Fire and Ice escrita por Rayssa


Capítulo 23
Lori e Lexi


Notas iniciais do capítulo

Para vocês que estavam tentando entender a importância delas para a estória, aqui está :D
Alguém favoritou a estória, eu dei uma de detetive CSI para descobrir quem foi, mas adivinha? Não descobri .-. Então, agradeço se a pessoa se apresentar sz
Espero que gostem... LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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– Cadê seu namorado? – Lori perguntou, enquanto se sentava ao meu lado.

– Está falando com os pais, acho que eles precisam conversar um pouco a sós, sabe? – a garota assentiu e sorriu gentilmente para mim. As coisas entre eu e Scorpius estavam perfeitas até ontem a noite, quando ele começou a ficar distante, sem nenhum motivo aparente, mesmo não sabendo o que estava acontecendo, sabia que ele precisava de um tempo sozinho, ou melhor, um tempo para esclarecer as ideias – sem mim - então, combinei de Fred II emprestar o celular dele para o Draco, para que ele e Scorpius conversassem. E era exatamente isso que eles estavam fazendo agora, enquanto eu encarava o pôr-do-sol em um tipo de jardim do hotel, hoje era o último dia de viagem.

– Entendo. – virei meu rosto para encara-la. Ela, na verdade, era bem bonita, possuía um, longo e ondulado, cabelo castanho escuro, suas feições eram bem marcadas e pequenas, seus olhos eram de um tom de castanho quase amarelo, possuía cílios volumosos e lábios avermelhados. Lori tinha uma beleza que beirava o comum, mas possuía uma personalidade cheia de vida e totalmente cativante, ela seria uma das coisas que eu sentiria mais falta da viagem. – Esse hotel tem uma vista linda. – assenti, realmente, a natureza aqui era muito bem cuidada.

– Nunca vi a natureza de forma tão bela. - a garota ao meu lado suspirou.

– Parece o jardim da casa de minha mãe... – franzi o cenho. Como o jardim da casa de alguém seria assim? - Meus pais são separados, e ela era uma renomada estilista nova yorkina até doze anos atrás, então, ela pegou todo o seu dinheiro, que não era pouco, investiu em imóveis e triplicou a quantia. – deu de ombros. – Decidiu morar em um subúrbio de Nova York e aliviar todo o seu estresse em cuidar do jardim com a ajuda da Lexi.

– Por que sua mãe desistiu? – ela mordeu o lábio, acredito que pensando se deveria ou não dizer.

– Lexi sempre foi uma garota forte, sabe? – remexeu-se desconfortavelmente. – Só que ela é bem mais forte do que aparenta, quando ela tinha 10 anos, ela foi diagnostica com uma doença cardíaca rara... – levantei as sobrancelhas, realmente havia sido pega de surpresa, isso era uma grande coincidência. – então, mamãe desistiu de tudo para ajudá-la a passar por isso, desistiu de seu trabalho e da correria de Nova York, indo morar em um calmo subúrbio, onde poderia ter tempo com a filha e cuidar dela do jeito que ela merece. – assenti, essa mãe parecia ser maravilhosa.

– Sua mãe parece ser uma pessoa incrível. – desse vez, ela assentiu.

– Minha mãe é, já o meu pai... – ela respirou fundo. – Eu tenho oito tatuagens, sete delas, tentativas inúteis de chamar a atenção dele. Se você me visse a um ano atrás, você ficaria impressionada. – franzi o cenho.

– Como assim? – perguntei curiosa.

– Bem, eu tinha um piercing no nariz, outro na língua, dois no lábio inferior, um em cada canto... – ela apontou para as laterais de seu lábio. – um no umbigo. Uma transversal na orelha direita, e um alargador na esquerda. Meu cabelo era bem maior e com várias mechas roxas espalhadas por ele. Estavam sempre com uma maquiagem preta nos olhos e batom vermelho. – ela coçou a cabeça. – Tudo que eu queria era denegrir a imagem do meu pai, pois ele passava todas as suas malditas horas naquele consultório. – bufou irritada, eu não entenderá exatamente o que ela falara, mas, fingi que entendia.

– O que seu pai faz? – ela riu de canto.

– Meu pai é um dos grandes cirurgiões de 90210, em Bervely Hills. – arregalei os olhos, UAU! – Mas ele não tem um segundo para suas filhas, e o acordo judicial era que cada pai ficava com uma filha até que elas fizessem 21 e pudessem escolher. Eu fiz 21 e fui morar com a minha mãe. – assenti, pais totalmente opostos, que novidade. Era engraçado perceber que Lori havia sido uma adolescente “rebelde”.

– Qual a doença da sua irmã? – ela negou com a cabeça.

– Lexi era doente, já não é mais, essa viagem é de comemoração pela cirurgia bem sucedida. – levantei as sobrancelhas, Lexi era bastante sortuda. – Ela sofria de Arritmia Cardiomuscular.

– Como é? – falei quase me engasgando com a minha saliva, ela só podia estar brincando.

– Arritmia Cardiomuscular. – senti minha visão ficar turva, eu estava paralisada, meus olhos estavam com muitas lágrimas presas. Baixei a minha cabeça, deixando que meu cabelo formasse uma cortina entre Lori e eu.

– Pensei que não tivesse cura! – afirmei.

– E não tem, Lexi decidiu que queria testar a cirurgia, entretanto, não é exatamente uma cura, já que ela tem que tomar um comprimido por dia, eu não sei exatamente para que, só sei que ela não tem restrições de nada, pode até mesmo ir em parques de diversões, pode fazer o que quiser. – eu já podia sentir meu corpo tremer, mas, eu precisava saber mais, eu precisava saber que aquilo não era nenhum tipo de piada de mal gosto.

– E como é essa cirurgia exatamente? – a garota gargalhou.

– Eu não sei explicar totalmente, mas os médicos estão utilizando essa técnica, oficialmente, a dois meses mais ou menos, um dos fundadores da teoria, era um médico Londrino, ele mesmo faz essas cirurgias... – ela respirou fundo. – Doutor Smith, Henri Smith. – respirei fundo, tentando impedir que as lágrimas descessem ali.

– Ahn, Lori, podemos falar mais tarde? – virei-me para encara-la, ela sorria gentilmente.

– Claro. – assenti.

– Só preciso checar meu noivo. – disse antes de levantar as pressas e ir em direção ao elevador. OH MEU MERLIN! Isso só podia ser brincadeira, eu não podia correr, mas meu nervosismo estava fazendo meu coração começar a palpitar mais forte.

Quando já estava dentro do elevador, tentei me acalmar, mas, meu coração começava a acelerar cada vez mais. As portas abrem. Passos rápidos até a porta do quarto, eu fora idiota de sair sem a droga da bolsa. Cartão. Trinco. Entrar.

– POÇÃO! – gritei assim que adentrei o quarto, sentindo meu corpo fraquejar e meu coração acelerar cada vez mais, minhas pernas ficaram bambas e eu caí no chão. Scorpius, que ainda estava no celular, soltou o mesmo e correu até minha bolsa, retirando a caixinha com as “balinhas”. Eu já estava beirando a inconsciência quando senti o liquido escorrer pela minha garganta, nem ao mesmo senti a capsula adentrar meus lábios.

– Você está bem? – ouvi um sussurro longe, e senti meu corpo tremer.

– Outra. – minha voz era pausada, não havia feito tanta diferença quanto deveria, o que era de se esperar, pois eu chegara muito perto de desmaiar. Dessa vez, senti quando seus dedos tocaram meus lábios e colocaram a capsula, gentilmente, em minha língua. Depois, senti os braços de Scorpius me envolverem e me levarem até a cama, deixando-me em uma posição confortável.

– Melhor? – assenti, apesar de minha cabeça parecer que iria explodir. Senti sua mão tocar meu rosto e seus lábios tocarem minha testa, notei então, que estava de olhos fechados, mas não ousei abri-los, eu estava cansada, como se fosse adormecer a qualquer minuto. - Mãe? – ouvi a voz de Scorpius ao longe. – Preciso ir... A Rose passou mal, foi isso... Não se preocupe, vai ficar tudo bem... Também te amo, mande um beijo para o papai... Se cuida também, até amanhã. – não demorou muito para que os braços de Scorpius me envolvessem de novo. – Você está bem?

– Sono.

– Só isso?

– Sim.

– Tem certeza?

– Sim.

– Devo me preocupar?

– Não.

– Posso confiar em você?

– Sim.

– Promete?

– Sim.

– O que aconteceu? – meu corpo inteiro pedia que eu descansasse, o sono estava me consumindo, era completamente horrível passar por um quase desmaio, pior, até mesmo, que o próprio desmaio.

– Esperança. – foi tudo que consegui dizer antes de cair no sono profundo.

X

Aquela palavra me deixou confuso, o que Rose queria dizer com “Esperança”? Eu não fazia a mínima ideia, nem ao menos sabia como eu agira tão rápido, eu estava em total pânico, e só agora eu percebia o que acabará de acontecer. Rose Weasley, o amor da minha vida, acabara de quase morrer bem na minha frente. Senti esse peso em minha costas novamente, saber que estava acabando me deixou para baixo, pois iriamos voltar para aquela rotina, onde tudo o que lembram é que minha namorada é doente, nada mais, entretanto, vê-la daquela forma, me fez notar que aquela rotina é bem mais segura para ela. Sentir os músculos do meu corpo se retraírem, e deixei que as lágrimas rolassem por minha cara, era melhor extravasar, eu nunca fiz o tipo de segurar, então, era o melhor a fazer.

Encarei seu rosto e seu corpo delicado, ela era quase quebrável, e entre meus braços, ficava ainda pior, deixei que ela dormisse em meu braços, enquanto eu a encarava, não sei quanto tempo ficamos nisso, só sei que com o tempo, eu adormeci com ela em meus braços.

...

– Amor... – ouvi uma voz em meu ouvido, doce e gentil. – Acorda. – uma mão delicada tocou o meu braço e me balançou um pouco. – Scorpius, acorda. – lábios tocaram os meus com leveza, sorri ao sentir seu cheiro.

– Linda. – disse antes de abrir os olhos e me deparar com uma Rose sorridente ao meu lado. – Algum problema? Que horas são? – perguntei com o cenho franzido.

– São três da manhã. – ela tinha um sorriso enorme na cara. – E eu preciso te mostrar uma coisa. - ela ficou de pé rapidamente.

– Rose, são três da manhã, não pode esperar para depois? – ela negou com a cabeça.

– É importante. – suspirei, antes de ficar em pé, eu estava bem cansado pelo que acontecera mais cedo. Rose segurou minha mão e nos levou até a mesinha, onde um objeto estranho estava em cima. – Isso é um notbook, lembra que te falei sobre ele? – assenti, apesar de não fazer ideia do que era. – O hotel disponibiliza para pesquisas rápidas, e preciso de mostrar algo. Lê isso. – ela virou o objeto para minha frente, deixando um tela brilhante na minha cara, recuei com a luz, para depois começar a me acostumar.

Era uma matéria de um jornal trouxa, um tal de New York Times, falava sobre uma cirurgia corretiva para uma doença, explicando passo a passo, o antes, o durante e após a cirurgia, eu não estava realmente entendendo porque Rose estava me mostrando isso, até ler “... não é uma cura, tem um percentual de 94,2% de dar certo, e podem haver algumas complicações cirúrgicas, entretanto, para quem sofre de Arritmia Cardiomuscular é uma saída, logo que, após alguns meses, eles viveram como qualquer outra pessoa, inclusive pular de bang jump ou andar em uma montanha-russa, é como estar curada, e só terá que tomar um comprimido por...” por mais que eu tentasse ler o resto, era impossível, meus olhos estavam cobertos de lágrimas.

– Ro-Rose, isso é sério? – quando me virei para encará-la, seu sorriso era enorme, seu rosto delicado estava banhado a lágrimas.

– É sim Scorpius... – notava-se que ela respirava com dificuldade. – E existe um médico especializado nessa cirurgia em Londres, eu pesquisei e... – eu puxei seu rosto e colei nossos lábios.

– Eu te amo tanto. – ela colocou as mãos em meu rosto e beijou delicadamente meus lábios.

– Não tanto quanto eu te amo... – desci minhas mãos para a sua cintura, e a apertei contra mim.

– Mas, afinal, como você descobriu isso? – uma gargalhada saiu de seus lábios.

Lori e Lexi.

NOTAS FINAIS:

O Nyah, como sempre, me odeia, e decidiu que não me quer usando as notas finais, então, aqui estão elas :3

ME AMEM ♥ Quero agradecer a todos pelos 100 comentários, fico mt mt mt feliz com isso sz E quero avisar que ela está chegando no fim, faltam menos de 10 capítulo - eu não digo exatamente quantos faltam, porque eu posso diminuir ou aumentar- e bem, como esse capítulo teve esse lindo final, eu quero muito que vocês deixem reviews para que eu possa saber se realmente ficou bom, porque eu to muito em dúvida, achei ele meio forçado e tals, e queria saber a opinião de vocês, o que vocês acham que eu fiz de errado, para não repetir o erro, ok? Beijooooooooos ;*


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