Como já disse, nossa garota se chama Anne Luíze, ela tinha dezoito anos, era dessedente de franceses, adorava a cor azul e era morena. Anne era uma garota sonhadora e tinha uma maquina fotográfica velha, por um momento era tudo o que ela tinha quando saiu da casa de seus pais para a grande capital da Inglaterra: Seus sonhos, uma maquina fotográfica velha e algumas roupas dentro de uma pequena mala. Anne foi uma garota extremamente rebelde, fugir de casa foi um marco para sua rebeldia. Anne nunca se sentiu em seu lugar, ela simplesmente não gostava de onde vivia. Ela amava sua mãe e deixa-la foi à coisa mais difícil que já fez, mas Anne não podia mais aguentar vê-la apanhando todo dia de seu pai bêbado. Uma coisa muito importante que vocês precisam saber sobre nossa protagonista: Ela não acreditava no amor!

Nosso garoto se chama Edward Taylor, ele gostava de ser chamado somente de Taylor, tinha dezesseis anos, amava música e tinha um gato chamado Titânio. Taylor sempre foi um garoto quieto, mas sempre teve uma mente barulhenta. Taylor cresceu numa típica família da classe média de Londres. Para comprar sua guitarra teve que economizar um ano. Seus pais eram felizes juntos, ou pelo menos fingiam ser na frente dele. Taylor nunca teve uma namorada, tinha beijado somente duas garotas na sua vida toda, digamos que ele não fazia o tipo das garotas de sua escola, nunca nenhuma delas chamava a sua atenção o suficiente. Um fato importante sobre Taylor: Ele acreditava nessas besteiras de destino, amor eterno e alma gêmea!

Um dia Taylor foi tocar guitarra na rua, ele gostava disso, ninguém parava para ouvi-lo, ele tocava apenas por tocar, apenas para desabafar o que sentia. Por destino ou não, nesse mesmo dia Anne decidiu sair para fotografar a paisagem urbana, não eram fotos posadas, eram apenas pessoas seguindo suas vidas, despreocupadas, sem reparar na garota parada com uma maquina na mão.

Anne viu Taylor através de sua lente, ela o achou tão simbólico, ele estava tocando uma velha música dos Beatles, á musica favorita de Anne, sentado em um bando na calçada oposta. Anne sentiu em seu coração que precisava registrar aquele momento tão único antes que ele acabasse. E é assim que nossa história começa, com algumas notas musicais vindas de uma certa guitarra preta e uma fotografia vinda de uma velha máquina fotográfica.