Jogos Vorazes - Reerguendo das Cinzas escrita por Herdeira de Sonserina


Capítulo 14
Capitulo 14


Notas iniciais do capítulo

Começando a vingança >:)
A vingança pode esperar por anos... Mas sempre chega seu momento!
— Lisa White



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James rapidamente largou o facão no chão. Levanto-me tentando visualiza-la entre os galhos. A garotinha é tão pequena que consegue voar literalmente entre os galhos das arvores.

– Não precisa ter medo! Não iremos te matar! –Diz James.

Seus olhos negros nós encaram das alturas. Sem dirigir nenhuma palavra. Ela não estava com Thresh. Acho que ele quis tomar seu rumo sozinho. Mas ainda estava viva. A pequenina garota mesmo sendo frágil e indefesa ainda estava viva. Rue era determinada. Sabia oque fazer.

– Rue... Você precisa de ajuda? – Pergunto a ela.

Nenhuma palavra sai de sua boca. Seus pequenos dedos nos guiam ate um corpo adormecido. Era a garota do 12. Ela não havia morrido. Fico espantada. Mas como? Se ela não morreu quem morreu? Mas perguntas sem respostas. Essa garota do 12 não poderia ser menos misteriosa?

– Ela não está morta... Só esta dormindo! – São as primeiras palavras que Rue diz. – Preciso de ajuda para carregá-la... Por favor, me ajude! – Diz ela implorando.

– Tudo bem! – Diz James. – Já carreguei rolos de tecidos mais pesados do que ela. – Diz ele tentando pega-la de um jeito sem machucá-la.

A garota do 12 estava caída. Como eu depois do treinamento individual. Em suas mãos um arco e em seu tronco uma aljava. Enquanto James à levava entre seus braços eu carregava sua mochila fortemente alaranjada, seu arco e suas flechas de prata. Seus cabelos eram castanhos e estavam presos a uma trança. Seu rosto estava com um ar de cansaço. Aquela era a garota que foi transformada numa fogueira na cerimonia. A garota que se ofereceu no lugar da irmã. A garota que acreditou no menino que deve estar esfaqueado neste momento.

James não está rindo. Muito menos eu. Rue nos leva ate um lugar mais fechado. Para dentro da mata. Acho que ela estava com medo de ficar perto do lago. Por que sabia que se deixássemos aquela garota ali, Cato voltaria para acabar seu serviço.

Chegamos a um pequeno acampamento montado por Rue. Que garotinha esperta. Onde ela guardava suas mochilas e onde dormia segura. James deita a garota delicadamente em algumas folhagens e eu deixo sua mochila e seu arco junto ao seu corpo. Enquanto isso, nós oferecemos um pouco de coelho para Rue e um pouco do suco que eu havia guardado num dos nossos odres. Ela comeu como uma faminta. Especialmente o coelho. Compartilhamos o jantar juntos. O entardecer chegou e decidimos dormir junto a Rue e a ‘’bela adormecida’’.

Acho que Rue estava mais tranquila. Ela tinha alguém que pudesse confiar. Gostei dessa pequena garotinha. Decidida. Ajudou outro tributo mesmo sabendo de que aquilo poderia prejudicá-la.

Naquela noite a lua nos iluminava. Com a lanterna entre as mãos James lia as pequenas folhas mofadas do seu livro. A garota do 12 ainda estava morta para o mundo e Rue havia cochilado entre meus ombros.

Não estava com a mínima vontade de dormir. Olhei fixamente para as estrelas e avistei aquela que poderia chamar de ‘’minha’’. Era uma estrela distanciada. Mas brilhava mais que as outras. Eu a observava todos os dias. No mesmo lugar. Com a mesma luminosidade. Algumas vezes ela ofuscava a luz do luar. A minha estrela. Aquela estrela que poderia ser o olho de Marcus me observando. Querendo me dizer algo.

Virei minha visão para James e percebi que ele havia dormido com o livro entre o rosto. Deitei cuidadosamente Rue entre o tronco de James e as costas da garota das chamas – Por um instante pensei na possibilidade daquela garota queimar Rue completamente – Rir por alguns segundos silenciosamente. Retirei o livro empoeirado do rosto de James e o deixei fechado sobre suas pernas. Tirei o cabelo de seus olhos e o beijei na testa.

Caminhei sobre a floresta negra e escura da noite, tentando não distanciar muito do acampamento de Rue. Foi quando escutei o hino retumbar em meus tímpanos. Meus olhos estavam centrados no céu. E a foto de Glimmer aparece no vão. Ou Cato matou ela, pois achou que não precisava mais de seus serviços ou a própria Katniss atirou uma de suas flechas em seu peito.

Subi em uma arvore alta. Para visualizar as estrelas melhor. Acho que os idealizadores estavam dando um Close em mim. Pois escutava em meio ao silencio, o barulho das câmeras me visualizando.

Como a garota do 12 ainda esta viva? Como ela sobreviveu ao grupo de carreiristas? E ainda matou Glimmer mesmo ferida? Penso na expressão de Cato hoje de manhã. Peeta gemendo em meio à mata com a perna perfurada. Penso no corpo estendido no chão da garota do 12. Não conseguia a chamar de Katniss. Não sei por quê. Só conseguia lhe identificar como ‘’garota do 12’’. Era como um apelido.

Katniss. Uma pequena flor que era rara em nosso Distrito. Era uma flor belíssima. Só havia visto uma ramificação em toda minha vida. As raízes são deliciosas. Lembro quando meu pai colheu tubérculos numa certa manhã. Em meio às raízes havia um pequeno pé de Katniss. Senti um gosto de felicidade em minha boca.

Estava viajando no nome da garota das chamas e lembrando-me das manhãs com minha família. Deitei sobre um galho fino e vistoso. Depois de cochilar por algumas horas nos galhos daquela arvore, acordei com um chiado diferente. Era um pequeno paraquedas que havia brotado do céu. Abri rapidamente o embrulho e vi que eram caramelos. Não as balas industrializadas da Capital, mas sim as do Distrito 8. Aquelas que tinham sabor de alegria. Aquelas que não me faziam vomitar.

Lembrei-me de Phil. Quando ele trazia um saco dessas belezinhas coloridas. Eu chupava caramelo quando a saudade da família era muito forte. Quando via meus irmãos chorando de desespero. Quando via tudo desmoronando. Chupava os caramelos para lembrar-se da esperança que não existia.

Coloquei um caramelo entre os dentes e lembrei-me de Anna e Nicolas. Que deveriam estar me observando nesse momento. A vontade que tinha era de encarar alguma câmera e dizer bem a eles o quando eu os amo. Queria dizer que ainda lembro-me deles. Mesmo naquele momento crucial em minha vida. Meus dois irmãos. Minhas duas vidas. Meus dois ‘’tudo’’.

Guardei o resto das balas para um momento especial. Para o momento no qual eu precisasse de amparo emocional. Só o doce sabor das balas poderiam me amparar.

Desci da arvore e encontrei as almas desoladas dormindo em pleno luar. James, um brutamonte de 2 metros de altura que não me dava medo. Rue, a garotinha do coração de ouro. E a famosa Katniss, a menina imortal, que passava por diversas dificuldades em sua vida, mas mesmo assim poderia quebrá-las.

Adormeci ao lado de James. Com uma das adagas entre meus dedos. O frio da noite não me atingia. Não sei porque.

Acordei debruçada sobre um galho no chão. Rue me oferecendo um punhado de frutas frescas e James me ajudando a levantar. A garota do 12 ainda estava inconsciente. Presa no mundo dos sonhos. Espantei-me. Será que ela havia dormido e os idealizadores esqueceram-se do canhão? Comemos um verdadeiro banquete de frutas e nozes naquela manhã. Rue se afastou um pouco de nos para arrancar algumas folhas de um pequeno arbusto.

– Para que é isso? –Diz James a perguntando.

– São para as ferroadas! – Diz Rue, mastigando um punhado das ervas.

– Ferroadas? – Pergunto.

– Ela levou algumas ferroadas de teleguiadas! – Fala Rue pressionando um pouco da pasta de folhas num caroço na mão de Katniss.

– Então foi por isso que os Carreiristas saíram correndo pro lago! – Diz James.

– Ela conseguiu jogar um ninho delas nos Carreiristas... – Fala Rue.

– Teleguiadas... São aquelas vespas geneticamente mortificadas, que a Capital usava contra os rebeldes! – Digo rindo.

– É por isso que ela está inconsciente... Algumas ainda conseguiram lhe picar, a deixando assim! – Fala Rue.

– Glimmer foi um dos alvos das vespas? – Digo a Rue.

– Felizmente sim! Ela não foi esperta o suficiente para correr para o lago... – Diz Rue.

– Aposto que ela quis mata-las com suas próprias mãos... – Fala James.

– Eram muitas por sinal... – Falo comendo um pé de coelho.

– E o amigo dela? O garoto do 12? – Digo.

– Ele? Quis protegê-la e acabou se dando mal! – Fala Rue colocando um punhado de frutas na boca da garota adormecida.

– Nos vimos o garoto esfaqueado! – Diz James.

– Foi um dos golpes de Cato! – Fala Rue.

– E Thresh? Ele não está com você? – Digo.

– Ele sumiu logo na Cornucópia... Nunca mais o vi desde ali! – Fala Rue.

– Mas estamos aqui com você! Não se preocupe você está segura! – Diz James rindo e acariciando os belos cabelos negros da garotinha.

– James... Você sabe que não vamos poder ficar por muito tempo! – Falo a ele com um olhar severo. Não queria magoar Rue. Era uma garota adorável. Não queria lhe trazer confiança. Pois tínhamos um plano em que não poderíamos incluí-la.

– É, isso é verdade! – Fala James com um tom de desanimo.

– Não tem problema, não quero que vocês fiquem presos a mim! – Diz ela sem rancor. – Eu sei que ira chegar a um ponto no jogo em que teremos que matar! – Fala ela como se fosse uma garota de 18 anos autoritária.

– Não iremos te matar! Não temos coragem! – Digo em um tom alto.

Minha raiva havia chegado. Aquela raiva que fazia meu sangue borbulhar. Aquela raiva de ver pessoas rindo na Capital, enquanto morríamos como bestas nesse matadouro. Ver meu pai morrer sem dignidade. Ver minha mãe morrer por maus tratos. Ver a pequena Rue indefesa.

Quando vi que Rue não estava olhando puxei James para trás de uma das arvores um pouco distantes do acampamento. Ele era forte, mas não impediu, pois viu que eu queria falar particularmente com ele.

– Não podemos dar muita confiança a ela! E você sabe por quê! – Digo com os olhos serrados em suas pupilas.

– Eu sei! Só queria que ela não se sentisse sozinha aqui dentro... – Fala James.

– Vamos sumir daqui a noite tudo bem? – O pergunto.

Enquanto estávamos conversando civilizadamente ativei um dos meus dispositivos. O Catalisador. Aquele micro chip que causa defeitos em aparelhos eletrônicos ao nosso redor. Agora poderíamos falar abertamente sobre o plano.

– Vamos começar a caminhar para a borda da arena e se manter vivo! – Digo.

– Os idealizadores estão nos ouvido? – Pergunta ele.

– Não. Eu ativei um de meus dispositivos, podemos conversar abertamente! – Digo. – Voltando ao assunto, temos que sair logo daqui, entendeu? – Falo com os olhos centrados em seu rosto.

– Tudo bem! O plano é seu, iremos nos distanciar de Rue ao anoitecer! – Diz ele, concordando.

Desativo o micro chip e vejo as câmeras começarem a nos captar novamente. James não diz nenhuma palavra de nossa conversa privada. Nem eu. Caminhamos para junto a Rue novamente e arrumamos nossas mochilas.

Decidimos nos distanciar do acampamento de Rue e da garota que ainda estava ‘’morta’’. Já estamos certos que hoje à noite iriamos começar o nosso grande plano. Para enganar a Capital, passamos o dia colhendo frutas e caçando alguns coelhos nas redondezas. Não iriamos mais voltar para Rue. Acho que a garota do 12 poderia cuidar muito bem dela.

Por alguns instantes me certifiquei que não havia perdido nenhum micro chip. Não poderia perdê-los. A tarde caiu e decidimos voltar para o ponto mais alto da arena. Daquele ângulo poderíamos visualizar qualquer ponto da arena. Poderíamos visualizar bem o campo de aonde iriamos andar.

Andamos por algumas horar, enchemos nossos odres na velha fonte e finalmente chegamos à grande rocha. James usou algumas cordas e me ajudou a subir. Visualizamos com o binoculo. Era longe por sinal. Iriamos precisar de muita garra para chegar à extremidade da arena. Mas eu não vou desistir facilmente. Agora que cheguei ate aqui meu plano tem que ser efetuado.

– Você esta pronto? – Digo rindo.

– Sempre estive! Não vai ser fácil... – Diz ele.

– Eu nunca disse que ia ser fácil! – Completo.

A tarde ainda estava pairando quando descasamos sentados sobre as rochas. Comemos o resto do coelho da manhã e tomamos água.

O clima naquela arena estava tão calmo desde o banho de sangue na Cornucópia que estava dando cansaço. Sem adrenalina. Sem carreiristas. Acho que nos éramos as duas pessoas que ainda não haviam dado as caras com os carreiristas. E nem queríamos dar. Não queria me ferir por bobagem ou ferir alguém por besteira.

– O clima na arena está tão...

– Calmo! – Completo a frase de James.

– É... Poderíamos ficar semanas por aqui, e esperar os outros se matarem! – Fala ele.

– Também estou sentido falta da adrenalina! – Falo rindo.

– Iai? Vamos começar logo? – Fala ele me encarando com seus dois olhos azulados.

– Também estou ansiosa, James... Mas tudo tem seu tempo! – Falo.

Ele pisca um dos seus olhos e da um sorriso para mim. Imediatamente eu ativo o Catalisador e começamos aquela velha conversa privada.

– Vamos ao anoitecer não é? – Diz ele.

– Sim! Não quero os carreiristas na nossa cola! Tipo, daqui a pouco eles iram começar a procurar novas vitimas! E eu quero esta longe o suficiente, para só me preocupar com as armadilhas da Capital! – Digo.

– Você pensa em tudo não é? Diz ele rindo.

– Eu penso nessa vingança desde que eu me entendo por gente! Eu tenho essa arena na palma da mão entendeu! – Digo num tom razoavelmente auto. – Eu treinei. Preparei. Calculei. Tudo! Tudo está saindo como eu planejei! – Digo o encarando.

– Você só não contava comigo não é? – Diz ele.

– É! Eu só não cotava com você! Você é a esperança que ainda vive em mim, entendeu! – Digo. – Você entrou agora não vai sair mais! – Falo. Não queria reclamar com James. Mas ele certamente queria brincar comigo. James era o tipo de garoto em que você poderia confiar. O garoto que te ajudava. Mas o garoto que se fazia de coitado nas horas dificifeis. Essa a diferença entre ele e Phil. Se Phil tivesse comigo agora, nós já estaríamos andando entre a mata, buscando o campo de força. Mas James não. Eu ainda tenho que o conhecer. Conhece-lo como começo Phil. Ter certa afinidade e confiança. Esse era o meu primeiro objetivo ali.

– Não vou sair! Não se preocupe, não irei te deixar! – Fala ele com a voz calma e baixa. Entre sua boca um sorriso surge. Não um sorriso sarcástico como o de Clove ou um sorriso falso como o de Marvel. Mas sim um simples sorriso de um garoto desesperado do Distrito 8.

Desativei o Catalisador antes de os idealizadores dessem conta do nosso dispositivo. Arrumamos as mochilas inteiras. Decidi usar os óculos que vinheram na caixa. Mas não serviam para nada, ao contrario eles pioravam a vista. Estocamos toda nossa comida em uma das bolsas. Na outra guardamos os equipamentos. Lanterna. Óculos inúteis. Saco de dormir milagroso. Os fósforos e etc... As luvas que haviam me esquecido no fundo da minha mochila estavam me esperando. Com a pequena faca que Clove havia-nos ‘’dado’’, cortei buracos para os dedos e cobri só as palmas das mãos com aquele material sintético. James vasculhou sua bolsa novamente e me mostrou os dois botões que haviam vindo junto sua mochila.

– Oque será que é isso? – Fala ele.

– Sei lá! Uma espécie de botão... – Digo. Automaticamente um dos botões gruda em minha roupa. E uma espécie de ‘’escudo’’ rodeia meu corpo. Era uma tecnologia incrível. O escudo protegia meu corpo dos tornozelos ate o meu pescoço. E o mais incrível que haviam magicamente dois escudos na mochila. Ou era um sinal de Deus ou os idealizadores estavam do nosso lado.

– Que fantástico! – Digo espantada.

– Nossa! Nem sabíamos que um botãozinho deste tamanho poderia ser útil! – Fala ele.

Guardamos o escudo em nossos bolsos e terminamos de organizar tudo. James era tão forte que conseguia carregar facilmente a barraca e uma mochila razoavelmente pesada.

De acordo com o binoculo de James o campo de força estava mais perto ao lado leste da arena. Conversamos um pouco e decidimos começar nossa jornada na madrugada. Teríamos que repor nossas forças. Não iriamos dormir por um bom tempo, pois teríamos que nos preocupar com as surpresas dos idealizadores.

Deito-me sobre as estrelas novamente. O anoitecer tinha chegado. Rapidamente por sinal. James ao meu lado. Sem saco de dormir ou barraca. Estávamos deitamos sobre a rocha observando o vão escuro acima de nossas cabeças.

– Está vendo aquela estrela! – Digo a James apontando para um ponto brilhoso no céu.

– Sim? – Diz ele com um tom irônico.

– Desde que meu irmão morreu ela surgiu em minha vida! Ali no mesmo lugar. Com a mesma luminosidade... – Digo a ele.

– Não sabia que você observava estrelas... – Diz ele.

– Era meu Hobbie com meu pai... Nas noites tênue do Distrito 8, nos observávamos as fases de lua! – Digo quase chorando. Não poderia chorar na frente de toda Panem.

– Queria compartilhar a mesma coisa com meu pai... – Diz ele com a voz baixa.

– Seu pai também morreu drasticamente? – Digo.

– Não... Nunca ouvi falar nele por sinal! – Diz ele olhando a ‘’minha’’ estrela.

– Se ele ainda estiver vivo? – Pergunto.

– Não tenho motivos para procura-lo! – Diz ele com a voz forte.

– Dois filhos sem rumo! Bem vindo ao clube! – Digo nem expressar ironia.

Por alguns minutos ficamos em silencio. Analisando as estrelas do alto. Que belas vidas as nossas. A garota órfã do Distrito 8 e o garoto que nem ao menos conheceu o próprio pai. Eles poderiam desgraçar nossas vidas! Já tinham feito isso. Nossas vidas medíocres. É por isso que não tenho medo da morte. Quem sabe quando eu morrer a minha estrela não ira ficar observando Anna ou ate mesmo Nicolas do alto. E James. O garoto que nem ao menos conheceu seu pai. Que não pode compartilhar momentos inesquecíveis em sua vida.

Uma lagrima desce em minha bochecha do nada. Sei lá. Minha raiva. Minha aflição. Meu medo. Meu desprezo. Tudo reunido naquela única lagrima. James olha de relance para mim e não me interrompe. Ele me deixa derramar a única lagrima contra a Capital.

Sinto a pequena gota salgada escorrer sobre meu rosto e pousar na rocha diante nos meus pequenos cabelos curtos. James estava silencioso. Tiro dois caramelos de meu bolso e solto um simples.

– Quer um?

Ele pega com seus pequenos dedos um caramelo em minha mão. Ficamos lá deitados. No frio da noite. Olhando para as estrelas. Sem conversar. Só imaginando, para aonde os ventos da vida iram nos levar.


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Notas finais do capítulo

Começando a vingança contra o titio Snow
Que a sorte esteja a favor da vingança >:D



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