Scars escrita por Blue


Capítulo 11
Capítulo X.


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei muito para postar esse capítulo, mas comecei a fazer cursinho e ficou meio difícil de eu entrar essas ultimas semanas, mas prometo postar com mais frequência os próximos capítulos!

Para quem queria e ama momentos Suspian esse capítulo é todinho deles.

E estou muito triste com as leitoras que andam sumindo dos reviews, vamos lá leitoras(o) não custa nada deixar sua opinião, pois é muito importante para mim!

BOA LEITURA A TODOS.



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Capítulo X -

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O sol iluminava o céu claro formando uma bela manhã. Susana já havia terminado seu café da manhã, que fora enviado em seu próprio quarto. Depois do café, Susana resolveu visitar os estábulos, e ficou maravilhada com todos os cavalos ali; puros-sangues, corcéis, frísios. Além de sua paixão por livros, poderia dizer que cavalos era a segunda paixão da garota.

Enquanto ela acariciava um dos cavalos, ela lembrou-se de Frame o puro-sangue branco que havia ganhando de seu pai e de Pedro quando ainda era muito jovem. Ela se deliciou com as lembranças de quando cavalgava montada em Frame, o vento soprar por entre seus cabelos soltos, e o aroma de carvalho que só a crina de seu cavalo possuía. Susana sorriu dando ao cavalo uma outra cenoura.

A garota ouviu de longe sons de galopes e relinchos que logo foram aumentando, só que as batidas de galopes diminuia, como se o cavalo estivesse correndo e agora caminhava suave. Ela viu Caspian surgir montado em um magnífico mustangue negro, ele sorriu ao notar Susana. Ela por sua vez corou levemente e voltou sua atenção ao cavalo acariciando sua longa crina branca que caiam como cascatas.

– Não sabia que gostava de cavalos? – Caspian aproximou-se retirando as luvas que cobriam suas mãos.

– Há muitas coisas das quais você não tem conhecimento sobre mim!

Caspian sorriu constrangido, e os dois ficaram em silencio enquanto o rei observava Susana mexendo na crina do cavalo. A garota se sentiu mal pela resposta dada a Caspian.

– Tem um belo cavalo!

– Destro sempre me serviu muito bem, é um ótimo cavalo, e um amigo também! – Caspian olhou para o próprio cavalo, enquanto um soldado soltava-o de suas rédeas e celas.

– Ele me lembra o meu ultimo cavalo – Susana disse apontando com a cabeça o corcel branco a sua frente.

– O que aconteceu com ele? – Caspian perguntou e Susana sentiu a necessidade de compartilhar suas lembranças com o rapaz.

– Frame era o nome dele, ele era um puro-sangue, mas quando foi dando a mim ele já possuía certa idade, mas ele faleceu alguns anos depois – Susana sorriu triste – Ainda me lembro de quando cavalgava com ele, era como...

– Como realmente sentir-se livre. – Caspian completou a frase de Susana.

Ele sabia como ela se sentia, pois era assim que ele também sentia todas as vezes que estava com Destro. Era como se todas as preocupações e responsabilidades que pesava em seu ombro sumissem. Susana sorriu de saber que compartilhava a mesma sensação com Caspian, era bom não sentir-se tão sozinha. E por mais que ainda senti-se o ódio que nutria pelo rei em seu coração, ela gostava de saber que eles tinham algo em comum. E por nenhum minuto ela desejou que fosse outra pessoa alem de Caspian ali.

– Depois que Frame se foi, nunca tive coragem para ter outro cavalo – Susana declarou.

– Por quê?

– Não queria me apegar novamente e sofrer quando chegasse à hora.

– Compreendo, e sinto muito por Frame. – Susana sorriu agradecida pela compaixão de Caspian – Então o que me diz de cavalgamos uma tardes dessas?

– Seria ótimo – ela sorriu alegre, ha muito tempo não cavalgava.

– Já que estamos aqui me concederia uma caminhada ao seu lado? – Caspian sorriu esticando os braços a Susana.

– Eu adoraria – ela envolveu seu braço ao de Caspian.

Os dois saíram do estábulo e Caspian levou Susana ate o jardim aberto, repleto de flores uma mais lindas do que as outras. A garota ficou maravilhada, era um bonito jardim.

Susana pode notar mesmo com a blusa que Caspian vestia os músculos definidos de seu braço. E por mais que a garota não quisesse admitir, ela gosta de estar perto dele, algo nele fazia Susana sentir-se segura e protegida como se algo jamais pudesse afeta-la, se ela ficasse ali ao seu lado. Gostava quando ele a olhava de canto disfarçadamente e sorria levemente - Por que as coisas tiveram que ser do jeito em que foram!

– Bom estive pensando e cheguei a conversar com meu general para ter uma segunda opinião sobre isso, e claro se eu tiver a sua aprovação, mandarei uma grande tropa narniana até a Arquelândia para devolver lhe o seu trono. Sabemos que seu exército está fraco e vulnerável, devido aos combates que seu país vem enfrentando contra a Calormânia, seria o momento ideal!

O coração de Susana gelou isso não poderia acontecer, seu plano iria de água a baixo se Caspian mandasse tropas até a Arquelândia. Ela sabia tanto quando o rei a real situação de seu exército e não arriscaria a vida de arquelândios inocentes por causa de seu plano.

– Disse algo de errado? – Caspian fitou a afeição aflita de Susana.

– Não de nenhuma maneira, apenas creio que não seja uma boa idéia.

– E por que não?

– Eu compreendo a atual situação de minhas tropas, e lhe garanto que se Nárnia invadir, mesmo que for para tirar Rabadash do comando, nós arquelândios sofreremos as conseqüências através das fronteiras com a Calormânia, e não quero arriscar vidas narnianas e arquelândias por minha culpa!

– Não seria sua culpa – Caspian parou e ficou frente a frente à Susana pegando em suas mãos – É algo que é seu por direito!

– Por direito meu ou não, não vou arriscar vidas inocentes por um empreitada que pode dar errado – Caspian acariciou as mãos finas e delicadas de Susana que sorriu – Talvez devêssemos esperar a situação com a Calormânia melhorar.

– Está bem, se você acha melhor dessa maneira irei respeitá-la, mas se caso mudar de idéia saiba que estarei aqui a qualquer momento!

– Eu sei, e agradeço por isso – Susana sorriu respirando aliviada e envolveu seu braço ao de Caspian novamente, ele sorriu com a atitude vinda da garota.

Eles voltaram a caminhar, e Caspian contou suas historias para Susana, historias de quando ele e suas irmãs eram crianças e as varias historias de terror que as empregadas contavam a eles, para que não aprontasse. Susana também contou algumas coisas sobre sua infância, mas em todas elas, a garota não mencionava Pedro ou o Pai. Eles ficaram caminhando durante um bom tempo. E pela primeira vez depois da morte de Frame, Susana sentiu-se livre novamente, talvez até mais do que quando montava em seu cavalo.


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Notas finais do capítulo

E ai será que mereço reviews ou quem sabe recomendações?

Beijos, e até o próximo!