Trevas e Fogo escrita por Nathally Howard
Notas iniciais do capítulo
Acho que ficou meio pequeno =/
Mas espero que gostem!
Xxx. Nathy
Uma foto... Uma foto de Luke Castellan. Olhei para Guilherme com os olhos arregalados. Minha boca abriu e se fechou algumas vezes, antes de conseguir falar.
– Guilherme... Isso fica apenas entre nós, okay?
– Tudo bem. – Ele respondeu normalmente.
– Jure pelo Rio Estige.
– Juro pelo Rio Estige.
– Okay... Obrigada. – Eu respondi enquanto tentava me acalmar.
Ele fez sinal positivo com a cabeça a voltou a fazer o que estava fazendo. Sentei-me na cama e respirei fundo, tentando conter as lagrimas. Luke tinha sido bem mais que um amigo para mim... E então ele se foi. Agora, as únicas coisas que me mantinham interligada a ele era a memória e aquela foto.
Olhei para o cara loiro, com aqueles olhos perfeitos na foto. Acho que fiquei encarando por uns 40 segundos antes de decidir esconder debaixo do travesseiro.
O jantar já ia começar, e estando com saudades ou não de Luke, eu precisava liderar os meus irmãos para o Pavilhão.
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Quando voltei para o chalé, adormeci no instante seguinte que deitei na cama. Conclui-se que eu estava cansada.
Tudo que eu mais desejaria era conseguir dormir como uma pessoa normal pelo menos uma vez na vida, mas não... Eu tenho que ser uma semideusa e ter sonhos estranhos todas as noites!
Por um momento, eu não sentia mais nada. Apenas conseguia observar a fazer anotações mentais, percebi na hora que era mais um daqueles sonhos de meio-sangue. Então eu me vi.
Não era exatamente eu, era como uma cópia exata de mim, só que num tempo diferente. Ela não tinha 15 anos como eu tinha. Ela tinha 9 anos e uma carinha angelical. Uma expressão despreocupada. E ainda tinha uma mãe.
Ela estava sentada na cama, lendo um livro de fantasia. Fiquei a encarando por algum tempo. Eu queria acordar, não queria reviver aquele dia.
– Sofi? – Escutei uma voz familiar dizer meu apelido. A garota que lia o livro se levantou.
– O que foi, mamãe? – Ela perguntou.
– Venha cá! – A minha mãe respondeu.
– Não. Não vá lá. Fique no quarto lendo o seu precioso livro, idiota! – Eu berrei para a garotinha, mas ela não ouviu. Ninguém ouviu.
Ela saiu do quarto e andou até a sala. A minha mãe ainda estava lá, os cabelos loiros e olhos verdes lindos como sempre. Se ela estava cansada, não demonstrava. Ela nunca demonstrou qualquer tipo de fraqueza.
– Filha... Você sabe que eu te amo e sempre te amarei, certo?
– Claro, mamãe! Eu também te amo demais!
– Cale a boca! – Eu gritei mesmo tendo a consciência que naquele momento eu era um fantasma
– Você é uma guerreira. Vai superar tudo e todos! Não deixe que nada a machuque. – A minha mãe realmente precisava ter dito aquilo? Não sei.
– Vou sim! E nada vai me machucar! Nem vou deixar nada te machucar ou machucar a titia. – A garota de 9 anos respondeu. Mal sabia ela que acabara de dizer a maior mentira do mundo.
– Não, filhinha. Eu não tenho tempo, nem sua tia. Já nos foi dito o nosso destino. Éramos nós ou você. Eu te amo demais, Sofia!
Obviamente eu não compreendi nada daquele estranho diálogo com 9 anos.
– O que quer dizer, mamãe?
– Eu...
Ela não teve tempo de terminar a frase. Nesse momento a coisa que me assombra até hoje aconteceu.
Uma claridade descomunal apareceu. Eu ouvi um grito de terror. O grito da garotinha.
– Eu te amo, Sofia!
Essa foi a última coisa que a garotinha e eu ouvimos antes da claridade desparecer e o chão começar a tremer. Depois veio a escuridão. Ela pareceu engolir a casa inteira.
Ouvi gritos, gemidos, choro. O som puro do medo.
Assim que a escuridão se foi e o chão se aquietou, encontrei a garotinha sentada no carpete da sala. Ela chorava e não dava sinais que iria parar tão cedo, havia sangue em suas mãos, mas por experiência própria, eu sabia que aquele sangue não a pertencia. A mãe não estava lá, nem a tia, nem ninguém. Apenas a garotinha e uma dor infinita.
Ela ficou chorando pelo o que me pareceu uma meia hora. Por que eu não acordo logo desse pesadelo?
Por fim, a garota, depois de tudo que aconteceu ela certamente não era mais uma garotinha, se levanta, limpa o sangue no short e depois limpa as lágrimas.
– Eu serei forte. E nada nem ninguém irá me machucar. Eu prometo. Eu prometo, mamãe. – Ela diz num sussurro quase inaudível.
A esse ponto, eu estava me afogando em lágrimas.
Esse dia de visita aos mortos não acabaria?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ok, ficou pequeno!
Porém, vocês gostaram?
Espero que sim!
Beijus açucarados para vocês >u