Scars escrita por Blue


Capítulo 2
Capítulo I.


Notas iniciais do capítulo

Bom estou muito contente com todos os reviews que recebi, e quero agradecer pelas minhas mais novas leitoras: Nyssa,Domitilla Angel,Jajabarnes,Mariana Bueno,Strawberry Cake,Iasmin Pevensie - Obrigado!

Espero que continuem gostando, lendo e comentando a minha estória que está sendo escrita com muito carinho!

BOA LEITURA!



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Capítulo I.

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Três Dias Antes...

O general arquelândio andava de um lado para o outro um tanto preocupado. Ele sabia que uma hora ou outra Susana decidiria partir, mas não estava preparado para vê-la ir, e a verdade é que ele nunca esteve. Desde pequenos, quando Susana, Pedro e ele ainda brincavam pelo jardim do castelo, ou tinham aulas de historia juntos, o moreno sempre fora aberto com seus sentimentos diante a Rainha de seu país. E a cada dia que se passava ele nutria fortemente esse sentimento, que aos olhos e ao coração de Susana tais não eram correspondidos. Os dois estavam sozinhos naquela sala, Susana havia dispensado os outros soldados que vieram acompanhados de seu general, para ter uma conversa em sigilo com o mesmo. E enquanto o moreno andava freneticamente pela sala, Susana estava parada em frente a uma das janelas que dava vista completa de seu reino.

– Não vou permitir que faça isso Susana!

– Eu não preciso e muito menos estou pedindo sua permissão Dash – Susana deixou de olhar a paisagem a fim de encarar o moreno.

– Você sabe que não foi isso o que eu quis dizer – ele fitou os olhos de Susana, que se desviaram dos dele no mesmo instante – Tudo isso é perigoso demais para você Su.

– Não me importo!

– Susana tente entender, fora das fronteiras de nosso país, nós não poderemos fazer nada para ajudá-la – Dash mantinha o olhar de angustia e preocupação – E nós não sabemos o que ele será capaz de fazer com você quando o encontrar.

– Eu sei disso! Não sou mais uma criança, tenho plena consciência de minhas ações – A garota não era tola, sabia muito bem quais eram os perigos e os risco que enfrentaria, mas por seu pai, e seu irmão, ela estava disposta a tudo – Sou a rainha agora, e tenho que cumprir com minhas promessas

– Eu ainda me lembro do que prometerá ao nosso querido Rei, que ele descanse em paz – Dash aproximou-se de Susana – Mas é tudo muito arriscado, não podemos perder também nossa Rainha, não agora!

– Não há nada do que você possa me dizer ou fazer que irá me impedir de partir – Susana disse firme tentando por as insistências de Dash ao ponto final.

– Por favor, não vá! – Dash fitou os olhos azuis da garota e pegou em suas mãos – Fique aqui comigo e seja minha esposa?

– Não posso fazer isso com você – ela o fitou – E você sabe que não nutro os mesmos sentimentos que tens por mim

– Eu não me importo! - No fundo de seu coração ele já sabia qual seria a resposta da garota antes mesmo que ela disse-se, mas ele não se importava. Seu amor por Susana era tão forte que poderia ele amar por ambos.

– Dash... – Susana desvinculou-se das mãos de Rabadash, e voltou a encarar seus olhos esverdeados – Não seria justo com você! Você merece encontrar alguém que o ame verdadeiramente – ela sorriu levemente – E minha decisão já está tomada, goste você ou não – ele a encarou em silêncio por alguns instantes.

– E como pretende chegar a Nárnia? – Dash perguntou desdenhoso, duvidando da capacidade de sua Rainha.

– Preparei alguns dos melhores soldados de meu exercito para levar-me ate a fronteira entre nosso país e Nárnia – Susana disse orgulhosa, e enfatizando bem “o meu exercito” para o rapaz – De lá partirei direto para a floresta.

– Você perdeu sua sanidade Susana? – Dash a fuzilou com o olhar – Há patrulhas noturnas dos soldados narnianos todas as noites pela floresta – o moreno não estava gostado nada do rumo que a historia estava tomando-se – Você jamais passara despercebida por eles.

– Mas este é o plano! – um sorriso brotou dos lábios de Susana – Eu chegarei até o rei por intermédio deles

– Susana isto é loucura! – Dash tentava de todas as maneiras possíveis, colocar juízo na cabeça da garota para que ela desistisse daquilo de uma vez por todas – E como a Arquelândia ficará sem sua rainha neste meio tempo? Precisamos de seu comando – ele disse em sua ultima tentativa de convencer Susana a ficar.

– Eles terão a você Dash – o moreno a fitou espantado, não esperava por tais palavras – Você ficará no comando do meu Reino – Susana o encarou, enquanto Dash ainda tentava assimilar o que a garota dizia – Confio o meu país em suas mãos.

– Mas Susana...

– Eu quero que faça isso por todo o nosso povo – ela encarou mais uma vez os belos olhos esverdeados que Rabadash possuía – Preciso que confie em mim.

– Tem certeza de que é isto que deseja?

– Sim eu tenho – Susana deu um meio sorriso, ao ver a feição triste de Dash percorrer por todo o seu rosto.

– E quando pretende partir? – ele disse desapontado por não conseguir manter sua amada ao seu lado.

– Está noite! – Susana disse firme, enquanto encarava a paisagem de seu país através das enormes janelas de seu palácio.

[...]

A noite estava fria e calada, a lua iluminava o trajeto que o pequeno barco fazia entre uma remada e outra. Haviam optado pelo rio que cruzava os dois países a fim de evitar o encontro de soldados narnianos nas estradas. O plano era que Susana os encontrasse sozinha, e para que isso acontecesse ela teria que entrar na floresta sem a presença de seus soldados. Dash a observava com o olhar perdido em tristeza. O medo tomava conta sobre o moreno, ele temia que se o Rei descobrisse o verdadeiro motivo da ida de Susana até Nárnia, Caspian contaria toda a verdade sobre o que envolvia a morte de Pedro, na tentativa de desencorajar Susana em seu plano de honrar a morte de seus entes queridos. E Dash sabia muito bem que se isso ocorresse e Susana ficasse a par de toda a verdade, ela jamais o perdoaria. A garota por sua vez ficou calada o trajeto da viajem inteira, perdida em seus próprios pensamentos e desejos de vingança.

Os soldados remaram mais algumas vezes, até que chegassem à beira do rio. Tentaram não omitir nenhum um tipo de som, não queriam alarmar e muito menos chamar atenção de narnianos. Ao sair do barco e ajudar Susana a descer, Rabadash observou a floresta densa que se formava alguns metros a sua frente. Ele sentiu um calafrio subir por todo o seu corpo, não gostava de estar ali, em solo narniano.

– Su é melhor voltarmos – ele disse quase em um sussurro enquanto ainda encarava a floresta – Desista de uma vez por todas disto.

– Não cheguei até aqui para desistir! – Susana disse firme.

– Mas...

– Já chega Dash! – Susana calou o moreno, fazendo-o a encarar – Agora a Arquelândia precisa de você, precisa de seu comando – ela fitou os olhos de Dash – Ponho toda minha fé de que você será um ótimo regente para toda a Arquelândia, até o dia que eu retorne.

– Farei o possível e o impossível para cuidar de nosso país! – Dash encarou Susana, com os olhos marejados e aproximou-se dela – A Arquelândia confia em sua rainha, e em sua coragem de fazer o que é o certo diante nosso povo – Dash tentou confortar-la naquele momento – Tudo ficará bem, nós vamos nos encontrar novamente – ele aproximou-se mais de Susana depositando um beijo no cenho franzido da garota.

– Irei sentir saudades – Susana o abraçou, não imaginara que despedi-se de Dash doeria tanto em seu coração, mas ela sabia que estava fazendo o certo, que o destino havia preparado algo muito maior para ela.

Rabadash apenas sorriu ao ouvir as palavras da garota, e voltou para o barco onde os outros soldados o aguardavam. Susana continuo ali parada a frente do rio, observando o barco sumir do seu campo de vista, até ela ficar completamente sozinha. A garota fitou a floresta antes de adentrá-la, teria que encontrar a patrulha narniana logo.

Para que o plano funcionasse como o planejado, Susana não levará nenhum tipo de arma para defender-se, levou consigo uma pequena sacola com alimentos que durariam apenas um dia. Durante o restante daquela noite, a garota caminhou e caminhou, mas não encontrará nenhum sinal ou barulho das patrulhas. Ela decidiu encostar-se em uma árvore e descansar um pouco. Quando Susana acordou, o sol já estava se pondo novamente, isso significava que logo as patrulhas das tropas narnianas começariam seus turnos. Ela sentiu a garganta seca, e decidiu procurar algum riacho por perto, andou durante um longo período de tempo e não encontrou nenhum sinal qualquer de água por perto.

Nunca em toda sua vida Susana havia passado por isso, sua barriga roncava de fome a cada instante, e para piorar suas vestes já estavam toda sujas e em algumas partes o vestido estava rasgado. A cada passo a garota sentia suas pernas bambearem. Ela apoiou-se em uma pequena arvore, tentando recobrar a consciência que ela estava perdendo aos poucos. Susana ouviu sussurros, que se tornaram vozes, a garota percorreu com os olhos a floresta escura, e imagens de suas lembranças começaram a surgir a sua frente.

– Prometa-me filha – Miraz tinha o olhar de angustia e esperança sobre Susana – Você tem que me prometer, antes que eu parta!

– Pai, o senhor não irá morrer – Susana acariciava as mãos de seu pai, que estava deitado ardendo em febre – O senhor irá melhorar!

– Não se iluda minha querida – O rei sorriu fracamente – Ambos sabemos que minha hora neste mundo já chegou ao fim! – Susana fitou o pai, que agora tinha uma feição de raiva e amargura - Ele tem que pagar pela morte de seu irmão.

– E ele irá! – Susana disse convicta.

– Então prometa-me que irá honrar a morte de seu irmão com o sangue daquele infeliz narniano – a voz do Rei já estava franca e cada vez mais perdia sua potencia.

– Eu prometo meu pai que ele irá pagar por todo o sofrimento que nos causou – Susana o viu fechar os olhos lentamente, até que o Rei não os abriu mais, nunca mais.”

As imagens sumiram de sua mente, quando Susana começou a ouvir sons parecidos com de cavalgadas. Ela continuou imóvel, não tinha forças para correr ou andar. De repente a garota sentiu algo tocar em seus braços, e virando-a bruscamente. Susana o reconheceu no mesmo instaste que o viu, mesmo com a visão fraca. Um pequeno sorriso brotou em seus lábios por saber que estaria salva e por reencontra um amigo de tantos anos.

– Por Aslam! – o moreno a olhou espantado – O que está fazendo aqui?

– Ed, por favor, me ajude – Susana notou o brasão narniano nas vestes de Edmundo – Por que está vestido como um narniano se você não é um deles? – sua pergunta saiu em forma de um sussurro fazendo com que Edmundo não entende-se o que a garota havia falado.

– Venha, vou tirá-la daqui! – Edmundo disse enquanto carregava Susana para perto de seus soldados.

– O que está acontecendo? – um dos soldados perguntou ao ver tal cena.

– Temos que levá-la ate o Rei – Edmundo disse autoritário, enquanto um de seus soldados descia do cavalo para ajudá-lo com Susana.

– O Rei não gosta de visitas vindas da Arquelândia, ainda mais quando se trata de seres tão repugnantes quanto estes – o mesmo soldado disse desdenhoso ainda montado em seu cavalo.

– Já é o bastante! – Edmundo fez com que o rapaz se calasse com seu timbre de voz – Ela não é qualquer arquelândio!

– Você a conhece, não é mesmo? – o soldado que ajudava Edmundo a colocar Susana em seu cavalo perguntou gentilmente.

– É uma longa historia Rillian – Edmundo subiu em seu cavalo, e Susana confortou-se no peito de seu velho amigo, enquanto cavalgavam rumo ao castelo narniano.


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Notas finais do capítulo

Eaaaaaiiii oque acham desse mais novo capítulo novinho em folha?
Ansiosa para receber suas opiniões, e postar mais e mais capítulos hahahahaha

Beijão, até o próximo :))