Jogos Vorazes - Reerguendo das Cinzas escrita por Herdeira de Sonserina


Capítulo 12
Capitulo 12


Notas iniciais do capítulo

O amor envadiu este capitulo literalmente!
A katniss vai aparecer um pouquinho tambem :P
Por que Jogos sem Katniss não são jogos né :S



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– James! Você está sentindo isso? – Falo o acordando.

– Esse cheiro de fuligem? – fala ele.

– É... Um cheiro de queimado! – Digo.

– Algum tributo deve estar longe de seus oponentes! – Diz ele com a mão no pescoço.

– É uma das armadilhas! – Digo rindo.

– Você tem medo de se queimar? – Diz ele rindo.

– Eu não tenho medo nem da morte! – falo o encarando.

– Você deveria ser menos dramática e fria sabia? – Fala ele.

– Os outros sempre foram frios e rudes comigo! – Digo a ele. – Vamos antes que eles decidam nos queimar também! – falo rindo.

Juntamos nossas coisas dentro das mochilas e caminhamos para o leste da arena. O cheiro havia aumentado. A tosse chegou a minha garganta e James estava começando a espirar.

– Nos temos que dar um jeito de encarar essa fumaça, sabia? – Diz James.

– Vai vim coisa muito pior! Eu garanto! – Falei. Se os idealizadores dos jogos havia posto fogo nas arvores para despistar um tributo, imagina oque eles fariam para não deixar duas almas ultrapassarem o campo de força. Iriam certamente forjar armadilhas mortíferas. Como gás. Animais. Tiros entre outros.

Andamos entre as arvoras ao final da tarde. Não poderíamos se afastar muito da fonte. Mas também não poderíamos ficar naquele cheiro toxico de fuligem. Andava com uma das adagas entre as mãos. Eram brilhantes e retorcidas. Minhas adagas. Porque eu gosto tanto de facas e combate corpo á corpo? Acho que é porque eu não tenho medo de morrer! E isso me faz parecer forte. Sei lá. Caminhava em silencio. Olhando para minhas mãos rosadas. Essas eram as mãos que haviam matado dois garotos de uma só vez. Duas famílias caiam em luto de uma só vez. Por um lado a culpa não era minha. Não tinha culpa de matar aqueles dois garotos. Eram as regras. As regras são bem claras. Mas por outro lado uma espécie de nojo percorreu meus nervos. Um arrepio. Eu tinha matado alguém. Tinha deixado alguma mãe ou algum pai chorando em algum canto do país. Eu poderia ser um monstro. Um monstro que todos os anos matavam 23 jovens que só queriam viver em paz. Um monstro criado pela Capital. Um monstro criado pelo Snow.

Chegamos perto de alguns arbustos robustos. E James segurou meu braço para parar de caminhar. Agachamos diante dos folhas e escutamos gritos e risos a diante.

– São eles... – Diz James sussurrando em meu ouvido.

Em menos de minutos um vulto passa diante dos nossos olhos. Era ela. A garota das chamas. James me puxou para trás e em seguida o grupo desordeiro de carreiristas se seguia atrás de sua próxima vitima. James tampou minha boca com uma de suas mãos e na outra avistava o facão caso alguma coisa desse errado. Os carreiristas estavam tão cegos de matar a 12 que nem perceberam nossa presença a poucos metros de distancia. Ela estava ferida na panturrilha. Acho que foi ela que virou o churrasquinho em meio às chamas feitas pela Capital.

Com os olhos arregalados eu e James visualizamos a cena aterrorizante. Escutávamos os risos sádicos dos matadores que se achavam ‘’profissionais’’. Eles ficavam se gabando, gritando frases de efeito e falando como se ela fosse à caça deles. ‘’ Não adianta correr minha filha, nos iremos te pegar de qualquer jeito’’ Diz Cato com uma espada entre a mão. ‘’ Corra o quanto quiser!’’ diz Clove com os dentes a mostra.

Eu e James parecíamos duas pedras com olhos. Observávamos tudo diante daqueles arbustos. A garota do 12 subiu como um gato em uma arvore. Ela era rápida. Será que terá sido isso que ela tenha mostrado para ganhar o 11 no treinamento. Acho que não aquela garota era mais misteriosa do que todos aqui dentro. Cato dar um risos e fala que ira matar ela lá encima. Olho para James com meus olhos azulados e continuamos a observar.

Ela subiu num galho fino. Era como eu. Magra mas forte. Por um momento todos se silenciaram. Acho que ela tinha percebido que todos eles eram tão pesados quanto os pesos que se encontravam no centro de treinamento. Ela sentou num galho acima da cabeça de todos e soltou um simples – E aí, como é que vocês estão? – Olhei para os olhos de James e dei um riso silencioso. Era como ela tivesse desafiado Cato e seu bando.

– Estamos bem! – Diz Cato rindo. – E você? - Acho que as pessoas na Capital devem estar se revirando em risos de ver essa cena. A garota flamejante desafiando o predador da arena. E nos observando tudo sem sermos percebidos.

Ela mesmo ferida ainda soltava algumas piadinhas para os assassinos. Eu e James estávamos nos divertindo tanto com a cena que dava vontade de aparecer do nada lá. Mas certamente Cato não iria querer nos dois como seus aliados, e iria querer derramar nosso sangue.

– Por que vocês não sobem? – Solta ela. Acho que meu riso foi tão alto que a garota do 1 sentiu nossa presença. Cato estava com tanto ódio que decidiu subir mesmo. Primeiramente a garota enjoada do 1 lhe oferece uma flecha. Mas ele está tão furioso com o afrontamento que decide ir matá-la com seu próprio punho.

– Isso eu quero ver! – Digo sussurrando no ouvido de James.

Cato escala a arvore aos poucos. Com uma espada entre seus dedos ele sobe nos primeiros galhos. Mandava alguns afrontamentos tipo ‘’ eu to chegando! ”. Eu escutava os outros o incentivando e gritando. Ela ainda estava no mesmo galho. Não expressava medo. De repente Cato escorrega nas casca da arvore e cai como James no chão. Nenhum carreirista rir. Mas nos dois caímos no chão rindo subitamente. James chega a chorar de tanto rir. Nunca o vi assim.

A garota do 1 chamada Glimmer decide usar suas flechas. Uma garota tão inútil quanto o nome. Se eu fosse Cato a mataria ainda na Cornucópia. Não era muita coisa. Ela arma o arco e finca uma flecha entre a garota do 12 e o tronco. Ela ainda estava viva. Esperta. É por isso que aposto que ela ira vencer.

A garota deixa os carreiristas confusos. Eles ficam falando entre si ate que um cidadão ergue seu dedo.

– Ah, deixa ela ficar lá encima mesmo. De lá ela não vai poder sair. A gente cuida dela amanhã de manhã. – Incrivelmente quem dizia essas palavras calorosas era o mini Marcus. É o tal Peeta que estava de mãos dadas na cerimonia. Que engraçado. Ele agora quer ver ela morta. Não foi ele quem disse na entrevista que estava apaixonado por ela? Mentiras e mais mentiras! Isso é um programa de TV! Um reality! Tudo farsa.

Depois de todo o show de humor ali os carreiristas acamparam embaixo da grande arvore. Cato não estava mais rindo. Estava com uma cara de tacho.

James decide sair dali. Uma boa ideia. Pois poderia sobrar para agente. Saímos engatinhando do arbusto. Um depois o outro. Eles nem perceberam. Que otários. Se tivesse um arco ou uma lança nos poderíamos matar um por um ali. É isso que a Capital quer ver. Pessoas sendo apunhaladas pelas costas.

James saiu primeiro. Rastejava entre as folhas do recinto. Depois ele me puxou para junto a ele. Andamos em silencio e caminhamos para o lado oposto do acampamento dos carreiristas. Decidimos acampar no ponto mais alto da arena. Naquelas rochas onde poderia vez toda a arena. Caminhamos por algumas horas e reencontramos a fonte de vida chamada água. Enchemos nossos odres novamente e seguimos viagem ate as rochas.

Pensei na garota do 12. Acho que desta noite ela não passa. Se não foi ela... Quem morreu na noite passada? Não foi ela nem o Mini Marcus. Será que foi Rue ou Thresh? Acho bem provável que não. Thresh era suficientemente forte para se manter vivo. E Rue poderia esta aliada a ele. Já que são do mesmo Distrito. Só restava uma alternativa. Esperar o anoitecer para ver quem faleceu realmente.

Subimos pelo mesmo caminho e chegamos as rochas pontudas ao por do sol. James armou a barraca sozinho. Querendo pareceu macho diante das câmeras. Um riso escapa da minha boca. O sol está se pondo. Sentamos na extremidade da pedra e apreciamos a vista. A arena era um lugar tão macabro e tão perfeito ao mesmo tempo. Todos os tributos ficavam pensando em suas próprias vidas e em sobreviver e nem dão conta do espetáculo natural que a natureza os proporciona.

O céu estava lindo. Um tom azul alaranjado. Os últimos raios do grande sol estavam iluminando as grandes nuvens. Peguei em meu colar pela primeira vez. E sabia que eu não estava só com a companhia de James ali. Marcus também estava comigo. Apreciando aquele momento. Ao meu lado encostado sobre meu ombro. Seus cabelos louros sobre meus olhos. Ele sempre esteve comigo. Sonhei acordada por um momento ate James me despertar:

–Não é lindo! – Diz ele.

– É... As pessoas só pensam em morte quando entram nesse lugar! Mas ele é tão magnifico quanto nós... – Digo olhando para seus olhos.

– A arena é um lugar em que as pessoas só pensam em morte! Nunca vi por do sol mais lindo que esse! – fala ele.

– James me diz uma coisa... – falo a ele com um tom de seriedade. – Você não vai me deixar? Não é? – falo.

– Nunca! Mesmo que quisesse! – fala ele me abraçando de lado. – Você é uma pequena semente de paz que nasceu dentro de mim! E eu não quero arrancar essa semente, pois ela já criou raízes! – Diz ele olhando para o sol.

– Obrigado, por você está aqui comigo! – falo – Não saberia oque fazer sem você! – Digo olhando seu rosto.

– Não Elizabeth! Obrigado você, por esta me proporcionando essa aventura! – Diz ele com as mãos em meu rosto. Ele não poderia me beijar. Não agora. Mas eu não poderia lhe impedir. Ele puxou meu rosto contra o seu. Meus lábios avermelhados se juntaram com aqueles pequenos lábios franzidos. O beijo foi doce. Meus olhos permaneceram abertos. Olhando para aqueles olhos azuis. Depois lentamente eles se fecham. Não sei por quê. Nossos lábios se distanciam quando ficamos literalmente sem ar. Ele da um riso e olha novamente para o sol. Esse beijo foi diferente. Toda Panem viu esse beijo. Não foi como o beijo naquela praça artificial. Eu tinha sentido desta vez. Sentido que James era verdadeiramente apaixonado por mim.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desta parte mais melosa da historia :*



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