Trevas e Fogo escrita por Nathally Howard


Capítulo 10
Sonho ou... Pesadelo? //Sofia


Notas iniciais do capítulo

Acho que ficou meio pequeno =/
Mas espero que gostem!
Xxx. Nathy



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Uma foto... Uma foto de Luke Castellan. Olhei para Guilherme com os olhos arregalados. Minha boca abriu e se fechou algumas vezes, antes de conseguir falar.

– Guilherme... Isso fica apenas entre nós, okay?

– Tudo bem. – Ele respondeu normalmente.

– Jure pelo Rio Estige.

– Juro pelo Rio Estige.

– Okay... Obrigada. – Eu respondi enquanto tentava me acalmar.

Ele fez sinal positivo com a cabeça a voltou a fazer o que estava fazendo. Sentei-me na cama e respirei fundo, tentando conter as lagrimas. Luke tinha sido bem mais que um amigo para mim... E então ele se foi. Agora, as únicas coisas que me mantinham interligada a ele era a memória e aquela foto.

Olhei para o cara loiro, com aqueles olhos perfeitos na foto. Acho que fiquei encarando por uns 40 segundos antes de decidir esconder debaixo do travesseiro.

O jantar já ia começar, e estando com saudades ou não de Luke, eu precisava liderar os meus irmãos para o Pavilhão.

~~***~~***~~***~~***~~***~~***~~***~~***~~

Quando voltei para o chalé, adormeci no instante seguinte que deitei na cama. Conclui-se que eu estava cansada.

Tudo que eu mais desejaria era conseguir dormir como uma pessoa normal pelo menos uma vez na vida, mas não... Eu tenho que ser uma semideusa e ter sonhos estranhos todas as noites!

Por um momento, eu não sentia mais nada. Apenas conseguia observar a fazer anotações mentais, percebi na hora que era mais um daqueles sonhos de meio-sangue. Então eu me vi.

Não era exatamente eu, era como uma cópia exata de mim, só que num tempo diferente. Ela não tinha 15 anos como eu tinha. Ela tinha 9 anos e uma carinha angelical. Uma expressão despreocupada. E ainda tinha uma mãe.

Ela estava sentada na cama, lendo um livro de fantasia. Fiquei a encarando por algum tempo. Eu queria acordar, não queria reviver aquele dia.

– Sofi? – Escutei uma voz familiar dizer meu apelido. A garota que lia o livro se levantou.

– O que foi, mamãe? – Ela perguntou.

– Venha cá! – A minha mãe respondeu.

– Não. Não vá lá. Fique no quarto lendo o seu precioso livro, idiota! – Eu berrei para a garotinha, mas ela não ouviu. Ninguém ouviu.

Ela saiu do quarto e andou até a sala. A minha mãe ainda estava lá, os cabelos loiros e olhos verdes lindos como sempre. Se ela estava cansada, não demonstrava. Ela nunca demonstrou qualquer tipo de fraqueza.

– Filha... Você sabe que eu te amo e sempre te amarei, certo?

– Claro, mamãe! Eu também te amo demais!

– Cale a boca! – Eu gritei mesmo tendo a consciência que naquele momento eu era um fantasma

– Você é uma guerreira. Vai superar tudo e todos! Não deixe que nada a machuque. – A minha mãe realmente precisava ter dito aquilo? Não sei.

– Vou sim! E nada vai me machucar! Nem vou deixar nada te machucar ou machucar a titia. – A garota de 9 anos respondeu. Mal sabia ela que acabara de dizer a maior mentira do mundo.

– Não, filhinha. Eu não tenho tempo, nem sua tia. Já nos foi dito o nosso destino. Éramos nós ou você. Eu te amo demais, Sofia!

Obviamente eu não compreendi nada daquele estranho diálogo com 9 anos.

– O que quer dizer, mamãe?

– Eu...

Ela não teve tempo de terminar a frase. Nesse momento a coisa que me assombra até hoje aconteceu.

Uma claridade descomunal apareceu. Eu ouvi um grito de terror. O grito da garotinha.

– Eu te amo, Sofia!

Essa foi a última coisa que a garotinha e eu ouvimos antes da claridade desparecer e o chão começar a tremer. Depois veio a escuridão. Ela pareceu engolir a casa inteira.

Ouvi gritos, gemidos, choro. O som puro do medo.

Assim que a escuridão se foi e o chão se aquietou, encontrei a garotinha sentada no carpete da sala. Ela chorava e não dava sinais que iria parar tão cedo, havia sangue em suas mãos, mas por experiência própria, eu sabia que aquele sangue não a pertencia. A mãe não estava lá, nem a tia, nem ninguém. Apenas a garotinha e uma dor infinita.

Ela ficou chorando pelo o que me pareceu uma meia hora. Por que eu não acordo logo desse pesadelo?

Por fim, a garota, depois de tudo que aconteceu ela certamente não era mais uma garotinha, se levanta, limpa o sangue no short e depois limpa as lágrimas.

– Eu serei forte. E nada nem ninguém irá me machucar. Eu prometo. Eu prometo, mamãe. – Ela diz num sussurro quase inaudível.

A esse ponto, eu estava me afogando em lágrimas.

Esse dia de visita aos mortos não acabaria?


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Notas finais do capítulo

Ok, ficou pequeno!
Porém, vocês gostaram?
Espero que sim!
Beijus açucarados para vocês >u



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