Jogos Vorazes - Reerguendo das Cinzas escrita por Herdeira de Sonserina


Capítulo 13
Capitulo 13


Notas iniciais do capítulo

A arena é tão romântica para Lisa :P
Porque :S



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– Você sabe que eu odeio que me chama de Elizabeth! – Digo rindo. Olhei para algumas arvores abaixo de nossas cabeças. Para que toda Panem não visse minha cara de vergonha.

– Você me odeia? – Fala ele com um sorriso irônico.

– Prefiro não responder! Vou me deitar, acordei muito cedo hoje! – Digo entrando na barraca.

– Boa noite Sr. White! – Diz ele. – Vou ficar mais um pouco aqui! – Diz ele.

A barraca que James agarrou na Cornucópia é extremamente grande. Entro com facilidade. Deito-me sobre meu saco de dormir que me agasalha. James usou o plástico para cobrir o chão. Meus olhos se fecham por alguns instantes, mas não consigo descansar a mente.

Penso naquele beijo. No beijo que certamente toda a Panem viu. Phil. Só penso nele. Phil também havia me beijado naquela manhã no Edifício da Justiça. Não sei oque sinto por ele agora. Nem por ‘’eles’’. Antigamente eu andava com Phil o tempo todo. Todas as garotas nos olhavam. Eu sempre escutava fofocas do tipo ‘’ eles já têm casamento marcado’’ ou ‘’ aposto que ela está gravida dele!’’. Mas não. Nós andávamos juntos para mantermos vivos. Não tínhamos nossos pais para nos bancar. Tínhamos que se sustentar sozinhos. Phil havia desafiado nossa barreira de amizade. Éramos simplesmente amigos. Não passaram disso. Mas depois daquele beijo uma coisa também cresceu em meu coração!

A mesma coisa ocorreu com James. Nem o conhecia afinal. Eu só havia escutado sua voz uma vez. Quando meu irmão faleceu e ele sussurrou em meu ouvido ‘’ tudo vai ficar bem’’. E tudo praticamente ficou bem. Comecei a conhecê-lo quando descíamos para o pequeno banco da pequena praça artificial. Quando contamos nossos segredos uns ao outro e quando ele quis se juntar a mim no plano de fuga. James havia invadido minha mente completamente.

O amor era traiçoeiro. Phil ou James. James ou Phil. Nenhum praticamente. James expos minha identidade a toda Panem. Agora todos os loucos da Capital iriam achar que sou apaixonada e não vingativa. Queria esquecer os dois. Mas no fundo do coração queria que os dois tivessem junto de mim nesse momento. Tanto Phil quanto James.

Adormeci entre o saco de dormir. Tentei esquecer das minhas almas gemias e pensei numa coisa totalmente diferente.

Será que a garota do 12 ira sobreviver? Aparentemente não. Com aquele ferimento e os carreiristas em sua cola como cachorros de uma matilha ele não iria durar muito encima daquela arvore. Escuto o hino e corro para fora da barraca. A noite havia chegado. O frio era três vezes mais forte aqui encima. Não tinha me dado conta do frio por causa do saco de dormir.

O rosto resplandece acima de minha cabeça. Era a garota do 4. Ela demorou um pouco a ser morta. Mas os carreiristas a acharam mesmo assim. Deito-me novamente ao lado de James e a quentura volta. Olhei para os pequenos lábios de James que estavam roxos e o agasalhei com meu casaco. Deitei sobre seus braços. Não precisaríamos montar guarda hoje. Os carreiristas estariam entretidos com o garota das chamas e o máximo de perigo que estaríamos tomando era Thresh que poderia nos matar. Mas acho que Thresh é como eu. Só mata para sobreviver. Então decido dormir também.

Acordo com um tiro de canhão novamente. Meu despertador na arena. Olho para trás e James estava com as bochechas coradas. Certamente era a 12. Voltando para sua casa dentro de um caixão. Não havia motivos para rir ou chorar. Só acordei James para se alertar. Os carreiristas estariam procurando por novas vitimas.

Sai da barraca que agora era um problema. Pois era tão negra que qualquer pessoa na Cornucópia poderia ver nos dois aqui. Meus olhos ainda estavam um pouco cansados. Vi um grupo de indivíduos correndo para o lago e se jogando na água. Eram eles. Mas porque estavam correndo para a água? Cato e Mini Marcus não estavam. Nem a enjoativa Glimmer.

De repente um aerodeslizador leva um corpo feminino. Não vi se era a garota das chamas. Mas certamente era ela. Depois de alguns segundos Cato aparece correndo entre a mata fechada ate chegar ao grande acampamento junto a Cornucópia. Chamei James para ver a cena inusitada.

Ele olhou com o binoculo e avistou Peeta caído no chão com a perna esfolada.

– Nossa! O cara do 12 esta numa grande furada! – Diz ele com uma expressão de susto.

– Me deixa ver! – Falo a ele arrancando o binoculo de sua mão. Entre alguns arbustos lá esta ele. Caído e gemendo com uma tremenda facada na perna. Era obvio que Cato tinha se cansado da aliança e o lhe apunhalado pelas costas. Mas nesse caso pelas ‘’pernas’’.

Clove e Marvel ainda estavam na água. Por algum motivo eles estavam desesperados. Os carreiristas voltaram para o acampamento na cornucópia e conversaram entre si. Glimmer não tinha dado as caras. Acho que ela se perdeu na mata fechada e Cato não precisou mais achá-la.

Os Carreiristas haviam juntado todos os containers que sobraram em uma grande pilha ao lado do chifre dourado. Eu e James rimos das caras de bobos dos assassinos naquele momento. Desmontamos a barraca antes que eles dessem conta da nossa localização e descemos os penhascos ate os planaltos da arena. James estava com seu facão junto ao cinto. Minhas mãos sempre ocupadas pelas adagas. Iriamos achar comida. James se distancia um pouco de mim para catar algumas frutas. Enquanto eu caço alguns ovos entre as arvores. Não iriamos devorar nossos estoques de comida. Iriamos consumir essa comida fora da arena. Enquanto caço perto da fonte de água em barulho esquisito entre em meus ouvidos. Uma espécie de zumbido que fica cada vez mais perto de mim. Vejo um pequeno paraquedas. Uma dadiva de nossos patrocinadores. Pego-o ainda no ar. E ele flutua sobre meus dedos.

São dois livros. Grito na esperança de James me escutar. Ele aparece entre a mata e me ver foleando as duas brochuras.

– Oque é isso? – Pergunta.

– Dois livros! – Digo lhe entregando.

– Derick... Obrigado! – Fala ele com um sorriso entre a boca. – Eu lhe disse que a única coisa que precisaria na arena era dos meus livros... E ele trouxe eles ate mim! – fala ele abraçando os dois livros velhos.

– Você vai ter mesmo tempo de ler? – Digo.

– Todos nós temos tempo para tudo! Basta você querer... – Diz ele encarando a capa dura do livro.

– Bom... Gostei porque os livros lhe trouxeram alegria! E adoro-te ver alegre! – Digo eu rindo.

– Você? Gosta de me ver alegre? Logo a garota mais fria e rude de todo o Distrito 8? – Fala ele com um tom irônico.

– Posso ser rude e fria mais ainda tenho sentimentos sabia! Mesmo com tudo que aconteceu em minha vida! – falo dando uma tapinha em suas costas largas.

Continuamos conversando sobre os livros velhos e encardidos que Derick estranhamente havia mandado para James. Eles estavam uns cacos. Páginas ruídas e amassadas. A capa estava em estado de decomposição, mas mesmo assim James ficou feliz. E eu gostava de ver aquele garoto feliz. Não sei por quê. Era tão bom ver as pontas de sua boca se distanciar. Dava prazer.

Caçamos alguns coelhos perto da fonte e colhemos algumas frutas ali. Primeiramente cheirei para certificar que não eram frutas indesejadas, mas de acordo com o treinamento as frutas mortíferas tinham um tom mais avermelhado e tinham cheiro de vinho. Aquelas eram rosas como pétalas de flores e tinham uma fragrância enjoativa.

James assou o coelho em uma pequena chama e eu fiz uma espécie de suco com as frutas. Tudo uma delicia por sinal. Não poderíamos comer coisa melhor ali dentro. Deitei a beira da fonte enquanto James foleava as folhas do primeiro livro. Cochilei por alguns minutos e acordei com o barulho das folhas. Era alguém. Estava nos vigiando. Será Cato? Clove? Ou ate a traiçoeira Glimmer?

James levantou uma de suas mãos com o facão. Enquanto eu permenaecia sentada na beira da fonte só tentando captar a imagem do vulto entre as arvores. Era muito rápido por sinal. Não era Cato nem Marvel. Eles eram grandes demais para subir aquela altura. James dava voltas em torno de si tentando seguir o vulto. Segurei uma de minhas adagas na minha mão esquerda. Foi quando olhei aqueles olhos negros em meio as folhas das arvores.

– Rue! – Dou um grito.


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