Fire and Ice escrita por Rayssa


Capítulo 13
São Valentim Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer a Lina D Black e Marirdgs por favoritarem! Espero que gostem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/439383/chapter/13

Vai ser difícil contar para Scorpius a verdade, vai doer em minha alma ter que falar tudo, não por causa de minha situação, e sim por ter escondido dele por tanto tempo, por ter deixado ele se aproximar tanto, e agora, eu iria fugir, não iria fazer como fiz quando descobrir, dessa vez, eu... Senti duas mãos me abraçarem por trás.

– Feliz dia de São Valentim. – sua voz soou em meu ouvido, e eu estremeci. Virei-me em sua direção, o abraçando.

– Feliz dia de São Valentim. - ele abaixou-se e selou nossos lábios.

– Eu tenho uma surpresa... – seu sorriso era enorme. – Fecha os olhos. – eu prontamente o fiz, e logo depois, senti seus braços em minha perna.

– EI! – gritei. – O QUE PENSA QUE ESTA FAZENDO? – sua risada foi alta.

– Te colocando no braço, acha que eu vou deixar você cair? – dei-me por vencida, era melhor que cair de todo jeito. Repousei minha cabeça em seu peito, e fiquei paradinha, sem pestanejar.

Uns cinco minutos depois, ele me colocou no chão, e logo em seguida, sentir suas mãos sobre os meus olhos.

– Eu confio em você. – sua voz era firme – mas, não vou correr o risco. – gargalhei, eu provavelmente não iria aguentar e iria olhar. Ele foi me guiando por alguns passos, e então, ele retirou a mão de meus olhos.

Eu não conhecia aquele lugar, não estava em nenhum lugar nos livros, na verdade, talvez eu conhecesse, não tinha certeza, mas não interessava agora. O local estava todo arrumado de forma acochegante, haviam um grande sofá-cama branco, sobre o sofá, haviam duas almofadas vermelhas e uma bandeja de prata com pipoca e suco de abóbora, a sua frente, havia uma televisão enorme sobre uma estante adornada e aberta, sua cor era vermelho, e dentro haviam mais de 200 filmes tranquilamente. Ele ainda lembrava.

– E ai, gostou? – ele me abraçou por trás, e sussurrou em meu ouvido.

– Se eu gostei? – virei-me em sua direção. – É perfeito, está tudo incrível. – ele suspirou, e beijou os meus lábios. – Você lembrou. – acusei, e ele riu.

– Lembrei, mas fiquei com medo de você ter mudado isso, mesmo assim, eu fiz. – no início do terceiro ano, ninguém sabia, mas Roxie e James estavam juntos, e ela sempre jogava indiretas para ele, o que resultou em uma conversa sobre encontro dos sonhos, e eu havia dito que meu sonho era passar o dia de São Valentim deitada em um sofá, com meu namorado, comendo pipoca e tomando suco de aboborá, e ele tinha feito exatamente isso.

– Não mudou. – quando terminei de falar, pulei em seu pescoço, pendurando-me e beijando repetidamente a sua bochecha, ele gargalhou enquanto enlaçava a minha cintura. – Não espere que isso se repita, não faço o tipo namorada grudenta. – dei de ombros, voltando ao chão.

– Não vou esperar. – sua voz era brincalhona. – Vamos escolher o filme? – apesar de ser uma pergunta, ele me carregou pelo braço até a frente da estante, sem que eu pudesse responder.

– Hum... – comecei a olhar, tinham muitos tipos de filme. – Você é muito trouxa Rô. – imitei a voz de Albus, e Scorpius gargalhou. – É, eu também lembro disso. Você ficou me encarando como se eu fosse louca, só porque eu acho os trouxas muito mais românticos. – acusei, e ele franziu o cenho.

– Tem bruxo que seria capaz de virar trouxa por causa do amor, então, acho que não. – sabia que ele se referia a si mesmo, pelo olhar que ele me lançou. Mordi o lábio com força. – Então, estava pensando em assistir três filmes e depois te entregar seu presente, o que você acha?

– Certo, você escolhe o primeiro, eu o segundo e o terceiro tem que ser unânime? – ele assenti concordando. Começamos a olhar os filmes, após cerca de uns dois minutos, eu e ele já haviamos escolhidos nossos filmes. Ele escolheu Sherlock Homes, e eu escolhi Diário de uma Paixão, fazer o que, né? Filmes de romance e drama são os melhores.

– Comédia Romântica? – ele perguntou, antes que eu pudesse falar. Eu assenti. – Vamos lá. – após muita indecisão de nossa parte, decidimos por Quando em Roma, e então, fomos na sequência: O diário de uma paixão, Sherlock Homes e Quando em Roma, porque Scorpius não queria duas explosões de romance seguidos. Ele se deitou no sofá cama, e eu deitei em seu peito, nossas pernas ficaram entrelaçadas, e seu braço em minha cintura, ao seu lado ficou a bandeja que de tempos em tempos recebia atenção, e era enfeitiçada, toda vida que colocávamos a bacia de pipoca, ou os copos de suco, eles se enchiam automaticamente.

...

Quando o ultimo filme acabou, eu estava em éctase, estava tudo perfeito, havia sido maravilhoso, principalmente, alguns momentos em que ele me apertava contra si e beijava os meus lábios – isso normalmente acontecia ao fim de uma cena muito romântica. Assistimos os créditos um pouco, até que ele suspirou.

– Temos que trocar os presentes pequena. – bufei.

– Não, não temos. – levei meu braço até o outro lado do seu corpo, e o apertei. – Fica ai.

– Se demorarmos muito, vamos ficar fora dos dormitórios após o toque de recolher. – bufei, e me sentei contrariada, ele gargalhou. – Deixa de besteira Rose. – revirei os olhos.

– Eu quero ficar. – eu estava sendo birrenta.

– Então fica. – deu de ombros. – É só uma noite. – mordi o lábio, decidindo se era realmente uma boa ideia.

– Não sei. – bufei.

– Decida, eu farei o que você quiser. - suspirei. – Vamos trocar os presentes, enquanto você decide. – assenti. – Certo, deixa eu pegar o meu. – levantou-se e foi até uma caixa, no quanto da sala, que não havia notado. Era uma caixa vermelha cheia de furos, com um lanço branco, segurou-a e levou até mim. – Abre. – sabia que eu tinha um sorriso enorme, segurei a caixa, e abri rapidamente.

– Oh meu Deus, é lindo. – um gatinho de pelagem laranja, com manchas amarelas, que possuía um olho azul e o outro cinza, uma perfeita mistura minha e de Scorpius.

– Eu rodei o mundo atrás de algo para você. Até que Ems me falou que a gata dela teve filhotes, e quando eu olhei, essa coisinha era diferente de todas as outras, ele era uma... – o interrompi.

– Mistura perfeita minha e sua. – ele assentiu. O gatinho ressonava com tanta tranquilidade, que eu não quis acordá-lo. – Que tal Hyperion? É um nome forte. – uma gargalhada estrondosa saiu de sua boca.

– Perfeito, mas eu vou chamá-lo de Hypp. – meu sorriso se alargou mais.

– Hypp é muito lindo, muito lindo mesmo. – meu olhos brilharam, e então, lembrei que não havia entregado o seu presente. Coloquei a caixa ao meu lado, com cuidado para não acorda Hypp e abri a minha bolsa enfeitiçada, tirando de lá, o retângulo embrulhado em um papel de presente de corações e entreguei a Scorpius, que não demorou para tirar a embalagem.

– Uou. – ele disse quando revelou o álbum de fotos, com uma foto nossa, no primeiro ano, na capa, na foto, nós estamos sorrindo, e eu vi em direção a ele, e beijo a sua bochecha. Um sorriso torto surgiu em seus lábios, e ele abriu, revelando várias páginas de fotos nossas, em sequência, desde o primeiro ano, até o momento de agora, não eram muitas, pois haviam pouquíssimas do terceiro, uma foto da gente se abraçando quando o Chudley ganhou a copa mundia de quadribol, e algumas do sétimo ano até agora, mais algumas páginas vazias.

– E ai? – mordi o lábio, e um sorriso enorme estavam em seu rosto.

– Perfeito, não poderia querer outra coisa. – após isso, beijamos-nos e então eu soube, que enquanto eu estivesse com Scorpius, eu estaria completa, eu poderia morrer em paz e feliz, pois eu sabia que independente de tudo, ele era meu e eu era apenas dele. Quebrar as regras são era tão errado se fosse para viver um momento eterno com ele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?