Fotografias E Notas Musicais escrita por Docinho Malvado


Capítulo 2
A Fotógrafa


Notas iniciais do capítulo

Hey! õ/
Capitulo para conhecerem mais sobre a nossa protagonista, o próximo será para o Taylor! ;)



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Anne tirou a foto do garoto melancólico que lhe parecia tão familiar.
– Hey, garota! – O menino a chamou. – Porque tirou uma foto minha?
– Por nada... – Anne hesitou um pouco.
– Eu nem estava fazendo pose, eu devo ter saído horrível! – Ele resmungou.
– Não, claro que não, você saiu bem! – Disse Anne sorrindo. – Além do mas, as melhores fotos são aquelas não posadas!
– É mesmo? – Ele perguntou realmente parecendo interessado no assunto.

Aquela altura, Anne já estava sentada ao seu lado, no banco, conversando sobre fotografia.

– A fotografia é realmente incrível! – Ela disse. – Eu sempre achei fascinante o jeito como as maquinas conseguem capturar o momento antes que ele acabe. Elas guardam coisas únicas que nunca mais vão acontecer de novo!
– É realmente fascinante. – Ele concordou. – Eu nunca tinha prensado na fotografia desse jeito.
– Um dia eu ainda serei uma grande fotografa, mas enquanto esse dia não chega, eu tenho que me contentar em ser garçonete e fotografar a rua mesmo! – Ela disse e riu.
– Você faz faculdade de fotografia? – Taylor perguntou.
– Por enquanto ainda não, mas pretendo fazer, só me falta á grana! – Ela disse sorrindo e o fez rir.
– Eu queria ter uma banda, mas não conheço ninguém que saiba tocar alguma coisa! – Ele disse melancólico.
– Seja um artista solo, você tem muito talento! – Disse ela realmente sincera.
– Duvido muito, ninguém nem para pra me ouvir...
– Eu parei para te ouvir! – Anne disse sorrindo.

Quando ela disse isso Taylor viu que aquela não era uma garota comum, Taylor viu que existia algo muito especial nela.

– Qual o seu nome? – Ele perguntou.
– Anne Luíze! – Disse ela lhe estendendo a mão.
– Prazer, eu me chamo Edward Taylor, mas me chame só de Taylor! – Ele apertou a sua mão.

O primeiro contanto jamais é esquecido, podem notar nos filmes românticos ou nos livros. Nem que seja um abraço, um aperto de mão, ou até mesmo um esbarrão. Mas no final das contas isso realmente nem importa tanto, pois não é o contato físico que faz um casal feliz, claro que ele conta muito, mas o que realmente faz um casal feliz são as conversas e a compreensão iminente, como se um lesse os pensamentos do outro.

– Foi bom te conhecer Taylor, mas eu preciso ir, só falta uma hora para eu ir para a lanchonete onde trabalho! – Disse ela se levantando.
– É... Eu preciso ir também, a minha mãe fica brava se eu demoro muito... – Ele disse, mas o que realmente queria dizer era: Por favor, vamos ficar mais um pouco e esquecer o mundo!
– Então, a gente se vê por aí... –Disse ela e acenou.
– É, a gente se vê... – Ele disse, mas a garota nem o ouviu.

Taylor foi caminhando para a sua casa. Caminhadas geralmente nos obrigam a pensar, e Taylor pensou, pensou muito, ele pensou em Anne. Ele começou a pensar em toda a conversa rápida que teve, em como Anne tinha o cabelo castanho, bem comprido. Aqueles olhos castanhos que ele jamais esqueceria também estavam dominando os seus pensamentos. Ele estava pensando até mesmo no som de sua risada, e em como ela sorria sem mostrar os dentes.

Anne também foi caminhando para o seu trabalho, foi uma caminhada um pouco rápida, mas isso não a impediu de pensar também. Anne pensava em como aquele garoto ouvia atentamente cada palavra que ela dizia, em como ele quase não falava, em como ele conseguia guardar suas emoções para si. Anne o invejou por isso. Anne sempre quis ser quieta e comportada, não ser tão explosiva e marrenta, ela sempre quis ser uma boa garota, mas nunca conseguiu. Aquele extinto de aventura de menina solta era mais forte do que tudo. Ela era uma bomba, por isso costumava afastar as pessoas dela, por que queria ferir o menor numero de pessoas possíveis quando explodisse.

– Finalmente chegou na hora, Anne! – Disse Antônio quando a garota passou pela porta da lanchonete.
Antônio era o seu chefe, ele era o dono da lanchonete, um senhor comum de meia idade que se importava muito com “coisas de família” que Anne não entendia.

– É... Hoje o Senhor me pagará o dobro por isso! – Anne disse brincando e ele riu.
– Vá se trocar, nós abriremos daqui á cinco minutos! – Ele disse e Anne assentiu indo para o banheiro dos funcionários.

Anne era uma garota bonita, tinha curvas adequadas, não era vulgar de jeito algum. Ela era daquele tipo raro de garota que conseguia enlouquecer os homens apenas pelo olhar. Um pequeno fato sobre Anne: Ela sempre conseguia o que queria.

A lanchonete Rocket, onde Anne trabalhava, era velha e comum. Era um negócio de família, Antônio contratava apenas familiares, mas quando viu a decidia Anne entrar pela porta soube que precisava dela como funcionaria. Não havia nenhuma placa de “Contrata-se” do lado de fora, mas mesmo assim Anne entrou e perguntou: “Precisam de uma garçonete?”. Anne carregava uma velha maquina fotográfica no pescoço e uma pequena mala nas mãos, Senhor Antônio viu que ela era nova na cidade e estranhou tanto atrevimento para uma turista de Londres. Foi o atrevimento de Anne que o impressionou tanto. Ele a contratou no mesmo instante e não se arrepende dessa decisão até hoje.
No primeiro dia de Anne em Londres ela já conseguiu um emprego e um apartamento. O apartamento dela era extremamente pequeno, velho e barato. Anne avia roubado uns 200 dólares da carteira de seu “pai bêbado” antes de sair de casa. Tinha gastado com passagem e comida, no fim só lhe restou uns 150 dólares. Ela viu o anuncio do seu apartamento em um jornal e foi lá conversar com o proprietário. Como já mencionei antes, Anne conseguia tudo o que queria. Deu seus 150 dólares para o proprietário e ficou com o apartamento. Um pequeno detalhe: Anne paga 150 dólares por mês até hoje.

– Anne, a mesa sete quer fazer o pedido! – Disse Liesel, a sobrinha de Antônio e amiga de Anne que também trabalhava no local.
Liesel tinha apenas quinze anos e admirava Anne. Todas as garotas admiravam Anne e queriam ser como ela. Mal sabiam as garotas que Anne não era nada perfeita.

– Já vou! – Disse ela caminhando em direção da mesa com o seu bloquinho de anotações. – O que vão querer? – Ela perguntou ao grupo de amigos sentados na mesa.
– Ah, ainda não me decidi, estou em dúvida... – Comentou uma mulher para seu marido.
– Olha, eu se fosse você escolheria a porção de fritas e o Hambúrguer. – Disse Anne sorrindo simpática. – É o meu favorito!
– Mas não é muito calórico? – A mulher perguntou preocupada.
– É sim. – Anne foi sincera. – Mas é muito gostoso, e se a Senhora está com vontade de comer coma, porque a vida é curta de mais pra ficar passando vontade! – Disse Anne e sorriu.
– É, você está certa! – Disse a mulher.
– Todos nós vamos querer a porção de fritas e o Hambúrguer! – Disse o marido da mulher empolgado.
– E pode mandar uma Coca-Cola pra acompanhar! – Disse uma outra mulher rindo.
– Pode deixar! – Disse Anne rindo também.

Anne sempre foi uma garota sincera, nunca teve medo de dizer o que pensava. Eu ainda acho que por isso ela se metia em tanta confusão.

– Porra Anne, vai pegar mais gorjetas? – Perguntou Jake, filho de Antônio, que também trabalhava na lanchonete e era amigo de Anne.
– Sei lá, ainda nem levei os pedidos! – Disse Anne rindo.
– Com certeza ela vai! – Disse Lin, a esposa de Antônio, que era a gerente e não gostava nem um pouco de Anne. Na verdade, Lin não gostava de Anne por pura inveja, Lin gostaria de ser como Anne novamente, Anne lembrava a sua juventude perdida.
– Quatro Hambúrgueres, quatro porções de fritas e uma Coca-Cola grande para a mesa sete! – Disse Anne entregando o pedido para Carlos, irmão de Antônio, que cozinhava.
– Saindo o pedido! – Carlos Disse já com os pedidos prontos.
Carlos era do tipo de homem organizado, ele era tão habilidoso que trabalhava sozinho na cozinha.

Anne foi caminhando com a bandeja na mão, entregou os pedidos e ganhou uma ótima gorjeta.


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Notas finais do capítulo

Reviews?
XoXo



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