Jogos Vorazes - Reerguendo das Cinzas escrita por Herdeira de Sonserina


Capítulo 15
Capitulo 15


Notas iniciais do capítulo

Será mesmo que eles sairam da arena?
Descubra!



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Saímos do transe das estrelas e decidimos começar nossa jornada. Aquela pequena lagrima havia se transformado num sorriso. O sorriso em que toda minha felicidade estava reunida.

Levamos alguns minutos para descer no meio da penumbra. O escuro nos deixava ainda mais silenciosos. O escuro era um problema. Mesmo com a luz do luar não conseguíamos visualizar as arvores direito, e só tínhamos uma lanterna para dois pares de olhos. Algumas vezes ficávamos rindo um da cara do outro. Quando James ou ate mesmo eu, batíamos de cara em um pinheiro.

Ainda não havia indícios da manhã. Andávamos desolados na mata escura. Acho que os idealizadores ainda não se tocaram do nosso plano. Em minhas mãos as duas adagas. James estava com seu velho facão de sempre. O clima na arena estava tão calmo que poderíamos esperar os outros tributos se matarem ate nos dois sermos vitoriosos. Mas mesmo assim só um é vitorioso. É por isso que eu e James estamos fugindo.

Acho que as câmeras estão nos vigiando, pois somos praticamente os únicos tributos acordados á esta hora. 2 km. 2km sem nenhuma armadilha. Sem nenhuma surpresa. De acordo com a nossa visão estamos chegando perto do grande muro da arena.

Não paramos para comer. Em uma de minhas mãos a coxa do ultimo coelho caçado estava sendo devorada. James comia a outra coxa. Bebemos água e continuamos nossa trilha. Decidi subir em uma arvore para ver nossa localização. Estamos pertos com certeza. Já não avistava a Cornucópia e aparentemente não vejo nenhum outro tributo num raio de 1km.

– Lisa sai dessa arvore! – Berra James. Viro-me imediatamente e uma bola de fogo vem em direção do meu rosto. Jogo-me contra o chão. As chamas tinham dominado tudo. Tudo mesmo. Para todos os lugares que olhávamos estava em brasas.

– Temos que ir contra o fogo! – Digo – Coloca a armadura logo! – Grito para James que estava correndo um pouco atrás de mim.

– Vai! Vai! – Grita ele arremessando o botão contra seu corpo. A armadura protegeu meu corpo contra o fogo, mas aquele cheiro de fuligem que havíamos sentido antes entra em minhas narinas rapidamente. As chamas ainda estavam atrás de nós. Andava cambaleando graças a fumaça toxica das chamas.

– Sua jaqueta! Ela esta pegando fogo! – Grita James. Jogo a jaqueta cinzenta de Gary entre as chamas e corro como louca. Vejo as bolas de fogo me seguindo e me contorço ao vento tentando me desviar. James da um gemido atrás de minha cabeça. Ele se feriu certamente. Olho de relance e vejo que seu pescoço estava negro. As chamas haviam lhe pegado.

– Joga a bolsa no chão! James! – Grito em meio à floresta. Vejo a bolsa com a comida sendo arremessada entre o fogo. Ele ainda estava carregando a barraca. Por sorte, quem estava carregando a mochila com os micros chips e com os suprimentos era eu. James só carregava a mochila com a comida, que poderia ser estocada.

As chamas estavam chegando perto de nós quando avistei um pequeno lago. Deixei a mochila na boca do lago e pulei na água. Quando finalmente olhei para trás vi que James só havia se queimado entre o pescoço. O escudo tinha protegido seu corpo. Nas pontas de seu cabelo ruivo ainda tinham algumas fagulhas do fogo.

Uma dor de cabeça causticante havia chegado. Por causa do gás toxico de fuligem com certeza. Cheguei à beira o lago e vomitei tudo que havia posto em meu estomago. Não me senti envergonhada, mas o gosto amargo do vapor toxico ainda estava em minha garganta. Ali estava eu, de quatro a beira do lago vomitando tudo que havia comido em menos de um dia. James chegou rapidamente para me ajudar. Vi seu pescoço em cinzas.

– Tá tudo bem com você? – Digo meio zonza.

– Não se preocupe comigo... Sou acostumado com queimaduras! – Diz ele passando a mão em seu pescoço negro. Não estava em carne viva. Já era um começo. Ainda estava um pouco tonta com as toxinas que havia engolido. A noite foi iluminada pelas chamas literalmente.

Ficamos na água por um tempo para deixa às coisas de acalmarem. Ainda boiando sobre o lago tratei o ferimento de James com uma espécie de pomada que estava no fundo do Kit primeiro socorros. Decidimos ainda ir para o lado de onde vinheram as chamas, pois sabíamos que estávamos perto do campo de força.

O cheiro não havia aliviado. Ainda estava pior. Para proteger nossos olhos usamos os óculos. Que incrivelmente serviam para noite. Dava para se ver tudo. Como fomos ridículos. Poderíamos ter usado esses óculos a tempo.

James arrancou um pedaço de sua blusa. Molhamos com água e iodo e colocamos em nossos rostos por causa da fumaça. A respiração estava mais limpa por sinal. Usamos os óculos e o escudo que a própria Capital havia nos dado.

Caminhamos por dentro das cinzas e chegamos a uma parte da arena que não havíamos visto ate agora.

– Devemos estar perto! – Diz James. Depois de sua voz ronronar em meus ouvidos, escuto um estalo saindo do chão. As pedras minúsculas que estavam repousadas no chão da floresta começam a vibrar. As arvores começam a balançar como num terremoto. Não conseguimos segurar em nada. – É uma espécie de terremoto! – Grito para James.

A mochila estava presa a meu corpo e a barraca presa ao corpo de James. Me agarrei numa arvore à minha esquerda. Enquanto James tentava se equilibrar no chão.

– Lisa! Segura na minha mão! – Grita ele, estendendo seu pulso. A terra debaixo de nossos pés estava se rachando. Iriamos cair numa espécie de calabouço quando James me puxou para cima de uma arvore.

Por um segundo lembrei-me de Rue e de seus movimentos nos galhos. Saltamos entre os galhos das arvores, enquanto a terra desmoronava diante dos nossos pés.

Meus olhos não conseguem enxergar mais o chão. Só vejo grandes crateras abrindo em meio ao piso da arena. Um galho me desequilibra e meu corpo esta sendo arremessado contra o buraco ao chão.

A mão firme de James me segura e corremos entre os galhos das arvores que ainda estavam em pé. – Olha pra onde tá correndo! – Grita James. Meus olhos estão centrados nos galhos novamente ate que uma grande força me lança para trás.

– O Campo, Lisa! Chegamos ao campo! – Grita James. Ao olhar para trás vejo alguns pássaros assassinos em nossa direção. Eles iriam nos matar. Os idealizadores não iriam aturar dois tributos fugitivos. James luta bravamente encima do galho, dando facadas no ar para espantar os abutres assassinos.

– Logo Lisa! É agora ou nunca! – Diz ele num grito.

Tiro os dois dispositivos que restavam no meu bolso e os ativei com um simples toque. Uma voz em minha cabeça diz É só jogar Lisa! Jogue esse pedaço de metal contra a barreira! Meus olhos se enchem de lagrimas e eu lanço os dois micros chips contra o muro de energia.

Uma espécie de explosão nos lança para trás. Não vejo mais nada em minha volta.


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