The Black Cat Promise escrita por Giulhynha


Capítulo 8
Se Aproximando Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Heey, leitores!
Vim dizer que infelizmente terei de dividir o capítulo em duas partes, e acho q vcs devem concordar comigo, né, afinal já renderam mais de 1700 palavras e eu n gosto de capítulo grande, pois acho q fica cansativo :x
E vai ter hentai SIM! No próximo capítulo, pois não coube nesse. :v



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Black Cat POV

Faz muito tempo que não venho ao quarto da estátua... Acho que continua como sempre, ela no centro, olhando seu anel sob a luz azul. E ela deu sorte, o anel não se perdeu novamente. Se bem me lembro, ela vive para o perder, mas não que eu saiba como uma estátua perde coisas e fica choramingando depois.

– Aqui tem um ar de calma, bem diferente do resto da casa... – comenta Sally, se sentando ao pé da estátua.

– Sim, creio que se deve a ela. – aponto para a estátua.

– Como assim? – Sally olha para trás, como se esperasse que a estátua começasse a andar.

– Bom, a única coisa que perturba a atmosfera desse quarto, é normalmente, ela perder esse anel de porco no dedo dela. – ambos olhamos o anel.

– Mas como ela perde isso? É uma estátua! – sempre lendo meus pensamentos...

– Isso nem eu sei responder, só ela sabe como.

– Bom, não é minha culpa, é aquele cozinheiro idiota que vive roubando meu anel quando não estou olhando. – ouvimos a estátua sussurrar. Sally pula e vem correndo se esconder atrás de mim.

– EEEEEEEITA! – ela diz em seu percurso.

– E ela também fala uma vez ou outra, mas comigo presente é a primeira vez. – realmente, ela nunca se dirigiu a mim.

– M-moça, não faz nada com a gente não, estamos correndo tem horas, e já fugimos de mais coisas que posso me lembrar... – Sally suplica sob meu ombro.

– Não pretendo fazer nada de mal a vocês. Sou uma romântica incurável, sabem? Então não farei nada a um casal tão unido.

Momento vergonha. Obrigado, estátua, nunca me abre a boca, e quando abre...

– N-não somos um casal. – eu digo. Consigo sentir as faces esquentando. Que ótimo.

– O-o que te fez achar isso? – Sally solta uma risadinha nervosa atrás de mim.

– O jeito como chegaram aqui. Pude ouvir suas vozes antes de chegarem aqui, você fez um ótimo trabalho consolando a garota, meus parabéns. – e a estátua prossegue com seu discurso.

– Fiz o que qualquer um faria, não foi nada de extraordinário. – cala a droga da boca!

– Fez? Hum... é, fez... quem sabe... – ela dá uns risinhos como se soubesse de algo que não sabemos, e em seguida, fica quieta novamente.

– Ér... estátua que shippa? Tem de tudo aqui mesmo. – ouço Sally resmungando.

– Pelo visto, essa foi novidade até pra mim.

Nos sentamos no chão, ainda envergonhados pela cena precedente. Tenho que dizer algo, ou o clima de vergonha só vai aumentar... onde estão os comentários sarcásticos quando preciso deles?

– Bom, afinal, todo mundo pode ter uma veia romântica, né? – Sally comenta rindo.

– Mesmo as estátuas, certo? – A acompanho.

– Elas principalmente, mesmo não tendo veias específicas.

– De acordo. Hum... estamos correndo a um bom tempo, não é? – Sally acena afirmativamente. – Você deve estar com fome.

– Nem imagina o quanto. Na verdade, agora que parei pra pensar, poderia comer um elefante.

– Não creio que possa providenciar um elefante. – digo em meio a risadas. – Mas creio que algo menor seja possível.

– Providencie, eu lhe imploro. – Sally se ajoelha e finge uma reverência.

– Como negar tão irreverente pedido? – em meio a risadas, me sento de frente a ela, e estendo as mãos com as palmas viradas para baixo. Vejo seus olhos azuis brilhando com curiosidade. – Quer me ajudar?

– O que devo fazer?

– Apenas coloque as mãos em baixo das minhas com as palmas viradas para cima.

Sally faz o que pedi, então começo a me concentrar. Talvez demore um pouco, com a magia da casa desestabilizada... Oh, essa sensação... Consegui?

– Nossa, que legal! – Sally me confirma.

– Isso é um bom sinal e tanto! Quer dizer que a magia se estabilizou, mesmo que temporariamente.

– Vamos poder diminuir o ritmo então?

– Se continuar assim, talvez.

Sally suspira. Sim, diminuir o ritmo seria bom. Já estamos correndo há horas sem descanso, estamos quase esgotados. Consegui conjurar... sanduíches. Bom, com o estado atual da magia na casa, eu não poderia exigir grande coisa.

– Vamos ver como está o Dellivery BC. – Sally diz e dá uma bela mordida. – Hum, melhor que eu pensava.

– Não subestime minhas habilidades de conjurar... sanduíches do que quer que isso seja feito.

– O meu é de frango. O seu é de...? – Ela espicha o pescoço em minha direção.

– Vamos ver. – Provo, e ao que parece, é de atum. Que ironia. Digo isso a Sally e ela também acha uma bela ironia.

– Deve ser seu subconsciente ou algo assim. – Ela diz bem humorada. Respondo apenas com um revirar de olhos.

Algum tempo depois, sanduíches acabados, nos lembramos da família de anfíbios que Sally carrega.

– Não convém destampar esse vidro? Essas coisinhas devem estar com pouco ar. – Aponto para os girinos.

– Hum, sim. – Ela destampa o vidro. – Melhor?

As criaturas a olham de forma brilhante. Nem parecem assassinos, quem diria. O sapo então, não esconde sua admiração. Não o condeno, ela chegou aqui e veio sacudindo o lugar todo, realmente, há tempos que eu não me divertia tanto.

– De que está rindo? – Sally me olha.

– Hum?

– Você está aí rindo pro nada... Não tem nada errado na minha cara, tem? – Ela apalpa o rosto.

– Não, não, só estava pensando em como os sapos adotaram você.

– É, parece mesmo.

– Muito normal para uma garota, não? – Digo rindo.

– Eu nunca te enganei dizendo que era normal, pelo que me lembro! – Ela agita um dedo no ar.

– Não, realmente.

Por um tempo, ficamos sentados, apenas pensando em qualquer coisa, dessa vez, sem qualquer sentimento de vergonha por falta de assunto ou coisas do gênero, só estamos descansando.

– Ei, BC...

– Diga.

– Posso te perguntar uma coisa? Acabei de me lembrar.

– Claro.

– Hum... – Sally parece em dúvida para escolher as palavras... Ora, não fique nervoso, você não fez nada de errado. Ou fez?

– O que foi? Eu fiz algo?

– Na verdade sim...

Meu Deus!

– E-eu não me lembro de ter feito nada de errado e... - Sou interrompido.

– Não, não, calma, não fez nada demais! – Sally abana as mãos. – É só... Me lembrei de uma coisa que vi quando estava no quarto, antes de você voltar com a medicação.

– Então, o que foi?

– Porque me desenhou? – Ela me pergunta com um rosto inocente.

– A-ah, isso... – QUANDO ELA VIU O DESENHO? – Como ficou sabendo dele?

– Ainda não me respondeu. – Um levantar de sobrancelhas me é dirigido.

– Bom, foi antes de você acordar, a casa estava sem energia elétrica, como não tinha mais nada a fazer, peguei uns materiais e desenhei algo aleatório. Na verdade, não tinha notado que era você até acabar. E não te disse pois, muito provavelmente acharia que se tratava de um maníaco, ou algo assim.

– Hum, faz sentido. – Pausa. – Mas eu gostei, sabe?

– Sério? – Achei que no mínimo não seria olhado no rosto pelo resto da jornada até o lado de fora.

– Séríssimo, você tem talento.

– Ou muito tempo livre.

– Aqui? Duvido. – Ela faz um gesto abrangendo o aposento.

– Atualmente tem estado meio movimentado.

– Não desmereça a própria arte, é frustrante para nós, adeptos aos bonecos de palitinho. – Ela aponta um dedo para si mesma.

Levanto os braços em sinal de rendição.

– Tudo bem, ok. Você venceu.

– Já tem o que fazer quando sair daqui.

– Como?

– É, você pode ser desenhista, tem um traço único. Aliás, você já tinha pensado no que fazer depois de sair?

A verdade? Me acharia com sorte SE saísse daqui...

– Não, não tinha pensado em nada.

– Tenho certeza de que vai arrumar algo, tem tantos talentos. – Ela diz ao sorrir.

– Obrigado... – Sinto as faces aquecerem, olho para o outro lado.

– Sabe, e no mais, te levo comigo.

Olho para Sally, que fita o teto abobadado azul do aposento.

– Te devo bastante, já nem lembro de quantas vezes me salvou aqui.

– Não precisa agradecer, mesmo.

– Mesmo assim, que fique clara que sou grata. – Sally se espreguiça e boceja. – Argh, só agora que paramos de correr que notei o quão cansada eu estou.

– É, eu também, acho que podemos aproveitar que ganhamos um tempo extra e descansar.

– De acordo. – Ela encara o chão resignada. – Ah, se não tem outro jeito, acho que vou dormir no chão mesmo.

– Uma pena não termos nada melhor, desse jeito vamos acordar mais doloridos que agora.

– É... – Sally suspira. – Bom, é melhor que nada, não é mesmo?

Enquanto nos preparamos para achar alguma posição levemente confortável, ouvimos um sussurro.

– Sabem, não precisam ficar deitados nesse chão frio e duro, podem usar isto.

E um farfalhar de tecido.

Nos viramos e vemos que a estátua fez aparecer um conjunto de mantas.

– Hum, obrigada. – Diz Sally.

– Não precisa agradecer, querida. – A estátua dá mais uns risinhos e em seguida, se cala novamente.

Decidimos não questionar, forramos algumas mantas no chão, porém só nos sobra uma para nos cobrirmos.

– Sem problemas, podemos dividir. – Sally comenta enquanto arruma as mantas.

– Hum, sim. – Como foi que acabei parando aqui?

Nos deitamos um pouco constrangidos, mas nada tão grave assim. Me viro de barriga para cima e apoio a cabeça nos braços. Sally se vira de costas para mim. Ficamos quietos por alguns minutos, até que ouço sua voz baixa.

– Sabe, eu queria realmente que você viesse comigo, você foi o único que realmente se importou com a minha segurança e com o meu bem estar em muito tempo, mesmo isso não sendo sua obrigação por parte alguma... Não estou pronta para perder isso... É egoísmo meu, mas realmente, sinto que vou ficar com muitas saudades quando você for embora... E é ridículo também, nos conhecemos a tão pouco tempo...

Não noto o que faço, apenas me dou conta de que virei Sally para mim e a estou abraçando com força. E que estamos muito próximos.

– Não entendo o motivo de querer manter por perto um cara amaldiçoado, mas se é o que deseja, atenderei, afinal, você me deu uma perspectiva de uma vida fora desse lugar.

Sinto os dedos de Sally subirem por minha face e chegarem em minha nuca, enquanto ela se aproxima... Não sei se mereço o que ela me dá, mas o fato é que me sinto incapaz de fazer algo além de retribuir o beijo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^
E até a próxima o/



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