The Black Cat Promise escrita por Giulhynha


Capítulo 7
Subindo


Notas iniciais do capítulo

Um ano sem postar... com aquele final de capítulo... hue :v
Pessoas que lêem isso, se é que vocês existem, tenho uma pergunta: vão querer hentai na história? Caso o sim prevaleça, farei no próximo capítulo, isso se a vergonha deixar, lógico.



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Black Cat POV

Após uma corrida, saímos pela porta notando que se encontram em um corredor com portas dos seguintes aspectos: a da ponta do corredor, próxima a nós, tem uma aparência velha e desgastada, a do meio é de ferro, e há uma ao fim do corredor de frente a nós.

– M-mas que co-isa – tenta dizer Sally em meio a custosas respirações.

– Não precisa ficar pensando naquela besteira que as sabidinhas disseram – eu digo. – Não sou de quebrar promessas, e prometi te levar sã e salva até lá fora. E eu sou um gato, tenho sete vidas! – completo com um sorriso, mas ainda me soa como se fosse me convencer e não à Sally.

– Confio em você, se quisesse algo que não meu bem... bom, já poderia ter me ferrado a bastante tempo. E também não sou de desistir fácil, vamos sair daqui com toda certeza, tenho que colocar uma caixa de fogos de artifício escondidas na casa da megera da minha tia e estourar tudo!

Juro, de onde ela tira essas coisas? E em uma hora dessas!

Em meio a um acesso de risos, tento nos fazer andar.

– Vamos, nosso tempo é contado!

– Verdade... bom, vamos por partes, temos duas alternativas das que as sabidinhas deram: uma porta velha e uma a nossa frente. – Sally aponta as portas. - Essa aí do meio me parece meio suspeita, mas vamos cogitar também, afinal, nunca se sabe. Muito bem, em qual vamos?

– Acho melhor verificar antes de abrir, não se sabe que tipo de coisa pode pular em você. – advirto.

– Sim, sim... – ela concorda. – Então vamos verificar do jeito que der, e depois entramos.

– Feito. Vamos ver qual delas primeiro?

– Bom, uma das sabidinhas falou sobre portas lascadas, vamos ver essa primeiro. – ela vai em direção à porta e se abaixa para olhar na fechadura. – Hum... não vejo nada, tenta aqui.

Vou em direção à porta, não vejo nada.

– Nada, quem sabe se eu tentar ouvir, talvez seja ela mesmo. – Encosto meu ouvido rente à porta e ouço um sussurro vindo de um canto mais afastado do quarto, bem ao fundo. O que é isso?

Olho mais uma vez pela fechadura, dessa vez em direção a um canto específico, e vejo um vulto alongado descansando, e agora noto que sibila. É o quarto da cobra.

– Por essa não vai dar, tem uma cobra esfomeada lá dentro. – Aponto.

Sally olha para a porta com uma cara que expressa ao mesmo tempo nojo e medo. Não a censuro por isso.

– Ok, a sabidinha das portas velhas estava enganada, vamos à próxima. Ninguém falou nada de portas de metal, quem sabe tenhamos uma chance! – E corre para a próxima porta, aproximando o olho da fechadura, quando dá um salto para trás.

– Ei, o que houve? – Vou a seu socorro.

– A porta, está muito quente! – Ela aponta. Só agora notei as círculos de fumaça se desprendendo dela.

– Bom, isso a torna inútil então. Vamos tentar a na nossa frente então? – Ainda há esperança, afinal.

– Sim, vamos. – Ela corre em direção ao fim do corredor.

– Deixa eu ver dessa vez, você quase se machucou ali.

– Tá, tudo bem... – Sally se afasta da porta.

Verifico a fechadura. O que vejo não me anima: o porão escondido da cozinha novamente. Não vamos entrar aqui, além de o quarto não ter mais portas para sairmos, aqueles esqueletos são perigosos. Não, essa porta está fora de cogitação.

– Não vai dar, o próximo quarto é tão perigoso quanto o primeiro.

Sally inesperadamente, se rompe em lágrimas.

– Não é possível que justo a maldita que disse que não tinha saída estava dizendo a verdade! – Ela se joga sentada no chão.

– Não fique assim, vamos dar um jeito! – Me sento a seu lado.

– Qual? Não podemos voltar e não quero arriscar saber se a profecia da morte era verdadeira! – Ela cobre o rosto com as mãos.

– Falei para não se preocupar com essas coisas. O que eu prometo eu cumpro. Além do que, se você desistir, quem vai transformar sua tia num show de fim de ano? – Tiro suas mãos de se rosto e parece que ela já está se acalmando. – Isso, calma, ainda tem esses aí esperando você, não é? – Aponto o sapo e seus girinos, olhando da abertura de seu bolso com os olhos brilhando.

– Hum... s-sim... – Diz ela entre fungadas.

– Então vamos animar, que não tem como sair sentado no chão, não é mesmo? – Enxugo seus olhos com o dedo e sinto uma palpitação estranha... será a magia da casa? Me levanto e ofereço minha mão.

Sally respira fundo e aceita minha oferta. Porém, no meio do caminho de sua subida, ouvimos um barulho de tecido rasgando e ela me solta, caindo novamente no chão, segurando os ombros do vestido.

Sally POV

Não aguento pensar na situação, por mais que tente encontrar uma solução, sair me parece impossível. Quando vejo, estou em meio a um acesso de lágrimas, que pela cara de Black Cat deve estar dando pena. Ele se senta ao meu lado e me consola. Suas palavras me confortam e consigo sentir algo semelhante a esperança novamente. Aos poucos o choro cede, ele enxuga minhas lágrimas (e está fazendo uma cara engraçada) sinto um leve assomo de vergonha... Sally, se lembre de sua situação atual, você não tem tempo de ficar flertando com ninguém! Concordo em me levantar e pego sua mão, disposta a tentar sair desse inferno. Porém, quando vou ajustar meu equilíbrio, piso sem querer na barra da saia e sinto o tecido ceder. QUE. ÓTIMO. Caio com tudo no chão ao soltar sua mão, tentando segurar o vestido no lugar. Não estou disposta a deixar que veja a droga do meu sutiã de bolinha!

– O que aconteceu? Está bem? – Ele corre até mim com ares de preocupação.

– A pessoa inteligente a quem você se dirige pisou na barra do vestido e os botões das costas dela se arrebentaram! – COMO CONSIGO SER TÃO IDIOTA?

Aposto que estou indo de melancólica a poço de fúria nesse momento.

– Calma, calma. – Se ele começar a rir que nem acho que vai fazer, vai ter homicídio aqui!

– Calma nada! Estamos numa puta de uma encruzilhada, sem saber pra onde ir, e sem nenhuma placa na droga da esquina! E pra piorar, estou ficando pelada!

– Ótima metáfora, mas pelo menos quanto a sua roupa eu posso ajudar de imediato, venha aqui. – ele fala já rindo... maldito gato!

– Tudo bem. – digo me levantando. Ele me vira de costas e analisa o estrago.

– Tem um grampo aí?

– Sim, mas por quê?

– Apenas me dê o grampo. – Ele estende o braço. Tiro um grampo dos cabelos e entrego.

Alguns puxões depois, vejo que o vestido está novamente no lugar.

– Ah, obrigada! Onde aprendeu isso? – Pergunto girando ao tentar ver o que ele fez no vestido. Besta da minha parte? Sim.

– De nada, e é um truque bem simples, depois eu mostro como faço.

Aceno confirmando com a cabeça, e acabo olhando para cima. O que vejo não poderia ser mais feliz ou mais absurdo: um alçapão!

– Oh, meu Deus! – aponto. – Black Cat, olha isso! Tem uma outra passagem que a gente não viu!

– Não acredito! – Ele olha para cima abismado. Nem sei o motivo, visto que era para ele estar mais acostumado com isso que eu.

Vou para baixo do alçapão e começo a pular com os braços para cima. Atitude que se mostra inútil, devido à minha estatura. Que não é tão abaixo da média assim, ok?!

– Pare de pular, vai arrebentar o remendo! – Black Cat me puxa e tenta alcançar o alçapão, mas também não obtém sucesso. – Hum, é melhor que um suba nos ombros do outro.

Olho com uma expressão tão sincera, que dispenso frases.

– Não, não vou subir nos seus ombros, fique tranquila! – Ótimo, mais um acesso de risos. Vou virar comediante se sobreviver. – Vamos, suba e me fale o que consegue ver. – Ele se abaixa e subo em seus ombros.

Olhando pela fechadura, vejo uma luz azul quase etérea vindo do quarto. O teto possui vitrais muito bonitos, pelo pouco que posso ver. E há uma estátua branca em seu centro, usando um anel. Digo isso a BC.

– O quarto é seguro, podemos subir.

– Mas como vamos fazer isso? – Não sou excelente alpinista, afinal de contas.

– Você consegue abrir a porta?

Tentativa seguida de sucesso.

– Muito bem, agora, se agarre nas bordas enquanto empurro você.

Faço o que me é pedido, e em poucos segundos, estou no andar de cima, que possui duas portas.

– Tudo bem aí? – Ele me pergunta.

– Sim, agora como você vai subir?

Ao me dar as coordenadas, seguro nos braços de BC e o iço para cima. Para o único quarto seguro onde estivemos desde o meu.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e desculpem pelo capítulo curto, esqueci a linha de tempo do texto (pq raios eu comecei isso no presente? Sabosta tinha q estar no passado! E eu tenho antipatia por pretérito, então é passado sim!)
E agora é gerundismo nos capítulos, não só ando, agora é ~ando, endo, indo~



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