Fire and Ice escrita por Rayssa


Capítulo 22
Segredos


Notas iniciais do capítulo

DESCULPE-ME PELA DEMORA D: Juro que não foi proposital.



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– Já conhecemos toda aquela parte do Vaticano, os museus, Capela Sistina, a Basílica e as tumbas lá... – ela olhava o guia atentamente. – Visitamos o Castel Saaaaaaan...

– Castel Sant’Angelo. – ajudei com a pronuncia e ela sorriu para mim, antes de continuar.

– Pia. Zza. Na. Vona. – disse pausadamente, e pude notar que suas bochechas ficavam avermelhadas. – Aquele parque grande que não vou ousar falar o nome.

– Borghese. – ela bufou ao meu lado, eu quase ri de sua reação. – Também fomos no Pantheon, Campidoglio, Termas de Caracalla, Ara Pacis e Piazza di Spagna. – ela assentiu e mordeu o lábio.

– Fomos na praça do povo, Palatino, Arco de Constatino e acabamos de sair do Coliseum. – ela franziu o cenho, como se soubesse que esquecerá de alguma coisa.

– O Fórum Romano e o Trajano, juntamente com o Mercado Trajano. – ela suspirou, assinalando os três no guia.

– Agora, vamos para a Fontana Di Trevi, certo? – assenti, ela sorriu abertamente e beijou minha bochecha. – Lindo! – Rose estava com um bom humor invejável, eram poucos momentos que a via tão feliz.

– E então, iremos pegar o trem para Florença. – passei o braço pelos seus ombros, para que se aninha-se em meu peito.

– Eu estou tão animada Scorps, é tão emocionante. – ela passou o braço pela minha cintura e se aconchegou ao meu peito, seu colar refletido em um amarelo berrante. O ônibus parou e o guia se pronunciou.

– Pessoal! – todos ficaram em silêncio absoluto. – Chegamos ao nosso destino, a Fontana Di Trevi. – todos gritaram, inclusive Rose, enquanto me apertava mais a si. – Mas, lembre-se, aqui é um dos lugares com mais fluxo de pessoas, cuidado com seus pertences. - pude perceber minha garota ficar alerta, virou seu rosto para me olhar e mexeu os lábios sem reproduzir nenhum som. “Pobres ladrões.” Demorei um pouco para entender, mas lembrei que Rose era capaz de fazer feitiços sem varinha e entendi inteiramente o que isso significava, quando ia dizer algo, o guia voltou a falar. – A lenda diz que se você jogar, de costas, uma moeda na fonte, você voltara um dia a Roma. – o revirar de olhos de Rose significava apenas uma coisa: “Quero descer e conhecer.” - Liberados! – após dizer isso, a maior parte das pessoas se levantaram, e minha ruivinha iria fazer o mesmo.

– Nem pense nisso principessa. – ela bufou, cruzou os braço e fez cara de tédio. – Ah, deixa de besteira, é só esperar a maior parte das pessoas saírem, qual o mal nisso? – ela encheu as bochechas de ar, fazendo birra como uma criança que perdeu o doce.

– Vocês são muito fofos, fala sério! – a voz de Lori chamou nossa atenção. – São um casal totalmente perfeito, parecem que foram, literalmente, feitos um para o outro. – ela sorria gentilmente e parecia sincero.

– Tirando a altura, porque ela é ligeiramente muito menor que você. – a gêmea completou, ficou mais fácil reconhecer as duas depois de alguns dias. Lexi era um pouco mais alta que a irmã, tinha os cabeços um pouco mais claros e sua voz era dois tons mais aguda que Lori, entretanto, a maior diferença era a marca em seu pescoço, pois era uma tatuagem de dragão que tomava todo o seu ombro direito e a lateral de seu pescoço, também havia a diferença nos olhos, Lori tinha uma deficiência no olho direito, ele não possuía uma cor única, era esquisito.

– Ah, queria eu que fosse ligeiramente, mas esse daí me faz de suporte para queixo. – ela fingiu estar indignada.

– Até parece que você se incomoda pequena. – dei de ombros, ficando de pé, e ela fez o mesmo, colocando suas mãos em minha cintura.

– Vocês são realmente muito fofos juntos. – Lexi disse e começou a andar, junto com a irmã, fomos atrás delas. Mal descemos e Rose já foi retirando a câmera da bolsa e batendo fotos do local.

– Uau, aqui é realmente lindo. – aquela paisagem era extasiante, tirando a grande aglomeração de pessoas, ali era incrível.

– Verdade. – Rose disse animada. – Vem, deixa eu tirar uma foto sua em frente a fonte. – dei de ombros e até a frente da ponto, ficando de costas para ela, e colocando as mãos no bolso ao mesmo tempo que sorria. – LINDO! – ela gritou no meio da multidão antes de começar a bater, puder notar que Lexi e Lori caíram na gargalhada e olharam admiradas para nós dois. Ao invés de bater só uma foto, Rose bateu umas três ou quatro.

– Deixa eu bater uma fotos de vocês dois. – Lexi disse animadamente e Rose entregou a câmera de bom grado, antes de correr em minha direção, e passando os braços pelo meu pescoço, jogando o corpo para trás, a garota bateu uma foto, e fez um gesto com a mão para que mudássemos de posição, assim o fizemos, batemos cerca de uma seis fotos, e então, Rose foi pegar a câmera com Lexi. Tudo aconteceu muito rápido, quando a câmera passou para as mãos de Rose, um homem empurrou Lexi e puxou a câmera das mãos de Rose, e como se fosse mágica, Rose conseguiu segurar a câmera, deixando Lori e Lexi boquiabertas.

– O QUE? COMO VOCÊ FEZ ISSO? – Lori falou assustada, fazendo Rose gargalhar.

– Eu tenho reflexos rápidos, tipo, meu namo... Noivo – corrigiu-se antes de falar besteira. – É um excelente jogador de Futebol, e ele me ajudou a melhorar meu reflexos, não foi amor? – assenti rapidamente, e caminhei em direção a ela.

– E por ela ser menor, a pequena é bem mais rápida. – esperei que estivesse certo, pelo menos, em cima de uma vassoura isso seria verdade, se ela ao menos subisse em uma. Minha pequena pegou minha mão, e apertou com força, como uma forma de dizer obrigada.

– Acho melhor jogarmos nossas moedas, não é? – todos assentimos, e Rose guardou a câmera.

X

– Finalmente livres! – Scorpius exclamou assim que chegamos em nosso quarto em Florença, havíamos passado horas em um trem com milhares de pessoas, e, tanto eu, quanto ele, queríamos ter a nossa privacidade.

– Finalmente sozinhos... – sussurrei me aproximando dele, e passando meus braços pelo seu pescoço. – Você sente a mesma coisa que eu? – perguntei enquanto ficava na ponta dos pés para tentar beijar seus lábios, ele sorriu de canto, se abaixando um pouco, colocando suas mãos em minha cintura e colocando nossos lábios.

– O que? – perguntou com os lábios sobre os meus.

– Fome! – ele gargalhou abertamente, antes de descer seus braços de minha cintura para as minhas pernas, tirando-me do chão como se eu fosse uma pena e colocando sobre seu ombros. – LOUCO! – gritei enquanto ele me carregava até a cama, e me depositava gentilmente nela, fazendo com que eu ficasse deitada.

– Nem ouse se levantar. – levantei as sobrancelhas, mas fiquei quietinha no lugar, enquanto ele ia em direção ao frigobar. – Então, conte-me, porque não me disse que sabia feitiços mudos? – ele remexeu em algumas coisas por lá.

– Ah, todos mundo tem segredos, isso é saudável, sabe? – isso não era exatamente verdade, não contei porque nunca lembrei realmente de contar, nos últimos dias as coisas estavam malucas. Ele assentiu e eu mordi o lábio inferior.

– Que tal... – ele pareceu pensar um pouco. – Sem essa de segredos? – suspirei, não era uma boa manter segredos, eles sempre tinham consequências, e nem sempre das boas.

– Quer que eu conte meus segredos? – ele fez um “uhum” e eu respirei fundo antes de começar. – Eu faço feitiços mudos, eu ainda tenho o livro que você me deu no aniversário de 13 anos, os contos de Beedle, o bardor e está a assinalado como: Pertence a Senhora Rose Weasley Malfoy... – meu namorado tentou segurar a risada, mas foi quase impossível. – Não ri. No início do sétimo ano, Lily fez algo muito levado e eu menti para livrar a barra dela, tenho pavor a aranhas, tenho uma teoria maluca sobre gêmeo e, por último, cresci três centímetros desde que começamos a namorar. – Scorpius caiu na gargalhada por alguns segundos, mas logo voltou ao normal. Fechou o frigobar, e se dirigiu ao telefone ao lado da cama, discando rapidamente um número.

– Ciao! Una pizza Margherita, per favore. Si, per l’hotel. – aquilo era extremamente sexy, oh Merlin, como alguém poderia ser tão lindo, gentil, romântico, perfeito, maravilhoso, sexy e meu? Isso não fazia o menor sentido, entretanto, sendo meu, ninguém toca de jeito nenhum. – Grazie. – e colocou o telefone no gancho novamente. – Não tem nada que você vá gostar no frigobar. – ele deu de ombros e se jogou ao meu lado.

– Dai, você pede uma pizza? – ele sorri de forma divertida.

– Pensei que não soubesse italiano pequena. – revirei os olhos, e dei um tapa em seu braço.

– Enfim, sua vez de contar seus segredos. – ele riu de canto, antes de respirar fundo.

– Eu falo oito línguas ao total, eu nunca, realmente, desisti de tentar ser seu amigo, eu perdi meu primeiro animal de estimação, era um coelho, e o nome dele era Tootie, depois disso, nunca mais criei nenhum, só corujas. – arregalei os olhos, O QUE? Como assim? – Quando eu vivi na casa do Al, eu invadia o escritório do Harry para ler os livros da sua mãe sobre a guerra, porque eu queria entender meu pai. Eu ainda guardo um papel de bala que a Sra. Granger me deu uma vez, pois ela representava tudo que minha avó nunca foi. – ele colocou o dedo sobre os lábios, meus olhos estavam arregalados, uau, Scorpius era realmente uma pessoa incrível. – Bem, não é bem um segredo, mas acho que nunca te contei, eu ainda sou virgem, você provavelmente já sabe disso. – percebi que suas bochechas coraram, mas Albus já havia me contado. – E tem uma coisa legal, que eu ainda não contei porque não sabia o momento certo. – franzi o cenho e ele se levantou da cama.

– O que você... – ele se inclinou sobre a cama, colocando o dedo sobre os meus lábios e sorriu.

– Você vai ver. – quando voltou a postura normal, fechou os olhos, parecia concentrado, fiquei observando a cena sem entender, até que seus membros começaram a mudar, sua coluna entortou, fazendo com que ele tivesse que ficar de quatro. E então, quando ele não era mais Scorpius Malfoy, era um lindo e elegante lobo branco das neves, eu entendi.

– Não! – exclamei boquiaberta, SCORPIUS É, OFICIALMENTE, UM ANIMAGO! Meu olhos estavam arregalados. O lobo subiu em cima da cama com destreza, e se deitou ao meu lado, colocando sua cabeça embaixo de minha mão, como se pedisse por carinho, então, comecei a afagar suas orelhas. – Você é lindo. – ele pareceu se divertir com o carinho, mas logo se arrastou para fora da cama e se tornou meu namorado outra vez.

– E ai, gost... – não deixei que ele terminasse, pulei em cima dele – que me segurou com facilidade – e comecei a beija-lo.

– Estou. Tão. Orgulhosa. – disse entre beijos, ele riu antes de me beijar com vontade, prendendo minha cintura o mais colada com o seu corpo possível, e aprofundando beijo de forma quente. Levei minhas mãos aos seus cabelos, puxando-o para mais perto, e enrolando os meus dedos entre eles. Scorpius desceu meu corpo, colocando-me sobre a cama, e ficando por cima de mim, descendo seus beijos pelo meu rosto, até o meu pescoço, onde começou a distribuir beijos e mordida, fazendo com que todos os pelos do meu corpo se arrepiassem.

Desci, umas das mãos que estava em seu cabelo, pelo seu peito até o final do seu tórax, enfiando-a embaixo da camisa, ao mesmo tempo que ele descia uma das suas mãos pelo meu quadril, passando vagarosamente pela minha perna esquerda, até chegar na altura do joelho, onde ele a puxou para junto do seu corpo. Levei minha mão até suas costas enquanto ele voltava a me beijar. E então, ele parou bruscamente, e levantou-se, caminhando até algum lugar que não percebi qual era, pois estava totalmente frustrada.

– Vem. – senti sua mão me puxar rapidamente para cima, enfiar algo na minha boca, só então percebi que estava tonta e meu coração acelerado, arregalei os olhos e senti o liquido escorrer pela minha garganta.

– Obrigada. – ele suspirou pesadamente.

– Desculpa... – revirei os olhos.

– Nem vem Scorpius, essas coisas acontecem, ok? – ele se sentou ao meu lado, apoiando os cotovelos nas pernas e colocando seu rosto entre as mãos.

– Eu prometi a seu pai que cuidaria de você. – bufei, e me arrastei para trás dele, passando meus braços pelo seu pescoço e deixando meu rosto próximo ao seu ouvido.

– E você está fazendo isso muito bem, não vamos estragar a noite, certo? – ele assentiu calmamente e depois sorriu.

– Você realmente cresceu três centímetros? – eu gargalhei.

– Porque eu mentiria sobre isso? – ele negou com a cabeça rindo.

– Agora temos exatamente 30 cm de diferença. – ele disse mais animado. – Que tal eu tomar um banho, depois você tomar um banho e então, você me contar aquela sua teoria maluca sobre gêmeos enquanto comemos pizza? – ri pelo nariz e beijei sua bochecha.

– Eu tomo o banho primeiro. – ele deu de ombros e deixou que eu fosse até o banheiro.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram?
Se sim, dá uma olhadinha nas minhas outras fics, vaaaaaaaaaai kkkkkk
Beijooos ;*