chegou desnorteado falando que haviam encontrado a irmã, e o coração de Lúcia encheu-se de alegria, mas logo em seguida se despedaçou ao descobrir a noticia – Caspian era contra um romance que minha irmã nutria por um plebeu, pois ela já estava arranjada com algum príncipe que desconheço o nome... – a voz de Lúcia embargou e a morena tomou fôlego para continuar – Em uma manhã Jill desapareceu, procuraram pelo plebeu e também não o encontraram. Por semanas os dois ficaram desaparecidos, até que foram encontrados mortos – Lúcia fitou a morena ao seu lado já com os olhos marejados – Uma vez escutei uma conversa entre minha ama e uma cozinheira de que os corpos haviam sido encontrados flutuando no rio que faz fronteira com a Arquelândia, mas quando questionei meu irmão, ele apenas negou tal informação, e não me deu nem sequer qualquer outra explicação.

– Sinto muito – Susana estava chocada, não sabia dessa historia sobre Nárnia, e sentia pena de Lúcia ao vê-la de tal modo.

– A única coisa que eu sempre desejei fosse que me dissessem toda a verdade sobre o que aconteceu com Jill, mas estou muito longe da verdade, e sei que Caspian não faz nenhuma questão em me contar – lagrimas escaparam dos olhos de Lúcia – Eu sei que meu irmão anda guarda muitos segredos sobre isso!

Susana em um gesto fraterno envolveu Lúcia que estava chorosa em seus braços a confortando. Por mais que a rainha odiasse Nárnia e todos aqueles que a habitam, seu coração sabia muito bem o que Lúcia estava sentindo, ela também havia sido privada das verdadeiras razões da morte de seu irmão, assim como Lúcia com Jill. Talvez as mortes tivessem alguma ligação, da qual Susana quebrava sua cabeça para tentar resolver. Jill, eu sei que conheço esse nome, Jill – Como um raio que aparece e deixa um clarão e depois simplesmente desaparece. Susana lembrou-se, ou melhor, uma memória voltou a sua mente. “Ela estava distraída com algumas de suas bonecas, a idade que Susana já possuía era totalmente errado uma dama como ela brincando de boneca, mas para seu pai ela ainda podia ser apenas sua garotinha. Susana observou Rabadash e Pedro entrarem, e logo voltaram suas conversas ao Rei.” Susana forçou para tentar lembrar daquilo que ela sabia que estava faltando em sua memória “- O rei narniano fez contanto, e ele ofereceu a mão de sua irmã para Pedro, meu rei – era Dash que se pronunciava – O acordo definitivo de paz entre Nárnia e a Arquelândia será selado com o casamento de Pedro e Jill”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eai gostaram de saber um pouco mais sobre a morte de Jill, e o seu passado?
Preparem-se por que ainda vem muitas surpresas por ai!

Um recadinho para as leitoras fantasmas, o contador denuncia vocês, façam essa autora feliz e deixem suas opiniões é de grande importacia!

E para as minha leitoras fieis um imenso obrigado pelos reviews do capítulo anterior!

Beijooos, e até 2014 hahahahaha