Caçadores de Recompensas escrita por Azil, Soulless, Lori


Capítulo 7
Missão 07 - Controlados


Notas iniciais do capítulo

Partipantes:
Thamires -> Rachel
Theo -> Kazan
Amanda(Lori) ->Dalila
Azil -> Tsuru,Usuita, Yori, S.A.



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Alguns meses se passaram, Tsuru tinha ido caçar o hibrido sozinha e por isso agora tinha mais um título de lorde. Durante a caça ele adquiriu mais uma Perola de dragão.

Kazan havia treinado suas habilidades em esgrima para poder aprender o Perfura mento da Fênix Celeste, ele ainda não conseguia usar esse movimento pois não treino o suficiente.

Tsuru e Kazan estavam jantando no bar que sempre iam e conversando sobre o que já havia acontecido até o momento.

–Porra, onde será que tá a Rachel?

–Eu sei lá, e ai? Já pediu a mão dela?

–Bom, estava esperando ela voltar pra fazer isso, por que tu acha que eu to tão impaciente?

–Calma cara. -Tsuru dá um gole no copo de cerveja. -Você ainda tem que resolver um assunto antes né?

–Qual? -Kazan bebe um pouco também.

–Matou o marido dela?

–Bom, sim...

–Iludido. -Tsuru ri.

–Hã? - Kazan continua a beber. -Não entendi.

–Bom cara, você ainda vai entender, eu vou indo. -Tsuru deixa um pouco de dinheiro em cima da mesa. -Tenho algumas coisas pra fazer. -Tsuru vai embora.

–Então tá, Kazan pega o dinheiro e vai pagar as bebidas com o caixa. -Quanto deu cara?

Uma moça se vira.

–Duzentos Jils. -Ela tinha uma voz fofa de criança.

Ah, valeu, qual seu nome? -Kazan fala separando o dinheiro.

–Usuita. -Ela fala fofamente.

–Você trabalha aqui? -Kazan fala ao terminar de separar o dinheiro.

–O que você acha? -Ela pergunta sarcasticamente.

–Que não. -Kazan ri. -Aqui o dinheiro. -Kazan se prepara pra dar o dinheiro para Usuita.

–Que sim né. -Ela fica brava.

–Só estava brincando, pra que isso jovem? -Kazan entrega o dinheiro a ela.

–Obrigada e volte sempre. -Ela pega o dinheiro.

–Claro, tchau Usuita. -Kazan se dirige a porta.

Algo chuta a porta com força

–Olá minhas queridas vítimas!!! -Era Yori falando.

–Yori? Você não estava morto cara? -Kazan fala sarcasticamente para Yori.

–Kazan!! Cara, eu aprendi a separar vários pedacinhos de alma pelo mundo para nunca morrer, ou sejá, estou % de corpo e com um pedaço de alma nesse corpo. -Yori fala contente.

–Legal, e o que acontece se eu destruir um dos pedaços?

–Segredo amigo.

Entendi, por que eu tenho um aqui... -Kazan olha pro anel. -Por que tá atacando esse restaurante?

–Estou limpando esse mundo, sem pessoas não tem paz nem caos.

–Sem Paz nem Caos o mundo deixa de existir cara...

–Eu sei. -Várias chamas começam a destruir o lugar.

–Pra que cara? -Kazan extingue o fogo.

–É nosso trabalho idiota. -As chamas reaparecem e começam a matar as pessoas.

–É nosso trabalho acabar com o Caos até que hajá equilíbrio. -Kazan apaga o fogo e começa a jogar fogo em Yori. -Saiam logo daqui gente!

Yori não liga para as chamas e continua matando as pessoas com novas chamas.

–Ei vão embora daqui agora!! -Usuita grita.

–Vão! -Kazan extingue o fogo e prepara correntes atrás de Yori.

Dal estava indo para o bar pra comer e viu a confusão.

–Sai vocês dois também droga!!! -Usuita fica gritando sem parar.

– O que tá rolando? Você não estava morto? - pergunta Dal, pegando suas adagas.

–Saiam! Saiam! Saiam! -Usuita estava se zangando.

–Estava sim, ele reviveu... -Kazan aproveita a distração que Dal criou e prende as correntes no pescoço de Yori.

–Usuita, não vamos morrer tão fácil!

– Droga. O bom é que assim posso ver você sofrer de novo - ela se dirige a Yori.

Yori se solta facilmente e joga Dal e Kazan para longe.

–Não será tão fácil. -Ele cria uma cúpula de fogo em torno de si, era impenetrável.

–Idiota. -Kazan aperta a cúpula esmagando Yori e cria espinhos de pedra dentro da cúpula.

– Doeu - protesta Dal, e recua um passo.

A cúpula explode e forma um dragão de fogo de vinte metros de altura destruindo o bar por completo.

–Rooooooooaaaaaaaaarr!!! -O dragão rugiu.

–Esforços inúteis. -Kazan torna o dragão uma bolinha de fogo e joga em Yori.

Dal arregala os olhos e se desvia de um pedaço do telhado do lugar.

O dragão reaparece e Yori entra no dragão. O fogo do dragão fica negro e seus olhos ficam vermelhos.

–Desintegração Negra!! -O dragão grita com uma voz grossa.

Uma esfera roxa de energia condensada sai da boca do dragão e vai em direção a Kazan e Dal, a Esfera tinha em torno de cinco metros de altura.

Usuita já tinha saído dali.

–Uhum. -Kazan vai para baixo da terra e reaparece em baixo do dragão com a espada em mãos, com um rápido gesto ele perfura a barriga do dragão.

Dal rola para o lado e seu cetro aparece em sua mão. Sua aparência muda e ela lança uma torrente de gelo que reveste o dragão, mas ele se livra dela com facilidade.

O dragão é feito inteiramente de chamas negras e não é afetado pelo golpe de Kazan.

A esfera bate chão e causa uma explosão de um raio de metros.

–Que porra é essa? Tive uma ideia! -Kazan sai de perto do dragão e cria um cubo de pedra em volta do dragão, o cubo se aperta mais pra cada movimento dentro dele.

O impacto da explosão lança Dal para longe, e ela bate a cabeça no cubo. Um filete de sangue começa a escorrer da ferida.

O cubo explode por causa de uma esfera e ele se liberta.

–Dragão Solar!! -O dragão explode em um raio de quarenta metros.

A cidade foi destruída.

Kazan vai para o lado de Dal, cava um buraco em baixo deles e os deixa em uma caverna a um quilometro da superfície.

Dal arregala os olhos com o estrondo da explosão e cobre o corte na cabeça com a mão, se perguntando se alguém lá em cima sobreviveu.

Yori some.

A cidade estava em escombros e parecia que não tinha ninguém vivo.

–Dal, acho que todos morreram... -Kazan volta a superfície com Dal.

Dal empalidece e tapa a boca com as mãos. - Oh não... - ela sussurra ao ver o lugar.

–Tudo sua culpa!! -Usuita aparece atrás de Kazan e dá um tapa nele. -Tudo culpa sua!!!

–Entendi, tudo culpa minha. -Kazan se torna em fogo.

Dal está indiferente à cena. Ela varre a imensidão em escombros com o olhar, e sente vontade de vomitar. Se ajoelha.

–Comece a concertar agora!! -Usuita reclama com Kazan.

–Não posso, me desculpe. - Kazan fala triste.

Dal se contém e se levanta. Então começa a perambular pelos escombros em busca de algum sobrevivente. Deixa um rastro de gotas de sangue de sua cabeça atrás de si.

–Droga, logo no meu primeiro dia isso acontece. -Usuita cai ajoelhada e segura as lagrimas.

–É...eu posso reconstruir a cidade, mas não revive-los...

Sem encontrar ninguém, Dal se ajoelha ao lado de Usuita e dá tapas amigáveis em seu ombro.

–O que vou fazer agora? -Usuita fala deixando escapar algumas lagrimas.

–Desculpe-me, não consegui salva-los....

– Fique calma - reconforta-a Dal - Você está viva e bem. Vamos para um lugar mais seguro, então você decide para onde vai.

–Aonde tem um lugar seguro? -Usuita já estava chorando.

–Bom, conosco...

– Fique calma. Sei como se sente. Eu mesma estou com náuseas. Vamos para outro lugar. Sou Dal - diz Dal, e estende a mão para Usuita.

–Meu nome é Usuita. -Ela pega na mão de Dal.

–Vamos, sei um lugar que pode deixar vocês melhor.

Dal sorri e pisca para Usuita, tentando ocultar o próprio medo e vontade de vomitar. Limpa a testa com as costas da mão, que se mancham de sangue.

–O que aconteceu? -Usuita se dirige a Dal.

Kazan fica triste e se cala.

– Na explosão eu bati a cabeça. - Dal diz, e se volta para Kazan - Se culpar e se lamentar não muda nada. Você não tinha o que fazer. Agora nos leve ao lugar do qual falou.

Usuita fica quieta chorando de cabeça baixa.

–Venham... -Kazan leva Dal e Usuita à floresta do sonho para esquecerem isso.

Dal segue Kazan e olha para Usuita. - Olha. Eu não te culpo por estar assim. Sei como é. Mas eu e Kazan precisamos que seja forte. Está bem? - pergunta Dal, tentando soar séria.

Usuita levanta e segue os dois.

Eles chegam à uma floresta com arvores gigantescas e uma grande cachoeira. -Bem vindos a Floresta dos Sonhos.

– Isso é lindo - murmura Dal para si mesma.

Usuita ainda estava abalada.

–Usuita, eu sei que sua perda foi grande, mas você tem que superar!

– Todos estamos mal - diz Dal - Mas se olharmos para trás... Não vamos para frente. Kazan, essa água é limpa e própria para consumo?

–Meu irmão estava naquela cidade. -Usuita fala baixinho.

–Sim Dal, ela é. -Bom, se encontrarmos o corpo dele eu posso revive-lo....

– Somos duas. Kye estava lá. Eu sinto muito. Mas ele ia querer que aguentasse firme. Venha, vamos beber um pouco de água. - diz Dal.

–Vocês não entendem, ele sabia de tudo isso, ele planejou tudo para acontecer assim, agora ele pode terminar o que estava fazendo. -Usuita fala com raiva e de cabaça baixa.

–Como assim?

– Seu irmão não era...? - pergunta Dal, erguendo uma sobrancelha e molhando seu corte.

–Ele queria a cidade vazia para poder ir até o subsolo dela. Eu me recusei a ajudar e consegui fugir, consegui me esconder dele para que não vieses atrás de mim, mas hoje, ele apareceu de novo, mas não me mato. -Usuita parecia confusa.

–Quem é ele?

Dal não diz nada, apenas dá um gole de água.

Usuita fica calada, parecia que ela não queria mais falar do irmão dela.

–Entendi, querem ver minha casa nessa floresta?

– Tem curativo lá? Esse corte está me deixando tonta - diz Dal.

Usuita sobe no telhado da casa e deita olhando para o céu.

–Tem sim, vem ver a casa Dal. -Kazan vai andando e atrás de muitas arvores, em uma clareira há um mansão gigante nas cores branca e laranja. -Que tal?

– Isso é maior que o hospital da minha cidade - murmura Dal. Ela pisca, como se quisesse se certificar de que aquilo era real.

Usuita dorme no telhado.

–Bom, fui eu que fiz essa mansão...Quer entrar? Tenho curativos na enfermaria.

– Tem uma enfermaria - sussurra Dal, seguindo Kazan.

A noite chega e logo fica completamente escuro.

–Venha! -Kazan entra na mansão puxando Dal.

Dal o segue e procura por Usuita, sem a ver.

A lua aparece, era noite de lua cheia. Um brilho forte começa a sair dos cabelos de Usuita, se podia ver aquele brilho a quilômetros de distância.

–Dal, me segue, aqui é a enfermaria. -Kazan aponta para uma sala com uma cruz vermelha.

Dal entra e se senta em uma maca, observando o lugar.

–Aqui o curativo. -Kazan pega algumas ataduras e pomadas, se dirige a Dal e as aplica em cima dos ferimentos. -Depois disso escolha seu quarto.

Dal estremece e vaga pela mansão. Opta por um pequeno quarto no térreo. - Posso ficar aqui? - pergunta.

–Fique aonde quiser, vou te mostrar onde fica meu quarto se precisar de ajuda. -Kazan anda um pouco até o fim do corredor. -É aqui. -Kazan abre a porta pra um grande quarto extremamente decorado com cores quentes e desenhos de fogo. -Esse é o meu quarto, aqui é o banheiro. -Kazan mostra uma porta entre o quarto dos dois.

Dal assente e entra em seu quarto, caindo sobre a cama.

Usuita acorda e se levanta, ela começa a recitar um feitiço na antiga língua de seu clã.

Logo, por causa do feitiço, um terremoto começa.

–Que porra é essa? -Kazan para o terremoto em volta de sua casa.

Dal cai no chão e o curativo se abre. Ela pragueja e corre para fora da casa. Vê Usuita no telhado. - Para! - grita.

Logo várias espadas se luz aparecem em volta da casa, tinha em torno de cinco a sete espadas de três metros girando pela casa e o terremoto só aumentava, a casa volta a tremer.

Kazan transporta a casa mudando a terra embaixo dela de lugar.

Dal não entende o que está havendo.

Usuita e ainda estava no telhado da casa fazendo o terremoto acontecer só na casa dessa vez, as espadas começam a girar mais rápido.

–Será que é a Usuita? -Kazan levanta a casa do chão.

Dal cai para trás e escala a casa. Se segura no telhado e engatinha até Usuita. - O que está fazendo? Vai nos matar! - ela grita.

Usuita não prestava atenção em Dal e continua o feitiço.

Kazan percebe o ato de Dal e voa pra cima da casa, ao chegar lá ele balança Usuita para acorda-la.

– Usuita, por favor - diz Dal, desesperada. Quando ela começa a chorar é atirada para fora do telhado e cai no chão com um estrondo, onde permanece, inerte. Respira com dificuldade.

Um portal abre na frente de Usuita.

–Ele está lá dentro. -Usuita aponta para dentro do portal.

–Dal! -Kazan voa e pega Dal caída no chão e a leva de volta pro telhado. -Seu irmão está lá dentro Usuita?

Dal não se move, concentrando-se para respirar.

–Sim, vamos antes que ele pegue a pedra!! -Ela grita e sai correndo para dentro do portal.

Usuita entra no portal

Kazan dá um pouco do liquido do Kamandal para Dal e entra no portal.

Dal geme e se arrasta para dentro do portal.

Os três estavam em um grande salão feito de ferro e aço, no centro havia uma pedra branca flutuando, era possível sentir todo o poder da pedra no ar do salão. Um homem estava parado olhando para pedra, ele estava na frente dos três.

–É ele... -Usuita aponta o dedo que estava tremendo.

–Olá, você é o irmão da Usuita?

Dal só observa.

–Olá... -O homem se vira se mostrando. -Amigo... -Tsuru fala sorrindo.

–Tsuru??? -Kazan estranha.

– Tsuru? - murmura Dal, apoiando-se na parede - Vocês são irmãos... Meu Deus.

–Usuita, não deveria ter vindo. -Tsuru fala com um tom de voz frio.

Tsuru pega a pedra e enfia em seu peito no lugar do coração.

–Finalmente!!! -Tsuru grita

–Tsuru, pra começar, você é irmão da Usuita? Depois, QUE PORRA VOCÊ TÁ FAZENDO?

– Tsuru? - pergunta Dal, assustada - Esse... Não se parece com você. O que fez? E deixe sua irmã em paz...

–Depois dou um jeito em você irmã.... -Tsuru para por um instante.

Ele começa a ficar pálido e parecia não respirar.

–Tsuru? -Kazan começa a ficar preocupado e vai em direção a Tsuru.

– Meu Deus... - murmura Dal e se arrasta até Tsuru. - Tsuru, o que está acontecendo?

O corpo de Tsuru é coberto por uma massa negra e densa. Ele começa a se mexer.

–Está me chamando, Dal? -Era a voz de S.A misturada com a de Tsuru.

–Mas que porra está acontecendo? -Kazan se afasta um pouco.

– Não! - arfa Dal, soluçando - Tsuru, por favor... Não... Não...

–Coitado desse garoto, tanto quis se vingar de quem matou seus pais, foi tão fácil controlar ele. -S.A ri.

Logo ele fica na sua forma original.

–Pronto, talvez assim fique melhor. -S.A caminha para frente dos três. -Se curvem diante de Deus. -Ele estende os braços para os lados.

–Desculpa cara, não sei quem você é, e devolve o Tsuru.

– S.A, - sussurra Dal, empalidecendo. Ela se levanta e começa, em vão, a socar o homem - Monstro! Nunca vou me curvar para você! Me devolve o Tsuru... Devolve...

S.A não sentia os golpes.

–Se curvem agora!!! -Ele abaixa os braços e vários esqueletos surgem do chão puxando os três para baixo, logos eles estavam curvados. -Melhor assim. -S.A ri.

–Melhor como? -Kazan se levanta e cria lava nos esqueletos.

Dal soluça ainda mais. - Para! Me deixa em paz, por favor... Devolva o Tsuru! - ela diz,

–Uma fênix? Então ainda tem uma viva. Meus parabéns, você é o único vivo que sobrou. -S.A ri.

–Conseguiu matar os outros? Uhm, então é forte, mas bem, sou a fênix primordial desse universo, se tentar me matar simplesmente destruo este universo todo.

– O que quer? - pergunta Dal, soluçando e tremendo.

–Decidi ter uma dimensão a mais para controlar, e já consegui tudo que preciso. Ei fênix, o que acha de ser meu guarda?

–Com a condição que estabeleças uma regra de conduta correta e que meus amigos fiquem vivos, talvez seja de meu interesse, o que você fez com Tsuru?

– Não confie nele... - sussurra Dal. Ela fita o oponente e estremece.

–Calada!!! -Um esqueleto gruda certinho em Dal, ela fica paralisada. -Faremos o seguinte fênix, deixarei você viva e te mandei para tomar conta de um problema, ser resolver, te deixo como comandante dessa dimensão.

–Sem problemas, contanto que não machuque meus amigos, se machucar qualquer um deles diga adeus para essa dimensão...

–Venha até aqui para eu poder te mandar para a dimensão. -S.A estende o braço para Kazan.

Dal arregala os olhos e tenta balançar a cabeça, mas não consegue. Chora mais.

Kazan vai para perto dele e aperta sua mão.

Dal grita e morde o esqueleto que tapa a sia boca.

Dal conseguia falar agora.

–Olhe nos meus olhos fênix. -As pupilas de S.A somem e aparece algo na forma de Kazan aparece no lugar.

Kazan olha nos olhos de S.A. -Prometa-me que não fará nada a nenhum de meus amigos!

– Suas promessas são vãs - grita Dal - Kazan, não seja tolo, não confie nele! Veja o que fez com Tsuru! Não o obedeça...

–Idiota. -S.A diz e logo Kazan cai no chão inconsciente. -Ele está preso na própria mente até que consiga sair. -S.A se aproxima de do corpo de Kazan. -Vamos tirar isso e isso dele. -Ele diz com sua mão já em esqueleto cortando algo no corpo de Kazan.

–Eu, não, vou, deixar!!! -Kazan explode seu subconsciente e se torna pó.

Dal grita e sente espinhos se formarem na superfície do esqueleto que a prendia. Ela grita outra vez e arregala os olhos.

–Calada ou eu corto a linha da alma do seu pescoço. -S.A ameaça Dal. -Que inútil, pensa que se livrou, mas não percebe que ainda está preso, olhe como o corpo não para de tremer. -S.A ri.

–Não preciso de subconsciente pra isso! -Kazan desliga sua mente e fica só com seus instintos. A primeira coisa que faz é tornar-se em fogo e cremar o braço de S.A

Dal arfa e sangue escorre dos lugares onde os espinhos perfuram seu corpo. Ela arfa outra vez. - Para - ela suplica.

Kazan fica imóvel, ele ainda está dentro da mente, seu corpo não parava de tremer.

–Dal, tenho uma proposta para você, mate Kazan, e te devolvo seu amigo Tsuru e deixo essa dimensão em paz.

–Dal, pode me matar, mas duvido que ele esteja falando a verdade... -Kazan vê a si mesmo em seu subconsciente.

– Mentiroso! - Dal grita e sente os espinhos lhe perfurarem ainda mais. - não vou matar Kazan. Por favor... Me deixa em paz!

S.A solta Dal.

–Pode mata-lo. -S.A faz aparece uma costela na frente de Dal.

–Dal, ataca...ele...agora... -Kazan fala com a voz fraca.

– Kazan! - sussurra Dal, com os olhos arregalados. Ela se volta para S.A. e desembainha suas adagas. Anda a passos trôpegos até o oponente. - Não posso Kazan...

S.A anda para frente de Dal.

–Não consegue não é? -Era uma voz calma. -Guarde as adagas que te deixo viva.

– Como posso confiar em você? - sussurra Dal, apertando com força o punho das adagas.

–Simples, não te matei ainda. -S.A fala sorrindo.

Dal, incerta, coloca as adagas de volta na bainha e estremece.

–Muito bem, agora só falta fazer uma coisa, mate-o. -S.A aponta para Kazan.

– Não... Não posso fazer isso. Ele é meu amigo. - soluça Dal.

–Claro que pode, ande, ou Tsuru que morrera.

– Faça o que quiser comigo, mas deixe-os em paz, eu te dou qualquer coisa, por favor... - implora Dal.

–Escolha logo, Tsuru ou Kazan. -Uma espada de lamina roxa sai do chão e fica de pé flutuando do lado de Dal.

Dal grita. - ME DEIXA EM PAZ! A ÚNICA PESSOA QUE QUERO FAZER SOFRER AQUI É VOCÊ!

S.A dá um tapa na cara de Dal.

–Ande logo, se você não escolher um eu mato os dois. -Ele fala sério.

– Por que quer que eu faça isso? O que ganha? - pergunta Dal.

–Você não precisa saber dos meus planos, agora ande logo antes que eu decida os matar.

– Preciso sim. Eu vou te obedecer apenas se souber o que estou fazendo - diz Dal. - Vamos, diga. Já escolhi quem vou matar.

–Insolente! -S.A a agarra e a levanta pelo queixo. -Obedeça logo!! Ou será que prefere viver com a morte de seus amigos? -O tom de voz de S.A estava diferente.

Dal se desvencilha do oponente e instintivamente segura seu bastão, mudando de aparência.

–Idiota!! -S.A bate com Dal no chão com força suficiente para abrir uma mini cratera em torno dela. -Faça o que mandei sem fazer perguntas!!!

Dal arfa e fuzila seu agressor com o olhar. Sente algo estranho dentro de si e se levanta calmamente. - Faça o que quiser, S.A. - ela diz, com uma voz que definitivamente não era sua. Algo parecia querer controla-la, e dentro de si havia uma luta entre ela realmente e essa coisa. "Faça o que quiser? O que é isso, ele vai mata-los!" sua eu legítima pensou.

–Ótimo. -S.A a solta e logo esqueletos surgem do chão e a prendem.

S.A pega a espada dele que estava flutuando e vai em direção a Kazan.

Dal ri com escárnio. Olha de modo psicopático para os esqueletos que a prendem e os congela, quebrando-os em seguida. - Isso vai ser divertido. Sabe, dormi por um tempo, S.A. Me proporcione alguma diversão. Não quero apenas olhar você matando o garoto, isso seria tão... Bah. - a voz diz por intermédio de Dal.

–Mudou de opinião tão de repente, não liga mais para seus amigos? -S.A pergunta.

A voz ri, apesar dos esforços de Dal para voltar ao normal. - Bobo, eu só me apossei do corpo da garota até que encontre outro. Veja como ela é feia! Isso acaba com minha dignidade. Eu não me importo com os estúpidos amigos dessa garota, o que você estava prestes a matar ameaçou queimar tudo onde moro. E queimou. Seria bom vê-lo sofrer. - disse a voz.

–Entendi. -S.A vira para Dal e a olha. -Duas almas em um corpo? -Os olhos dele estavam brancos por completo. -Assim você estraga vá embora antes que eu mesmo te tire daí.

– Ora, vamos, só quero me divertir. Desde que o panaca - ela aponta para Kazan - Me queimou minha alma andou muito entediada. Vamos lá, não é tão difícil.

–Quer fazer um acordo? -S.A sorri.

Dal sorri. - Isso está ficando interessante. - ela diz.

–Eu posso te conseguir um corpo, precisa dar algo em troca.

– Um corpo? É melhor que esse? Essa garota é ridícula, e se veste muito mal. A vantagem é que nela tem o gelo. Mas o que propõe? O panaca queimou a maior parte das minhas coisas. - diz ela.

–Suas coisas eu não sei, mas um corpo, eu consigo fácil para você.

– O que quer em troca? - pergunta ela, chutando Kazan para o lado e sentando-se onde ele estava.

–Mate Kazan e depois Tsuru, e o corpo será seu.

– Ah, estava esperando algo mais difícil. - bufou ela. - Mas me mostre o corpo primeiro. Tenho que saber se vale a pena.

Um esqueleto sai do chão e fica de pé do lado de S.A.

–Está aqui, a aparência dele depende de como é sua alma.

Ela ri. - Então será bem feio. Mas tanto faz. Com quem eu começo... - ela anda até Kazan e se ajoelha ao seu lado - Você. Queria queimar minhas lembranças, não é? Bah! Idiota. Vou mata-lo com elas. Perfeito. Vou sobrecarregar sua mente e quando você enlouquecer, eu te transformo em gelo e acabo com você. Legal, não é? Tenho de agradecer à garota depois.

–Pegue, precisa fatiar a alma dele para que não reviva. -S.A clava a espada no chão do lado de Dal.

Dal ri e sua cabeça pende para trás. - Isso é o máximo. Preciso fazer mais amigos como você. - ela diz. Então toca na cabeça de Kazan e um fio dourado sai da ponta de seus dedos, suas lembranças. Kazan estremece.

S.A observa Dal.

Kazan começa a gemer, e Dal ri. Então boceja. - Muito chato. Faço isso com outra pessoa. Vamos lá... Gosta de frio? Espero que sim. - ela diz, e uma espessa camada de gelo reveste Kazan e começa a penetrar nele.

S.A continua vendo a cena.

–Não vai ser uma morte instantânea assim, se ele acordar e rever vou ter que lutar, saco. -S.A pensa.

– Agora, a melhor parte... - murmura ela e pega a espada. Instantaneamente sente uma onda de poder percorrer seu corpo, e olha ambiciosamente para Kazan.

S.A sorri.

Dal desfere um golpe no abdome de Kazan, e não cessa. Só se satisfaz após uma grande quantidade de golpes. - Espero que tenha doído - murmura. - Agora o outro... Como se chama?

–O outro vai ficar para uma ocasião futura. -S.A se aproxima.

O braço esquerdo de S.A fica sem carne e em ossos, estava pingando sangue.

–Só vou roubar a alma dele agora.

Por um instante Dal assume o controle do próprio corpo e se chuta S.A., e este cai no chão. - DEIXE-O EM PAZ! MORRA DESGRAÇADO! E NEM PENSE EM TOCAR NO TSURU! - ela grita.

S.A levanta e logo esqueletos seguram Dal e a fazem deitar no chão de barriga pra cima.

–Vejo que voltou ao controle. Olhe para seu amigo, esta mutilado, só falta eu pegar a alma dele, o que acha que pode fazer?

– Não vou deixar que pegue sua alma. E ele vai ficar bem, sempre fica. Você devia estar ali. - rosna Dal, do chão. - Me responda. Você teve alguma coisa a ver com a morte de minha irmã?

–Tem certeza que quer saber? Bem, digamos que aquela alma era deliciosa. -S.A lambe os beiços.

Os esqueletos que prendiam Dal explodem e granizo reveste o chão. - MONSTRO! SEU DESGRAÇADO, VOCÊ VAI MORRER!

S.A pega a espada com sua mão que estava normal.

–Sabe, já que agora você sabe, então tem que morrer, mas te deixo viva se matar Tsuru.

– NEM EU NEM VOCÊ VAI MATAR TSURU! A ÚNICA PESSOA QUE MORRERÁ AQUI É VOCÊ, IDIOTA! - ela grita, e seu cetro se torna uma espada de gelo.

–Veremos. Já sei o que vou fazer. -Um corpo aparece do chão.

O corpo que aparece do chão era da irmã de Dal.

–Pode lutar agora. -S.A fica imóvel. -A qualquer movimento, não importa como seja, esse corpo vai me proteger.

– Essa não é minha irmã. Você a matou! Você só quer me enfraquecer! - ela desfere um golpe em S.A., defendido pela irmã de Dal. Dal faz um corte em seu braço.

–É sua irmã sim, a alma dela está nesse corpo semi morto, e ela está sentindo toda a dor de estar morta e de você estar atacando ela. -O corpo da morta começa a chorar sangue. -Veja as lagrimas, que imagem linda e deliciosa.

– Mentiroso - rosnou Dal. Se prepara para dar um golpe na irmã, mas se detém no último instante, distraindo a garota. Então consegue fazer um pequeno corte no braço esquerdo de S.A.

O corte começa a sangrar.

–Só isso que pode fazer? -S.A ri de Dal. -Ataque escrava!! -S.A ordena a morta.

A morta segura no peito de Dal e começa a perfurar com as mãos.

Dal grita e corta a perna esquerda da irmã. - TSURU! - ela grita - RESISTA! PRECISO DE VOCÊ!

–Inútil garota. -A morta já havia soltado Dal.

Usuita estava no canto da parede tremendo e chorando.

– Usuita, você também! - grita Dal, e desfere outro golpe na irmã, soluçando.

Usuita estava paralisada por causa do medo.

S.A corre e segura Dal pelo pescoço, ele a levanta e começa a sufocar ela.

– U... Usuita, por favor - arfa Dal, e faz um corte no abdome do agressor.

O corte sangra bastante.

–Não adianta, não vou te soltar. -S.A continua sufocando Dal.

Usuita levanta e se vira para os dois.

–Preciso fazer alguma coisa. -Ela pensa.

Dal grita e arfa, se debatendo. Então corta a mão de S.A.

S.A a solta. O local do corte não parava de sangrar.

–Continue, não dói mesmo. -S.A ri.

Usuita desembainha sua espada, mas ela tremia muito ainda.

– E se eu cortar sua cabeça - rosna Dal, se recuperando e se levantando.

–Se conseguir. -S.A a chuta para longe.

–Corte Estelar! -Um feixe de luz corta S.A ao meio e Usuita estava na frente dele tremendo. -Con - Consegui? -Usuita pergunta.

– Sim! - arfa Dal - Mas precisamos da espada dele, para cortar sua alma, ou terá sido em vão!

O corpo cai morto no chão. Uma alma aparece, tudo que S.A havia trazido sumiu.

–Conseguiram. -A alma diz e some.

O corpo morto mostra a verdadeira forma. Usuita vê e se ajoelha do lado e começa a chorar.

– Tsuru - grita Dal. Só então percebe o quanto está ferida. Cai de joelhos e coloca a mão sobre o furo que sua irmã lhe fez. Ela arfa e vai caindo mais.

–Ma-matei meu irmão? -Usuita fala chorando.

Usuita grita de dor por ter perdido seu irmão.

– Tsuru, não... - soluça Dal - Por favor, eu preciso de você... Não...

Tsuru estava morto, uma esfera vermelha sai do corpo e vai para frente de Dal, Usuita não havia percebido a esfera pois estava chorando.

– Tsuru... Não me deixa sozinha, por favor... - soluça Dal.

A esfera vira um pingente em forma de uma Rosa Vermelha e cai no chão a frente de Dal.

Dal soluça ainda mais e segura o pingente, colocando-o na mesma corrente que ficava o pingente de seu cetro. - Tsuru... - ela chora. Arfa, por conta dos ferimentos, e começa a ver pontos negros.

Usuita se levanta e vira para Dal.

–Por que? -Usuita pergunta.

– Por que o que? - arfa Dal.

–Por que obrigou a mata-lo? -Usuita pergunta ainda chorando.

Dal apenas balança a cabeça negativamente, tira seu colar e o coloca em Usuita. - Fica, ele ia querer isso - arfa.

–É CULPA SUA!! -Usuita se prepara para dar um golpe que perfuraria o estomago de Dal.

– CALA A SUA BOCA! - Dal grita - ME MATA SE É ISSO QUE VOCÊ QUER! ME MATA E ESQUECE DE TUDO ISSO, VAMOS, VAI LOGO! QUER SABER? EU NÃO ESTOU NEM AÍ! ME MATA DE UMA VEZ, E PARA DE AGIR COMO SE FOSSE A ÚNICA QUE SOFRESSE, TÁ LEGAL? FALA O QUE VOCÊ QUISER, ME MATA DE UMA VEZ E FICA SE LAMENTANDO, COMO SEMPRE FAZ! EU CANSEI! - sua voz vacila - Acha que eu não me importo com Tsuru?

Usuita cai de joelhos no chão.

–Mal reencontrei meu irmão e ele já morreu. -Usuita fala ainda chorando bastante.

Dal não diz nada, mas se encolhe. Deita no chão e olha para o teto, forçando-se a respirar. -Você vai ficar bem. É ótima lutadora e esperta. É só se lembrar dele e.... - sua voz vacila e ela chora silenciosamente.

Usuita para de chorar com muito esforço e se levanta.

Dal fecha os olhos e respira lentamente. Os abre e olha para o corpo de sua irmã, ainda estirado ali. - Foi mal - ela sussurra.

Usuita sai andando em direção ao portal.

Dal apenas a observa.

–Adeus Dal. -Usuita tira o colar e coloca no chão. -Nos vemos por ai. -Ela passa pelo portal e vai embora.

Dal tenta murmurar um adeus mas não consegue.

O portal fecha.

Dal se pergunta o que vai fazer.

A pedra branca que Tsuru colocou no coração sai do corpo e flutua de volta para seu lugar de origem.

Dal observa e se pergunta o que há com aquela pedra. Ela se arrasta e coloca o colar.

O colar brilha numa luz vermelha fraca.

– Vou sentir sua falta - sussurra Dal.

A espada de Tsuru, que ainda estava na cintura do corpo, começa brilhar em conjunto com o colar.

– O que está havendo? - sussurra Dal.

Eles não param de brilhar, a espada parecia chamar Dal.

Dal se arrasta até a espada. - O que quer me dizer? - ela murmura.

A espada se desembainha um pouco, tentando ir até a mão de Dal.

Dal a segura.

–Ache um corpo para ele... -Dal pode escutar uma voz em sua mente.

– Mas que corpo? Eu não consigo fazer aquilo que S.A. fazia... - Dal murmura.

–Ache um corpo para ele... -A voz não parava de repetir.

Dal olha ao seu redor, mas sem encontrar nada. - COMO? - ela pergunta. - Só há Kazan aqui!

–Me leve junto, eu te aviso. -A voz fala uma última vez e depois se cala.

Dal se levanta, se apoiando na espada. Olha ao redor, mas não encontra saída para o saguão. Ela caminha a passos trôpegos pelo local.

Um pedaço do teto cai e uma luz sai dele.

–O....Oi Dal... -Kazan fala com uma voz fraca se levantando. -Eu consigo criar corpos...

– Vamos sair daqui - arfa Dal. Ela cria uma escada de corda de gelo e começa, com esforço a escalar, manchando a escada de sangue. Ela se iça para fora do local, e percebe que está em cima de uma abóbada.

Algumas pessoas que estavam por ali veem Dal e vão em direção a ela.

–Não gosto muito de gelo... -Kazan sai voando pelo buraco. -Qu...Quem são vocês? -Diz Kazan já no topo da abóbada.

Dal se apoia na abóbada e não se opõe a aproximação das pessoas. Põe a mão sobre seu machucado.

As pessoas pareciam estrangeiros do reino do gelo e não falavam a mesma língua que Dal e Kazan.

– Ajuda... - murmura Dal, embora soubesse que não a entendiam. Pareciam confiantes ao ver o pingente de gelo de Dal. Ela cria uma pequena esfera de gelo, com muito esforço, para mostrar que também gosta do gelo.

Logo as pessoas começam a tratar de Dal, eles levam Dal e Kazan para a cabana onde estavam vivendo. Kazan estava dormindo e já era quase hora do almoço. Dal estava na sacada da casa olhando em volta e pensando algo.

– Que corpo será que você quer? - pergunta Dal, como se falasse com o pingente e a espada.

Estava ventando um pouco, o som do vento atendo nas folhas das arvores era relaxante e calmo.

Dal fecha os olhos e deseja que Tsuru estivesse ali.

–Dal? -Uma voz fala na frente de Dal.

– O quê? - pergunta Dal, e procura pelo dono da voz.

Era Yamato.

–O que está fazendo aqui? -Ele estava carregando alguns troncos cortados em cubos pequenos.

– Lutei com S.A. Essas pessoas me ajudaram, agora estou aqui, pensando no que vai ser de mim. - ela diz.

–S.A já está agindo então? Nossa, ele é rápido. -Yamato ri.

– Não ria! - diz Dal. - Tsuru morreu lá.

–Tsuru? Quem é? Seu namorado? Puts, sinto muito Dal. -Yamato parou de rir.

– Ele não é meu namorado - diz Dal, enrubescendo - Era só um amigo. Eu só tenho dezesseis anos. Mas enfim, ele me deixou isso. - ela indica o pingente e a espada.

–Bonitos, me dá essa espada? Ela parece muito boa. -Yamato se interessou na espada.

Dal segura o cabo da arma com força. - Como posso confiar em você?

–Sei lá, mas eu salvei sua vida já.

Dal, com certa hesitação, entrega a arma a Yamato e olha para o céu.

A espada brilha e explode na não de Yamato o jogando pra trás e logo volta para Dal.

Dal corre até Yamato e se ajoelha ao seu lado. - Está bem? - ela pergunta. - Eu não sabia que isso aconteceria!

–Não precisava fazer isso comigo Dal. -Yamato fala todo dolorido.

– Eu sinto muito! - diz Dal, preocupada - Quer que eu os chame? Meu Deus, eu sou uma tonta mesmo! Fique aí, eu vou pedir ajuda!

Yamato fica deitado no lugar.

–Aquele corpo... -Uma voz na cabeça de Dal fala.

– O que? - Dal se volta para Yamato - Devo colocar o pingente nele?

–Me dê aquele corpo, arranque o coração e coloque Tsuru no lugar... -A voz continua.

Dal empalidece. - Como eu arranco o coração dele?

A voz não respondia mais. Yamato ainda estava deitado no lugar.

– Eu... - Dal se ajoelha ao lado de Yamato e tira o pingente de seu colar. Sem saber o que fazer, coloca-o em cima do coração dele.

O pingente só brilha.

–O que está fazendo Dal? -Yamato fica confuso.

–Arranque o coração dele!! -A voz volta.

– Arranque o coração? - Dal pergunta. Então se afasta de Yamato e começa a soluçar. - Não posso fazer isso.

–Dal? Do que está falando? -Yamato se preocupa.

– A voz, está me dizendo para arrancar seu coração - soluça Dal, enterrando o rosto nas mãos - E colocar Tsuru! Eu não posso fazer isso... Essa voz não se cala...

–Como as.... -A espada perfura o coração de Yamato e o mata.

–Arranque e coloque ele!! -A voz continua.

– Não! - grita Dal. - Yamato! QUEM É VOCÊ? POR QUE ESTÁ FAZENDO ISSO COMIGO?

–Pensei que ele significasse algo para você, confiei minha lamina a pessoa errada. A voz fala e sai do peito de Yamato para mirar em Dal.

– Ele significa - diz Dal - Mas Yamato não tem culpa de sua morte! Não merece morrer! Acha mesmo, seja lá quem for, que não me importava com Tsuru?

–Se você se importasse ia tentar recupera-lo a qualquer custo, vai morrer por mentir para mim.

– Quem é você? - pergunta Dal, esperando a própria morte.

A espada cai no chão e o pingente brilha.

–Não escute ela Dal, não preciso voltar a vida, não mereço. -A aura de Tsuru estava na frente de Dal, ela estava na forma do corpo dele só que transparente.

– Tsuru! - sussurra Dal, e chora mais - Eu quero você de volta, mas não posso fazer isso com Yamato...

–Ela matou Yamato, e não quero voltar a vida, como disse, não mereço, vou destruir o pingente para que eu não atrapalhe mais...

– Não! Tsuru, você pode não querer a vida, mas eu preciso de você! - diz Dal.

–Desculpe Dal, só estou trazendo o mal a você. -O pingente começa a rachar.

– NÃO! Tsuru, por favor, preciso de você, não faz isso comigo! - Ela corre até Yamato e coloca o pingente no local onde a espada o cortou. - E agora? O que preciso fazer? Tsuru, não vai, por favor!

A aura some. A ferida no peito de Yamato cicatriza e uma massa vermelha de carne cobre o corpo de Yamato, ela começa a tomar a antiga forma de Tsuru, em poucos instantes o corpo estava completo e Tsuru inconsciente.

– Tsuru! - arfa Dal e levanta sua cabeça, colocando-a no seu colo. Uma lágrima cai sobre o rosto de Tsuru - Fala comigo!

–Por que Dal? -Tsuru fala baixo.

– Eu... Eu sinto muito... - Dal se afasta e corre até a varanda. - Eu sou egoísta, só pensei em mim... Eu vou embora. Vou para longe.

Tsuru ainda estava muito fraco e não conseguia se mover.

Dal se encolhe e enterra o rosto entre os joelhos, como estava quando se encontrou com Tsuru pela primeira vez.

–Dal? -Tsuru estava chamando por Dal.

– Aqui - Dal soluça com um fio de voz.

–Você não me respondeu ainda, por que?

– Eu não tenho o que responder Tsuru. Eu... Eu precisava de você. - murmura Dal.

Tsuru dá um sorriso e fecha os olhos.

–Estou tão cansado Dal... -Ele adormece ali mesmo.

– Oh! - diz Dal. Limpa o rosto com as costas da mão, e observa Tsuru. Ela suspira, aliviada por ele estar ali, vivo.

A espada que estava caída no chão se transforma em uma rosa negra e um liquido escuro começa a sair dela.

Dal observa a rosa e ergue uma sobrancelha. Toca o líquido.

O liquido estava frio e denso. Ele começa a grudar no dedo de Dal.

Dal balança o dedo, tentando se livrar daquilo. "Como eu fui idiota a esse ponto" ela pensa. Como o líquido não saia, ela o congelou e soltou o seu dedo. Observou aquilo e imaginou o que seria.

O liquido começa a entrar na terra e some, a rosa negra começa a virar pó.

Dal franze o cenho e dá de ombros. Pega o pingente de seu colar e começa a gira-lo entre os dedos.

O céu começa a fechar, parecia que ia chover. Logo alguns pingos começam a cair e começa a garoar.

Dal se abraça e olha para os lados. Era melhor que ela e Tsuru saíssem dali. Pede ajuda a um dos moradores da cabana, e logo ela e Tsuru estão dentro da construção. Ela olha para a chuva pela janela, mordendo o lábio inferior.

A chuva começa a ficar mais e mais forte, depois de um tempo Tsuru acorda e vê Dal olhando a chuva.

Dal não percebe que ele acordou. Está imersa em pensamentos sobre os recentes acontecimentos. Cada gota de chuva que cai lhe causa mais pesar.

Tsuru levanta em silencio e vai até Dal, ele coloca as mãos nos ombros dela.

–Desculpe, é tudo culpa minha. -Tsuru fala baixo e com a voz ainda cansada.

Dal se volta para ele. - Não diga isso para me reconfortar, Tsuru. Você sabe que não é. - ela diz.

–Não estou dizendo para isso, realmente é tudo culpa minha, se eu não estivesse tão cego por causa da minha vingança, S.A não teria atacado e quase matado você.

– Tsuru. Eu sei. A vingança sempre fala mais alto. Mas você não imaginava que seus atos teriam essa repercussão. S.A. te enganou. E de qualquer modo, estou bem agora. - diz Dal.

–Quando eu estava dentro dele, eu vi todas as almas que tinha ali, havia milhares de almas pressas se lamentando e gritando por socorro, quando ele reviveu sua irmã eu via alma dela, eu vou atrás dele, e vou recuperar a alma de sua irmã. -Tsuru fala confiante.

Dal ri e desvia o olhar. - Mal se recuperou já quer mais - ela diz. - Descanse agora, bobo. Depois você pensa em mais aventuras.

–Não se preocupe, já estou conseguindo me mover. Posso partir agora... -Tsuru dá uma pausa. -E você vem comigo não é?

– Eu vou. - diz Dal. - Mas depois. Você conseguir se mover não é suficiente para mim. Vou pegar alguma coisa para você comer.

–Não precisa, eu não estou com fome. -A barriga de Tsuru ronca.

– Bobão - Dal ri e sai do quarto para buscar alguma comida.

Tsuru senta no chão perto da parede e fica olhando para o teto.

Dal volta com duas maçãs. Ela dá uma mordida em uma e joga a outra para Tsuru. - Foi o que eu encontrei. A maioria das outras coisas era comida congelada. E NINGUÉM merece comida congelada.

Tsuru ri e dá uma mordida na maça.

–Eu estava pensando, sabe para onde minha irmã foi?

– Ela disse que nos encontraríamos por aí - diz Dal, sentando-se e dando outra mordida na maçã. Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha - Só isso. Não parecia animada com a perspectiva de me encontrar de novo.

–Entendo. -Tsuru da outra mordida na maça. -Posso perguntar uma coisa?

– Pergunta - diz Dal.

–Bem, esquece, melhor deixar pra lá. -Tsuru desvia o olhar.

Dal para de comer e o fita. - Agora você vai falar.

–Deixa pra lá Dal, é uma pergunta boba.

– Não me importa. Só pergunta. - diz Dal.

–Deixa pra lá Dal, serio, não quero mais perguntar.

– Tsuru, se você não me falar eu vou sair tempestuosamente desse quarto e nunca mais te trago maçãs. - diz Dal.

–Isso é chantagem. -Tsuru ri. -Bem, por que me reviveu?

– Por quê? Achei que já tivesse dito. Você pode ser bobão, mas eu preciso de você. - diz Dal.

–Pra que? -Tsuru fica curioso.

– Para quê? Não sei. Você me dá força, sei lá. Além disso, você já me salvou, não foi? Podia ter me matado quando me encontrou. - diz Dal, limpando os dedos no vestido.

–Tem razão, mas não seria bonito matar alguém como você não é? -Tsuru se deita no chão. -Finalmente uma coisa boa acontecendo. -Ele dá uma rizada.

– O quê? - pergunta Dal. - Que parou de chover? Eu realmente acho isso muito bom. Assim podemos ir lá fora.

–Nada deixa pra lá. -Tsuru se levanta. -Vamos partir então?

– Você tem que parar com isso de "deixa para lá". - diz Dal. - Vou roubar algumas maçãs. Para onde vamos?

–Eu não sei, para uma nova cidade, preciso beber alguma coisa.

– Homens - Dal revira os olhos. Enfia algumas maçãs em sua bolsa de couro - Vamos. Já cansei de ficar parada. Mas se puder me poupar uma briga por enquanto, eu agradeço.

–Vamos então, soube que no Reino do Sul servem um ótimo vinho, o que acha? -Tsuru dala com os dois já lá fora.

– Tenho dezesseis anos, não lembra? Não bebo. Mas se lá tiver maçãs com mais gosto que essas, vamos. - diz Dal.

–Tem que parar com isso de não bebo, a final, já chego perto da morte então não tem por que de não beber.

– Imagine-se bebendo uma garrafa de álcool hospitalar. - diz Dal. - Viu, é nojento! Continuo com o chá. Também gosto de chocolate quente, acho que é minha bebida favorita.

–Para com isso Dal, vamos, vou te pagar uma taça de vinho, se você não gostar ai paro de insistir tanto nisso.

– Se me der uma taça de vinho vou joga-la em você. Se me der chocolate quente eu te dou uma maçã - diz Dal, batendo na bolsa de couro.

–Vou te dar vinho, não gosta de suco de uva é?

– Não. Uva é muito doce. O único tipo de doce mesmo que eu gosto é chocolate. - ri Dal.

–Então vai gostar de uva também, ótimo.

Dal revira os olhos. - Não pode me obrigar a beber.

–Dal, você vai gostar, se for por causa da idade eu peço pra ser o vinho mais fraco que tiver.

– Bobão. Por que se importa tanto? - pergunta Dal.

–Sei lá. Só quero que você experimente.

– Não faz diferença para você. Vou beber chocolate quente e pronto - ri Dal.

–Nada disso, vai beber vinho e fim de discussão. -Tsuru sorria.

Dal revira os olhos e ri. - Veremos.

–Me joga uma maça? Estou com fome. -Tsuru estende a mão.

Dal balança a cabeça negativamente. - Só em troca de um chocolate quente. - ela ri.

–Está bom, eu te do vinho já que quer tanto. -Tsuru ri.

Dal dá um soco em seu ombro amigavelmente, então pega uma maçã e a estende. - Come, bobão.

Tsuru pega a maça.

–Obrigado Dal. -Ele dá um sorriso.

– Tudo bem. Agora está me devendo um chocolate quente. - diz Dal.

–Sim, estou te devendo uma taça de vinho.

– Chega! - ri Dal.

–Está bom. -Tsuru ri junto.

Depois de muito andarem os dois chegam em uma vila, já estava de noite.

–Parece que chegamos em uma pequena vila.

Dal boceja. - Finalmente. Estou com sono.

–Vamos comer algo antes de dormir?

– O que quer comer? - pergunta Dal - Só não diga maçã.

–Não sei, qualquer coisa, e você? -Tsuru se vira para Dal.

– Estou com vontade de comer macarrão - diz Dal.

–Então vamos, já vi um restaurante daqui. -Tsuru sai andando até o restaurante.

Dal o segue. - Nada de vinho.

–Sim, teremos vinho. -Ele ri.

OS dois chegam no restaurante logo sentam numa mesa.

–Só esperar agora. -Diz Tsuru.

– Espero que não demore - diz Dal. Ela boceja novamente e apoia a cabeça em um dos braços.

A garçonete chega e Tsuru pede dois pratos de macarrão e uma garrafa de vinho com duas taças.

–Pronto, já está vindo.

– Eu avisei que não beberia. - ri Dal, e come seu macarrão.

–Ah, mas agora já está aqui, não vai me deixar beber tudo sozinho né? -Diz Tsuru depois de ter engolido o que tinha na boca.

– Eca! - diz Dal, rindo.

–O que? O macarrão não está bom? -Tsuru começa a encher as duas taças com vinho.

– Estou falando do vinho - ri Dal.

–Vai beber comigo não é? Pelo menos uma taça. -Tsuru estende a taça para Dal pegar.

Dal revira os olhos. - Vou dar só um gole. E vê se não fica bêbado.

–Não se preocupe, vinho só me deixa com sono. -Tsuru ri e depois da um gole no vinho.

Com desgosto, Dal pega sua taça e dá um gole. Ela ri. - Isso é horrível! - ela diz. - Como gosta? É doce demais.

–É a sensação que dá, queima um pouco enquanto desce, isso é ótimo.

– Ótimo? - ri Dal. - Bom, já fiz minha parte. Agora você vai ter que me pagar um chocolate quente para eu tirar esse gosto horrível da boca.

Tsuru ri.

–Está bem. -Tsuru já havia acabo de comer.

Dal acaba seu macarrão e sorri.

–Vamos beber o resto dessa garrafa? -Tsuru levanta a garrafa para Dal.

Dal faz uma careta. - Ah...

–Vamos. -Tsuru completa a taça de Dal e depois enche a própria.

Ele logo bebe direto da garrafa.

Dal revira os olhos e termina sua taça, tossindo depois. Ela ri. - Pronto, feliz agora?

Tsuru acaba de beber da garrafa.

–Mais esta. -Ele empurra a própria taça que ainda estava cheia.

Dal bota a língua para fora. - Vamos, essa é sua.

–Eu guardei para você, Dal. Pode beber. -A voz de Tsuru estava quase sem som.

Dal bebe e põe a mão na cabeça. - Estou tonta agora. - ela diz.

Tsuru estende a mão para Dal.

–Vamos...

– Sim - Dal diz e se levanta, um pouco cambaleante.

Tsuru guia Dal até uma hospedaria, ele pede dois quarto e leve ela até o quarto dela.

–Boa Noite Dal, se precisar estou aqui em frente. -Tsuru já estava cansado.

Dal, que também está cansada, assente e despenca na cama.

Tsuru vai para o quarto dormir.

Dal acorda lentamente, com uma dor de cabeça terrível. A luz do sol penetra pela janela e prejudica sua visão. Ela geme.

Tsuru continuava a dormir, mas parecia que estava tendo um pesadelo e gritava um pouco.

Dal ouve os gritos e anda a passos trôpegos até o quarto de Tsuru. Ela abre a porta e senta ao seu lado na cama. O balança delicadamente. - Tsuru, acorda. Está tendo um pesadelo. - ela murmura.

Tsuru acorda assustado.

–O-O que houve? -Ele perguntando desnorteado.

– Você teve um pesadelo. Quer falar sobre isso? - pergunta Dal, esfregando os olhos.

–Não, não foi nada demais. -Tsuru se levanta para se espreguiçar. -Dormiu bem Dal?

– Sim, mas estou com dor de cabeça graças a você - ri Dal.

–Mas o que eu fiz?

– Me fez beber. - diz Dal. - O que faremos hoje?

–Eu não sei, não tenho nada em mente, e você? -Tsuru perguntando enquanto bota sua camisa.

– Também não - diz Dal. - Foi você quem sugeriu esse lugar.

–Sei lá, vamos dar uma volta pela vila e depois decidimos por qual caminho seguir, o que acha?

– Está bem - diz Dal.

–Estou lá fora esperando, vamos procurar algum lugar para comer algo. -Tsuru sai andando para fora do lugar.

Dal vai para seu quarto e troca a camisola por seu vestido marrom escuro, com um cinto trançado. Se enfiou em botas de couro e prendeu seu cabelo em uma trança de raiz. Então se encontrou com Tsuru.

–Vamos, perguntei para uma garota, e ela disse que tem um ótimo restaurante ali. -Tsuru aponta para o local.

A cara dele estava um pouco vermelha.

– O que houve com sua cara? - pergunta Dal.

Tsuru desvia o olhar.

–Nada, vamos? -Tsuru pergunta.

Dal lhe lança um olhar suspeito. - Gostou da garota? - ela ri.

–Que? Claro que não, por que acha isso? -Tsuru disfarça.

– Bobão. Não sabe fingir. Onde ela está, vai falar com ela! - ri Dal.

–Bem, vamos então. -Tsuru sai andando para o restaurante.

Dal o segue e olha para as pessoas no restaurante. - Quem é? - ela sussurra.

–Quem é o que? -Tsuru fica confuso.

Tsuru senta numa cadeira vazia.

–Sente-se Dal.

Dal se senta e apoia a cabeça nas mãos, rindo. - Tsuru gosta da garota, Tsuru gosta da garota...

–Para com isso Dal, só por que falei com ela e paquerei não quer dizer que gosto, que saco.

– Eu acho que quer - riu Dal. - E acabou de admitir que paquerou ela.

–Me deixa. -Tsuru boceja. -O que vai pedir?

– Sei lá - diz Dal. - Pão e leite mesmo. O que sua namorada te indicou?

–Já está me irritando Dal, não me trouxe a vida para ficar fazendo isso né? -Tsuru parecia sério.

– Deixa de ser chato - Dal revira os olhos - É minha funç...

–Ham? Por que parou? -Tsuru fica curioso.

Dal enrubesce e desvia o olhar. - Nada, bobão.

–Agora você que vai ter que me contar, anda. -Tsuru sorri.

– Não vou não. - diz Dal. Seu rosto se ilumina. - Só vou contar se você disser quem é sua namorada.

–Ela não é minha namorada droga, por que fica repetindo isso?!! -Tsuru fica bravo.

– Porque gosto de te irritar - ri Dal, mas não está olhando para Tsuru.

–Ótimo, me conte então.

Dal não escuta.

–Não gosto que me ignorem, anda, diz! -Ele já estava perdendo a calma.

– Ahn? O quê? - diz Dal.

–Se faça de boba então, cansei. -Tsuru levanta e chuta a cadeira para a mesa ao lado.

Logo ele se retira do restaurante e fica parado do lado de fora vendo o céu.

Dal revira os olhos e observa a mesa ao lado. Engole em seco e deixa escapar um "UAU".

Tsuru volta para seu quarto na pousada.

O garoto sentado na outra mesa a vê e pisca para ela. Com um sorriso bobo, ela volta para seu quarto e se joga na cama.

Vários sons vinham do quarto de Tsuru, parecia que ele estava destruindo o quarto.

Assustada, Dal anda até lá e abre a porta. - Desculpa se te deixei tão bravo assim - murmura ela, arregalando os olhos.

Dal via Tsuru erguendo a cama, ele joga a cama na janela e abre um buraco na parede.

–Não estou bravo!! -Tsuru grita.

– Não é o que parece - Dal recua um passo, assustada.

–Vou embora dessa vila, tenho que ir ver uma coisa. -Tsuru fala normal.

– O que aconteceu agora? - pergunta Dal, recuando. Ela apertava a própria trança nervosamente.

–É melhor eu seguir sozinho daqui pra frente Dal, será mais seguro pra você.

– Fale. O. Que. Houve. - diz Dal, lentamente.

–Por que? -Tsuru estava sério.

– Porque eu me importo com você. E acabei de ver você destruir o próprio quarto - diz Dal, entredentes.

–É você... -Tsuru fala tremulo

– O que tem eu? - pergunta Dal, baixinho.

–Está confundindo minha mente.

– Não entendo - Dal diz.

–Dal, eu não sei como dizer, mas preciso em afastar.

– Diga. - diz Dal, sem olhar para ele.

–EU NÃO SEI COMO DROGA!! -Tsuru gasta todo o ar em uma só frase.

Dal se assusta e recua um passo. Ela respira rapidamente. Recua outro passo e olha, horrorizada, para Tsuru. Então sai correndo.

Tsuru fica sem saber o que fazer e decide sair pelo buraco da parede.

Dal corre sem parar até uma pedra, onde se senta e soluça baixinho.

Começa a garoar e a ventar muito.

Tsuru estava caminhando pela feira da cidade enquanto pensava.

Dal não se importa com a água e olha para o chão, imaginando o que ocorrera com Tsuru.

Tsuru rouba uma faca de uma barraca de açougue da feira, o dono não percebe.

Ela morde o lábio inferior, e se encolhe.

Tsuru vai para longe dentro da floresta que tinha em volta da vila.

Ele começa a olhar para o céu escuro.

Ela olha para o céu, e suas lágrimas rolam lentamente.

–Não mereço. -Ele diz e perfura seu coração com a faca.

Logo ele enfia a mão na fenda aberta e puxa o pingente para fora. Tsuru cai morto no chão com o pingente na mão.

Dal estremece. Há algo errado. Ela instintivamente corre até a floresta, a tempo de ver Tsuru se matando. Ela grita e corre até ele. Pega o pingente embebido de sangue e o coloca na fenda.

A fenda se fecha, Tsuru volta a respirar.

–Não!!. -Ele pega a faca e se prepara para furar o peito de novo.

Dal coloca seu braço no caminho e grita. Com o braço saudável ela dá um tapa no rosto de Tsuru. - Idiota! - ela grita, entre lágrimas - Como ousa me abandonar?!

Tsuru fica quieto enquanto segura as lagrimas.

– Não te trouxe à vida para ver você morrer! - grita Dal, soluçando.

–Me trouxe pra que então?!!! -Tsuru grita deixando escapar algumas lagrimas.

– TE TROUXE PORQUE GOSTO DE VOCÊ, IDIOTA! - grita Dal, e se afasta.

–Gosta de mim? -Tsuru para e larga a faca.

– Sim - diz Dal, com a voz fraca.

Tsuru não sabia o que falar.

–Era isso, era uma frase simples eu não conseguir falar. -Tsuru fala depois de um tempo.

– O quê? - pergunta Dal.

–O que eu queria dizer naquela hora, Dal, eu gosto de você, guardar o sentimento estava me afundando. -Tsuru estava pálido.

– Oh! - diz Dal.

Tsuru fica calado.

Dal caminha até Tsuru e acaricia seu rosto com o braço saudável.

Tsuru não sabia o que falar e fica quieto, ele fecha os olhos para pensar.

– No que está pensando? - pergunta Dal, distante.

–Eu mereço isso Dal? -Tsuru pergunta para ela.

– Merece. Você merece sim, Tsuru. - ela murmura.

Tsuru sorri.

–O que faz agora Dal?

– Não sei. Não sou muito boa nisso. - ela diz.

Tsuru levanta e fica de cara com Dal, ele dá um beijo nela.

–O que acha disso?

– Foi a primeira vez que isso aconteceu - ela sussurra, olhando fixamente para Tsuru. Ela apoia sua testa na dele. - Estou feliz que tenha sido com você.

Tsuru sorri.

–Também estou feliz.

Dal sorri.

Algum tempo passou desde aquele dia, os dois acharam uma vila tranquila mais a leste e passaram a ficar lá por um tempo. Já era de noite e estava frio, Tsuru estava dormindo sentado no sofá enquanto Dal lia algum livro.

Dal marcou a página com uma pena e murmurou uma melodia enquanto olhava o teto.

Tsuru dormia tranquilo enquanto a lareira esquentava a casa.

Dal o observou. Então foi até a varanda e se sentou no batente, olhando as estrelas.

Ventava muito e estava muito frio.

Dal se abraça e fecha os olhos.

O céu estava sem nuvens e tinha muitas estrelas no céu.

– São lindas - murmura Dal para si mesma.

O som das folhas ao balançar do vento era relaxante.

Subitamente Dal ouve um ruído. Ela anda até o bosque. Uma mão tapa sua boca e ela dá um grito abafado.

Tsuru continua dormindo.

A mão era fria. Ela virou Dal para que pudesse ver seu rosto. Era uma mulher de aparência reptiliana, com olhos inteiramente verdes.

Ventava muito ainda e Tsuru ainda dormia.

A mulher sorri e Dal sente uma lâmina fria em sua garganta. - Tsuru! - Dal dá outro grito e a agressora soca seu abdome. Dal arfa e a mulher ri.

Tsuru acorda.

–Dal? Dal!! -Ele chama por ela. -Cadê ela? Sei que ouvir ela me chamar. -Tsuru vai até a sacada.

Dal morde a mão da agressora, que lhe perfura o estômago com uma adaga.

–Aonde a Dal foi? -Tsuru se perguntava. -Dal!!!

– Aqui! - Dal arfa e grita.

Tsuru escuta e vai até onde Dal estava.

–Dal o que aconteceu? -Ele pergunta preocupado.

A mulher desaparece e Dal coloca a mão sobre o grande corte em seu abdome e cai de joelhos.

–Dal!! -O que acontece?!!

– Ela... - Dal arfa - Me esfaqueou...

–Quem? Não tem mais ninguém por aqui. -Tsuru pega Dal no colo. -Vamos pra casa tratar desse ferimento! -Tsuru corre até a casa.

Ao chegar ele coloca Dal na cama e corre para pegar os medicamentos no banheiro. Tsuru volta e começa a tratar da ferida.

Dal arfa e soluça baixinho. - Parecia uma cobra...

–Melhor não falar muito Dal, poupe energia.

Dal continua soluçando.

Tsuru termina de enfaixar a ferida.

–Vai ficar bem agora, só descanse um pouco.

Alguém bate na porta da casa.

Rachel batia diversas vezes na porta

Dal segura o braço de Tsuru. - Atenda a porta - sussurra.

Tsuru se levanta e vai entender a porta, ao abrir ele vê que era Rachel.

–Rachel? O que faz aqui?

– Não tenho lugar pra ficar. - Rachel dá um sorriso de canto. - Então decidi ficar aqui.

– Quem é? - diz Dal.

–É a Rachel!! -Tsuru grita para Dal ouvir. -Pode entrar Rachel.

– Pensa em mim, porque eu fiquei surda aqui. - tampa os ouvidos.

Dal fecha os olhos, pensando na sua agressora.

–Fique à vontade Rachel tenho que ir cuidar da Dal. -Tsuru vai para perto de Dal e senta na cama perto dela.

– Ah, tudo bem. - se senta no sofá e fica batendo o pé no chão, pensando no que fazer.

Dal observa Tsuru trabalhar.

–Vou deixar você descansar. -Tsuru levanta.

– Tsuru. Venha cá, agora... - Rachel Grita

Dal ri e o empurra.

Tsuru vai com o impulso do empurro de Dal,

–O que foi Rachel? -Tsuru fala na frente de Rachel.

Rachel tira da bolsa, um livro de prata.

– Olha o que eu achei, ao norte da floresta. - mostra o livro.

Dal curiosa, com esforço, se apoia na porta para ver a conversa.

–O que tem esse livro? -Tsuru estava confuso.

– De acordo com a lenda do meu povo, o livro de prata. - levanta o livro. - O Livro de Prata, foi feito para o bens dos guardiões, a pessoa que possuir o livro, pode adquirir poderes novos, ou pode modifica-los! E o livro só fica visível por horas, e só aparecerá novamente daqui três mil anos. Mas não tenho a chave.

–E você acha que eu tenho a chave?

– Obvio que não! Mas séria incrível adquirir poderes novos. - passa a mão por cima da fechadura.

–Sabe onde está a chave?

– Não sei, mas deve ter algum livro na biblioteca que diz.

–A biblioteca mais próxima fica a dias daqui Rachel.

– A gente bem que podia pesquisar mais sobre esse livro.

–Em três dias, não ia dar tempo. -Tsuru se senta no sofá.

– Hm... - Rachel fica observando a fechadura.

–Não tem como estourar a fechadura?

– uh, não. - Rachel deixa o livro no sofá e revira a sua bolsa.

–O que está procurando?

– Isso não é aberto a chave. É com um liquido antigo. E eu tenho. - começa a procurar na bolsa.

–Então por que você queria a chave? -Tsuru se irrita.

– Porque eu achei que era aberto com chave, Horas. Sempre é assim. - Retira da bolsa um frasco com um liquido verde florescente

–Bipolar chata. -Tsuru reclama.

– Menos carinho, por favor. - Se senta no sofá e apoia o livro em sua perna e despeja o liquido verde no centro do livro, que começa a se destrancar.

Tsuru só observa.

– Agora entendo o porquê minha mãe me deu isso. Ela era profeta.

–Não te entendo Rachel.

– É que minha mãe é a " Profeta" da vila, e ela disse que algo me esperava, e que era necessário, esse frasco. - mostra o frasco. -

Tsuru observava com cuidado.

O livro se abre, e as páginas era prata e grossas, e estavam escritas em hieróglifos.

–Pode ler Rachel. -Tsuru manda Rachel ler.

– Eu sei lá, eu faltei nessa aula. - ri

–Falo nada pra você Rachel.

– Fica viu, Tsuru. - bate no braço dele de leve. - Okay, isso aqui significa algo com morte. .... A cada... impuro que matar, um poder puro surgirá... Qual é o sentido, eu não vou matar ninguém... - começa a imaginar matando o Tsuru. - Não, isso não. - balança a cabeça.

–Está bêbada porra? -Tsuru se assusta com Rachel.

– Para de ler meus pensamentos ai. Aqui tem outro, aqui tem outro. - pula no sofá.

–O que droga?

– Éh, uuh... O Tesouro de Karsun, brilha tanto como o sol, se você acha-lo.... - o livro se fecha rapidamente.

–Maluca!! -Tsuru ri de Rachel.

– O que aconteceu? - tenta abrir o livro, mas não consegue.

–Acho que não funciono Rachel.

– Não é isso, acabou o efeito. - sacode o frasquinho. - Nossa, obrigado mãe.

–Mais que grande bosta em Rachel, não sabe nem usar um suco magico num livro velho. -Tsuru zoa da cara da Rachel.

Rachel mete o livro na cara de Tsuru.

– Cala boca, Imprestável. - uma veia pulsa na cabeça de Rachel.

–Droga Rachel. -Tsuru esfrega a mão na cabeça. -Não precisava disso.

– Precisava sim, eu não vou saber o que dizia a segunda parte. - choraminga.

–Chorona. -Tsuru ri de Rachel.

– Cala a boca, de novo. - Mete o livro no Tsuru novamente.

Tsuru pega o livro antes e dá na cabeça da Rachel.

– Infeliz. Não falo mais com você, coisa feia bater em mulher. - pega o livro e coloca dentro de sua bolsa, e pega a bolsa e a posiciona em seu ombro e sai

–Ótimo, não preciso de uma mulher me batendo na minha própria casa.

– Você é um idiota. -derruba a porta da casa de Tsuru, com a força que bate.

–Ei, a Dal vai mandar eu concertar, muito obrigada sua grossa. -Tsuru estava bravo.

Rachel atira uma pedra na janela e quebra o vidro e sai correndo.

–Rachel!! Volta aqui agora!!! -Tsuru grita da porta da casa.

– Já estou longe. - grita entrando na floresta.

–Vaca. -Tsuru diz e começa a concertar a porta.

Rachel vai vagando pela floresta, sozinha!

– Droga, estou perdida.

Dal que observava tudo sai de trás da porta. - Desgraçada! - rosna - Quem ela pensa que é quebrando aqui?

–Depois vou dar um jeito nela. -Tsuru terminar de improvisar uma porta. -Deve dar pra essa noite, vamos dormir?

Rachel cai em um buraco, vai caindo, vai caindo, vai caindo. E atingi o chão com força e desmaia.

Dal assente e cambaleia até o quarto.

Tsuru segue Dal e logo deita do lado da cama dele.

Já é dia, e Rachel continua desmaiada

Dal acorda e anda até a janela, apoiando-se no seu batente.

Tsuru ainda dormia, ele roncava baixo, mas roncava

Rachel acorda e coça o local da pancada e abre seus olhos, mas estava tudo embaçado.

– Aonde eu estou? - diz forçando a voz. -

– Você está em Karsun. - um dos homens todos dourados diz.

– Quem é você, e quem sou eu? - Rachel começa a entrar em desespero.

Dal fecha os olhos e sente uma mão tocar seu rosto. Abre os olhos e vê um holograma da mulher reptiliana. - Vou te matar! - o holograma rosna e desaparece. Dal grita.

Tsuru acorda com o grito.

–O que foi Dal?

Um dos caras diz...

– Você é a protetora, e o livro está de volta a seu lugar. -Disse erguendo o livro.

– Que livro? Protetora? Vocês estão loucos, onde é a saída? - se levanta da cama onde estava deitada.

– Um holograma - diz Dal, assustada - Da mulher-cobra, disse que ia me matar...

–Querida venha até aqui. -Tsuru chama Dal para sentar ao seu lado.

– Por favor, não se desespere. Está predestinada. - Diz um dos caras tentando acalma-la.

– Quem são vocês? - Rachel diz um pouco mais calma.

– Somos sacerdotes.

Dal caminha até a cama e se senta ali, tremendo. - O que eu fiz para ela? - sussurra.

–Eu não sei o que está acontecendo, mas não se preocupe, ok? -Tsuru dá um beijo em Dal para tentar acalma-la.

– Obviamente perdeu a memória. - um dos sacerdotes sussurravam com outros.

– Melhor assim. Não teremos muito trabalho. - um outro disse.

– Quando ela chegou aqui, perdeu tudo. Memória e poderes, parece que ela tinha. Mas não tem mais. Isso é mais tranquilizador pra nós. -

– Não me preocupar? Ela chegou perto de me matar no bosque! - Dal diz, enterrando o rosto entre as mãos.

–Chegou, mas não matou, e se isso acontecer de novo eu vou estar perto pra dar um jeito. -Tsuru fala confiante.

– Como pode ter tanta certeza? - murmurou Dal.

–Não tenho, mas mesmo sem alguma arma consigo te proteger da morte. -Tsuru da uma rizada pra tentar animar o clima.

Dal suspira e coloca uma mecha de cabelo atrás da orelha. Começa a cantarolar uma melodia e diz: - Vou comer uma maçã.

–Está bem, quer que eu vá junto?

– Pode ser - disse Dal. Ela andou até a cozinha cantarolando e pegou uma maçã.

Tsuru segue Dal.

–O que será que quer matar a Dal, e por que? -Tsuru pensa. -Dal, você não sabe se fez algo pra alguém querer te matar? -Tsuru pergunta para Dal.

– Eu posso ler sua mente, bobão - diz Dal. - E de qualquer modo, não fiz absolutamente nada desde a coisa com S.A.

–Será que não é mais seguro vivermos aqui?

– Não sei - diz Dal, após dar uma mordida na maçã.

–Bem, melhor não arriscarmos, eu vou tomar uma ducha, vai ficar bem sozinha por alguns instantes?

– Pode crer - riu Dal, e sentou no batente da janela, cantarolando.

Tsuru sai andando para o banheiro e começa a tomar sua ducha.

Dal continua cantando enquanto come sua maçã.

Tsuru ainda na ducha.

Dal vai até seu quarto e trança o cabelo, prendendo-o com uma fita roxa. Então senta na cama e continua a cantar.

Tsuru acaba a ducha, se seca e sai só cum uma toalha na cintura, ele segue para a cozinha para beber algo.

Dal gira seu pingente do cetro entre os dedos e continua a cantar, pensando na mulher-cobra.

Tsuru volta para o quarto com um copo cheio de vinho.

–Aceita? -Tsuru oferece a Dal.

Dal faz uma careta. - Que pergunta mais tosca - ela ri, e cantarola enquanto coloca o pingente de volta no colar.

Tsuru ri e depois da um gole no vinho.

–Parece preocupada, já pedi para não ficar.

– Não, esquece isso. Só estou lembrando de umas coisas. - diz Dal e cantarola mais - E afinal quem canta os males espanta.

–Tem razão. -Tsuru termina de beber o vinho. -Hoje vou para a vila ao norte para comprar uma espada, quer ir comigo?

– Pode ser - diz Dal. - Talvez eles tenham um toca-discos. Estou realmente musical hoje. - ela ri.

Tsuru sorri.

–Então se arrume por que daqui a pouco já vamos.

Dal empurra ele para fora do quarto e canta enquanto coloca um vestido marrom com um cinto de couro e suas típicas botas de couro. Ainda cantando, ela sai do quarto.

–Vamos então. -Tsuru vai sai da casa e espera por Dal lá fora.

Dal pega mais uma maçã e se encontra com Tsuru lá fora cantando. - Se não tiverem um toca-discos você vai me fazer um - ela diz.

–Se eu souber eu faço. -Tsuru ri e segura a mão de Dal. -Vamos. -Ele sai andando segurando a mão de Dal.

Dal o acompanha cantarolando enquanto pensa em quanto custa um toca-discos.

Depois de algum tempo de caminhada os dois chegam na vila.

–Quer ver se achamos o toca-discos primeiro? -Tsuru pergunta para Dal.

– Está bem - diz Dal.

Tsuru e Dal começam a olhar de loja em loja.

Dal se detém diante da vitrine de uma loja de antiguidades.

–O que foi Dal? -Tsuru pergunta curioso.

Dal aponta para um toca-discos lindo no canto da loja, com uma imagem da mulher-cobra gravada. - Não pode ser coincidência - ela diz e entra na loja. Está tocando o Barcarolle. - Adoro essa música... - ela murmura, se dirigindo para o toca-discos.

Tsuru sem entender direito segue Dal.

O lojista, um velho atarracado e miúdo, anda até ali. Sua cara é cheia de rugas. - Tem dinheiro para comprar isso? - ele pergunta. - Eu sei lá - diz Dal. - Você nem falou quanto custa.

Tsuru ri da situação e do velhinho.

– É demais para mim: delinquentes na minha loja! - o velho murmura e Dal, nervosa lhe dá um peteleco na testa. - Olha o respeito, velho enrugado! Quanto custa o toca-discos?

Tsuru começa a vasculhar a loja em busca de alguma espada.

– Me dê tudo o que tem e não será suficiente - diz o velho e Dal revira os olhos. - Vou te propor uma troca. Tenho um item de muito valor na minha bolsa. Posso troca-lo pelo toca-discos e um pouco de dinheiro. - diz Dal. O velho estreita os olhos e Dal se contém para não rir.

Tsuru acha algo no meio de uma pilha de coisas.

– O que é? - murmura o velho. Dal tira uma maçã da bolsa e o velho bufa - É só uma maçã. - Dal faz uma careta de indignação. - Uma maçã? E acha que entende de antiguidades... - Dal revira os olhos. O velho lhe lança um olhar suspeito. - O que tem a maçã? - ele pergunta.

Tsuru cava um pouco e retira o que parecia ser o cabo de uma antiga espada, mas o cabo era diferente, ele tinha um gatilho um pouco antes da proteção e era longo demais para ser de uma espada normal. Tsuru pega e o leva até o velho.

– Essa maçã foi enfeitiçada por... - Dal faz uma careta - Por Detafiz. Uma feiticeira superabilidosa. Quem comer dessa maçã virará jovem outra vez. Eu mesma tenho dezesseis mil anos. - O velho arregala os olhos e estende as mãos para pegar a maçã. - Me dê o toca discos primeiro! - diz Dal, levantando a mão.

–Mentindo? Esperta em. -Tsuru pensa.

Tsuru esperava para que o velho falasse quanto custava o cabo da espada.

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Dal ri. O velho murmura algum palavrão e embrulha o toca discos. Então se volta para Tsuru. - Pode me dar seus sapatos por isso. - Não! - diz Dal - Dê junto com o toca discos e o dinheiro. O velho protesta, mas coloca tudo em uma sacola e entrega a Dal. Ela sorri e joga a maçã em seu balcão. Então pega a mão de Tsuru e corre. Pode ouvir o velho gritando: - Desgraçada!

Tsuru fica rindo.

–Muito bem Dal. -Tsuru sorria.

– Pode falar, eu sou muito esperta - Dal diz. - Com esse dinheiro posso comprar um CD.

–E eu preciso compra algumas coisas para fazer a lamina.

Dal dá um beijo na bochecha de Tsuru e lhe dá um pouco de dinheiro. - Nos encontramos naquele restaurante - diz Dal, e entra em uma loja de CDs.

Tsuru vai para um ferreiro para poder comprar o que precisa.

Dal encontra um CD com o Barcarolle. Ela o compra. Então anda até o restaurante e cantarola enquanto espera Tsuru.

Tsuru compra alguns minerais e um pergaminho pequeno e sai para ir em uma floricultura da cidade, ele caminha um pouco e logo acha.

Uma pessoa passa e deixa uma moeda para Dal. Ela ri. - Gostei disso. - ela diz. Começa a cantar mais alto e ganha várias moedas.

Tsuru compra algumas rosas vermelhas e alguns pergaminhos em branco. Logo Tsuru sai e vai para o restaurante, ao chegar ele vê Dal cantando e ganhando dinheiro.

–Virou artista de rua? -Tsuru fala rindo para Dal.

Rachel estava em um quarto, se trocando, por roupas mais leves.

Dal guarda as suas moedas. - Preciso ganhar dinheiro de algum jeito. Estou pensando em fazer isso mais vezes. - ela diz.

–Mas pra que você precisa de dinheiro? -Tsuru não entendia.

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– Está pronta senhora? - Um sacerdote se pronunciou.

– Pronta? Pronta pra que? - Rachel pergunta confusa.

– Pra assumir a sua responsabilidade. - Diz em um tom calmo e doce.

– Que responsabilidade, eu não estou entendendo nada.

– Você foi quem achou o livro, quem acha o livro e o traz de volta ao seu lugar, se torna guardiã até a morte.

" Até a morte" Essas palavras ficaram martelando na cabeça de Rachel

– Sei lá - diz Dal - Para comprar mais CDs.

–Entendi, vamos almoçar nesse restaurante? -Tsuru pergunta.

– Então está preparada? - O sacerdote diz.

– É claro que não...

– Tanto faz - diz Dal. Ela entra no restaurante e se senta, e começa a olhar para a mesa ao lado.

–Tanto faz, mas quer gastar dinheiro ai né. -Tsuru pensa e logo entra e senta na mesma mesa que Dal. -O que vai pedir? -Tsuru pergunta a Dal.

– Por favor, senhora. Não torne isso mais difícil.

– Difícil? Difícil é pra mim viver a vida toda em apenas um lugar.

Dal não escuta e continua olhando para a mesa ao lado.

A garçonete chega e perguntam o que vão querer. Tsuru pede um prato simples de arroz com bife e uma garrafa de vinho para acompanhar.

–Dal, o que vai quer? -Tsuru pergunta a Dal pois a garçonete estava com presa.

Alguns outros sacerdotes chegam e levam Rachel a força para a cerimônia, para nomeá-la Guardiã do Livro de prata

Dal murmura um "Qualquer coisa" e estreita os olhos para se certificar de que está vendo direito.

–Traz o mesmo pra ela. -Tsuru pede a garçonete que logo vai embora. -Qual o problema agora Dal? -Tsuru pergunta a Dal.

– Hey, eu não sou obrigada a ir né? - pergunta em um tom debochado.

– Se você achar outra pessoa que queira ser um guardião, você está liberada.

– Aquela garota. Se parece com a cobra - murmura Dal e aponta para a outra mesa, onde estão sentados uma garota e um garoto.

Tsuru olha para a mesa.

–Parece um casal de namorados, tem certeza que parece com ela? -Tsuru desconfia.

– Então me dê uma semana pra achar, eu juro que volto. - Rachel implorou.

Dal pega o toca-discos e mostra a mulher-cobra, são realmente parecidas. A mulher percebe e fuzila Dal com o olhar. Sussurra algo para o garoto ao seu lado e os dois se levantam. Dal pega a mão de Tsuru, suas coisas, e se levanta. - Vamos embora - ela sussurra.

–O que aconteceu? -Tsuru não entendia.

Os sacerdotes liberam Rachel. A mesma volta para a superfície e sai correndo pra longe do lugar, pra uma vila ali perto.

Dal corre com Tsuru para fora do lugar. Eles chegam ao bosque, seguidos pelo garoto e a garota. O garoto tira uma pistola do bolso e atira, errando por pouco. Ele acerta de raspão o braço de Tsuru e depois a perna de Dal, que grita. - Mais rápido - ela arfa.

–Minha braço!! -Tsuru continua correndo só que com muita dor.

Rachel chega em uma pequena hospedaria e estava ofegante e cansada.

Dal cai no chão e o garoto e a garota os alcançam. - Fico mais bonita assim? - diz a garota. Ela muda e se torna a mulher-cobra. - Fred. Mate o garoto primeiro para que ela veja. Depois mate ela.

Tsuru faz aparecer uma rosa espremendo uma de suas gemas e logo a rasga no meio.

–Se afastem! -Tsuru grita e seus olhos ficam completamente vermelhos. Depois de rasgar a rosa.

Uma senhora de cabelos grisalhos e pele enrugada chegou perto de Rachel e disse:

– Precisa de alguma coisa, mocinha?

O garoto se assusta e atira. Erra por pouco e volta a atirar. Mira na cabeça de Dal.

–Falho, droga. -Tsuru pensa e faz aparecer outra rosa. -Não! -Ele grita e rasga a rosa que fez aparecer.

Tsuru fica na frente de Dal bloqueando a mira do garoto e várias pétalas de rosas vermelhas começam a rodar por Tsuru.

– Eu preciso de um copo de água, por favor.

A senhora volta com o copo de água.

– Aqui.

Rachel bebê

O garoto se assusta. A mulher desaparece e reaparece ao lado de Dal. Corta seu abdome e se aproxima de Tsuru.

–Dal! -Tsuru vê a garota e logo a agarra pelo pescoço e começa a sufocar ela. -O que quer com a Dal!! -Tsuru ia matá-la em poucos instantes.

Rachel volta a caminha pela a vila

A mulher vira uma cobra e desliza para perto de Dal. - Me ataque e eu a mordo! - ela sibila.

–Pare, eu me rendo, mas solte ela. -As pétalas caem no chão e os olhos de Tsuru voltam ao normal.

– Droga, como eu vou achar alguém que ocupe meu lugar? - Rachem fala pra si mesma.

A cobra "ri". - Idiota - ela sibila, e morde Dal. Então se aproxima de Tsuru e se prepara para dar o bote.

Tsuru fecha os olhos, em questão de milésimos sua pele toda é rasgada e ele é a carne viva é coberta por sangue.

Tsuru deixa a mão em forma de lança e perfura o peito da cobra pegando seu coração. Tsuru faz a Perola aparece e a implanta no pulso direito, uma lamina feita de sangue e luz aparece.

–Você é o próxima!! -Tsuru fala para o garoto e corre para dar o corte que arrancara a cabeça do rapaz.

Rachel decide fugir pra bem longe. Onde ninguém a encontraria.

O garoto fecha os olhos esperando por sua morte. Há um farfalhar de folhas vindo do bosque.

Tsuru o corta ao meio carregando a Perola com a alma do garoto. Tsuru já estava fraco e o sangue que cobria seu corpo começava a escorrer.

–Dal... -Tsuru se aproxima de Dal e ajoelha. -Use a perola para curar seu corpo. -Tsuru retira a perola do pulso toda ensanguentada e coloca na mão de Dal.

Rachel decide ir para as montanhas geladas

Dal se contorce e brilha em um tom azulado. Seu pingente brilha e cai no chão. Então ela fecha os olhos. Uma garota aparece entre as árvores e grita ao ver a cena.

–Dal? -Tsuru fala baixo e cai inconsciente no chão.

Tsuru ainda estava em carne viva só que com pele crescendo aos poucos.

Rachel prepara tudo para a sua viagem de dias.

Dal dá seu último suspiro.

Mesmo Tsuru tentando de tudo para proteger Dal, não foi o suficiente. Agora, inconsciente por causa da perda de sangue e da regeneração de sua pele, ele está inconsciente sem saber o que aconteceu. Rachel estava fugindo para as montanhas pra tentar fugir dos sacerdotes.


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Notas finais do capítulo

Fala galera, Azil falando, bem, ta ai mais um cap muito longo, mas deve ter ficado bom, espero que tenham gostado e se possível recomendem para os amigos ^^



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