Scars escrita por Blue


Capítulo 3
Capítulo II.


Notas iniciais do capítulo

Estou muito feliz que vocês estejam gostando da estória, e quero agradecer a todas leitoras que estão comentando e me deixando mega empolgada hahaha
Então ai está mais um capítulo novinho para as minhas lindaas leitoras! Obrigado.

Boa Leitura :))



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Capítulo II -

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O sol brilhava fortemente em uma linda manhã de verão em Nárnia. Todos no castelo já estavam de pé, e cada um dos serviçais cuidavam de seus afazeres á todo vapor. Caspian por sua vez andava calmamente pelos corredores, não havia conseguindo dormir novamente depois que a Rainha Arquelândia havia sido encontrada vagando pela floresta. No fundo o rei temia por descobrir a verdadeira razão que trazia Susana até Nárnia. Ele encarou as enormes portas abertas, e afastou qualquer tipo de pensamento ruim que quisesse aparecer naquele momento.

– Bom dia! – Caspian disse sorridente ao notar a mesa fartar do café da manhã.

– Bom dia querido – ele sorriu ao ver Lilliandil sentada deliciando-se com uma bela salada de frutas.

– Onde está Lúcia? – Caspian notou a ausência de sua irmã e Lilliandil deu de ombros como se quisesse dizer: eu não sei onde ela está!

– Estou aqui! – uma Lúcia um tanto apavorada e apressada surgiu entre as enormes portas – Desculpe-me pelo meu atraso.

– Onde estava? – Caspian perguntou, enquanto Lúcia acomodava-se em uma das cadeiras ao lado do irmão.

– Estava na capela rezando por nossa irmã – Lúcia sorriu triste, ainda sentia saudades da irmã mais velha.

– Tenho certeza de que ela encontrou o caminho até o país de Aslam – Lilliandil sorriu para a menina tentando confortá-la.

– É o que todos nós esperamos, por isso de minhas preces á Aslam – Lúcia disse esperançosa.

– Aslam está olhando e cuidando de Jill independente de onde ela estiver agora – Caspian queria colocar um fim à conversa de Lúcia, ele ainda sentia um forte aperto no peito toda vez que ouvia o nome de sua irmã. E não gostava de prolongar assuntos relacionados à Jill. Lilliandil sabia muito bem disso e tratou logo de mudar de assunto, trazendo Caspian de volta a realidade.

– Notei uma agitação diferente hoje mais cedo pelo castelo – a loura fitou Caspian curiosa – Está tudo bem por aqui?

– Não poderia estar melhor – Caspian disse calmo, perdido com o seu olhar em alguma parte daquele cômodo.

– O que aconteceu meu irmão? – foi à vez de Lúcia colocar-se a par da situação, ao notar a expressão fria que se formava ao rosto de Caspian.

– Arquelândios minha irmã, como sempre arquelândios!

– O que aconteceu dessa vez? – Lúcia o olhou um tanto assustada.

– Nada do que já não estamos acostumados – Caspian sorriu levemente para Lúcia – Mas já está tudo sobre controle.

– Um dia quem sabe a paz não volte a reinar sobre ambos os reinos – Lilliandil disse sorridente para Caspian enquanto acariciava sua mão que estava posta em cima da mesa. O moreno sorriu gentil retribuindo o carinho vindo da noiva.

A porta abriu-se de repente, levando a atenção dos três ali na mesa toda para Edmundo. Os olhos do general percorreram por toda a mesa, pairando sobre o olhar doce de Lúcia. Ele queria sorrir, queria perguntar como ela estava, dizer a ela como aquela manhã estava linda. Mas ele não podia, não agora, tinha coisas mais importantes para lidar com o rei do que com os seus sentimentos perante Lúcia.

– Vossas majestades – Edmundo curvou-se em modo de respeito – Milorde esta na hora! – ele encarou Caspian, que logo entendera qual seria o motivo da presença de seu general a àquela hora da manhã.

– Na hora de que? – Lúcia perguntou curiosa olhando para Caspian e logo depois para Edmundo.

– Alguém tem que cuidar para que esse reino prospere minha querida irmã – Caspian levantou-se encarando Lúcia que olhava duvidosa para ele – Não demorarei! – ele disse depositando um beijo ao topo da cabeça de Lilliandil, e saiu da sala seguindo Edmundo.

– Como ela está? – Caspian perguntou depois que eles se distanciaram de todos.

– Ela está melhor senhor e está sobre plena consciência.

– Ótimo! – Caspian encarou Edmundo – Espero que sua amizade com ela, e os anos que viveu na Arquelândia não afete sua postura de general diante Nárnia – o rei disse um tanto seco.

– É claro meu rei, sirvo apenas á Nárnia – Edmundo respondeu com certo aperto no peito, temia pelo estado físico de Susana.

– Onde ela está afinal? – Caspian perguntou impaciente enquanto seguia o general pelos corredores do palácio.

– Ela está na sala de reuniões á sua espera – Edmundo disse um pouco antes de ambos chegarem aos seus destinos finais.

– Você fica aqui Edmundo! - o moreno estava prestes a abrir a porta e adentrar na sala quando foi impedido por Caspian.

– Mas meu rei... – Caspian fitou Edmundo fazendo o calar no mesmo instante – Como quiser milorde.

Edmundo abriu a porta para que Caspian entrasse, e a fechou ao mesmo instante que o rei adentrou a sala. O moreno bufou um tanto revoltado. Queria estar presente naquela sala, queria saber que rumo à conversa tomaria, e estar ciente de tudo. E talvez até ajudar sua amiga de tantos anos. Mas nada ele podia fazer a não ser esperar do lado de fora da porta.

Susana estava sentada e acompanhada por dois soldados um de cada lado em pé que estavam a sua volta. Ela fitava as próprias mãos, e no fundo sentia um certo medo de que seu plano não funcionasse ou pior, que o rei descobrisse tudo e tratasse de dar um jeito nela nada agradável. As portas se abriram levando a atenção de Susana até Caspian que adentrava pela sala calmamente.

– Vocês dois – o rei apontou para os soldados que cercavam Susana – Quero conversar a sós com ela! – os dois soldados logo se retiram da sala deixando apenas Susana e Caspian sozinhos.

Ela notou os belos olhos negros que ornavam perfeitamente com os cabelos escuros que caiam um pouco acima da altura dos ombros. Ele era bonito, muito mais do que Susana se lembrava. A garota afastou esses tipos de pensamentos e voltou a encarar as próprias mãos.

– Deixei que descansasse, se alimentasse e que passasse a noite em meu castelo, mas agora deve-me explicações do porque uma rainha estar vagando por minhas terras? – Caspian fitou a garota cabisbaixa – Vamos não tenho tempo para esses tipos de brincadeiras Susana! – o rei disse alterando o tom de voz.

– Já disse o que faço aqui! – Susana disse firme encarando o rei e estremeceu ao fitar seus olhos negros – Temo por minha vida, vim até Nárnia para pedir refugio.

– Refugio contra quem? – Caspian cruzou os braços.

– Meu general – Susana tomou fôlego para por seu plano em pratica – Rabadash é o seu nome.

– O que aconteceu? – o rei a encarou curioso.

– Ele teve apoio sobre o meu exército, e usurpou meu trono, deixando-me a mercê da morte – Susana encarou novamente os olhos negros de Caspian – A única opção que restou-me foi fugir para a floresta narniana.

– Achei que seu general fosse de total confiança – o rei zombou, e Susana sentiu o ódio percorrer por suas veias.

– Todos nós nos enganamos um dia! – Susana disse firme, tirando um pequeno sorriso que começava a se forma ao rosto de Caspian – E se duvidas da minha palavra, mande alguém de sua confiança até a Arquelândia e descubra que o que eu estou dizendo é a mais pura verdade.

– E você acha que já não tomei minhas providencias!? – Caspian voltou a sorrir convencido – Após sua chegada nada agradável em meu castelo, mandei um dos meus melhores homens averiguarem o que se passava na Arquelândia.

– Então sabes, o que eu digo é verdade!

– Nada concreto, mas minhas informações dizem que Rabadash estava se comportando e tendo atitudes tais como a de um rei hoje pela manhã.

– Ele acha que estou morta, jamais desconfiaria de que estou sob terras narnianas e muito menos tentará qualquer empreitada contra Nárnia, por favor, ajude-me! – Susana suplicou, trazendo toda a atenção de Caspian para ela.

– Deixarei que fique, mas não por muito tempo, não gosto de arquelândios em meu castelo – um sorriso leve brotou ao rosto de Susana, ela não precisava de muito tempo apenas o necessário para por um fim ao rei – E não irei me responsabilizar, e muito menos colocarei vidas narnianas em perigo se Rabadash descobrir que está aqui!

– Agradeço por sua generosidade.

Caspian não emitiu nem mais um som, apenas retirou-se rapidamente da sala a passos longos e apressados, ele não conseguia ficar muito tempo na mesma sala que ela. A dor em seu coração por sua perda era muito grande, e olhar para os olhos azuis de Susana era como voltar ao passado e reviver toda aquela dor que o cerco nos dias em que Jill ficará desaparecida, e depois a tristeza de descobrir que sua amada irmã estava morta. Porém por mais que estivesse sofrendo, algo dentro do rei, fazia com que ele quisesse Susana por perto. Caspian não entendia o porquê e nem o motivo disso, talvez a historia da garota tenha o deixado comovido e talvez por isso deixou que ela ficasse.

Susana permanecia sentada com um sorriso vitorioso em seus lábios desde o momento em que o rei saiu da sala. Ela havia mentido para Caspian em toda a conversa que teve com ele. Colocar Dash para comandar a Arquelândia no tempo em que estivesse fora, nada mais foi do que a justificativa perfeita para que Caspian acreditasse nela, quando dissesse que haviam usurpado o seu trono. Tudo estava funcionando como o esperado, o primeiro passo já havia sido tomado e concluído com uma pequena ajuda de Dash. Susana caminhou ate uma das janelas do castelo e pôs a observar as casas simples que cercavam o castelo, com narnianos e telmarinos andando em suas calmas rotinas.

– Tudo está prestes a mudar – Susana deixou escapar um sorriso irônico, enquanto ainda analisava tudo o que via pela janela – Nárnia jamais será a mesma!


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado e não esqueçam de deixar as suas opiniões, elas são muito importantes!

Beijoos, até o próximo :))



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